Sócrates pondera usar a “bomba atómica” na banca
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O Sr. Sócrates é um papagaio, cito Medina Carreira, que só diz o que quer, para agradar ao zé povinho...
Ou seja, demagogia e propaganda.
Ou seja, demagogia e propaganda.

Como se ganha dinheiro na bolsa?!
-Devo usar STOP's
-A tendência é minha amiga
-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
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PSD: «Ministro ameaçou a banca com a bomba atómica»
Líder parlamentar defendeu que o Governo não está preocupado com credibilidade do sistema financeiro
O líder parlamentar do PSD considerou esta quarta-feira que «o ministro das Finanças ameaçou a banca com a bomba atómica», mostrando que «não está preocupado com a estabilidade e credibilidade do sistema financeiro», informa a Lusa.
A declaração foi efectuada durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República. Paulo Rangel referia-se à possibilidade de serem retiradas as garantias às instituições de crédito se não fizerem chegar o dinheiro às empresas, admitida pelo ministro Teixeira dos Santos.
Plano português impulsiona PIB
«Como é que o Governo pode dizer que as linhas de crédito são um sucesso, que até se esgotam num mês, que já há 600 milhões de pedidos, e depois o senhor ministro das Finanças vir ameaçar com a bomba atómica para o sistema financeiro e para o sistema bancário?», questionou o líder parlamentar do PSD.
Governo «não sabe» impacto na taxa de desemprego
O líder parlamentar do PSD acusou também o Governo de apresentar um plano anti-crise sem ter ideia do seu impacto na taxa de desemprego. O principal partido da oposição questionou o primeiro-ministro sobre o assunto, no entanto, não obteve uma resposta concreta, informa a agência Lusa.
Durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República, Paulo Rangel perguntou a José Sócrates «qual é a sua previsão quanto à taxa de desemprego sem o plano e qual é a sua previsão quanto à taxa de desemprego com o plano».
«Isto é, qual é o impacto do plano na taxa de desemprego de 2009?», precisou o líder parlamentar do PSD, pedindo ainda ao primeiro-ministro que respondesse «qual é o impacto na taxa de crescimento em 2009, dizendo qual é a previsão sem plano e a previsão com plano?».
Primeiro-ministro não responde
Na resposta, José Sócrates começou por afirmar que o Governo apresentou «um plano de acção, que tem mais investimento público, mais apoio às empresas, mais apoio ao emprego» e que está «a potenciar o investimento público para fazer face a uma das mais sérias crises que aí vem».
«O senhor ministro das Finanças já respondeu à sua pergunta hoje de manhã. Os nossos cálculos dizem-nos que este estimulo orçamental tem o efeito de 0,7 pontos percentuais no Produto Interno Bruto (PIB)», acrescentou, repetindo o valor referido esta manhã o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.
Sobre o desemprego, José Sócrates respondeu: «Os nossos cálculos dizem-nos que nós poderemos salvar muitos empregos com este plano. E tudo o que podermos fazer para salvar emprego faremos porque esta é a prioridade das prioridades».
Paulo Rangel assinalou que o primeiro-ministro «não diz qual é a taxa de crescimento que prevê sem o plano e com o plano» e alegou que «é evidente que o senhor primeiro-ministro não sabe» o impacto do plano anti-crise no desemprego.
Líder parlamentar defendeu que o Governo não está preocupado com credibilidade do sistema financeiro
O líder parlamentar do PSD considerou esta quarta-feira que «o ministro das Finanças ameaçou a banca com a bomba atómica», mostrando que «não está preocupado com a estabilidade e credibilidade do sistema financeiro», informa a Lusa.
A declaração foi efectuada durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República. Paulo Rangel referia-se à possibilidade de serem retiradas as garantias às instituições de crédito se não fizerem chegar o dinheiro às empresas, admitida pelo ministro Teixeira dos Santos.
Plano português impulsiona PIB
«Como é que o Governo pode dizer que as linhas de crédito são um sucesso, que até se esgotam num mês, que já há 600 milhões de pedidos, e depois o senhor ministro das Finanças vir ameaçar com a bomba atómica para o sistema financeiro e para o sistema bancário?», questionou o líder parlamentar do PSD.
