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Caldeirão da Bolsa

Eu sei que sou chato...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por scotch » 8/12/2008 4:39

E os prémios da precariedade são já este mês.

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por charles » 13/12/2007 22:58

O
que estás a dizer é que o concurso deveria ser aberto à generalidade dos interesado em pé de igualdade (concordo!!!)


Esse é outro aspecto, que em si só encerra o corporativismo tipico desta questão, no entanto não me referia só a isso, pelo que sei, existem concursos internos dentro da função publica/estado de progressão ou de transferência entre departamentos, e existem outros pseudo-abertos a todos, mas de antemão é sabido que a cunha já lá está, e é isso que eu contesto, por isso penso que o "simples " anuncio, ou mesmo a procura através de empresas especializadas, era mais justo para a população em geral que procura emprego


e que depois de admitidos poderiam ser dispensados por não terem perfil?
Bem, isso é possivel se a chefia entender nesse sentido e iniciar um processo de averiguações ao desempenho do funcionário.


Aqui para mim as leis estado e privado deviam ser exactamente iguais, entra com o contrato de lei se não serve no fim do contrato vai embora, se serve e é bom funcionario deve ser recompensado por isso, se serve no final do contrato passa a efectivo, simples.


Correndo o risco de me chamares teimoso, continuo com a opinião que o nosso mal continua a ser ter muitos aspirantes a patrões/chefes e poucos com capacidades inatas para se assumirem como tal.
Todos os problemas tem origem e se resumem a isto!!!!


Aqui a minha opinião é,por vezes temos chefes que querem mandar mais que os patroes e normalmente minam as relaçoes profissionais de funcionarios competentes, é tudo uma questão de mentalidade não evolutiva para o gajo do lado, pois se este não evoluir o tal chefe sempre consegue ir ficando por cima e ir chefiando mais uns tempos, é tudo uma questão de não querer que o gajo do lado saiba mais ou evolua acima de um determinado patamar, para não se ser ultrapassado isto tambam é valido para o patrão que não quer que ninguem saiba mais que ele, é a mentalidade que me apercebo, seremos um povo assim tão conservador, seremos um povo invejoso que não gosta de ver o gajo do lado com uma camisa nova, lol uma vez aqui à uns anitos comprei viatura nova o "povo" parece que ficou logo a olhar de lado :mrgreen: , lol isto ultrapassa-me :roll:


Vem cá os camones, e dizem poitugal bom comida pessoa simpatica, mui acolhedora , caliente :mrgreen: ó si... lol, pessoas simpaticas o caneco, o tuga é bom é pro camone.... só se for para os de fora, bem mas itso já dava outro tema :!:
Cumpt

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por charles » 13/12/2007 22:07

O pais necessita de mais competitividade, que se baixe a carga fiscal, algo que em nenhum destes ultimos topicos foi abordado, e quem sabe será um dos maiores entraves ao desenvolvimento economico do pais, veja-se o exemplo da corrida aos combustiveis a espanha, quantos milhoes voaram dos cofres do estado, 250 milhoes?
Cumpt

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por Sei lá » 13/12/2007 21:14

GodsDead_JNEG Escreveu:Correndo o risco de me chamares teimoso, continuo com a opinião que o nosso mal continua a ser ter muitos aspirantes a patrões/chefes e poucos com capacidades inatas para se assumirem como tal.
Todos os problemas tem origem e se resumem a isto!!!!

Abraço


Mas estás absolutamente certo, especialmente no sector privado!!

Já aqui escreveram que não se valoriza quem arrisca o capital numa empresa, vulgo patrão, mas isso é mentira. Valoriza-se quem arrisca o capital e quem sabe gerir e munir-se das pessoas adequadas para o ajudarem.

Há os outros que eu não valorizo, porque arriscar o capital ne empresa não merece valorização se isso se resumir a queimar capital por incompetência. Há os que arriscam o capital, mas não sabem gerir nem munir-se de gente capaz de o ajudar, e depois a corda começa a rebentar pelo lado mais fraco: o lado de quem trabalha na empresa que invariavelmente é visto como o culpado dos problemas e não como a força motora que mantém a empresa em funcionamento (seja industria ou serviços). O país está repleto destes ultimos, e parecem ser cada vez mais.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
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por silvaxico » 13/12/2007 17:58

Mas os concursos públicos servem para acabar com esse circuito fechado. Mas, como são tão burocráticos, prestam-se a que sejam criados métodos de avaliação "à medida"...

