Portugal deverá viver recessão "severa" em 2009
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JPMorgan prevê queBCP, BES e BPI precisem de 3,1 mil milhões
Corta previsões de lucros e baixa "targets"
JPMorgan prevê que BCP, BES e BPI precisem de 3,1 mil milhões de euros
O JPMorgan acredita que os três maiores bancos nacionais cotados, o BCP, o BES e o BPI, vão necessitar de um máximo de 3,1 mil milhões de euros para fortalecerem os rácios de solvabilidade, sendo a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira aquela que suscita maior preocupação ao banco de investimento norte-americano.
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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
O JPMorgan acredita que os três maiores bancos nacionais cotados, o BCP, o BES e o BPI, vão necessitar de um máximo de 3,1 mil milhões de euros para fortalecerem os rácios de solvabilidade, sendo a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira aquela que suscita maior preocupação ao banco de investimento norte-americano.
“Estamos preocupados com as posições de capital dos bancos portugueses, receando que não seja fortes o suficiente para lidarem com o actual ambiente” económico, referem os analistas Ignacio Cerezo e Andrea Unzueta, do JPMorgan, numa nota de “research” sectorial emitida hoje, a que o Negócios teve acesso.
O BES apresenta um “core tier 1” de 5,5%, o BCP de 6,1% e o BPI de 7%, segundo o banco de investimento. Nesta base, “advogamos uma recapitalização generalizada dos bancos portugueses”, salienta.
O JPMorgan estima “as necessidades de capital em 850 milhões a 1,6 mil milhões de euros para o BCP, entre 850 milhões e 1,2 mil milhões para o BES e cerca de 350 milhões para o BPI”.
Queda de 26% dos lucros ao ano até 2011
Na mesma nota de investimento, o JPMorgan efectuou um corte de 55% a 70% nas estimativas de resultados do BCP, BES e BPI. Assim, o banco norte-americano prevê uma quebra acentuada dos lucros das três instituições financeiras cotadas nacionais.
Antecipa uma descida média anual de 26% nos resultados líquidos agregados, entre 2008 e 2011, como reflexo do “anémico crescimento na concessão de crédito, queda na margem financeira e do aumento gradual do crédito malparado”.
“Targets” descem e BCP com margem para cair
Com base neste cenário, os analistas Ignacio Cerezo e Andrea Unzuet reviram as avaliações atribuídas a cada um dos três bancos. As recomendações mantiveram-se, mas os “targets” caíram, sendo o BCP o único a apresentar potencial de queda face à cotação actual.
O novo preço-alvo para as acções do liderado por Carlos Santos Ferreira é de 0,71 euros, o que compara com os anteriores 1,25 euros, e a cotação actual de 0,81 euros. O BCP tem potencial para cair 12,35%, sendo “o menos preferido” do JPMorgan para quem os títulos “não incluem o provável aumento de capital”.
A avaliação do BPI, “a nossa preferência”, foi a que sofreu a maior redução, mas o “target” continua a conferir margem de progressão de 7,78% face ao novo preço-alvo de 3,70 euros. O BES, apresenta um potencial de subida de quase 30%, apesar do corte de 37,5% do “target” para 8,00 euros.
Banco "Target" "Target" anterior Var. Cotação Potencial Recomendação
BCP 0,71 € 1,25 € -43,2% 0,81 € -12,35% "Underweight"
BES 8,00 € 12,80 € -37,5% 6,17 € 29,66% Neutral
BPI 1,80 € 3,70 € -51,4% 1,67 € 7,78% Neutral
JPMorgan prevê que BCP, BES e BPI precisem de 3,1 mil milhões de euros
O JPMorgan acredita que os três maiores bancos nacionais cotados, o BCP, o BES e o BPI, vão necessitar de um máximo de 3,1 mil milhões de euros para fortalecerem os rácios de solvabilidade, sendo a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira aquela que suscita maior preocupação ao banco de investimento norte-americano.