Governo «não sabe» impacto na taxa de desemprego
O líder parlamentar do PSD acusou também o Governo de apresentar um plano anti-crise sem ter ideia do seu impacto na taxa de desemprego. O principal partido da oposição questionou o primeiro-ministro sobre o assunto, no entanto, não obteve uma resposta concreta, informa a agência Lusa.
Durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República, Paulo Rangel perguntou a José Sócrates «qual é a sua previsão quanto à taxa de desemprego sem o plano e qual é a sua previsão quanto à taxa de desemprego com o plano».
«Isto é, qual é o impacto do plano na taxa de desemprego de 2009?», precisou o líder parlamentar do PSD, pedindo ainda ao primeiro-ministro que respondesse «qual é o impacto na taxa de crescimento em 2009, dizendo qual é a previsão sem plano e a previsão com plano?».
Primeiro-ministro não responde
Na resposta, José Sócrates começou por afirmar que o Governo apresentou «um plano de acção, que tem mais investimento público, mais apoio às empresas, mais apoio ao emprego» e que está «a potenciar o investimento público para fazer face a uma das mais sérias crises que aí vem».
«O senhor ministro das Finanças já respondeu à sua pergunta hoje de manhã. Os nossos cálculos dizem-nos que este estimulo orçamental tem o efeito de 0,7 pontos percentuais no Produto Interno Bruto (PIB)», acrescentou, repetindo o valor referido esta manhã o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.
Sobre o desemprego, José Sócrates respondeu: «Os nossos cálculos dizem-nos que nós poderemos salvar muitos empregos com este plano. E tudo o que podermos fazer para salvar emprego faremos porque esta é a prioridade das prioridades».
Paulo Rangel assinalou que o primeiro-ministro «não diz qual é a taxa de crescimento que prevê sem o plano e com o plano» e alegou que «é evidente que o senhor primeiro-ministro não sabe» o impacto do plano anti-crise no desemprego.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Achei esta notícia bastante estranha. Primeiro, vem no Semanário, jornal que caiu um pouco no esquecimento. Segundo, não a vi a ser repercutida na restante comunicação social, nem a título de notícia nem ao nível de comentadores. Terceiro, não sabia que os restantes países europeus ponderam em concertação conjunta nacionalizar a banca.
Resumindo, achei a notícia um pouco alarmista e pouco fundamentada.
Resumindo, achei a notícia um pouco alarmista e pouco fundamentada.
"Opportunity is missed by most people because it is dressed in overalls and looks like work." Thomas Edison
mfsr1980 Escreveu:Não vejo como a CGD possa estar em melhores condições que os outros bancos. Têm, isso sim, as costas quentes. Que eu saiba têm feito aumentos de Capital para não acontecer o que aconteceu aos outros.
Agora a apostar em bancos, eu escolheria a CGD ou o BCP, porque serão os que mais beneficiarão destas "garantias bancárias".
Um abraço de
Miguel Rodrigues
A CGD já avisou o governo que vai precisar de um aumento de capital de €1000 milhões devido ao BPN o que mostra que em termos financeiros também está no limite. Quando salvar outros bancos deve ir pedir mais aumentos de capital ao governo para manter os Rácios. Imagino o AC caso se tenha de agarrar um banco maior na nossa praça...
CUmprimentos
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Big Crash Escreveu:Uma pergunta básica aos meus caros foristas:
De uma forma muito simplista o que é que acontece a quem tem acções de um banco se este for nacionalizado? Quem diz de um banco diz de outra empresa qualquer...
Isso depende de quem nacionaliza.
Se o poder ou governo que nacionaliza for "bonzinho" indemniza os accionistas, mas é sempre ele próprio a definir quais são as indemnizações.
Se for "mauzinho" não indemniza coisa nenhuma.
Isso já aconteceu neste país em 1975.
Nessa altura foram nacionalizadas a banca e grandes empresas privadas como a CUF. Na altura os accionistas e proprietários das ditas não receberam nada em troca. A maior parte até fugiu do país.
