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Caldeirão da Bolsa

Entrevista com Medina Carreira

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por TRSM » 13/12/2008 19:23

TRSM Escreveu:
TRSM Escreveu:Eu também aprecio muito os comentários do prof Medina Carreira, mas por vezes eles faz-me lembrar aquele pessoal trotskista.

Segundo ele em cada 10 Portugueses 6 dependem do Estado financeiramente. Segundo as suas contas só quando 4 dependerem do Estado o problema do défice e da divida externa poderão ser ultrapassados.

Como será possível pôr só 4 Portugueses em cada 10 a depender do Estado?

Ele diz que só através de reformas e doa a quem doer. Falar é fácil, fazê-lo na prática é bem mais difícil e todos temos sentido isso nos últimos anos.


16.10.2006 - 18h03 Lusa
O fiscalista Medina Carreira defendeu hoje o congelamento dos aumentos salariais na Administração Pública ou, então, a sua fixação num máximo de 1,5 por cento até 2010 como forma de conter a despesa pública do Estado.

Para o especialista, "não há economia que aguente um Estado social com tudo para todos, desde o berço até ao túmulo", defendendo que esta concepção "está condenada".

No que respeita à Educação há muita gente equivocada, porque o esforço financeiro de Portugal é, em termos relativos, dos mais elevados da União Europeia/15.

Em 2001 registámos 5,9% do PIB, ficando acima de nós apenas a Dinamarca (8,5%), a Suécia (7,3%), a Finlândia (6,2%) e a Bélgica (6,1%).

Outros consagram à Educação uma fracção do PIB ainda mais baixa que nós: a Áustria, a Alemanha, a França, a Itália, o Luxemburgo e o Reino Unido. E com melhores resultados.

O nosso problema, quanto à Educação, é pouco financeiro e muito político. Deve ter-se presente, desde logo, que o Estado sustenta um sistema de instrução em que mais de metade dos alunos não frequenta a escola para trabalhar e para aprender: ela é apenas o lugar em que as famílias "depositam" os filhos para efeitos de guarda mais segura.

Acresce que a indisciplina nas aulas é regra e nenhum professor, por melhor que seja, pode ensinar nas condições agora vigentes na maioria das escolas. Que os programas são extensos, irrealistas e inadequados. Que os manuais são, demasiadas vezes, instrumentos de muito baixa qualidade. Que a ausência de exames nacionais mais frequentes e mais rigorosos permite que se permaneça na escola longo tempo sem aprender e sem trabalhar. Que os professores não prestam contas da sua competência técnica para ingressar no ensino. Que a direcção colegial é irresponsabilizante e projecta para as funções de gestão os que vão satisfazer mais interesses dos docentes e menos dos alunos. Nada disto é objecto de debate sério e de reformas consequentes.

Sem debater problemas como estes, o dinheiro gasto com a Educação , em grande parte, um mero desperdício.

Na Educação refelecte-se afinal, um perigoso vício de toda a nossa política: os governos são aplaudidos se e na medida em que canalizam mais dinheiro para certos sectores.

A "paixão" de Guterres pela Educação limitava-se a atingir 6% do PIB! Já estamos nos 5,9%, com os resultados desastrosos conhecidos.

Não se pergunta por aqueles, não se presta contas e, como todos têm mandatos curtos, desaparecem irresponsavelmente do palco político.

Mudam os governos e a Educação não regista progressos qualitativos, com consequências negativas que se arrastarão durante muitos e muitos anos.

Enquanto não houver uma mudança radical neste domínio, iremos ficando mais atrás na cauda da Europa: a escola terá de ser, como usualmente era, um lugar em que se ensina, se trabalha e se aprende. Agora e como está, serve muito pouco e mal.


