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Caldeirão da Bolsa

IRC desce de 25% para 12,5%

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por kpt » 9/10/2008 0:03

Adrox Escreveu:Eu gosto mais de:

201.094 empresas que naquele mesmo ano apresentaram matéria colectável nula ou negativa.

Actualmente, existem 367 mil empresas.

201.094 / 367.000 = 54%.

54% das empresas em Portugal não pagam/declaram impostos... (Fora as que declaram mas não pagam)...

Isto daria um melhor titulo para os jornais...


Cumprimentos.


Certo é que embora a taxa nominal seja de 25%(excluindo derrama), a taxa de tributação efectiva estará muito mais abaixo, pois há muitas empresas com prejuízo e outras que simplesmente não pagam ou fogem.

Se a nossa economia tivesse uma melhor performance, mais empresas teriam imposto a pagar, logo a taxa de tributação efectiva subiria e por oposição a taxa nominal poderia baixar, aliviando assim o impacto do IRC sobre cada empresa individualmente.

O mesmo acontece com o IRS. Embora a taxa média de tributação nominal seja de 20%, a taxa de tributação efectiva ronda os 10%...
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por Adrox » 8/10/2008 23:13

Eu gosto mais de:

201.094 empresas que naquele mesmo ano apresentaram matéria colectável nula ou negativa.

Actualmente, existem 367 mil empresas.

201.094 / 367.000 = 54%.

54% das empresas em Portugal não pagam/declaram impostos... (Fora as que declaram mas não pagam)...

Isto daria um melhor titulo para os jornais...


Cumprimentos.
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por kpt » 8/10/2008 23:02

Atomez Escreveu:Quer dizer, mais de metade das empresas deste país não têm lucros ou dão prejuizo, e de repente vão passar a ter lucros?

Isto é inacreditável. A demagogia mais nojenta.

Façam lá o que quiserem mas ao menos poupem-nos a tanta idiotice assumida.

Não vale a pena dizer mais nada.


Atomez, a medida em si não é de todo má, no sentido em que cerca de 100mil(cerca de 1/3 do total) empresas deverão beneficiar da mesma, assumindo que no exercício de 2009 terão matéria colectável entre 0 e 12500 euros... Não esquecer também que a maior parte das empresas nesta situação são pequeníssimas empresas(não esquecer que 90% do tecido empresarial português são PME's), pelo que uma redução para metade do imposto a pagar é significante para as mesmas.

Só uma nota, matéria colectável positiva não é equivalente a lucro, bem como lucro contabilístico não é equivalente a lucro fiscalmente tributável.

O que é criticável é que não foram tomadas medidas para beneficiar as empresas em dificuldade(v.g. com prejuízos), que segundo esses dados são a maior parte. Sendo a maior parte também não significa directamente que sejam as mais importantes em termos de volume de negócios e em termos sociais... É aqui que surge a demagogia, ou seja, não pela acção mas sim pela omissão de medidas respeitantes a empresas com prejuízos...

Se o estado quiser beneficiar as empresas com prejuízos nunca poderá ser por via de imposto sobre rendimento mas sim por via de outros impostos ou benefícios de outra natureza.
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por atomez » 8/10/2008 22:32

Governo: Redução da taxa de IRC beneficia 302 mil empresas

A redução da taxa de IRC de 25% para 12,5% vai beneficiar integralmente quase 302 mil empresas, disse à Lusa o Ministério das Finanças.
Em causa estão 100.797 empresas que apresentaram, em 2007, matéria colectável entre zero e 12.500 euros, às quais se juntam 201.094 empresas que naquele mesmo ano apresentaram matéria colectável nula ou negativa.

Assim, serão 301.891 as empresas que virão a beneficar integralmente da redução da taxa.

Este cálculo pressupõe que as empresas que em 2007 apresentaram resultados nulos ou negativos virão a ter lucros.

«Nesta perspectiva, este primeiro escalão aplicar-se-á a todas as empresas portuguesas, abrangendo integralmente cerca de 300 mil, ou seja, cerca de 80% do total», refere o Ministério das Finanças.

Actualmente, existem 367 mil empresas.

