APB: Venda do Novo Banco "valoriza o sistema financeiro"

[Bocciardi]

O presidente executivo da Apple, Steve Jobs, anunciou que vai estar afastado da empresa até ao final de Junho, uma vez que os seus problemas de saúde são “mais complexos do que inicialmente se pensava”. Jobs disse que vai continuar envolvido nas decisões estratégicas da empresa, mas o anúncio surge de forma inesperada, surpreendendo o mercado.

Durante o afastamento de Jobs, que em 2004 foi operado a um cancro no pâncreas, o dia-a-dia da empresa ficará entregue ao responsável operacional, Tim Cook.

O comunicado de Steve Jobs, citado pela Reuters, foi divulgado quarta-feira à noite, e surgiu depois de especulações sobre o seu estado de saúde.

No dia 6 deste mês, procurando acabar com os rumores, o líder da empresa que lançou os computadores Macintosh, o iPod e o iPhone revelou que sofre de um desequilíbrio hormonal que o tem feito perder peso. Na sequência, os títulos da Apple reagiram no mercado de Nova Iorque com uma valorização de quase cinco por cento. Agora, este novo anúncio pode inverter novamente a situação. Os primeiros sinais dessa tendência foram a queda nos títulos do mercado de futuros dos EUA.

As especulações sobre o check-up clínico de Jobs prolongaram-se durante meses e foram ganhando volume com a ausência do CEO da firma em importantes eventos públicos. O estado de saúde do líder da Apple era dado como a razão essencial do mau desempenho dos títulos da empresa em bolsa. No comunicado da semana passada, Jobs revelou que perdeu peso "durante todo o ano de 2008. As razões para tal facto eram um mistério para mim e para os meus médicos", disse então.

Os testes prosseguiram e o CEO da Apple viu-se em condições de garantir que, finalmente, os médicos encontraram a causa do problema: "Um desequilíbrio hormonal que foi 'roubando' as proteínas que o meu corpo precisa para se manter saudável", afirmou Jobs. O tratamento, segundo indicava já o comunicado da semana passada, é "relativamente simples", mas deverá prolongar-se até ao Verão, para que o presidente executivo recupere completamente o peso perdido.

Jobs foi um dos fundadores da Apple, mas saiu em 16 de Setembro de 1985, regressando exactamente 12 anos depois. Esse período acabou por resultar num declínio da companhia, incapaz de, com os seus Macintosh, concorrer com as firmas que fabricavam PC. Quando voltou à Apple, Jobs revolucionou a gama de computadores e entrou na era dos gadgets, com dois produtos líderes de mercado: o leitor de música iPod (já vendeu dezenas de milhões de unidades) e o telefone iPhone, que junta no aparelho telefónico a Internet e um leitor de MP3.

No passado mês de Outubro, num artigo publicado no suplemento de Economia sobre a eventual sucessão (que já se adivinhava), Owen Linzmayer, autor do livro "Apple Confidential 2.0", afirmava que Jobs é uma lenda viva e é impossível substituir pessoas assim. “De certeza que a Apple vai encontrar alguém para ocupar o lugar de CEO, mas ninguém o poderá substituir junto dos fãs da Apple.", disse.

@Público