Henrique Medina Carreira
No fio da navalha
Terça-feira, Outubro 25, 2005 in Público


A modificação mais urgente e mais difícil, mas ao nosso alcance, é a do Estado, porque não haverá meios, na próxima década, para alimentar o desvario despesista dos últimos anos. Pese embora a circunstância de sermos um dos países mais pobres da UE/15 (Quadro anexo?col.1), excedemos todos os outros na evolução de índices fundamentais relativos às finanças públicas (Quadro anexo): na carga fiscal (+ 8,4 pp. do Pib ? col.2); na despesa corrente (+ 4,7 pp. ? col.3); na despesa corrente primária (+ 10 pp. ? col.4); nas despesas de protecção social (+ 8,2 pp. ? col.5); nas pensões (+ 3,7 pp. ? col.6); e na fracção dos impostos aplicados na protecção social (+ 18 pp. do NF - col.7) (7). Uma tão desatinada evolução financeira ? verdadeiramente ruinosa e sem paralelo europeu - constitui em muito o resultado do ?optimismo profissional? e inconsistente dos responsáveis, e da maldição que sempre nos persegue, e que é o ?ódio nacional? aos números, às contas, ao rigor e à responsabilidade, quando está em causa a gestão dos dinheiros públicos.

10. O Quadro anexo evidencia assim o insuportável ritmo da evolução das despesas correntes primárias e, nelas, das da protecção social, onde as pensões assumem grande importância. Os países que aí nos seguem imediatamente, a Alemanha e a Grécia, situam-se a uma distância enorme: -6,1 pp. (despesa corrente primária - col.4), -3,1 pp.(despesa de protecção social - col.5), e -1.8 pp.(pensões - col.6). Porque não vislumbramos condições para uma próxima e suficiente prosperidade económica, resta apenas o caminho das reformas urgentes, drásticas e com efeitos num prazo útil, isto é, da ordem dos cinco anos: são uma condição necessária, embora insuficiente, para evitar o colapso financeiro do Estado.

11. Fixemos o quadro fundamental e factual seguinte:

1.º - Que a nossa economia, no longo prazo, apresenta um inexorável declínio;
2.º - Que, no médio prazo, tenderá a manter-se esta mediocridade, nomeadamente, devido: ao nosso endividamento e à dependência financeira externa; à falta de competitividade; aos custos elevados do petróleo; ao ?alargamento? e às suas consequências; à penetração dos produtos chineses; à estagnação das principais economias europeias; e à ausência de investimentos estrangeiros;
3.º - Que a iniquidade do nosso sistema fiscal não tem impedido arrecadações que já excedem as expectativas, em comparação com a UE/15;
4.º - Que, sendo estes os muito prováveis limites económicos e financeiros, nos próximos anos, a consolidação orçamental dependerá das políticas de despesas, em que avultam as do pessoal e as prestações sociais (80% da despesa corrente primária, em 2004);
5.º - Que, consequentemente, terá de ir-se muito mais longe do que se foi, até agora, quanto àquelas políticas, o que só será possível modificando os regimes em vigor e os ?direitos adquiridos?, face à verdadeira ?alteração das circunstâncias?;
6.º - Que só uma nova e próxima prosperidade económica, inverosímil em prazo útil, poderia evitar ou atenuar a rudeza do que se impõe fazer;
7.º - Que a improbabilidade manifesta de êxito da política de espera pela ?mudança do mundo? não consente, responsavelmente, mais tergiversações e delongas.

12. O que é imperativo que se faça, sob pena da nossa devastação pelo livre comércio mundial e pelo peso insuportável do Estado, exige a adesão e a unidade consciente da sociedade. E esta só será conquistada perante a verdade completa da nossa situação, enunciada pelos mais altos responsáveis políticos.
 
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por TRSM » 13/12/2008 19:10

TRSM Escreveu:Eu também aprecio muito os comentários do prof Medina Carreira, mas por vezes eles faz-me lembrar aquele pessoal trotskista.

Segundo ele em cada 10 Portugueses 6 dependem do Estado financeiramente. Segundo as suas contas só quando 4 dependerem do Estado o problema do défice e da divida externa poderão ser ultrapassados.

Como será possível pôr só 4 Portugueses em cada 10 a depender do Estado?

Ele diz que só através de reformas e doa a quem doer. Falar é fácil, fazê-lo na prática é bem mais difícil e todos temos sentido isso nos últimos anos.