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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
O JPMorgan acredita que os três maiores bancos nacionais cotados, o BCP, o BES e o BPI, vão necessitar de um máximo de 3,1 mil milhões de euros para fortalecerem os rácios de solvabilidade, sendo a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira aquela que suscita maior preocupação ao banco de investimento norte-americano.
“Estamos preocupados com as posições de capital dos bancos portugueses, receando que não seja fortes o suficiente para lidarem com o actual ambiente” económico, referem os analistas Ignacio Cerezo e Andrea Unzueta, do JPMorgan, numa nota de “research” sectorial emitida hoje, a que o Negócios teve acesso.
O BES apresenta um “core tier 1” de 5,5%, o BCP de 6,1% e o BPI de 7%, segundo o banco de investimento. Nesta base, “advogamos uma recapitalização generalizada dos bancos portugueses”, salienta.
O JPMorgan estima “as necessidades de capital em 850 milhões a 1,6 mil milhões de euros para o BCP, entre 850 milhões e 1,2 mil milhões para o BES e cerca de 350 milhões para o BPI”.
Queda de 26% dos lucros ao ano até 2011
Na mesma nota de investimento, o JPMorgan efectuou um corte de 55% a 70% nas estimativas de resultados do BCP, BES e BPI. Assim, o banco norte-americano prevê uma quebra acentuada dos lucros das três instituições financeiras cotadas nacionais.
Antecipa uma descida média anual de 26% nos resultados líquidos agregados, entre 2008 e 2011, como reflexo do “anémico crescimento na concessão de crédito, queda na margem financeira e do aumento gradual do crédito malparado”.
“Targets” descem e BCP com margem para cair
Com base neste cenário, os analistas Ignacio Cerezo e Andrea Unzuet reviram as avaliações atribuídas a cada um dos três bancos. As recomendações mantiveram-se, mas os “targets” caíram, sendo o BCP o único a apresentar potencial de queda face à cotação actual.
O novo preço-alvo para as acções do liderado por Carlos Santos Ferreira é de 0,71 euros, o que compara com os anteriores 1,25 euros, e a cotação actual de 0,81 euros. O BCP tem potencial para cair 12,35%, sendo “o menos preferido” do JPMorgan para quem os títulos “não incluem o provável aumento de capital”.
A avaliação do BPI, “a nossa preferência”, foi a que sofreu a maior redução, mas o “target” continua a conferir margem de progressão de 7,78% face ao novo preço-alvo de 3,70 euros. O BES, apresenta um potencial de subida de quase 30%, apesar do corte de 37,5% do “target” para 8,00 euros.
Banco "Target" "Target" anterior Var. Cotação Potencial Recomendação
BCP 0,71 € 1,25 € -43,2% 0,81 € -12,35% "Underweight"
BES 8,00 € 12,80 € -37,5% 6,17 € 29,66% Neutral
BPI 1,80 € 3,70 € -51,4% 1,67 € 7,78% Neutral
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Portugal e Espanha são os únicos países que vão permanecer em terreno negativo em 2010
19/01/2009
A crise económica vai arrastar a larga maioria dos países europeus para terreno negativo neste ano.
Mas, segundo as novas previsões da Comissão Europeia, a recuperação – que deverá começar a ser sentida a partir do segundo semestre – será particularmente lenta em Portugal e Espanha. De acordo com as novas previsões de Bruxelas, os países ibéricos serão mesmo os únicos da Zona Euro que permanecerão em terreno negativo em 2010.
Para ambos, a nova previsão é de uma contracção de 0,2%, que compara com um crescimento médio da área do euro de 0,4%.
19/01/2009
A crise económica vai arrastar a larga maioria dos países europeus para terreno negativo neste ano.
Mas, segundo as novas previsões da Comissão Europeia, a recuperação – que deverá começar a ser sentida a partir do segundo semestre – será particularmente lenta em Portugal e Espanha. De acordo com as novas previsões de Bruxelas, os países ibéricos serão mesmo os únicos da Zona Euro que permanecerão em terreno negativo em 2010.