A mesma coisa se passa nas aquisições, quando se quer fazer alguma obra, etc...

Concordo com o que já foi dito no que toca à responsabilização das chefias intermédias. Deve-lhes ser dada maior autonomia (nem que seja para contratar o primo), mas também devem ser mais responsabilizadas pelos resultados que atingem (ou não).

O problema é que isto parece simples, mas na realidade, a aperacionalização é muitissimo complexa (penso eu).
 
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por GodsDead_JNEG » 13/12/2007 17:54

charles Escreveu:
Então mas não há ninguem serio nas posiçoes de chefia intermedia no estado?

Os concursos publicos servem para quê?

Numa empresa privada é normal o amigo do amigo dar a dica, para que A ou B possa ser admitido, mas , em principio se não tiver perfil para o lugar o patrão ou a chefia não o contrata, porque é que no estado não é possivel fazer o mesmo e com mais transparência, para mim algo só é publico se não estiver dentro de um circuito fechado, que é o caso dos concursos publicos.


O que estás a dizer é que o concurso deveria ser aberto à generalidade dos interesado em pé de igualdade (concordo!!!) e que depois de admitidos poderiam ser dispensados por não terem perfil?
Bem, isso é possivel se a chefia entender nesse sentido e iniciar um processo de averiguações ao desempenho do funcionário. Ao contrário do sector privado em que não gostando do funcionário podes "sabotar" o desempenho destes até ele desistir e ir embora, no sector público este acto é formal (acima de tudo para não haver incompatibilidades que rebentem pelo lado mais fraco da hierarquia) e há poucas situações de chefias que se assumam e iniciem um processo deste tipo, para além de desgastante é muito mais fácil arrumar o funcionário na parteleira ou transferir o funcionário para outro chefe que fica com o "menino" nos braços.

Correndo o risco de me chamares teimoso, continuo com a opinião que o nosso mal continua a ser ter muitos aspirantes a patrões/chefes e poucos com capacidades inatas para se assumirem como tal.
Todos os problemas tem origem e se resumem a isto!!!!

Abraço
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por charles » 13/12/2007 17:38

GodsDead_JNEG Escreveu:
charles Escreveu:Uma repartição ou uma junta ou uma camara, ou qq organismo do estado, necessitam de um funcionario, alguem deve ter autonomia para publicar um simples anuncio para recrutar esse funcionario, afinal de contas como se faz numa empresa privada?

E sobre isto Pegunto quanto custa publicar aquelas listas medonhas cheias de leis e regulamentos para que alguem se possa inscrever?

Conforme está, parece-me que é mais facil haver corrupção e favorecimento, quer interno quer familiar/amigos.


Lamento, mas isso leva-nos ao mesmo. Esse alguém estará sempre vulnerável a acusações de favorecimento.


A questão de admissão em concursos públicos não é de ser morosa ou complexa, mas sim o de ser sobrevertida (aparentemente) a favor de alguém.

Abraço

PS - Muito embora no sector privado as admissões por cunha também aconteçam, só que aí quem paga é quem admite, no sector público esse creitério não é admissivel e deveria ser penalizado pela hierarquia, mas...


Então mas não há ninguem serio nas posiçoes de chefia intermedia no estado?

Os concursos publicos servem para quê?

Numa empresa privada é normal o amigo do amigo dar a dica, para que A ou B possa ser admitido, mas , em principio se não tiver perfil para o lugar o patrão ou a chefia não o contrata, porque é que no estado não é possivel fazer o mesmo e com mais transparência, para mim algo só é publico se não estiver dentro de um circuito fechado, que é o caso dos concursos publicos.
Cumpt

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por Sei lá » 13/12/2007 17:32

O problema do sector publico não se aplica apenas às admissões de colaboradores, aplica-se a tudo: responsabilização.

Já alguém viu um politico ser responsabilizado por gestão ruinosa de um ministério? Um chefe de serviços é responsabilizado por quem contrata? Não. Não estará aqui a base de todo o problema?

Um concurso pubilio viciado, em que nem sequer é escolhida a proposta mais baixa, quem é que é responsabilizado? Por acaso :roll: nem sempre defendo que a proposta mais baixa nos concursos tenha de ser a escolhida.