16.10.2006 - 18h03 Lusa
O fiscalista Medina Carreira defendeu hoje o congelamento dos aumentos salariais na Administração Pública ou, então, a sua fixação num máximo de 1,5 por cento até 2010 como forma de conter a despesa pública do Estado.

Para o especialista, "não há economia que aguente um Estado social com tudo para todos, desde o berço até ao túmulo", defendendo que esta concepção "está condenada".

No que respeita à Educação há muita gente equivocada, porque o esforço financeiro de Portugal é, em termos relativos, dos mais elevados da União Europeia/15.

Em 2001 registámos 5,9% do PIB, ficando acima de nós apenas a Dinamarca (8,5%), a Suécia (7,3%), a Finlândia (6,2%) e a Bélgica (6,1%).

Outros consagram à Educação uma fracção do PIB ainda mais baixa que nós: a Áustria, a Alemanha, a França, a Itália, o Luxemburgo e o Reino Unido. E com melhores resultados.

O nosso problema, quanto à Educação, é pouco financeiro e muito político. Deve ter-se presente, desde logo, que o Estado sustenta um sistema de instrução em que mais de metade dos alunos não frequenta a escola para trabalhar e para aprender: ela é apenas o lugar em que as famílias "depositam" os filhos para efeitos de guarda mais segura.

Acresce que a indisciplina nas aulas é regra e nenhum professor, por melhor que seja, pode ensinar nas condições agora vigentes na maioria das escolas. Que os programas são extensos, irrealistas e inadequados. Que os manuais são, demasiadas vezes, instrumentos de muito baixa qualidade. Que a ausência de exames nacionais mais frequentes e mais rigorosos permite que se permaneça na escola longo tempo sem aprender e sem trabalhar. Que os professores não prestam contas da sua competência técnica para ingressar no ensino. Que a direcção colegial é irresponsabilizante e projecta para as funções de gestão os que vão satisfazer mais interesses dos docentes e menos dos alunos. Nada disto é objecto de debate sério e de reformas consequentes.

Sem debater problemas como estes, o dinheiro gasto com a Educação , em grande parte, um mero desperdício.

Na Educação refelecte-se afinal, um perigoso vício de toda a nossa política: os governos são aplaudidos se e na medida em que canalizam mais dinheiro para certos sectores.

A "paixão" de Guterres pela Educação limitava-se a atingir 6% do PIB! Já estamos nos 5,9%, com os resultados desastrosos conhecidos.

Não se pergunta por aqueles, não se presta contas e, como todos têm mandatos curtos, desaparecem irresponsavelmente do palco político.

Mudam os governos e a Educação não regista progressos qualitativos, com consequências negativas que se arrastarão durante muitos e muitos anos.

Enquanto não houver uma mudança radical neste domínio, iremos ficando mais atrás na cauda da Europa: a escola terá de ser, como usualmente era, um lugar em que se ensina, se trabalha e se aprende. Agora e como está, serve muito pouco e mal.
 
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por Quico » 13/12/2008 18:45

rk0r794 Escreveu:Caro quico
O que eu queria dizer é que o Sr. Medina Carreira tem como outros ex.ministros reforas douradas pagas por todos nós.

O grande buraco do orçamento concentra-se nos últimos anos, nas reformas douradas de ex. ministros, deputados, autarcas etc.
Dou-lhe um exemplo:
Na agere de Braga o seu presidente, ex reformado da Caixa Geral de Depósitos aufere um vencimento acima dos 5.000,00.
Mais, este senhor era um dos piores funcionários da C.G.D.
Como é do conhecimento Braga tem um presidente PS, e este ssenhor é militante do P.S. Por isto, não tenho filiação no PS.


...mas insinuou que o homem também é desses. E por isso não tem autoridade moral e tem que estar calado.

Calado porquê?

Primeiro o que o homem disse na minha opinião e de muitos esta correcto. Se na sua vida pessoal não se rege por esses princípios, isso são outros "500 paus".

