Será desta que as acções bateram no fundo?
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António Seladas
"É preferível que os investidores optem por carteiras diversificadas em acções"
Sete perguntas a... António Seladas, Responsável pelo research do Millennium IB
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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt
Os mercados accionistas, no global, já atingiram o fundo? Ou ainda podemos assistir a novos episódios de quedas acentuadas?
A volatilidade, apesar de se ter reduzido recentemente, mantém-se em níveis muito elevados, o que torna difícil perspectivar a evolução dos mercados accionistas. Apesar disso, as avaliações encontram-se em níveis históricos, por qualquer medida, muito abaixo do que tem sido regra durante um período de tempo dilatado.
O que irá marcar o andamento das bolsas no curto-prazo?
Serão os resultados do quarto trimestre nos EUA, que deverão começar a ser divulgados na segunda/terceira semana de Janeiro. A base de comparação, pelo menos no sector financeiro, é, pela primeira vez no último ano, muito positiva, porque há um ano atrás os resultados do sector financeiro já foram fortemente influenciados pelas correcção dos valores dos activos.
Pela negativa, as empresas estarão de uma forma geral a sentir o impacto da desaceleração económica.
As acções estão já a níveis atractivos? O rácio risco/recompensa já é positivo?
Um dos problemas nesta correcção de mercado é que houve uma forte contracção dos múltiplos (preço a dividir pelos resultados por acção) a que geralmente as acções transaccionavam. Ou seja, perderam-se as referências mais recentes. Foi necessário encontrar múltiplos que já não eram vistos há 20 ou mais anos.
É muito importante que a volatilidade caia para valores mais razoáveis para facilitar o investimento em acções.
2008 está a ser um ano “negro”. Que cenários estão a descontar as acções? Recessão prolongada?
Não existido uma resposta directa, diria que aos valores implícitos actuais, estaremos talvez mais perto de uma depressão do que recessão. Ou seja, se for uma recessão forte, mas que no final de 2009, pelo menos nos EUA já existam alguns sinais mais positivos, é natural que o mercado de acções faça uma importante recuperação até lá.
O PSI-20 é um dos índices mais penalizados na Europa. É uma tendência que se irá manter no próximo ano?
Portugal parece ter um problema estrutural de crescimento, portanto é natural que o mercado accionista reflicta isso. Por outro lado, no longo-prazo, nota-se uma evolução muito semelhante com a Zona Euro
Podemos esperar um 2009 positivo? Julgamos que se for recessão, com os primeiros sinais positivos na economia EUA em final de 2009, inícios de 2010, é natural que os mercados accionistas tenham um comportamento positivo. Numa situação de depressão parece muito difícil que isso aconteça.
Nesta altura, que conselhos dá aos investidores? Investir? Sair? Manter?
O posicionamento em acções terá que ser sempre com uma óptica de longo-prazo e, neste momento, importa perceber que tipo de ajustamento macroeconómico estamos a viver.
Julgo também que com este nível de volatilidade é preferível optar por carteiras diversificadas em acções e reduzir o chamado “risco especifico”.
"É preferível que os investidores optem por carteiras diversificadas em acções"
Sete perguntas a... António Seladas, Responsável pelo research do Millennium IB
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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt
Os mercados accionistas, no global, já atingiram o fundo? Ou ainda podemos assistir a novos episódios de quedas acentuadas?
A volatilidade, apesar de se ter reduzido recentemente, mantém-se em níveis muito elevados, o que torna difícil perspectivar a evolução dos mercados accionistas. Apesar disso, as avaliações encontram-se em níveis históricos, por qualquer medida, muito abaixo do que tem sido regra durante um período de tempo dilatado.
O que irá marcar o andamento das bolsas no curto-prazo?
Serão os resultados do quarto trimestre nos EUA, que deverão começar a ser divulgados na segunda/terceira semana de Janeiro. A base de comparação, pelo menos no sector financeiro, é, pela primeira vez no último ano, muito positiva, porque há um ano atrás os resultados do sector financeiro já foram fortemente influenciados pelas correcção dos valores dos activos.
Pela negativa, as empresas estarão de uma forma geral a sentir o impacto da desaceleração económica.
As acções estão já a níveis atractivos? O rácio risco/recompensa já é positivo?
Um dos problemas nesta correcção de mercado é que houve uma forte contracção dos múltiplos (preço a dividir pelos resultados por acção) a que geralmente as acções transaccionavam. Ou seja, perderam-se as referências mais recentes. Foi necessário encontrar múltiplos que já não eram vistos há 20 ou mais anos.
É muito importante que a volatilidade caia para valores mais razoáveis para facilitar o investimento em acções.
2008 está a ser um ano “negro”. Que cenários estão a descontar as acções? Recessão prolongada?
Não existido uma resposta directa, diria que aos valores implícitos actuais, estaremos talvez mais perto de uma depressão do que recessão. Ou seja, se for uma recessão forte, mas que no final de 2009, pelo menos nos EUA já existam alguns sinais mais positivos, é natural que o mercado de acções faça uma importante recuperação até lá.