Caimos noutro problema: corrupção que deriva da mentalidade.
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por GodsDead_JNEG » 13/12/2007 17:26

charles Escreveu:Uma repartição ou uma junta ou uma camara, ou qq organismo do estado, necessitam de um funcionario, alguem deve ter autonomia para publicar um simples anuncio para recrutar esse funcionario, afinal de contas como se faz numa empresa privada?

E sobre isto Pegunto quanto custa publicar aquelas listas medonhas cheias de leis e regulamentos para que alguem se possa inscrever?

Conforme está, parece-me que é mais facil haver corrupção e favorecimento, quer interno quer familiar/amigos.


Lamento, mas isso leva-nos ao mesmo. Esse alguém estará sempre vulnerável a acusações de favorecimento.
Mais do que agilizar, há que tornar transparente.
Os critérios de admissão são definidos na abertura dos concursos e se repararem são impostos critérios à medida pelo juri do concurso.
Quando os concursos deveriam ter um âmbito geral, constata-se que são impostas condições para valoração de um dado elemento, tipo curriculo em que se valora a anterior experiencia naquele organismo, experiencia em organismos similares com próximidade geográfica...
A questão de admissão em concursos públicos não é de ser morosa ou complexa, mas sim o de ser sobrevertida (aparentemente) a favor de alguém.

Abraço

PS - Muito embora no sector privado as admissões por cunha também aconteçam, só que aí quem paga é quem admite, no sector público esse creitério não é admissivel e deveria ser penalizado pela hierarquia, mas...
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por charles » 13/12/2007 17:11

silvaxico Escreveu:
charles Escreveu:
silvaxico Escreveu:Já alguém tentou gerir uma empresa privada com as restrições a que os gestores públicos estão sujeitos?


Boa parte da baixa produtividade do sector público é consequência de leis que impedem um trabalho de qualidade. E não estou a falar das da protecção dos trabalhadores. Estou a falar em dificuldades para quase tudo. Da obrigatoriedade de concursos públicos demoradíssimos para as aquisições, das limitações em termos de gestão dos orçamentos, etc...


A amior hiprocisia para mim são precisamente so concursos publicos, não servem rigorosamente para nada, os vencedores já estão escolhidos, e nem interessa nada se os preços até são mais caros.

Outra situalção é para algue, se candidatar a um lugar na função publica, para mim era anuncio directamente no jornal, e eram escolhidos os mais adequados ao lugar em termos de experiencia e competencia.


Charles,

mas qual é a alternativa aos concursos públicos? Como se consegue agilizar a gestão da "coisa pública" sem cair na corrupção ou acusações de favorecimentos pessoais? Sem concursos a coisa ainda piora, ou não?



Eu sei que esta é mais uma daquelas discussões...

mas até gostava de sugestões para resolver o problema.


Uma repartição ou uma junta ou uma camara, ou qq organismo do estado, necessitam de um funcionario, alguem deve ter autonomia para publicar um simples anuncio para recrutar esse funcionario, afinal de contas como se faz numa empresa privada?

E sobre isto Pegunto quanto custa publicar aquelas listas medonhas cheias de leis e regulamentos para que alguem se possa inscrever?

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por silvaxico » 13/12/2007 15:24

charles Escreveu:
silvaxico Escreveu:Já alguém tentou gerir uma empresa privada com as restrições a que os gestores públicos estão sujeitos?


Boa parte da baixa produtividade do sector público é consequência de leis que impedem um trabalho de qualidade. E não estou a falar das da protecção dos trabalhadores. Estou a falar em dificuldades para quase tudo. Da obrigatoriedade de concursos públicos demoradíssimos para as aquisições, das limitações em termos de gestão dos orçamentos, etc...


A amior hiprocisia para mim são precisamente so concursos publicos, não servem rigorosamente para nada, os vencedores já estão escolhidos, e nem interessa nada se os preços até são mais caros.

Outra situalção é para algue, se candidatar a um lugar na função publica, para mim era anuncio directamente no jornal, e eram escolhidos os mais adequados ao lugar em termos de experiencia e competencia.


Charles,

mas qual é a alternativa aos concursos públicos? Como se consegue agilizar a gestão da "coisa pública" sem cair na corrupção ou acusações de favorecimentos pessoais? Sem concursos a coisa ainda piora, ou não?



Eu sei que esta é mais uma daquelas discussões...

mas até gostava de sugestões para resolver o problema.
 