Segundo: a sua argumentação é do estilo "isto é tudo uma cambada de ladrões, uma uma cambada de gatunos e uma cambada de chupistas", e não trás nada de novo. E mete no mesmo saco honestos e desonestos. Se quer contra argumentar contra o homem, das duas uma: ou usa argumentos, ou se quer ir por essa via prove o imoral "tachismo" de que o acusa.

Abraço.
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por Panizzi » 13/12/2008 18:00

Sim , deviamos comecar com um sistema sério de avaliação de desempenho na atribuição de reformas , mas isso não importa , por enquanto vamos entreter o "zézinho" com os professores.Depois logo se vê.

O que se passou na Grécia quanto a mim é sem dúvida um acumular de tensões e não uma situação que resulta de um acontecimento isolado.

Aliás o facto da revolta ser sobretudo de estudantes reflecte bem a quantidade de licenciados e outros que estão completamente no fundo , sem futuro...
Sabem , o futuro sustentável... aquela que devia ser a prioridade de qualquer Governo...

E se nós estamos mal ... a Grécia ainda está pior. Mas eles pelo menos ainda ganharam um Euro :mrgreen:
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por rk0r794 » 13/12/2008 17:37

Caro quico
O que eu queria dizer é que o Sr. Medina Carreira tem como outros ex.ministros reforas douradas pagas por todos nós.

O grande buraco do orçamento concentra-se nos últimos anos, nas reformas douradas de ex. ministros, deputados, autarcas etc.
Dou-lhe um exemplo:
Na agere de Braga o seu presidente, ex reformado da Caixa Geral de Depósitos aufere um vencimento acima dos 5.000,00.
Mais, este senhor era um dos piores funcionários da C.G.D.
Como é do conhecimento Braga tem um presidente PS, e este ssenhor é militante do P.S. Por isto, não tenho filiação no PS.
 
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por Quico » 13/12/2008 17:27

Caro rk0r794:

Quer saber isso PORQUÊ? Se eu divulgar a minha opinião, vão me obrigar a declarar quais são as minhas fontes de rendimento, se trabalho para os estado ou não, etc?...

Cheira-me que quer puxar da táctica querida deste governo (com quem, ao que parece, simpatiza): dar corda ao "invejómetro" nacional contra aqueles que os incomodam...

Abraço.
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por TRSM » 13/12/2008 17:25

Eu também aprecio muito os comentários do prof Medina Carreira, mas por vezes eles faz-me lembrar aquele pessoal trotskista.

Segundo ele em cada 10 Portugueses 6 dependem do Estado financeiramente. Segundo as suas contas só quando 4 dependerem do Estado o problema do défice e da divida externa poderão ser ultrapassados.

Como será possível pôr só 4 Portugueses em cada 10 a depender do Estado?

Ele diz que só através de reformas e doa a quem doer. Falar é fácil, fazê-lo na prática é bem mais difícil e todos temos sentido isso nos últimos anos.
 
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por rk0r794 » 13/12/2008 17:18

O Dr. Medina Carreira devia dizer quais os seu vencimentos, reformas do estado, tachos, etc. Concerteza tb come do orçamento do estado.
 
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por LTCM » 13/12/2008 17:14

"(...) Como de costume, muita gente excitada com a entrevista que o dr. Medina Carreira deu ontem à SIC-Notícias.

Eu esta não vi, mas tenho visto muitas, a última das quais há menos de um mês, e gosto sempre de o ouvir, porque o dr. Medina Carreira demonstra saber do que fala e fala com desembaraço. Descontado o Apocalipse, aprendo sempre alguma coisa.

O mais engraçado é que a maioria dos seus actuais groupies não faz a mais pequena ideia do que o dr. Medina Carreira faria para “meter a casa” (ou seja, o país) na ordem, se tivesse oportunidade para tanto.

O dr. Medina Carreira, que sabe muito de economia, embora não seja economista (é bacharel em engenharia mecânica; licenciado em ciências pedagógicas e em direito, tendo exercido advocacia durante vários anos; frequentou o curso de economia sem o concluir, o que não impede ser considerado um fiscalista conceituado), e foi membro de dois governos “socialistas” — o sexto provisório, como subsecretário de Estado do Orçamento; e o primeiro constitucional, como ministro das Finanças —, está desencantado com o Estado desde 1976 (em 1978 abandonou o PS por divergências com a política económica do governo de Soares).