Para ambos, a nova previsão é de uma contracção de 0,2%, que compara com um crescimento médio da área do euro de 0,4%.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Há coisas que me deixam preplexo... então numa economia como a portuguesa só há 8% de desempregados??? Querem-me convencer que dos 5 milhões de activos em Portugal, só 400mil é que não têm emprego? e os 40 mil emigrantes em espanha, contam para que lado? e pessoas como eu, que tiveram que emigrar recentemente? eu não duvido que o desemprego real em Portugal ultrapasse, há muito, os 10%!!
2009 vai ser o ano do acelerar do fecho das empresas têxteis (mais 150k novos desempregados), da Quimonda (mais 2000) e de outras empresas que nunca deram lucro... agora imaginem o impacto no PIB!
Estes números são todos a fingir porque não estão neles reflectidos os problemas estruturais da nossa economia - a começar na taxa de desemprego que só conta com aqueles que estão inscritos o IEFP... e os outros?
2009 vai ser o ano do acelerar do fecho das empresas têxteis (mais 150k novos desempregados), da Quimonda (mais 2000) e de outras empresas que nunca deram lucro... agora imaginem o impacto no PIB!
Estes números são todos a fingir porque não estão neles reflectidos os problemas estruturais da nossa economia - a começar na taxa de desemprego que só conta com aqueles que estão inscritos o IEFP... e os outros?
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- Registado: 13/7/2007 13:18
PIB contrai 1,6% em 2009 e desemprego sobe para 8,8%
Bruxelas antecipa que Portugal recue o dobro do previsto pelo Governo (act)
A Comissão Europeia reviu hoje em forte baixa as suas previsões para a economia portuguesa, antecipando uma contracção severa de 1,6% do Produto Interno Bruto, quando ainda em Novembro esperava um crescimento, ainda que residual, de 0,1%. Este novo valor significa que Bruxelas espera Portugal recue este ano o dobro dos 0,8% esperados pelo Governo e pelo Banco de Portugal.
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Eva Gaspar
egaspar@mediafin.pt
A Comissão Europeia reviu hoje em forte baixa as suas previsões para a economia portuguesa, antecipando uma contracção severa de 1,6% do Produto Interno Bruto, quando ainda em Novembro esperava um crescimento, ainda que residual, de 0,1%. Este novo valor significa que Bruxelas espera Portugal recue este ano o dobro dos 0,8% esperados pelo Governo e pelo Banco de Portugal.
As novas previsões do Executivo comunitário, actualizadas a título extraordinário devido à acelerada degradação da conjuntura internacional, revêem também significativamente em alta os números para o desemprego – em Novembro, Bruxelas antecipava um taxa de 7,9%, agora fala de 8,8% – e dos valores para o défice, que passam de 2,8% para 4,6%.
Em ambos os casos, as previsões da Comissão são muito mais desfavoráveis do que as do Governo (ver tabela). Quanto à evolução dos preços, Bruxelas prevê uma forte desaceleração da taxa de inflação, que deverá situar-se em 1%, mas, ainda assim, não antecipa o cenário de deflação.
Recorde-se que a "Economist Intelligence Unit" (EIU), que organiza hoje uma conferência em Lisboa com a participação do primeiro-ministro, José Sócrates, converteu-se na semana passada na primeira instituição a fazer uma previsão de sinal negativo para a evolução média dos preços, ao antecipar uma deflação de 0,3% para o ano de 2009 - o que, a concretizar-se, será um facto inédito nos anais da economia portuguesa.
Desemprego em máximos desde a adesão à UE
As previsões intercalares para 2009-2010 publicadas hoje, em Bruxelas, são menos negras do que as da EIU. Ainda assim, e mais uma vez ao contrário do Governo, a Comissão espera que a economia portuguesa se mantenha em terreno negativo pelo menos até 2010, ano em que a economia se contrairá 0,2%.
Em consequência, o desemprego continuará a agravar-se para atingir 9,1% da população activa, atingindo o valor mais altos desde, pelo menos, a entrada de Portugal na então-CEE, em 1986.