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por Camisa Roxa » 13/12/2007 14:50

charles Escreveu:Entã mas diz lá , esses dados estão incorrectos?


http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_co ... nominal%29
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por charles » 13/12/2007 14:45

silvaxico Escreveu:Já alguém tentou gerir uma empresa privada com as restrições a que os gestores públicos estão sujeitos?


Boa parte da baixa produtividade do sector público é consequência de leis que impedem um trabalho de qualidade. E não estou a falar das da protecção dos trabalhadores. Estou a falar em dificuldades para quase tudo. Da obrigatoriedade de concursos públicos demoradíssimos para as aquisições, das limitações em termos de gestão dos orçamentos, etc...


A amior hiprocisia para mim são precisamente so concursos publicos, não servem rigorosamente para nada, os vencedores já estão escolhidos, e nem interessa nada se os preços até são mais caros.

Outra situalção é para algue, se candidatar a um lugar na função publica, para mim era anuncio directamente no jornal, e eram escolhidos os mais adequados ao lugar em termos de experiencia e competencia.
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por silvaxico » 13/12/2007 14:04

Já alguém tentou gerir uma empresa privada com as restrições a que os gestores públicos estão sujeitos?


Boa parte da baixa produtividade do sector público é consequência de leis que impedem um trabalho de qualidade. E não estou a falar das da protecção dos trabalhadores. Estou a falar em dificuldades para quase tudo. Da obrigatoriedade de concursos públicos demoradíssimos para as aquisições, das limitações em termos de gestão dos orçamentos, etc...
 
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por Sei lá » 13/12/2007 13:46

Estou a gostar de ler as opiniões que aqui têm sido deixadas, porque, mesmo que não concorde com algumas, estão mais próximas da realidade do que outras discussões que já decorreram.

Penso que para se discutir a questão da produtividade, da competitividade e da politica salarial, é necessário que se tenha uma abordagem realista aos problemas.

Portugal tem baixa produtividade, não há duvidas. O estado tem baixíssima produtividade, penso que aqui também não há dúvidas. Qual é então o problema do estado? A questão da DGCI é bem ilustrativa, falta organização, inovação e rigor. Mas falta em toda a pirâmide, falta desde o simples operador até às chefias de topo, acabando nos sucessivos governos.

Como o funcionalismo publico é feito por portugueses, é natural que as empresas portuguesas tenham nos seus quadros o mesmo tipo de pessoas. Os problemas acabam por ser os mesmos, ainda que noutra dimensão.

Ou sejam todo o país é improdutivo. Por onde começar a resolver o problema? Aqui começamos outro problema, porque as opiniões são muito divergentes.
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por charles » 13/12/2007 13:05

Camisa Roxa Escreveu:
charles Escreveu:É isso mesmo, eu sei que portugal está á frente da china em termos de PIB


:shock: :shock: :shock:


Camisa Rocha, podias ter posto só dois cabeças amarelas, uma por cada pais :) .

Entã mas diz lá , esses dados estão incorrectos?

Se o PIB não está certo é pedir ao Guterres para fazer as contas :mrgreen: .

Agora nãoi tenho mais tempo, tenho de ir produzir para contribuir para o PIB.

Logo com mais calma, lei-o com mais atenção o que foi escrito.

Cumpt
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Re: Produtividade???

por GodsDead_JNEG » 13/12/2007 12:48

Camisa Roxa Escreveu:
GodsDead_JNEG Escreveu:Um bom exemplo disso é a Direcção Geral de Contribuições e Impostos, enquanto o Paulo Macedo esteve à frente deste órgão, notou-se um aumento da capacidade de cobrança e de números de inspecções.


a capacidade acrescida de cobrança da DGCI nos últimos 10 anos provém quase exclusivamente dos novos meios informáticos, para além, claro, de ser um dos sectores em termos de pessoal em que o Estado investe mais, por razões óbvias...