Hoje, o discurso do dr. Medina Carreira é música celestial para os ouvidos da oposição de direita. Mas como o país continua a não produzir, e o dinheiro não cai do céu, e o dr. Medina Carreira corta (ou gostaria de cortar) a direito, se ele por acaso fosse primeiro-ministro — coloco a hipótese no quadro constitucional vigente —, não me surpreenderia se o visse a tomar medidas drásticas.

Quais? Despedir (sim, despedir; não é preciso falar verdade aos portugueses?) um terço dos funcionários públicos, congelando os salários dos restantes pelo prazo de uma legislatura. Aumentar a carga fiscal e, mais importante, aumentar a eficácia da sua cobrança. E por aí fora. (...)"


http://daliteratura.blogspot.com/
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Patoshik » 13/12/2008 2:44

Partilho totalmente das opiniões do Medina Carreira e para quem diz que ele não apresenta ideias, para fazer bem não podemos fazer mal, parar com as atrocidades que se fazem já era bem mais de meio caminho
Façam TGV's ,aeroportos e auto-estradas. Só quem não anda por estradas secundárias é que não vê o estado das mesmas, não se conserva o que se tem e quer-se fazer novo.

Em marés de petições uma que eu assinava era de criar um grupo de pessoas independentes, gurus em cada ministério e que tomassem conta disto.
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por artista_ » 13/12/2008 0:06

AC Investor Blog Escreveu:
Completamente de acordo, e Portugal pode ser um dos países visados....espero que não, mas este sistema fiscal está asfixiar demais a classe média.


3-1!!!! :mrgreen: :mrgreen:
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por AC Investor Blog » 13/12/2008 0:03

JCS Escreveu:Pessoalmente acho que há muita tensão acumulada nas sociedades devido à horrivel gestão dos variados governos (principalmente os latinos) e que há mais de 10 anos conduzem os seus cidadãos à bancarrota e à pobreza duradora... Qualquer rastilhozinho irá fazer rebentar o barril da polvora... Penso que nalguns países poderá ser apenas uma questão de tempo. Vão-se demitir alguns governos no futuro...

Cumprimentos

JCS


Completamente de acordo, e Portugal pode ser um dos países visados....espero que não, mas este sistema fiscal está asfixiar demais a classe média.
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por artista_ » 12/12/2008 23:36

JCS Escreveu:Pessoalmente acho que há muita tensão acumulada nas sociedades devido à horrivel gestão dos variados governos (principalmente os latinos) e que há mais de 10 anos conduzem os seus cidadãos à bancarrota e à pobreza duradora... Qualquer rastilhozinho irá fazer rebentar o barril da polvora... Penso que nalguns países poderá ser apenas uma questão de tempo. Vão-se demitir alguns governos no futuro...

Cumprimentos

JCS


Ora nem mais... já somos dois! (2-1 acintra) :)

Abraço

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artigos interessantes sobre a situação económica

por mcarvalho » 12/12/2008 20:25

 
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Re: Olha que não, olha que não.......

por acintra » 12/12/2008 18:02

artista Escreveu:
acintra Escreveu:Desculpa mas respondi, mas foi com outra pergunta para lembrar factos. Então e os tumultos de paris muito mais graves e se estar declarada qualquer recessão?


Isso não é responder é fugir ao assunto. Eu perguntei se achas que o mesmo acontecimento provocaria sempre esta reação mesmo que não estivéssemos numa conjuntura complicada... tu repondes com uma situação em que ocorreu violência sem nenhum acontecimento específico a ter iniciado!!!!!?? o que é que isso prova?? quanto a mim estás a dar-me razão, há situações em que nem é preciso nada de especial para aparecer a violência, outras ela está tão eminente que qualquer acontecimento menos aceitável a provoca...