Mais tarde com a entrada na UE os ex-proprietários processaram o estado português em tribunais europeus a acabaram por receber indemnizações.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Boa noite a todos/as;
Uma pergunta básica aos meus caros foristas:
De uma forma muito simplista o que é que acontece a quem tem acções de um banco se este for nacionalizado? Quem diz de um banco diz de outra empresa qualquer...
Obrigado.
Uma pergunta básica aos meus caros foristas:
De uma forma muito simplista o que é que acontece a quem tem acções de um banco se este for nacionalizado? Quem diz de um banco diz de outra empresa qualquer...
Obrigado.
Não percebo NADA disto!
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- Localização: 12
Atomez Escreveu:11 de Março de 1975 redux?
Apocalipse daqui a um bocado.
É mesmo uma "bomba atómica", vai tudo raso e depois levam-se décadas a reconstruir...
Só que desta vez estamos na UE e eles não deixam.
Não?
Ainda acabamos na URSE - União das Repúblicas Socialistas da Europa!
Depois dos USSA?
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
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Não vejo como a CGD possa estar em melhores condições que os outros bancos. Têm, isso sim, as costas quentes. Que eu saiba têm feito aumentos de Capital para não acontecer o que aconteceu aos outros.
Agora a apostar em bancos, eu escolheria a CGD ou o BCP, porque serão os que mais beneficiarão destas "garantias bancárias".
Um abraço de
Miguel Rodrigues
Agora a apostar em bancos, eu escolheria a CGD ou o BCP, porque serão os que mais beneficiarão destas "garantias bancárias".
Um abraço de
Miguel Rodrigues
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Na URSE não sei, mas já cá temos o URSO nos mercados
Não me parece que este cenário seja o mais provavel, principalmente com este PM. Ainda é muito cedo para tal.
Agora que potencialmente, o Governo poderá contornar os Bancos e dar dinheiro ás empresas directamente, via subsidios, ou outro esquema qualquer, lá isso pode. Pelo menos não andaria a salvar os balanços de quem fez mais asneiras nos ultimos anos.Excepção feita á CGD, pois pelo menos no caso do BPN tiveram que injectar +800 M€ para sanear aquilo.
E será que o estado tem €€ para isto tudo? não me parece..os tipos já neem emitem moeda..

Não me parece que este cenário seja o mais provavel, principalmente com este PM. Ainda é muito cedo para tal.
Agora que potencialmente, o Governo poderá contornar os Bancos e dar dinheiro ás empresas directamente, via subsidios, ou outro esquema qualquer, lá isso pode. Pelo menos não andaria a salvar os balanços de quem fez mais asneiras nos ultimos anos.Excepção feita á CGD, pois pelo menos no caso do BPN tiveram que injectar +800 M€ para sanear aquilo.
E será que o estado tem €€ para isto tudo? não me parece..os tipos já neem emitem moeda..

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11 de Março de 1975 redux?
Apocalipse daqui a um bocado.
É mesmo uma "bomba atómica", vai tudo raso e depois levam-se décadas a reconstruir...
Só que desta vez estamos na UE e eles não deixam.
Não?
Ainda acabamos na URSE - União das Repúblicas Socialistas da Europa!
Apocalipse daqui a um bocado.
É mesmo uma "bomba atómica", vai tudo raso e depois levam-se décadas a reconstruir...
Só que desta vez estamos na UE e eles não deixam.
Não?
Ainda acabamos na URSE - União das Repúblicas Socialistas da Europa!
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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Re:
Mas quem se lembrou de dar o nome de "bomba atómica" o jornal ou o PM? Cada nome que têm dado a estas coisas! Taxa "robin dos bosques", agora "bomba atómica".
A mim parece me que esse plano de financiar as empresas directamente será bem vindo, se já não mesmo essencial. A banca está mesmo a empancar a economia e enquanto esta crise no sistema financeiro não se resolver, penso que os governos deveriam mesmo financiar as empresas, é preciso estimular directamente a economia real em momentos apertados como este.