Já o défice orçamental, deverá em 2010 sofrer uma ligeira correcção, de duas décimas, para 4,6%.
Sublinhe-se, porém, que estas novas as previsões de Bruxelas não tomaram em consideração a proposta de Orçamento Suplementar para 2009 e a revisão do Programa de Estabilidade e Crescimento português (PEC) apresentadas na última sexta-feira pelo Governo, segundo avança a agência Lusa, citando uma fonte comunitária.
Previsões para Portugal 2009
Comissão Europeia "Economist" OCDE Governo
novas anteriores
PIB -1,6% 0,1% -2% -0,2% -0,8%
Desemprego 8,8% 7,9% 8,9% 8,5% 8,5%
Inflação 1% 2,3% -0,3% 1,3% 1,2%
Défice orçamental* 4,6% 2,8% 4,5% 2,9% 3,9%
* em % do PIB
Bruxelas antecipa que Portugal recue o dobro do previsto pelo Governo (act)
A Comissão Europeia reviu hoje em forte baixa as suas previsões para a economia portuguesa, antecipando uma contracção severa de 1,6% do Produto Interno Bruto, quando ainda em Novembro esperava um crescimento, ainda que residual, de 0,1%. Este novo valor significa que Bruxelas espera Portugal recue este ano o dobro dos 0,8% esperados pelo Governo e pelo Banco de Portugal.
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Eva Gaspar
egaspar@mediafin.pt
A Comissão Europeia reviu hoje em forte baixa as suas previsões para a economia portuguesa, antecipando uma contracção severa de 1,6% do Produto Interno Bruto, quando ainda em Novembro esperava um crescimento, ainda que residual, de 0,1%. Este novo valor significa que Bruxelas espera Portugal recue este ano o dobro dos 0,8% esperados pelo Governo e pelo Banco de Portugal.
As novas previsões do Executivo comunitário, actualizadas a título extraordinário devido à acelerada degradação da conjuntura internacional, revêem também significativamente em alta os números para o desemprego – em Novembro, Bruxelas antecipava um taxa de 7,9%, agora fala de 8,8% – e dos valores para o défice, que passam de 2,8% para 4,6%.
Em ambos os casos, as previsões da Comissão são muito mais desfavoráveis do que as do Governo (ver tabela). Quanto à evolução dos preços, Bruxelas prevê uma forte desaceleração da taxa de inflação, que deverá situar-se em 1%, mas, ainda assim, não antecipa o cenário de deflação.
Recorde-se que a "Economist Intelligence Unit" (EIU), que organiza hoje uma conferência em Lisboa com a participação do primeiro-ministro, José Sócrates, converteu-se na semana passada na primeira instituição a fazer uma previsão de sinal negativo para a evolução média dos preços, ao antecipar uma deflação de 0,3% para o ano de 2009 - o que, a concretizar-se, será um facto inédito nos anais da economia portuguesa.
Desemprego em máximos desde a adesão à UE
As previsões intercalares para 2009-2010 publicadas hoje, em Bruxelas, são menos negras do que as da EIU. Ainda assim, e mais uma vez ao contrário do Governo, a Comissão espera que a economia portuguesa se mantenha em terreno negativo pelo menos até 2010, ano em que a economia se contrairá 0,2%.
Em consequência, o desemprego continuará a agravar-se para atingir 9,1% da população activa, atingindo o valor mais altos desde, pelo menos, a entrada de Portugal na então-CEE, em 1986.
Já o défice orçamental, deverá em 2010 sofrer uma ligeira correcção, de duas décimas, para 4,6%.
Sublinhe-se, porém, que estas novas as previsões de Bruxelas não tomaram em consideração a proposta de Orçamento Suplementar para 2009 e a revisão do Programa de Estabilidade e Crescimento português (PEC) apresentadas na última sexta-feira pelo Governo, segundo avança a agência Lusa, citando uma fonte comunitária.
