Onde parava o dinheiro?
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Governo tem recursos para recapitalizar bancos em caso de necessidade
(15-10-2008 - 12:49)
A proposta de lei entrege à Assembleia da República para garantir o financiamento interbancário nãoimpede que o Estado avalize os empréstimos entre os bancos no mercado monetário embora se espere que seja essencialmente utilizado em dívidatitulada,explicou o secretário de Estado do Tesouro. Os 20 mil milhões de euros podem ser também usados para recapitalizar os bancos, caso seja necessário.
A garantia de Estado aos empréstimos interbancários será debatida no Parlamento ainda esta semana mas o secretário de Estado não se quis comprometer com uma data de entrada em vigor,embora tenha dito que será o mais depressa possível. As verbas podem ser usadas para garantir empréstimos entre os bancos que sejam titulados, para financiamento no mercado monetário interbancário e ainda para recapitalizar instituilões financeiras.
“Não estamos fechados a avançar com a recapitalização se isso for necessário”,afirmou o ministro das Finanças na conferência de imprensa desta manhã sobre o Orçamento do Estado para 2009. Se todos os bancos europeus o fizerem e com isso aumentarem os seus rácios de solidez para além do que é exigido não podemos permitir que os nossos fiquem fragilizados em relação à concorrência pela inactividade do Governo, disse FernandoTeixeira dos Santos.
Mais tarde o secretário de Estado do Tesouro esclareceu que a verba de 20 mil milhões de euros aprovada para as garantias interbancárias também poderia ser usada para recapitalizar os bancos, nomeadamente com a conversão de créditos em capital.
Registe-se que no Reino Unido o rácio de solvabilidade ( Tier 1) que passou a serimpostos pelo Governo é de 9%,acima do que é prática internacional.
(15-10-2008 - 12:49)
A proposta de lei entrege à Assembleia da República para garantir o financiamento interbancário nãoimpede que o Estado avalize os empréstimos entre os bancos no mercado monetário embora se espere que seja essencialmente utilizado em dívidatitulada,explicou o secretário de Estado do Tesouro. Os 20 mil milhões de euros podem ser também usados para recapitalizar os bancos, caso seja necessário.
A garantia de Estado aos empréstimos interbancários será debatida no Parlamento ainda esta semana mas o secretário de Estado não se quis comprometer com uma data de entrada em vigor,embora tenha dito que será o mais depressa possível. As verbas podem ser usadas para garantir empréstimos entre os bancos que sejam titulados, para financiamento no mercado monetário interbancário e ainda para recapitalizar instituilões financeiras.
“Não estamos fechados a avançar com a recapitalização se isso for necessário”,afirmou o ministro das Finanças na conferência de imprensa desta manhã sobre o Orçamento do Estado para 2009. Se todos os bancos europeus o fizerem e com isso aumentarem os seus rácios de solidez para além do que é exigido não podemos permitir que os nossos fiquem fragilizados em relação à concorrência pela inactividade do Governo, disse FernandoTeixeira dos Santos.
Mais tarde o secretário de Estado do Tesouro esclareceu que a verba de 20 mil milhões de euros aprovada para as garantias interbancárias também poderia ser usada para recapitalizar os bancos, nomeadamente com a conversão de créditos em capital.
Registe-se que no Reino Unido o rácio de solvabilidade ( Tier 1) que passou a serimpostos pelo Governo é de 9%,acima do que é prática internacional.
Alemao Escreveu:Boas,
Qual dinheiro?
O governo não precisa de dinheiro para dar garantias.
Acredito mais que as soluções apresentadas pelos diversos governos servem apenas o propósito de acalmar os animos e estabilizar os mercados.
É uma medida necessária e populista.
Penso que neste momento ninguém saberá quantificar que dinheiro poderá ser necessário para cobrir eventuais prejuizos que possam advir desta crise financeira e neste momento os nossos governantes não estão a contabilizar no OE2009 aquilo que não sabem.
Abertura de linhas de crédito significa ter de disponibilizar dinheiro; Conceder garantias significa poder ter de vir a disponibilizar dinheiro no futuro o que se traduzirá num aumento do endividamento externo do Estado; Legislar sobre os FIIAH implica perda de receita fiscal (estarão isentos de imposto, IMI, IMT).