A mim parece me que esse plano de financiar as empresas directamente será bem vindo, se já não mesmo essencial. A banca está mesmo a empancar a economia e enquanto esta crise no sistema financeiro não se resolver, penso que os governos deveriam mesmo financiar as empresas, é preciso estimular directamente a economia real em momentos apertados como este.
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Sócrates pondera usar a “bomba atómica” na banca
Sócrates pondera usar a “bomba atómica” na banca
2008-11-21 16:42
O Governo pode contornar os bancos, dando o dinheiro directamente às empresas. Se não resultar, Sócrates pode avançar mesmo para a nacionalização da banca portuguesa, seguindo o exemplo em ponderação noutras capitais europeias.
Bancos já absorveram 70 % dos fundos para as PME mas empresas ficaram sem crédito
Sócrates pondera usar a "bomba atómica"
O Governo pode contornar os bancos, dando o dinheiro directamente às empresas. Se não resultar, Sócrates pode avançar mesmo para a nacionalização da banca portuguesa, seguindo o exemplo em ponderação noutras capitais europeias. Setenta por cento dos fundos atribuídos pelo governo para as PME (mil e quatrocentos milhões de euros) ficaram nos bancos e não chegaram, até agora, às empresas.
Mais de 70 por cento dos recursos disponibilizados pelo Governo para as PME já foram absorvidos pelos bancos, que reestruturaram o crédito sem garantias das empresas em crédito garantido pelo Estado, e aproveitam a oportunidade para aumentarem o spread e ainda imporem novas condições de montagens de financiamento em alguns caos superiores a 2%. Mas é um facto que o dinheiro não chega às empresas, estando apenas a servir para melhorar as contas dos bancos e sobretudo para passar o risco das empresas para o risco Estado. Os bancos recusam crédito novo liminarmente, estando neste momento a asfixiar as PME, apesar das facilidades concedidas pelo Estado.
Ao que o SEMANÁRIO apurou, muitas das instituições estão já a recorrer ao aval do Estado, para se financiarem junto do BCE, mas os maiores bancos, como o BCP, tem evitado tal recurso.
Esta situação está a preocupar o primeiro-ministro, que já pondera usar a bomba atómica, ou seja, entregar directamente o dinheiro às empresas, por exemplo, através do AICEP ou do IAPMEI, ou ainda negociando com as associações empresariais e contornando os bancos. Basicamente o sector público, perante a incapacidade da banca, criava um esquema paralelo para evitar a catástrofe financeira, com a recessão mais grave desde o início dos anos trinta, quando Salazar tomou conta do País.
A outra alternativa é avançar já para a nacionalização dos bancos, considerando que eles não cumprem a missão pública de levar os recursos à economia e se transformaram na maior empecilho ao crescimento económico. O Governo já dispõe de instrumentos para essa intervenção e o facto de estudos independentes apontarem para o agravamento das condições de exploração dos bancos é um excelente pretexto para o Estado entrar pelos bancos adentro.
Sócrates tem estado em contacto com a CGD, que se queixa também de estar com pouco "funding" e a necessitar de um aumento de capital urgente de mais de mil milhões de euros para acomodar a nacionalização do BPN.
Banca poderá necessitar de reforçar capital em mais de 2,5 mil milhões de euros
Por outro lado, a necessidade de cumprimento dos novos requisitos de capital por parte dos bancos portugueses, que estipulam um rácio Tier 1 de 8%, irá obrigar a maioria destas instituições a efectuar reforços de capital, que poderão ascender a 2,5 mil milhões de euros e esta pode ser a oportunidade para agir.
Um estudo efectuado recentemente pela consultora A.T. Kearney refere que o crédito malparado deverá atingir os 8 mil milhões de euros no final do próximo ano, o que representa cerca de 3% da carteira de crédito e mais do dobro do valor verificado no final de 2007.
A actual crise financeira internacional, as ameaças de recessão e as medidas regulatórias recentemente anunciadas deverão ter "um efeito combinado severo" sobre os bancos nacionais, que poderão resultar na "queda abrupta e insustentável dos níveis de retorno económico" e conduzir, num prazo relativamente curto, a operações com um impacto significativo no sector.