Ainda não percebeste uma coisa muito simples, eu penso (obviamente não tenho a certeza) que esta violência na Grécia só está a acontecer porque estamos numa situação económica/social adversa, tu pensas que uma coisa não tem nada a ver com a outra! É só isso, não temos a mesma opinião, isso não tem nada de mal e, segundo me parece, não te vou convencer a pensar como eu da mesma forma que tu não me vais convencer a pensar como tu!! :wink:

abraço

artista


Acho que foi apenas a morte do jovem que provocou estes tumultos! Inclusivé a maioria para não dizer a totalidade dos elementos são estudantes.

Como temos opiniões diferentes e achamos que estamos correctos, vou utilizar uma frase para quando isso me acontece no escritório.
"Fica assim combinado, ninguem apareçe" :mrgreen:
Um abraço e bons negócios.

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por JCS » 12/12/2008 16:07

Pessoalmente acho que há muita tensão acumulada nas sociedades devido à horrivel gestão dos variados governos (principalmente os latinos) e que há mais de 10 anos conduzem os seus cidadãos à bancarrota e à pobreza duradora... Qualquer rastilhozinho irá fazer rebentar o barril da polvora... Penso que nalguns países poderá ser apenas uma questão de tempo. Vão-se demitir alguns governos no futuro...

Cumprimentos

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Re: Olha que não, olha que não.......

por artista_ » 12/12/2008 15:55

acintra Escreveu:Desculpa mas respondi, mas foi com outra pergunta para lembrar factos. Então e os tumultos de paris muito mais graves e se estar declarada qualquer recessão?


Isso não é responder é fugir ao assunto. Eu perguntei se achas que o mesmo acontecimento provocaria sempre esta reação mesmo que não estivéssemos numa conjuntura complicada... tu repondes com uma situação em que ocorreu violência sem nenhum acontecimento específico a ter iniciado!!!!!?? o que é que isso prova?? quanto a mim estás a dar-me razão, há situações em que nem é preciso nada de especial para aparecer a violência, outras ela está tão eminente que qualquer acontecimento menos aceitável a provoca...

Ainda não percebeste uma coisa muito simples, eu penso (obviamente não tenho a certeza) que esta violência na Grécia só está a acontecer porque estamos numa situação económica/social adversa, tu pensas que uma coisa não tem nada a ver com a outra! É só isso, não temos a mesma opinião, isso não tem nada de mal e, segundo me parece, não te vou convencer a pensar como eu da mesma forma que tu não me vais convencer a pensar como tu!! :wink:

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por Trombone » 12/12/2008 14:42

Eu até estou de acordo com o que dizes, mas qualquer dia aparecem pessoas a justificar com a crise as guerras entre as claques de futebol, ajustes de contas entre marginais ou traficantes...


Sim. De acordo, mas isso é a outra parte da questão e não a base da mesma.

Todos os dias vemos casos desses....ainda há pouco tempo o Benfica levou 5 pastilhas por causa da crise financeira, bolha imobiliária e do pitroil e afins. :lol: (só pra quebrar o stress...)
A pressão é um privilégio dos vencedores.
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Re: Olha que não, olha que não.......

por acintra » 12/12/2008 11:08

artista Escreveu:
acintra Escreveu: Se não tivessem morto um jovem, existiam estes tumultos?


Pois, tenho opinião diferente... eu fiz-te uma pergunta e não respondeste, noutra situação economica/social o mesmo acontecimento geraria este tipo de violência?? eu acho que não e acho que se não fosse este acontecimento seria outro a provocar isto...

Obviamente é apenas a minha opinião...

abraço

artista


Desculpa mas respondi, mas foi com outra pergunta para lembrar factos. Então e os tumultos de paris muito mais graves e se estar declarada qualquer recessão?
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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Re: Olha que não, olha que não.......

por artista_ » 12/12/2008 11:03

acintra Escreveu: Se não tivessem morto um jovem, existiam estes tumultos?


Pois, tenho opinião diferente... eu fiz-te uma pergunta e não respondeste, noutra situação economica/social o mesmo acontecimento geraria este tipo de violência?? eu acho que não e acho que se não fosse este acontecimento seria outro a provocar isto...