E onde andavam essas garantias que podiam ter sido concedidas a Misericórdias e outras IPSS para construção de creches e lares? É comparável o programa PARES com esta medida?
E ainda por cima, quando olho para a previsão do déficit para o próximo ano... dá-me vontade de rir! Tanto investimento público, tantas medidas despesistas e o déficit aguenta-se?! Estivemos nós todos a aguentar o barco nos últimos 10 anos para, afinal, o Estado ter condições e capacidade para dinamizar a Economia?
Boas,
Qual dinheiro?
O governo não precisa de dinheiro para dar garantias.
Acredito mais que as soluções apresentadas pelos diversos governos servem apenas o propósito de acalmar os animos e estabilizar os mercados.
É uma medida necessária e populista.
Penso que neste momento ninguém saberá quantificar que dinheiro poderá ser necessário para cobrir eventuais prejuizos que possam advir desta crise financeira e neste momento os nossos governantes não estão a contabilizar no OE2009 aquilo que não sabem.
Qual dinheiro?
O governo não precisa de dinheiro para dar garantias.
Acredito mais que as soluções apresentadas pelos diversos governos servem apenas o propósito de acalmar os animos e estabilizar os mercados.
É uma medida necessária e populista.
Penso que neste momento ninguém saberá quantificar que dinheiro poderá ser necessário para cobrir eventuais prejuizos que possam advir desta crise financeira e neste momento os nossos governantes não estão a contabilizar no OE2009 aquilo que não sabem.
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- Registado: 1/7/2003 22:40
(Im)pertinências...
Pois... essas são algumas das questões que mais me incomodam.
Não sendo de todo um fundamentalista, reconhecendo eu que os Estados tinham a obrigação de "segurar" tudo isto, parece-me que o mundo político ficou ainda mais assustado do que o mundo financeiro. E desatou a "disparar" dinheiro antes de fazer perguntas, antes de perceber racionalmente quem e o que estava a financiar. Sim, financiam-se os bancos que financiam as empresas, que pagam salários, que sustentam a classe média, que compram casas... que alimentam a banca. Ahhh, que bom, volta tudo à santa paz do senhor!!!... Mas com isto também se premeia um sistema que, no mínimo, se revelou insano. Isto em nome da paz social, mas seria melhor dizer da paz pré-eleitoral.
A pergunta fundamental que eu faço, no caso português e noutros semelhantes, é
- Onde estavam estes milhões, esta boa-vontade em dar garantias quando nos foi dito que o sistema de pensões de reforma estava a colapsar? Mas alguma vez o Governo pensou por um instante em disponibilizar o que quer que fosse para tranquilizar o contribuinte?? Nope. Levámos com mais 5 anos de vida produtiva e um bilhete de ida o sector privado. E que razões se invocam?? Que responsabilidade teve o contribuinte nisto tudo? Um consumismo desenfreado como o que resultou no subprime? Um devaneio especulativo, como o que resultou na bolha de produtos financeiros tóxicos? Ambos os grupos tiveram o seu "bailout", o que traduzindo livremente é mesmo como quem paga a fiança do criminoso. Mas para pagar as devidas prestações sociais de uma vida contributiva já não havia boa-vontade. Para acorrer a uma situação ninguém devia ser responsabilizado a não ser a demografia, eh pá... isso já não, que o Estado não está cá para dar bailouts a ninguém.
Não sendo de todo um fundamentalista, reconhecendo eu que os Estados tinham a obrigação de "segurar" tudo isto, parece-me que o mundo político ficou ainda mais assustado do que o mundo financeiro. E desatou a "disparar" dinheiro antes de fazer perguntas, antes de perceber racionalmente quem e o que estava a financiar. Sim, financiam-se os bancos que financiam as empresas, que pagam salários, que sustentam a classe média, que compram casas... que alimentam a banca. Ahhh, que bom, volta tudo à santa paz do senhor!!!... Mas com isto também se premeia um sistema que, no mínimo, se revelou insano. Isto em nome da paz social, mas seria melhor dizer da paz pré-eleitoral.