Exacto, estratégia. Detectar fraquezas.
A DGCI (os seus dirigentes) detectaram fraquezas e impuseram uma estratégia e tiveram como negociar os recursos necessários.
O sector estado não pode ser assim tão diferente duma empresa, cada dirigente de cada organismo deve saber o que vale, impor uma estratégia e requerer recursos.
(mas aqui entramos noutro nível, um cargo de nomeação é para preservar e não para fazer ondas... chefias e gestores públicos estão subordinados a uma vontade que, diria eu, diferente do interesse público!)
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Re: Produtividade???

por Camisa Roxa » 13/12/2007 12:32

GodsDead_JNEG Escreveu:Um bom exemplo disso é a Direcção Geral de Contribuições e Impostos, enquanto o Paulo Macedo esteve à frente deste órgão, notou-se um aumento da capacidade de cobrança e de números de inspecções.


a capacidade acrescida de cobrança da DGCI nos últimos 10 anos provém quase exclusivamente dos novos meios informáticos, para além, claro, de ser um dos sectores em termos de pessoal em que o Estado investe mais, por razões óbvias...
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por Al_Trader » 13/12/2007 12:31

Viva

Tem toda a razão GodsDead_JNEG.

Os lideres do Estado não alteram essa situação da fraqueza do tecido empresarial e assim sendo todo o país continua a penar com um cescimento quase ridículo ano após ano.
Precisamos de políticos mais fortes.
Devagar se vai ao longe
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Produtividade???

por GodsDead_JNEG » 13/12/2007 12:15

Bom dia.

Já antes foi discutido noutro tópico a questão da produtividade em Portugal.

A minha opinião é que a questão não está na produtividade dos portugueses (se quem emigra é produtivo nos outros países, porquê não o há-de ser no nosso?).

A grande questão está no tipo de empresas/empresários que dispomos, que na generalidade das PME´s começam como empregados e lançam-se como empresários, por serem bons no que fazem.
No entanto não basta ser bom a executar tarefas produtivas, para se ser bom empresário há que ser bom a gerir, a antecipar fraquezas dos sectores (e por inerência da empresa) e a vislumbrar oportunidades.
Depois vem o pior, diminuir riscos e a potenciar negócios. O que tenho visto é que a flexibilização do emprego é uma falsa questão, os bons empregados serão sempre preservados pelos empregadores, os maus empregados serão dispensados, no entanto o que se quer fazer crer é que as entidades patronais devem ter a prerrogativa de despedir por questões estratégicas, muito embora não façam a menor ideia que qual seja o caminho.

Quanto ao estado, efectivamente, existem maus funcionários mas dizer que todos os funcionários públicos são maus empregados é irreal.
Um bom exemplo disso é a Direcção Geral de Contribuições e Impostos, enquanto o Paulo Macedo esteve à frente deste órgão, notou-se um aumento da capacidade de cobrança e de números de inspecções.
Isto quer dizer que todos aqueles funcionários são incompetentes e que precisão de ser “tocados” para trabalhar? Não me parece! Parece-me sim que aquele órgão passou a ter uma estratégia imposta e apoiada por cima o que (prova?) que mais vale um bom mandador que mil bons trabalhadores.

Assim, é necessário estabelecer estratégias e sangrar o mercado de empresas.
Até admito que uma empresa não dê lucro, mas estranho que um sócio ou accionista se disponha a aplicar recursos numa organização que não lhe dê retornos, o que me leva a pensar (e a má língua diz por aí) que os proveitos desses empresários está nas despesas pessoais pagas pela empresa.
No entanto, em termos sociais (pelo facto de não dar prejuízos) a empresa continua a criar valor visto manter empregos. Mas, não deixo de estranhar que o estado se conforme em manter um tecido empresarial tão frágil. Uma empresa é uma pessoa (colectiva) a qual tem um percurso natural, e se um dia tem de morrer que morra de morte natural e não se arraste e dissemine as suas maleitas (entre os fornecedores e o estado - dividas).

Abraço
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por Branc0 » 13/12/2007 12:09

JAM Escreveu:E se o recurso humano de B não conseguir render o suficiente por ineficiência das condições de A?

Fábrica e plantações agrícolas? Estamos a falar de Portugal ou da China. É que em Portugal as fábricas representam uma parcela importante da economia portuguesa e do emprego, as plantações agrícolas nem por isso.

Eu sonho ver uma europa sem industria, só com serviços, acho que na altura irão acabar os salários biaxos e a exploração e o desemprego :mrgreen: resta saber é se vai haver serviço para tanta gente e se vai haver tanta gente a comprar tanto serviço


O rendimento do recurso é relevante apenas no sentido de A o sentir como uma mais valia ou não. Se sentir vai continuar a querer estar com ele se achar que não rende dispensa. Não interessa realmente de quem é a culpa se bem que se for feita uma gestão cuidada e se a conclusão a que se chega é falta de condições de trabalho obviamente que um mercado eficiente fará com que estas condições subam ou que a empresa sofra.