A banca enfrenta um forte risco de redução da rentabilidade dos seus capitais (ROE), dos actuais níveis de 15% para níveis próximos de 6 a 7% até ao final do próximo ano.
"O arrefecimento súbito do produto bancário, o crescimento dos custos de estrutura, o aumento exponencial do crédito malparado e os aumentos de capital necessários para atingir os novos rácios de solvabilidade, exigidos pelo Banco de Portugal, implicam uma queda da rentabilidade dos capitais próprios da banca nacional dos níveis tradicionalmente superiores a 15% para valores próximos dos 6-7% em 2009", conclui o mesmo estudo.
O rácio entre os empréstimos concedidos e os depósitos efectuados pelos clientes dos bancos mais do que duplicou nos últimos dezassete anos, passando de 75% em 1990 para os 152% em 2007, conforme o SEMANÁRIO divulgou a semana passada. Esta subida deveu-se essencialmente ao crédito imobiliário e à construção, cujo seu contributo para o montante total de crédito concedido aumentou de 38% em Dezembro de 1990 para 68% em Agosto de 2008. No entanto, esta tendência deverá ser contrariada no futuro, devido ao elevado endividamento das famílias e das empresas portuguesas.
O aumento de crédito malparado até ao final de 2009 tem já impacto na rentabilidade, dado o forte peso da imparidade no produto bancário e perante as dificuldades para conseguir sustentar os níveis históricos de provisões.
As receitas dos bancos têm vindo a diminuir muito rapidamente, tendo a margem financeira atingido o nível mais baixo dos últimos dez anos, devido sobretudo à sua exposição aos mercados de capitais, nomeadamente através de participações financeiras, investimentos dos fundos de pensões e da carteira de títulos destas instituições.
Uma urgência de semanas
O Governo começa já a ter consciência que o colapso da economia pode estar por semanas e que, se não chegar dinheiro à tesouraria das empresas antes da segunda semana de Dezembro, estará comprometido o Natal, que representa para milhares de empresas mais de 40% da sua facturação. Por outro lado, o facto dos bancos não financiarem as exportações, nem estarem a renovar seguro de crédito para exportadores e importadores, está a estrangular a economia. A nacionalização da COSEC está em cima da mesa também.
Para o Governo o mais grave pode mesmo ser a onda de crise social sem precedentes, que poderá provocar a maior viragem política e comprometer mesmo o regime republicano.
Indicadores mostram prolongamento da desaceleração económica
Ainda por cima os indicadores económicos relativos ao mês de Outubro de 2008 prolongaram o movimento descendente dos meses anteriores, em sintonia com o comportamento da Zona Euro, conforme informava esta semana o Instituto Nacional de Estatística (INE). Na sua síntese económica de conjuntura, o INE avançava que a formação bruta de capital fixo, ou seja, o investimento acentuou a sua variação negativa entre Julho e Setembro, reflectindo as evoluções, também negativas, das componentes de material de transporte e de construção.
No mesmo documento, o INE nota que o indicador de clima económico diminuiu 0,3% em Outubro, contra a subida de 0,1% registada em Setembro.
"O indicador de clima económico, já disponível para Outubro, e o indicador de actividade económica, disponível para Setembro, prolongaram os acentuados movimentos descendentes dos meses anteriores."
Em relação à procura interna, o INE explicava que o consumo privado acelerou no terceiro trimestre, devido à recuperação observada, quer no consumo corrente, quer no duradouro, mas nota, contudo, que esta evolução estará em parte relacionada com o "adiamento de compras para o terceiro trimestre em consequência das alterações no IVA e com o efeito de base provocado pela alteração do ISV no período homólogo de 2007."