Obviamente é apenas a minha opinião...

abraço

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por acintra » 12/12/2008 11:01

Trombone Escreveu:Bons dias pessoal,

Qual o motivo para tremendos desacatos na Gréçia sem ser o jovem baleado?
Quem são os guerreiros da noite na Gréçia que enfrentam a policia e vandalizam o que é de terceiros?


Se reparares a maioria são jovens e querem é desacatois e vandalizar sem qualquer motivo. Não vez manifestações, mas sim violençia pura. A unica manifestação que estava prevista, foi desconvocada por falta de segurança.


acintra,

Este assunto é de facto muito interessante e pessoalmente, creio que estará aqui um dos grandes desafios futuros das sociedades modernas.
As diferenças sociais injustificaveis.

Com esta tua última frase respondes precisamente ás tuas desconfianças em relação aos verdadeiros motivos de situações como a da Grécia.
O facto de jovens ou menos jovens não terem boas condições/expectativas de vida é que os afasta das regras da sociedade. É a velha máxima: perdido por cem, perdido por mil.
Se esses mesmos "terrorsitas citadinos" tivessem empregos, família, etc... pensavam 2 ou 3 vezes antes de atirar calhaus ás montras ou garrafas de JB a arder ao capacete da moina.... :lol: Apesar de terem vontade de o fazer :roll: , teriam muito a perder.
É como dizes, violência simples. E isto não tem nada a ver com a morte do jovem.
À notícias que na Dinamarca, há um grupo disposto a mostrar a sua "solidariedade" com o gregos e partir a louça lá.... O que é que isto tem a ver com o rapaz?!?

A indignação, a revolta, etc, podem existir (com razão ou não) mas só passa a violência se existir um vazio por trás.


Se não tivessem morto um jovem, existiam estes tumultos?


Ia ser outra coisa qualquer a dar início e a servir de justificação......


Grande abraço


Eu até estou de acordo com o que dizes, mas qualquer dia aparecem pessoas a justificar com a crise as guerras entre as claques de futebol, ajustes de contas entre marginais ou traficantes...É aqui apenas que quero chegar, ou seja não pdemos usar a mesma bitola para tudo.
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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por Trombone » 12/12/2008 10:40

Bons dias pessoal,

Qual o motivo para tremendos desacatos na Gréçia sem ser o jovem baleado?
Quem são os guerreiros da noite na Gréçia que enfrentam a policia e vandalizam o que é de terceiros?


Se reparares a maioria são jovens e querem é desacatois e vandalizar sem qualquer motivo. Não vez manifestações, mas sim violençia pura. A unica manifestação que estava prevista, foi desconvocada por falta de segurança.


acintra,

Este assunto é de facto muito interessante e pessoalmente, creio que estará aqui um dos grandes desafios futuros das sociedades modernas.
As diferenças sociais injustificaveis.

Com esta tua última frase respondes precisamente ás tuas desconfianças em relação aos verdadeiros motivos de situações como a da Grécia.
O facto de jovens ou menos jovens não terem boas condições/expectativas de vida é que os afasta das regras da sociedade. É a velha máxima: perdido por cem, perdido por mil.
Se esses mesmos "terrorsitas citadinos" tivessem empregos, família, etc... pensavam 2 ou 3 vezes antes de atirar calhaus ás montras ou garrafas de JB a arder ao capacete da moina.... :lol: Apesar de terem vontade de o fazer :roll: , teriam muito a perder.
É como dizes, violência simples. E isto não tem nada a ver com a morte do jovem.
À notícias que na Dinamarca, há um grupo disposto a mostrar a sua "solidariedade" com o gregos e partir a louça lá.... O que é que isto tem a ver com o rapaz?!?

A indignação, a revolta, etc, podem existir (com razão ou não) mas só passa a violência se existir um vazio por trás.


Se não tivessem morto um jovem, existiam estes tumultos?


Ia ser outra coisa qualquer a dar início e a servir de justificação......