Previsões para Portugal 2009
Comissão Europeia "Economist" OCDE Governo
novas anteriores
PIB -1,6% 0,1% -2% -0,2% -0,8%
Desemprego 8,8% 7,9% 8,9% 8,5% 8,5%
Inflação 1% 2,3% -0,3% 1,3% 1,2%
Défice orçamental* 4,6% 2,8% 4,5% 2,9% 3,9%
* em % do PIB
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Penso que não nos devemos alhear
dos actos eleitorais embora farto deste vigaristas todos
Os que não forem filiados, tenham compromissos, ou não recebam luvas dos partidos devem distribuir os votos por todos
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http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... _id=123412
Portugal
2009 será ano de deflação e com défice público de 4,5% - Economist
Portugal vai ter um ano de deflação em 2009, com os preços a caírem 0,3 por cento, perspectivam os especialistas do Economist Intelligence Unit (EIU), e o défice público deve subir para 4,5 por cento do PIB
De acordo com relatório sobre a economia portuguesa divulgado sexta-feira pelo EIU (especialistas pertencentes ao grupo editorial que detém a revista britânica The Economist), em 2008 a taxa de inflação será de 2,6 por cento, valor que deve baixar para menos 0,3 por cento em 2009 (ver tabela).
Essa descida dos preços não deverá prolongar-se para 2010, altura em que a taxa de inflação média deve subir para 1,8 por cento, segundo os mesmos analistas.
«A inflação irá continuar a cair na primeira metade de 2009 e nós perspectivamos uma deflação suave de 0,3 por cento para o conjunto de 2009», pode ler-se no relatório. A justificar essa deflação (conceito que ilustra uma queda generalizada e continuada dos preços e considerado perigoso porque leva ao adiamento das decisões de compra por parte dos consumidores, limitando a actividade económica) deve estar a fraqueza da procura e os efeitos de base do preço do petróleo (estes últimos estiveram muito elevados em 2008, um cenário que não se deve repetir em 2009).
Ao nível das contas públicas, o défice orçamental deve ficar em 2009 nos 4,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), bem acima do limite de 3,0 por cento do Pacto de Estabilidade e Crescimento, para no ano seguinte voltar a deteriorar-se para 4,8 por cento.
O governo perspectiva um défice de 3,9 por cento para 2009 e de 2,9 por cento para 2010. Este e o próximo ano serão de recessão em Portugal, refere ainda o EIU, com a economia a contrair-se 2,0 por cento em 2009 e 0,1 por cento em 2010, penalizada pela queda da procura interna (consumo e investimento) e das exportações.
Estas previsões foram publicadas antes do governo rever em baixa o seu cenário macroeconómico, mas continuam a ser mais pessimistas que as do Executivo. Na sexta-feira ao início da noite, o governo anunciou que espera uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8 por cento em 2009 e um crescimento de 0,5 por cento em 2010.
Também ao nível do desemprego o EIU é mais pessimista que o governo: a taxa deve subir este e no próximo ano para 8,8 e 9,0 por cento, respectivamente, valores abaixo das previsões de 8,5 e 8,2 por cento do Executivo.
O défice externo, medido pelo saldo da balança corrente, deve melhorar para 8,5 por cento do PIB em 2009 e para 8,2 por cento em 2010.
Do ponto de vista político, os analistas do Economist acreditam no aumento da instabilidade política, com o PS a ganhar as legislativas mas sem maioria absoluta e com a «deterioração» das relações entre o governo e Presidente da República.
Portugal
2009 será ano de deflação e com défice público de 4,5% - Economist
Portugal vai ter um ano de deflação em 2009, com os preços a caírem 0,3 por cento, perspectivam os especialistas do Economist Intelligence Unit (EIU), e o défice público deve subir para 4,5 por cento do PIB
De acordo com relatório sobre a economia portuguesa divulgado sexta-feira pelo EIU (especialistas pertencentes ao grupo editorial que detém a revista britânica The Economist), em 2008 a taxa de inflação será de 2,6 por cento, valor que deve baixar para menos 0,3 por cento em 2009 (ver tabela).