O INE recordou ainda que a taxa de desemprego se situou nos 7,7% entre Julho e Setembro, menos 0,2 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado, e que, por sua vez, a inflação homóloga foi de 2,3% no período em análise, o que representa uma queda de 0,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Maior transparência
BdP estabelece regras mais exigentes para divulgação de informação pelos bancos
O Banco de Portugal (BdP) colocou esta semana em consulta pública um projecto de diploma que estabelece um conjunto de regras mais rigorosas para serem cumpridas pelos bancos em relação às informações prestadas aos clientes sobre as contas à ordem e os depósitos bancários, sejam estes a prazo, com pré-aviso ou de poupança.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Banco de Portugal, o novo conjunto de regras incide em três momentos: antes, aquando e após a abertura de uma conta ou a constituição de um depósito.
Antes da abertura de uma conta ou constituição de um depósito, a instituição de crédito terá de entregar ao cliente uma ficha de informação normalizada, isto é, comum a todos os bancos, com a descrição das principais características da conta ou depósito.
No que respeita aos depósitos a prazo, os bancos terão de referir qual a taxa de juro a ser praticada, a possibilidade de movimentação antecipada de fundos aplicados no depósito e a eventual penalização sobre os juros, a existência ou não de capitalização de juros, as condições de renovação do depósito, entre outras informações.
Em relação à abertura de uma conta à ordem, sobressai, nomeadamente, a exigência de uma clara indicação das comissões aplicáveis, descobertos autorizados e respectivas condições, entre outras.
O Banco de Portugal nota ainda que a existência de uma ficha de informação comum a todos os bancos para depósitos vai permitir ao cliente comparar alternativas apresentadas por outras instituições de crédito.
O projecto de diploma estabelece também que a formalização da abertura de uma conta ou da constituição de um depósito, em documento contratual, deve conter os elementos informativos constantes da ficha de informação normalizada. Para além disso, as instituições de crédito devem igualmente disponibilizar aos clientes uma cópia do contrato de abertura de conta, ou de constituição de depósito, formalmente confirmado por ambas as partes, e fazer prova disso perante o Banco de Portugal, quando assim solicitado.
O projecto de diploma define também a informação mínima que deve constar dos extractos bancários e a periodicidade mínima para a sua disponibilização aos clientes. Essa informação deve incluir, nomeadamente, os movimentos relativos a juros, comissões e outros encargos.
O Banco de Portugal nota que este conjunto de princípios e regras vai ser publicado, após realizada a consulta pública e depois da sua decisão final, sob a forma de Aviso do Banco, em Diário da República.
2008-11-21 16:42
O Governo pode contornar os bancos, dando o dinheiro directamente às empresas. Se não resultar, Sócrates pode avançar mesmo para a nacionalização da banca portuguesa, seguindo o exemplo em ponderação noutras capitais europeias.
Bancos já absorveram 70 % dos fundos para as PME mas empresas ficaram sem crédito
Sócrates pondera usar a "bomba atómica"
O Governo pode contornar os bancos, dando o dinheiro directamente às empresas. Se não resultar, Sócrates pode avançar mesmo para a nacionalização da banca portuguesa, seguindo o exemplo em ponderação noutras capitais europeias. Setenta por cento dos fundos atribuídos pelo governo para as PME (mil e quatrocentos milhões de euros) ficaram nos bancos e não chegaram, até agora, às empresas.
Mais de 70 por cento dos recursos disponibilizados pelo Governo para as PME já foram absorvidos pelos bancos, que reestruturaram o crédito sem garantias das empresas em crédito garantido pelo Estado, e aproveitam a oportunidade para aumentarem o spread e ainda imporem novas condições de montagens de financiamento em alguns caos superiores a 2%. Mas é um facto que o dinheiro não chega às empresas, estando apenas a servir para melhorar as contas dos bancos e sobretudo para passar o risco das empresas para o risco Estado. Os bancos recusam crédito novo liminarmente, estando neste momento a asfixiar as PME, apesar das facilidades concedidas pelo Estado.
Ao que o SEMANÁRIO apurou, muitas das instituições estão já a recorrer ao aval do Estado, para se financiarem junto do BCE, mas os maiores bancos, como o BCP, tem evitado tal recurso.