O PSI-20 é um dos índices mais penalizados na Europa. É uma tendência que se irá manter no próximo ano?
Portugal parece ter um problema estrutural de crescimento, portanto é natural que o mercado accionista reflicta isso. Por outro lado, no longo-prazo, nota-se uma evolução muito semelhante com a Zona Euro
Podemos esperar um 2009 positivo? Julgamos que se for recessão, com os primeiros sinais positivos na economia EUA em final de 2009, inícios de 2010, é natural que os mercados accionistas tenham um comportamento positivo. Numa situação de depressão parece muito difícil que isso aconteça.
Nesta altura, que conselhos dá aos investidores? Investir? Sair? Manter?
O posicionamento em acções terá que ser sempre com uma óptica de longo-prazo e, neste momento, importa perceber que tipo de ajustamento macroeconómico estamos a viver.
Julgo também que com este nível de volatilidade é preferível optar por carteiras diversificadas em acções e reduzir o chamado “risco especifico”.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Será desta que as acções bateram no fundo?
Bolsas entre a crise e a recuperação
Será desta que as acções bateram no fundo?
Quando se aproxima o final do pior ano de sempre para as acções, persistem dúvidas sobre qual o rumo para as bolsas em 2009. As acções já terão batido no fundo? O pior já terá passado?
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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt
Quando se aproxima o final do pior ano de sempre para as acções, persistem dúvidas sobre qual o rumo para as bolsas em 2009. As acções já terão batido no fundo? O pior já terá passado?
Por muitas vezes, este ano, os analistas acreditaram que sim, mas os mercados teimaram em derrotar esta convicção e mostraram o lado mais "negro" da crise. As acções afundaram, antecipando o impacto da turbulência financeira na economia real. No próximo ano os analistas estão confiantes que as bolsas voltarão a adiantar-se à economia e, apesar dos riscos que subsistem, a recuperação deverá ser uma realidade.
As fortes desvalorizações de 2008, de mais de 50% na maioria dos índices bolsistas mundiais, levaram as acções para mínimos. "Os mercados accionistas já atingiram várias vezes 'o fundo' durante este trimestre", observa Diogo Teixeira, administrador da sociedade gestora Optimize. Poderá assistir-se a novos momentos de queda nas acções, com a manutenção da forte volatilidade nos mercados de capitais, mas "não prevemos que estes níveis sejam ultrapassados negativamente", sublinha o responsável ao Negócios.
Diogo Teixeira considera que no curto-prazo "as bolsas vão continuar a reagir às notícias económicas, que não se prevêem boas antes do segundo trimestre de 2009". A evolução do "desemprego, da inflação, e do sentimento dos agentes económicos" serão, para João Queiroz, da GoBulling, factores a ter em conta para quem investe nas bolsas, já que poderão determinar a movimentação das acções.
Como historicamente se comprova, os mercados accionistas antecipam a recuperação da economia. Assim se espera que as bolsas comecem a dar, nos próximos meses, os primeiros sinais de saída da recessão
Será desta que as acções bateram no fundo?
Quando se aproxima o final do pior ano de sempre para as acções, persistem dúvidas sobre qual o rumo para as bolsas em 2009. As acções já terão batido no fundo? O pior já terá passado?
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Quando se aproxima o final do pior ano de sempre para as acções, persistem dúvidas sobre qual o rumo para as bolsas em 2009. As acções já terão batido no fundo? O pior já terá passado?
Por muitas vezes, este ano, os analistas acreditaram que sim, mas os mercados teimaram em derrotar esta convicção e mostraram o lado mais "negro" da crise. As acções afundaram, antecipando o impacto da turbulência financeira na economia real. No próximo ano os analistas estão confiantes que as bolsas voltarão a adiantar-se à economia e, apesar dos riscos que subsistem, a recuperação deverá ser uma realidade.
As fortes desvalorizações de 2008, de mais de 50% na maioria dos índices bolsistas mundiais, levaram as acções para mínimos. "Os mercados accionistas já atingiram várias vezes 'o fundo' durante este trimestre", observa Diogo Teixeira, administrador da sociedade gestora Optimize. Poderá assistir-se a novos momentos de queda nas acções, com a manutenção da forte volatilidade nos mercados de capitais, mas "não prevemos que estes níveis sejam ultrapassados negativamente", sublinha o responsável ao Negócios.
Diogo Teixeira considera que no curto-prazo "as bolsas vão continuar a reagir às notícias económicas, que não se prevêem boas antes do segundo trimestre de 2009". A evolução do "desemprego, da inflação, e do sentimento dos agentes económicos" serão, para João Queiroz, da GoBulling, factores a ter em conta para quem investe nas bolsas, já que poderão determinar a movimentação das acções.
Como historicamente se comprova, os mercados accionistas antecipam a recuperação da economia. Assim se espera que as bolsas comecem a dar, nos próximos meses, os primeiros sinais de saída da recessão
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
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