A pergunta fundamental que eu faço, no caso português e noutros semelhantes, é
- Onde estavam estes milhões, esta boa-vontade em dar garantias quando nos foi dito que o sistema de pensões de reforma estava a colapsar? Mas alguma vez o Governo pensou por um instante em disponibilizar o que quer que fosse para tranquilizar o contribuinte?? Nope. Levámos com mais 5 anos de vida produtiva e um bilhete de ida o sector privado. E que razões se invocam?? Que responsabilidade teve o contribuinte nisto tudo? Um consumismo desenfreado como o que resultou no subprime? Um devaneio especulativo, como o que resultou na bolha de produtos financeiros tóxicos? Ambos os grupos tiveram o seu "bailout", o que traduzindo livremente é mesmo como quem paga a fiança do criminoso. Mas para pagar as devidas prestações sociais de uma vida contributiva já não havia boa-vontade. Para acorrer a uma situação ninguém devia ser responsabilizado a não ser a demografia, eh pá... isso já não, que o Estado não está cá para dar bailouts a ninguém.
Abraços,
R000y
=================
A mudança de servidor atirou-me para o olho da rua... mas o Roooy, com "ós" está de volta, embora disfarçado de R000y, com "zeros"... :-)
R000y
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A mudança de servidor atirou-me para o olho da rua... mas o Roooy, com "ós" está de volta, embora disfarçado de R000y, com "zeros"... :-)
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- Registado: 29/11/2007 12:27
- Localização: V. N. Gaia
Começam a ser divulgadas algumas medidas previstas no OE 09. Entre elas, medidas de apoio ao arrendamento e combate ao default de algumas famílias.
São boas medidas, não haja dúvida mas, mais uma vez, onde andava tudo isto quando era necessário há tantos anos dinamizar o mercado de arrendamento?
Onde esteve a vontade governativa em desenvolver produtos de investimento imobiliário fiscalmente transparentes? Só sabemos reagir sobre pressão e perante uma hecatombe???
São boas medidas, não haja dúvida mas, mais uma vez, onde andava tudo isto quando era necessário há tantos anos dinamizar o mercado de arrendamento?
Onde esteve a vontade governativa em desenvolver produtos de investimento imobiliário fiscalmente transparentes? Só sabemos reagir sobre pressão e perante uma hecatombe???
Merceeiro Escreveu:Bom dia!
Estamos a passar por uma fase do estilo "agricultura". Passo a explicar: os agricultores quando sofrem uma tempestade de granizo, chuva, geada, sapos, cães, gatos, etc, que lhes arruina a cultura vêm logo gritar por apoios e subsídios para ajudar a colmatar os prejuízos quando muitos deles nem sabe o que é um seguro, ou não tem hipóteses de comprar um seguro. Nos bons anos de cultura em que têm uma produção elevada e de boa qualidade, ficam calados que nem ratos a maximizar o lucro e não se preocupam com mais ninguém....
É a natureza humana...
Na primeira Parte do texto dou-te o meu inteiro apoio, pois o analfabetismo nos agricultores é grande, mas quando dizes que eles quando tem muita produção ganham mais ai estás redondamente enganado.
Dou-te exemplos reais do dia a dia de quem trabalha e sempre trabalhou na agricultura.
À 2 anos o meus sogro teve uma boa produção de Castanha, mas como toda a gente teve o preço do Kilo foi de 0,30€ sim o,30€ mas cá fora nos Hipers a castanha custava 2 e 3€ na altura mais barata. Quem ganha dinheiro o agricultor claro! no ano passado quase não havia castanha e o meu sogro teve boa colheita pagaram a 1,30€ o kilo cá fora esteva a 5 e 6€ quem ganha, o agricultor claro! este ano vamos ver mas se pagarem a 0,35€ já nao vai ser mau, o preço posso já vos dizer que nao tarda aparecem a 5€ ou mais.
O Vinho a mesma coisa, sabem quanto pagam por pipa (550l, ou 750kg de uva) a um agricultor? por aqui anda nos 100€, sai a 0,18€ o litro, já alguem viu vinho feito de uvas, porque tambem se faz vinho com uvas, a menos de 2€, eu nao vendo para a adega, se não tivesse onde fazer o vinho, antes perferia deitar fora as uvas. assim posso vender sempre na pior das hipotese a 4€ o garrafão ou a 1,20€ a garrafa, penso que este ano poderei vender vinho de qualidade a 2,5€ a garrafa, porque se fosse uma adega a vender seria a 7,5€ a 10€ a garrafa.