Em relação a plantações e fabricas estou a falar de uma forma genérica (a produtividade mede-se da mesma maneira em todo o globo). Um recurso que planta 50 batatas vale menos do que um que planta 100 batatas isto não quer dizer que o que planta 100 trabalha mais obviamente, simplesmente pode ter um tractor melhor (estou a mandar bocas para o ar, nem sei se usam tractores para plantar batatas :) ) De qualquer das formas a agricultura na UE nunca será um bom exemplo devido à desvirtualização do mercado resultante dos subsidios de bruxelas.

Mas podemos medir isto em sapatos que é a mesma coisa, a produtividade vai depender de varios factores:
1) Numero de sapatos que o trabalhador produz por unidade de tempo (suponhamos 1 hora)
2) Quantas horas trabalha uma pessoa na fabrica de sapatos
3) Quanto custa uma hora de trabalho
4) Preço a que o produtor consegue vender os sapatos
5) Custos adicionais (despesas com maquinas, aluguer de terrenos, impostos, segurança social, etc.)

Obviamente que se vê logo que a China nos pode dar uma tareia nos pontos 2 e 3, não interessa se há ou não há salarios minimos. Se quisermos continuar a ter fabricas de sapatos ou vamos ter que investir em equipamento em que um trabalhador português consiga produzir mais que 10 chineses (dificil, os chineses também podem investir no equipamento) ou vamos ter que fazer uns sapatos tão bons que conseguimos passar os custos adicionais ao consumidor e assim manter a produtividade.

É um cenário muito complicado... comparando com a Irlanda que tem uma produtividade maior que a nossa (e a aumentar) o que é que se passou?

Passou-se que simplesmente lixaram-se para os sapatos e houve uma proliferação de empresas tecnológicas pelo país fora. Abriram filiais das maiores multinacionais tecnológicas e farmaceuticas (que na pratica são uma forma de outsourcing) e vendem serviços que vão desde desenvolvimento de novos produtos até suporte de helpdesk (em que o inglês como lingua mãe é uma grande vantagem).

São serviços diferentes de sapatos por várias razões, a mais relevante para mim é que estão na pratica a vender massa cinzenta. Os chineses simplesmente não podem chegar e meter 100 chineses em vez de 10 irlandeses e fazer melhor. Não podem comprar uma maquina para que os chineses fiquem mais espertos ou que falem melhor inglês e neste sentido a Irlanda abafou a concorrência com o que poderemos chamar um cost to entry demasiado elevado (elevando portanto os salários dos poucos que podem fornecer estes serviços).

Claro que a China e a India não dormem e farão do desenvolvimento pessoal das pessoas (com Universidades, etc.) uma prioridade nacional e voltarão a atacar daqui a uns anos e a Irlanda terá na altura que se re-inventar, mas até lá vai ter uma geração próspera.

Nós, por cá, com as ideias que se vê saírem de alguns portugueses (alguns infelizmente com responsabilidade nos destinos da nação) parece que o caminho a seguir é esperar que os chineses se mudem para as novas tecnologias para que possamos atacar o fabrico de sapatos em toda a força...

Enfim... são visões diferentes.
Be Galt. Wear the message!

The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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por Camisa Roxa » 13/12/2007 11:51

charles Escreveu:É isso mesmo, eu sei que portugal está á frente da china em termos de PIB


:shock: :shock: :shock:
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por Sei lá » 13/12/2007 11:49

Branc0 Escreveu:Vejamos o caso do outsourcing que desde há uns anos para cá pegou moda em todo o mundo. Empresa A "aluga" 1 recurso humano à empresa B por 1 ano.

Receita: 100.000
Custo RH: 50.000

Não tá mau... é uma boa produtividade. A unica coisa que se espera da pessoa que está em outsourcing é que seja o competente suficiente para a empresa B querer renovar o contracto. De maneiras que ao fim de um ano B renova mesmo, mas A consegue impôr um aumento de 10% no serviço... como o patrão é amigo do povo (até fuma brocas com o Louçã) decide aumentar 10% também o colaborador:

Receita: 110.000
Custo: 55.000

Ou seja, a produtividade aumentou de um ano para outro. Nada disto tem a ver com trabalho.