Essa descida dos preços não deverá prolongar-se para 2010, altura em que a taxa de inflação média deve subir para 1,8 por cento, segundo os mesmos analistas.
«A inflação irá continuar a cair na primeira metade de 2009 e nós perspectivamos uma deflação suave de 0,3 por cento para o conjunto de 2009», pode ler-se no relatório. A justificar essa deflação (conceito que ilustra uma queda generalizada e continuada dos preços e considerado perigoso porque leva ao adiamento das decisões de compra por parte dos consumidores, limitando a actividade económica) deve estar a fraqueza da procura e os efeitos de base do preço do petróleo (estes últimos estiveram muito elevados em 2008, um cenário que não se deve repetir em 2009).
Ao nível das contas públicas, o défice orçamental deve ficar em 2009 nos 4,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), bem acima do limite de 3,0 por cento do Pacto de Estabilidade e Crescimento, para no ano seguinte voltar a deteriorar-se para 4,8 por cento.
O governo perspectiva um défice de 3,9 por cento para 2009 e de 2,9 por cento para 2010. Este e o próximo ano serão de recessão em Portugal, refere ainda o EIU, com a economia a contrair-se 2,0 por cento em 2009 e 0,1 por cento em 2010, penalizada pela queda da procura interna (consumo e investimento) e das exportações.
Estas previsões foram publicadas antes do governo rever em baixa o seu cenário macroeconómico, mas continuam a ser mais pessimistas que as do Executivo. Na sexta-feira ao início da noite, o governo anunciou que espera uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8 por cento em 2009 e um crescimento de 0,5 por cento em 2010.
Também ao nível do desemprego o EIU é mais pessimista que o governo: a taxa deve subir este e no próximo ano para 8,8 e 9,0 por cento, respectivamente, valores abaixo das previsões de 8,5 e 8,2 por cento do Executivo.
O défice externo, medido pelo saldo da balança corrente, deve melhorar para 8,5 por cento do PIB em 2009 e para 8,2 por cento em 2010.
Do ponto de vista político, os analistas do Economist acreditam no aumento da instabilidade política, com o PS a ganhar as legislativas mas sem maioria absoluta e com a «deterioração» das relações entre o governo e Presidente da República.
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Portugal deverá viver recessão "severa" em 2009
18.01.2009 - 10h17
Por Lusa
A economia portuguesa deverá viver uma recessão "severa" este ano, a par de um "exigente" ciclo eleitoral, antecipam especialistas do Economist Intelligence Unit (EIU) que participam amanhã numa conferência em Lisboa com empresários e membros do Governo.
O Economist, que organiza até terça-feira a quarta mesa redonda empresarial com o Executivo português, considera que Portugal tem de enfrentar em 2009 um desafio duplo: a "recessão económica severa" e o "ciclo eleitoral exigente", pode ler-se na página de Internet do Economist Intelligence Unit (EIU), equipa de técnicos que pertence no grupo editorial do Economist.
Para este ano estão marcadas eleições legislativas, autárquicas e para o Parlamento Europeu.
Segundo o relatório do Economist, a economia portuguesa deverá contrair-se 2,0 por cento em 2009 e 0,1 por cento em 2010.
Os analistas do EIU antecipam que o governo de Sócrates centre este ano a sua actividade em medidas de amortecimento da crise, a caminho das eleições.
O PS deverá voltar a sair vencedor das eleições legislativas, mas desta vez sem a maioria absoluta, numa altura em que o maior partido da oposição, o PSD, continua a esforçar-se por aparecer como um "adversário sério", segundo os analistas do Economist.
Segundo os analistas, a consolidação orçamental conseguida em Portugal nos últimos tempos será provavelmente anulada em 2009 e 2010, dado o abrandamento da economia, com o défice orçamental a subir para os 4,5 por cento do PIB este ano e para os 4,8 por cento em 2010, ultrapassando por dois anos o limite dos 3,0 por cento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).