Grande abraço
A pressão é um privilégio dos vencedores.
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Re: Olha que não, olha que não.......

por acintra » 12/12/2008 9:31

artista Escreveu:
acintra Escreveu:Qual o motivo para tremendos desacatos na Gréçia sem ser o jovem baleado?


artista Escreveu:Pois, o problema até está aí, não me parece que só esse acontecimento conseguisse gerar tanta violência... não tenho a certeza, mas parece-me que já aconteceram situações idênticas na europa (não sei se na Grécia?)e não houve nada disto...


Então e Paris? Foi muito pior que a Gréçia, pelo menos até agora e espero que acabe rápido.

acintra Escreveu:Quem são os guerreiros da noite na Gréçia que enfrentam a policia e vandalizam o que é de terceiros?


artista Escreveu:Não sei, nem tu nem ninguém, mas são muitos é provavel que sejam de vários quadrantes...


Se reparares a maioria são jovens e querem é desacatois e vandalizar sem qualquer motivo. Não vez manifestações, mas sim violençia pura. A unica manifestação que estava prevista, foi desconvocada por falta de segurança.

acintra Escreveu:Neste momento é facil para quem quer que seja justificar-se com a recessão mesmo que as atitudes condenáveis não tenham nada a ver com ela.


artista Escreveu:Justificar o quê? não estou a justificar estou apenas a analisar... obviamente estou a dar a minha opinião/visão, vale o que vale!


Não me estava a referiri a Ti, porque todos temos direito á opinião. Estava a referir-me ao Prof. Medina Carreira, tal como disse na primeira intervenção neste tópico.



Ontem tive a sorte de assistir a uma conferençia do Prof. Eduardo Catroga e a felicidade de calhar na mesa dele para jantar. Falámos de tudo inclusivé da entrevista em causa. Questionei-o sobre a Gréçia e a resposta foi que era da mesma opinião que Medina Carreira. Após explicar a minha visão, achou que poderia ser exagerado as posições dos dois, mas que o rastilho foi o jovem para se iniciar este tipo de violençia. Assim já estou mais de acordo, apesar de ter de novo questionado com uma pergunta que já a fiz aqui. Se não tivessem morto um jovem, existiam estes tumultos?
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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Re: Olha que não, olha que não.......

por artista_ » 12/12/2008 0:33

acintra Escreveu:Qual o motivo para tremendos desacatos na Gréçia sem ser o jovem baleado?


Pois, o problema até está aí, não me parece que só esse acontecimento conseguisse gerar tanta violência... não tenho a certeza, mas parece-me que já aconteceram situações idênticas na europa (não sei se na Grécia?)e não houve nada disto...

acintra Escreveu:Quem são os guerreiros da noite na Gréçia que enfrentam a policia e vandalizam o que é de terceiros?


Não sei, nem tu nem ninguém, mas são muitos é provavel que sejam de vários quadrantes...

acintra Escreveu:Neste momento é facil para quem quer que seja justificar-se com a recessão mesmo que as atitudes condenáveis não tenham nada a ver com ela.


Justificar o quê? não estou a justificar estou apenas a analisar... obviamente estou a dar a minha opinião/visão, vale o que vale!

abraço

artista
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por Pedro73 » 11/12/2008 23:58

Henrique Medina Carreira é um homem raro de uma casta em extinção que convém compreender e respeitar !

Trata-se de um espírito arguto e independente com um profundo conhecimento técnico ao nível da economia e finanças.

Infelizmente, é mesmo preciso ter dois dedos de testa para compreender este homem, e pelos vistos isso não está ao alcance de todos.

Os que preferem deixar-se embalar pela propaganda governamental chamam-lhe pessimista. Será que é assim tão difícil encarar a verdade ? De facto não vejo nada de pessimista no seu discurso. Na sua análise, Medina, projecta linearmente o futuro em função da observação do presente e passado tirando as devidas ilações.

Será que é assim tão difícil aceitar e compreender que este país precisa de mais investimento em energias renováveis que diminuam a nossa dependência externa e equilibrem a balança comercial ….

Enfim… recomendo!


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Nota: Copie e cole o link na barra de enderço do navegador.
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