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Caldeirão da Bolsa

Price Targets ..........................

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Price Targets ..........................

por rufa » 31/10/2008 10:47

Preços dos analistas falham o alvo por 55%
Quem investiu na bolsa portuguesa no início do ano com base nas avaliações dos analistas teve uma surpresa pouco agradável: hoje as acções valem, em média, menos 55% do que as casas de investimento estimavam na altura. Em milhões a diferença é ainda mais assustadora.

Pedro Latoeiro

Os preços-alvo dos analistas no arranque de 2008 desenhavam um PSI-20 de 109 mil milhões, muito longe do valor actual do índice, de 49 mil milhões.

As empresas do universo Sonae e o BPI são os casos mais flagrantes da falta de pontaria dos peritos . Isto porque a diferença entre os targets assumidos no início do ano e o actual valor das acções supera os 70%. As acções do BPI, por exemplo, eram avaliadas em 6,15 euros em Janeiro e valem hoje apenas 1,59 euros.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o regulador da bolsa nacional, tem falado em excesso de optimismo nas avaliações das casas de investimento. Os analistas respondem com uma pergunta: “O que foi normal neste ano? Estamos a viver tempos completamente irracionais, faliram bancos e todas as previsões falharam, desde os preços do petróleo às taxas de juro” disse um especialista ao Semanário Económico, que admite existir um excesso de optimismo em algumas avaliações, “sobretudo nas casas de investimento estrangeiras”.

Outro dos argumentos para explicar o falhanço dos preços-alvo é o de que as acções não estão a reflectir o valor fundamental das empresas. “Não posso mudar de abordagem só porque as cotações descem. O valor fundamental continua lá”, sublinhou o mesmo analista, que pediu para não ser identificado.

Optimismo ou não, certo é que as 41 casas de investimento que seguem o PSI-20 falharam na avaliação de todas as cotadas. O tiro mais certeiro foi a REN, uma das companhias mais defensivas da Euronext Lisboa. Ainda assim, a diferença entre o target do início do ano e a cotação actual dos títulos da empresa dirigida por José Penedos é de 21%.

A discrepância entre as cotações e os preços-alvo atinge, no entanto, todos os sectores, até porque nenhuma empresa do PSI-20 conseguiu somar ganhos em 2008. Zon Multimédia, Galp Energia e Millennium bcp, por exemplo, valem hoje menos de metade do que os analistas previam há nove meses.

Esta discussão sobre a credibilidade dos preços-alvo continua na ordem do dia, nem que seja porque “comprar” mantém-se como palavra de ordem nos researchs das casas de investimento. Há mesmo casos em que os targets de cotadas nacionais subiram em 2008.

“Comprar” ainda é palavra de ordem
A crise financeira motivou um ajuste nas avaliações dos analistas para as cotadas portuguesas. Em 2008, os preços-alvo desceram em média 18%, enquanto que o PSI-20 tombou 52%. O mesmo é dizer que, em nove meses, o potencial da bolsa portuguesa emagreceu 20 mil milhões de euros. No início do ano, as casas de investimento acreditavam que o PSI-20 ia engordar até aos 109 mil milhões. Hoje a dieta é um pouco mais rigorosa, com os targets a apontar para 89 mil milhões. Os downgrades mais acentuados foram dirigidos à banca, sobretudo ao BCP e ao BPI, às companhias do grupo Sonae e à construtora Teixeira Duarte.

Isto não significa que as avaliações actuais sejam conservadoras. Bem pelo contrário. Aliás, a confirmarem-se os preços-alvo a 12 meses para as cotadas portuguesas e daqui a um ano não haverão investidores infelizes na bolsa de Lisboa.

É que oito das empresas com assento no PSI-20 têm um preço-alvo médio que mais do que duplica o valor actual das acções. São elas o BPI, a EDP Renováveis, a Galp Energia, a Mota-Engil, a Sonae Indústria, a Sonaecom, a Sonae e a Teixeira Duarte. No caso da Sonae Indústria o target até triplica a cotação das acções. Os títulos da empresa estão a negociar nos 2,13 euros e os seis analistas que acompanham a cotada têm um preço-alvo médio de 6,78 euros.

O optimismo dos analistas para o PSI-20 também é evidente ao nível das recomendações de investimento. Isto porque mais de metade das recomendações são de “comprar”. “Vender” é, por seu turno, a palavra menos vista nas notas de investimento, aparecendo apenas em 21% dos casos. Altri, Mota-Engil, Galp e Semapa, por exemplo, não têm qualquer recomendação de “vender”.

Outro sinal de optimismo das casas é o facto de algumas avaliações terem sido revistas em alta ao longo do ano, apesar da crise financeira estar a pressionar as metas de investimento das empresas. São os casos da Galp, Jerónimo Martins e REN. A retalhista comandada por Luís Palha, por exemplo, viu o seu target médio subir de 5,72 para 6,35 euros. Hoje as acções da JMT valem 3,93.

In: Diário económico.

Interessante...........

Cumps.
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