Tal como habitualmente, o encontro organizado pelo Economist será à porta fechada, tendo como tema este ano "Construir uma economia baseada no conhecimento".
O impacto da crise mundial em Portugal, as qualificações dos trabalhadores portugueses e a possibilidade de Portugal se tornar num centro de investigação, desenvolvimento e inovação serão alguns dos assuntos em cima da mesa, bem como a competitividade da economia portuguesa e as políticas prioritárias do Governo para este ano.
O primeiro-ministro afirmou no início de Dezembro que, em consequência das políticas de investimento realizadas ao longo dos últimos três anos, Portugal gastou 1,18 por cento do PIB em ciência e que o sector privado ultrapassou pela primeira vez o Estado no investimento total nesta área.
Da lista de participantes na conferência do Economist fazem parte diversos membros do Governo (o primeiro-ministro e os ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, da Economia e Inovação, e o secretário de Estado do Orçamento) e o governador do Banco de Portugal.
No rol de empresários encontram-se ainda responsáveis da Sonae, Alcatel, BES, Mota Engil, Iberol e da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), entre outros.
O Economist Conferences, organizador da mesa redonda, pertence ao grupo Economist, que publica a revista britânica "The Economist".
Por Lusa
A economia portuguesa deverá viver uma recessão "severa" este ano, a par de um "exigente" ciclo eleitoral, antecipam especialistas do Economist Intelligence Unit (EIU) que participam amanhã numa conferência em Lisboa com empresários e membros do Governo.
O Economist, que organiza até terça-feira a quarta mesa redonda empresarial com o Executivo português, considera que Portugal tem de enfrentar em 2009 um desafio duplo: a "recessão económica severa" e o "ciclo eleitoral exigente", pode ler-se na página de Internet do Economist Intelligence Unit (EIU), equipa de técnicos que pertence no grupo editorial do Economist.
Para este ano estão marcadas eleições legislativas, autárquicas e para o Parlamento Europeu.
Segundo o relatório do Economist, a economia portuguesa deverá contrair-se 2,0 por cento em 2009 e 0,1 por cento em 2010.
Os analistas do EIU antecipam que o governo de Sócrates centre este ano a sua actividade em medidas de amortecimento da crise, a caminho das eleições.
O PS deverá voltar a sair vencedor das eleições legislativas, mas desta vez sem a maioria absoluta, numa altura em que o maior partido da oposição, o PSD, continua a esforçar-se por aparecer como um "adversário sério", segundo os analistas do Economist.
Segundo os analistas, a consolidação orçamental conseguida em Portugal nos últimos tempos será provavelmente anulada em 2009 e 2010, dado o abrandamento da economia, com o défice orçamental a subir para os 4,5 por cento do PIB este ano e para os 4,8 por cento em 2010, ultrapassando por dois anos o limite dos 3,0 por cento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).
Tal como habitualmente, o encontro organizado pelo Economist será à porta fechada, tendo como tema este ano "Construir uma economia baseada no conhecimento".
O impacto da crise mundial em Portugal, as qualificações dos trabalhadores portugueses e a possibilidade de Portugal se tornar num centro de investigação, desenvolvimento e inovação serão alguns dos assuntos em cima da mesa, bem como a competitividade da economia portuguesa e as políticas prioritárias do Governo para este ano.
O primeiro-ministro afirmou no início de Dezembro que, em consequência das políticas de investimento realizadas ao longo dos últimos três anos, Portugal gastou 1,18 por cento do PIB em ciência e que o sector privado ultrapassou pela primeira vez o Estado no investimento total nesta área.
Da lista de participantes na conferência do Economist fazem parte diversos membros do Governo (o primeiro-ministro e os ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, da Economia e Inovação, e o secretário de Estado do Orçamento) e o governador do Banco de Portugal.
No rol de empresários encontram-se ainda responsáveis da Sonae, Alcatel, BES, Mota Engil, Iberol e da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), entre outros.
O Economist Conferences, organizador da mesa redonda, pertence ao grupo Economist, que publica a revista britânica "The Economist".
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