Se Deus ajudar para o ano a vinho feito será ainda melhor Só de uma casta Touriga Nacional, preço por pipa 800€ na adega, a garrafa fica na ordem dos 25€, quem ganha? claro o agricultor! se pagarem! ao fim de 3 anos!
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- Registado: 7/12/2007 0:29
Bom dia!
São dúvidas legítimas, mas serão sempre as questões difíceis de responder. Por que há milhões de pessoas a passar fome no mundo e todos os dias milhares de toneladas de alimentos perfeitamente sãos vão para o lixo? Enfim...
Estamos a passar por uma fase do estilo "agricultura". Passo a explicar: os agricultores quando sofrem uma tempestade de granizo, chuva, geada, sapos, cães, gatos, etc, que lhes arruina a cultura vêm logo gritar por apoios e subsídios para ajudar a colmatar os prejuízos quando muitos deles nem sabe o que é um seguro, ou não tem hipóteses de comprar um seguro. Nos bons anos de cultura em que têm uma produção elevada e de boa qualidade, ficam calados que nem ratos a maximizar o lucro e não se preocupam com mais ninguém....
É a natureza humana...
São dúvidas legítimas, mas serão sempre as questões difíceis de responder. Por que há milhões de pessoas a passar fome no mundo e todos os dias milhares de toneladas de alimentos perfeitamente sãos vão para o lixo? Enfim...
Estamos a passar por uma fase do estilo "agricultura". Passo a explicar: os agricultores quando sofrem uma tempestade de granizo, chuva, geada, sapos, cães, gatos, etc, que lhes arruina a cultura vêm logo gritar por apoios e subsídios para ajudar a colmatar os prejuízos quando muitos deles nem sabe o que é um seguro, ou não tem hipóteses de comprar um seguro. Nos bons anos de cultura em que têm uma produção elevada e de boa qualidade, ficam calados que nem ratos a maximizar o lucro e não se preocupam com mais ninguém....
É a natureza humana...
A mercearia de valores não faz fiado
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- Registado: 29/11/2007 10:29
- Localização: Lisboa
Onde parava o dinheiro?
Julgo que é o primeiro tópico que abro.
Faço-o porque apesar de entender minimamente esta crise, causas e consequências e saber que outra coisa não podia ter sido feita senão este enorme bailout público, custa-me olhar para trás e pergunto-me: onde andava todo este dinheiro quando,
- Os mais desfavorecidos precisavam?
- Quando foi necessário dinamizar o arrendamento para travar endividamento bancário?
- Quando era necessário modernizar escolas, desenvolver uma rede pré-escolar pública, construir hospitais?
- Quando era necessário apoiar as famílias, a natalidade, o nascimento de novas crianças?
- Quando os países mais pobres no Mundo clamavam por ajuda?
- Quando as famílias portuguesas viam, todos os anos, nos últimos 10 anos, o seu poder de compra diminuir?
Volto a frisar: sei que tudo isto é necessário mas antes, não houve também situações que justificavam medidas dos Estados?
Gostaria de ouvir a vossa opinião.
Um abraço a todos.[/list]
Faço-o porque apesar de entender minimamente esta crise, causas e consequências e saber que outra coisa não podia ter sido feita senão este enorme bailout público, custa-me olhar para trás e pergunto-me: onde andava todo este dinheiro quando,
- Os mais desfavorecidos precisavam?
- Quando foi necessário dinamizar o arrendamento para travar endividamento bancário?
- Quando era necessário modernizar escolas, desenvolver uma rede pré-escolar pública, construir hospitais?
- Quando era necessário apoiar as famílias, a natalidade, o nascimento de novas crianças?
- Quando os países mais pobres no Mundo clamavam por ajuda?
- Quando as famílias portuguesas viam, todos os anos, nos últimos 10 anos, o seu poder de compra diminuir?
Volto a frisar: sei que tudo isto é necessário mas antes, não houve também situações que justificavam medidas dos Estados?
Gostaria de ouvir a vossa opinião.
Um abraço a todos.[/list]
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