Esta situação está a preocupar o primeiro-ministro, que já pondera usar a bomba atómica, ou seja, entregar directamente o dinheiro às empresas, por exemplo, através do AICEP ou do IAPMEI, ou ainda negociando com as associações empresariais e contornando os bancos. Basicamente o sector público, perante a incapacidade da banca, criava um esquema paralelo para evitar a catástrofe financeira, com a recessão mais grave desde o início dos anos trinta, quando Salazar tomou conta do País.
A outra alternativa é avançar já para a nacionalização dos bancos, considerando que eles não cumprem a missão pública de levar os recursos à economia e se transformaram na maior empecilho ao crescimento económico. O Governo já dispõe de instrumentos para essa intervenção e o facto de estudos independentes apontarem para o agravamento das condições de exploração dos bancos é um excelente pretexto para o Estado entrar pelos bancos adentro.
Sócrates tem estado em contacto com a CGD, que se queixa também de estar com pouco "funding" e a necessitar de um aumento de capital urgente de mais de mil milhões de euros para acomodar a nacionalização do BPN.
Banca poderá necessitar de reforçar capital em mais de 2,5 mil milhões de euros
Por outro lado, a necessidade de cumprimento dos novos requisitos de capital por parte dos bancos portugueses, que estipulam um rácio Tier 1 de 8%, irá obrigar a maioria destas instituições a efectuar reforços de capital, que poderão ascender a 2,5 mil milhões de euros e esta pode ser a oportunidade para agir.
Um estudo efectuado recentemente pela consultora A.T. Kearney refere que o crédito malparado deverá atingir os 8 mil milhões de euros no final do próximo ano, o que representa cerca de 3% da carteira de crédito e mais do dobro do valor verificado no final de 2007.
A actual crise financeira internacional, as ameaças de recessão e as medidas regulatórias recentemente anunciadas deverão ter "um efeito combinado severo" sobre os bancos nacionais, que poderão resultar na "queda abrupta e insustentável dos níveis de retorno económico" e conduzir, num prazo relativamente curto, a operações com um impacto significativo no sector.
A banca enfrenta um forte risco de redução da rentabilidade dos seus capitais (ROE), dos actuais níveis de 15% para níveis próximos de 6 a 7% até ao final do próximo ano.
"O arrefecimento súbito do produto bancário, o crescimento dos custos de estrutura, o aumento exponencial do crédito malparado e os aumentos de capital necessários para atingir os novos rácios de solvabilidade, exigidos pelo Banco de Portugal, implicam uma queda da rentabilidade dos capitais próprios da banca nacional dos níveis tradicionalmente superiores a 15% para valores próximos dos 6-7% em 2009", conclui o mesmo estudo.
O rácio entre os empréstimos concedidos e os depósitos efectuados pelos clientes dos bancos mais do que duplicou nos últimos dezassete anos, passando de 75% em 1990 para os 152% em 2007, conforme o SEMANÁRIO divulgou a semana passada. Esta subida deveu-se essencialmente ao crédito imobiliário e à construção, cujo seu contributo para o montante total de crédito concedido aumentou de 38% em Dezembro de 1990 para 68% em Agosto de 2008. No entanto, esta tendência deverá ser contrariada no futuro, devido ao elevado endividamento das famílias e das empresas portuguesas.
O aumento de crédito malparado até ao final de 2009 tem já impacto na rentabilidade, dado o forte peso da imparidade no produto bancário e perante as dificuldades para conseguir sustentar os níveis históricos de provisões.
As receitas dos bancos têm vindo a diminuir muito rapidamente, tendo a margem financeira atingido o nível mais baixo dos últimos dez anos, devido sobretudo à sua exposição aos mercados de capitais, nomeadamente através de participações financeiras, investimentos dos fundos de pensões e da carteira de títulos destas instituições.
Uma urgência de semanas
O Governo começa já a ter consciência que o colapso da economia pode estar por semanas e que, se não chegar dinheiro à tesouraria das empresas antes da segunda semana de Dezembro, estará comprometido o Natal, que representa para milhares de empresas mais de 40% da sua facturação. Por outro lado, o facto dos bancos não financiarem as exportações, nem estarem a renovar seguro de crédito para exportadores e importadores, está a estrangular a economia. A nacionalização da COSEC está em cima da mesa também.