Claro que se formos falar de fábricas e de plantações agriculas as coisas são muito diferentes mas é por isso que a tendência é para sair dessas industrias e ir para os serviços.


E se o recurso humano de B não conseguir render o suficiente por ineficiência das condições de A?

Fábrica e plantações agrícolas? Estamos a falar de Portugal ou da China. É que em Portugal as fábricas representam uma parcela importante da economia portuguesa e do emprego, as plantações agrícolas nem por isso.

Eu sonho ver uma europa sem industria, só com serviços, acho que na altura irão acabar os salários biaxos e a exploração e o desemprego :mrgreen: resta saber é se vai haver serviço para tanta gente e se vai haver tanta gente a comprar tanto serviço
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
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por charles » 13/12/2007 10:52

Atomez Escreveu:
charles Escreveu:...já agora porque não comparam a produtividade portugal com china , onde eles trabalham muitas vezes 12 horas, comem e dormem nas instalações fabris, e comem uma "malga" de arroz, enquanto em portugal, penso eu, que ainda se vai comendo um bitoque com ovo a cavalo, é para ai (china) que querem que o pais vá?

Mas que raio de comparação é essa?

Produtividade não é trabalhar muitas horas ganhando pouco. Produtividade é o valor criado por pessoa por unidade de tempo.

A produtividade em Portugal é mais de 9 (sim, nove) vezes superior à da China (RP)

Isto medindo a produtividade em PIB anual per capita em termos nominais. E essa é que interessa.

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(nominal)_per_capita

Porque raio de carga de água é que alguém ia querer que o país fosse pelo caminho chinês???

Deviamos era seguir por exº o caminho da Irlanda que já tem uma produtividade 2.4 vezes maior que a nossa.



É isso mesmo, eu sei que portugal está á frente da china em termos de PIB, estamos em 43º e a china em 101º, a impressão que fica do que tem sido dito ultimamente no forum, é que em Portugal se trabalha pouco e se produz pouco, e não é verdade, dai a comparação com a china -que só ironizando serve de exemplo-

se me disserem que se trabalha mal em alguns sectores- em particular no sector estado que é mau exemplo em quase tudo- eu estou de acordo, se me disserem, que portugal "industrial" necessita de formação continua -de preferência muita-estou de acordo

não estou de acordo que o atraso do pais se deve só ao facto da baixa escolaridadeexistir, o que está em causa é a formação nas empresas, que numas existe e noutras é inexistente, e a aplicaçao de modelos de trabalho importados de outros paises deixa-me serias duvidas se resolve algo, a serem importados os modelos importem tambam os vencimentos, copiam pela vizinha espanha onde numa fabrica se ganha na ordem dos 700 euros, e paga-se a gasolina a 1.05, e cá para ganhar esse valor ??

Não falo em termo individuais felizmente, mas conheço muitas realidades do ordenado minimo, e sei o que as empresas facturam e produzem, a ideia da fabrica de calçado e dos texteis, não deve ser exemplo para este tipo de discussão.

Sector estado, pequenos exemplos de poderes instalados, numa junta de freguesia para se comprar senhas de almoço escolar (que deviam ser vendidas na escola), o funcionario às 13:55 diz com todo o direito, diz que, só atende a partir das 14:00 ,e depois peca por excesso e não abre a porta às14:00 em ponto, e só abre ás 14:05, e entretanto com mais um excesso, dizendo às pessoas para aguardar mais um pouco (pasme-se) que o funcionário que trata das senhas está no café em frente a beber café, eu pergunto como é que o estado pretende impor mais produtividade ao pais, nem me atrevendo a falar de polivalencia, com estes habitos enraizados no sectorestado e com estes exemplos de produtividade e polivalencia, qual é a moral?
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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por Camisa Roxa » 13/12/2007 10:40

JAM Escreveu:O capitalismo selvagem, na sua vertente mais clássica, é aquilo para que caminhamos.


em Portugal estamos numa social-democracia repleta de influências socialistas (basta ver a nossa Constituição)

resultado: desemprego de 8% e um lugar reservado na cauda da Europa

na Europa desenvolvida, EUA e Japão, têm leis que favorecem a flexibilidade e a concorrência e têm desemprego de 4%, produtividades n vezes a nossa e níveis de vida n vezes a nossa

Solução do JAM: deixar tudo como está em Portugal e esperar por um milagre
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