Para o Governo o mais grave pode mesmo ser a onda de crise social sem precedentes, que poderá provocar a maior viragem política e comprometer mesmo o regime republicano.
Indicadores mostram prolongamento da desaceleração económica
Ainda por cima os indicadores económicos relativos ao mês de Outubro de 2008 prolongaram o movimento descendente dos meses anteriores, em sintonia com o comportamento da Zona Euro, conforme informava esta semana o Instituto Nacional de Estatística (INE). Na sua síntese económica de conjuntura, o INE avançava que a formação bruta de capital fixo, ou seja, o investimento acentuou a sua variação negativa entre Julho e Setembro, reflectindo as evoluções, também negativas, das componentes de material de transporte e de construção.
No mesmo documento, o INE nota que o indicador de clima económico diminuiu 0,3% em Outubro, contra a subida de 0,1% registada em Setembro.
"O indicador de clima económico, já disponível para Outubro, e o indicador de actividade económica, disponível para Setembro, prolongaram os acentuados movimentos descendentes dos meses anteriores."
Em relação à procura interna, o INE explicava que o consumo privado acelerou no terceiro trimestre, devido à recuperação observada, quer no consumo corrente, quer no duradouro, mas nota, contudo, que esta evolução estará em parte relacionada com o "adiamento de compras para o terceiro trimestre em consequência das alterações no IVA e com o efeito de base provocado pela alteração do ISV no período homólogo de 2007."
O INE recordou ainda que a taxa de desemprego se situou nos 7,7% entre Julho e Setembro, menos 0,2 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado, e que, por sua vez, a inflação homóloga foi de 2,3% no período em análise, o que representa uma queda de 0,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Maior transparência
BdP estabelece regras mais exigentes para divulgação de informação pelos bancos
O Banco de Portugal (BdP) colocou esta semana em consulta pública um projecto de diploma que estabelece um conjunto de regras mais rigorosas para serem cumpridas pelos bancos em relação às informações prestadas aos clientes sobre as contas à ordem e os depósitos bancários, sejam estes a prazo, com pré-aviso ou de poupança.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Banco de Portugal, o novo conjunto de regras incide em três momentos: antes, aquando e após a abertura de uma conta ou a constituição de um depósito.
Antes da abertura de uma conta ou constituição de um depósito, a instituição de crédito terá de entregar ao cliente uma ficha de informação normalizada, isto é, comum a todos os bancos, com a descrição das principais características da conta ou depósito.
No que respeita aos depósitos a prazo, os bancos terão de referir qual a taxa de juro a ser praticada, a possibilidade de movimentação antecipada de fundos aplicados no depósito e a eventual penalização sobre os juros, a existência ou não de capitalização de juros, as condições de renovação do depósito, entre outras informações.
Em relação à abertura de uma conta à ordem, sobressai, nomeadamente, a exigência de uma clara indicação das comissões aplicáveis, descobertos autorizados e respectivas condições, entre outras.
O Banco de Portugal nota ainda que a existência de uma ficha de informação comum a todos os bancos para depósitos vai permitir ao cliente comparar alternativas apresentadas por outras instituições de crédito.
O projecto de diploma estabelece também que a formalização da abertura de uma conta ou da constituição de um depósito, em documento contratual, deve conter os elementos informativos constantes da ficha de informação normalizada. Para além disso, as instituições de crédito devem igualmente disponibilizar aos clientes uma cópia do contrato de abertura de conta, ou de constituição de depósito, formalmente confirmado por ambas as partes, e fazer prova disso perante o Banco de Portugal, quando assim solicitado.
O projecto de diploma define também a informação mínima que deve constar dos extractos bancários e a periodicidade mínima para a sua disponibilização aos clientes. Essa informação deve incluir, nomeadamente, os movimentos relativos a juros, comissões e outros encargos.
O Banco de Portugal nota que este conjunto de princípios e regras vai ser publicado, após realizada a consulta pública e depois da sua decisão final, sob a forma de Aviso do Banco, em Diário da República.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
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