Haverá ainda um conjunto de empresas que beneficiará parcialmente da medida anunciada hoje pelo primeiro-ministro. São 66.096 as empresas que, em 2007, tinham uma matéria colectável superior a 12.500 euros.

O Ministério das Finanças explica que este novo sistema é um regime de duas taxas, em que a taxa de 12,5% «aplica-se até ao montante do lucro tributável de 12.500 euros e a taxa de 25% aplicar-se-á ao lucro tributável restante», tal como acontece na tributação actual em sede de IRS.

«Uma empresa com um lucro tributável de 12.500 euros tem, em média, um volume de negócios de 370 mil euros», refere o ministério liderado por Fernando Teixeira dos Santos.

O Governo anunciou hoje que o Orçamento do Estado para 2009 vai conter uma redução da taxa de IRC de 25% para 12,5%, para matéria colectável até 12.500 euros.

Quer dizer, mais de metade das empresas deste país não têm lucros ou dão prejuizo, e de repente vão passar a ter lucros?

Isto é inacreditável. A demagogia mais nojenta.

Façam lá o que quiserem mas ao menos poupem-nos a tanta idiotice assumida.

Não vale a pena dizer mais nada.
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Sim senhor, ora ai está uma medida eficaz...

por jtsm888 » 8/10/2008 22:03

Boa noite

Quase tão eficaz como a do burro do cigano:

- Agora que estava quase a habituar-se a não comer logo havia de morrer de fome.

:oops:

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por Woodhare » 8/10/2008 21:34

Concordo Atomez.

Em relação à outra notícia, porque é que o Estado deve ajudar as empresas que não têm lucros???
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por atomez » 8/10/2008 20:32

Açor3 Escreveu:"Quando se fala numa taxa de IRC de 25% ninguém fica chocado, aliás esta é das mais baixas da europa,

Na Irlanda é 12,5% para qualquer valor de lucros.

Lá o imposto para a Segurança Social lá é de 4% para o empregado e 10,75% para o empregador. Cá é de 11% para o empregado e 23,75% para o empregador.

Depois queixem-se que Portugal é pouco competitivo a atrair investimento estrangeiro.
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por Açor3 » 8/10/2008 19:25

Redução do IRC não beneficia as empresas em dificuldades


08/10/2008


A redução da taxa de IRC para 12,5%, nos primeiros 12.500 euros de matéria colectável, é pouco significativa para as empresas e só beneficiará as que têm lucro e não as que estão em dificuldades, alertaram hoje fiscalistas ouvidos pela Lusa.

"Apesar de ser uma medida positiva, julgo que a redução da taxa de IRC terá um impacto pouco significativo para as empresas", disse à agência Lusa o especialista em direito fiscal Samuel Almeida.

"Em termos práticos, o valor de imposto poupado vai ser de 1,562 euros", acrescentou o fiscalista, lembrando que a medida anunciada pelo primeiro-ministro tem como destinatário principal as Pequenas e Médias Empresas (PME).

Para Samuel Almeida, a descida do IRC não resolve os problemas de liquidez das PME para fazerem face às suas obrigações fiscais e comerciais.

"Quando se fala numa taxa de IRC de 25% ninguém fica chocado, aliás esta é das mais baixas da europa, o problema é que continue a exisitir em Portugal um grande conjunto de empresas fora do sistema", disse.

Para o fiscalista Manuel Torres a redução do "imposto sobre os lucros só beneficiará quem tem lucros e, neste momento, o maior problema é quem não os tem".

"É uma medida que pode ser contraproducente porque incentiva os contribuintes a dividir o lucro por várias sociedades para manter cada um deles abaixo do escalão superior", disse à Lusa.

Explicou que se houver uma sociedade que em 2008 tenha um lucro de 25 mil euros, os sócios dela vão querer criar duas sociedades para ficar abaixo dos 12.500 e assim "acaba por se dar um benefício fiscal a quem não precisa".

"Nunca é aconselhável introduzir escalões no IRC, como se faz por exemplo no IRS", frisou.

O fiscalista Saldanha Sanches, por sua vez, considerou que se trata de uma proposta "positiva", na medida em que torna este imposto "um pouco mais baixo", mas admitiu que apenas aliviará "aqueles que tiverem lucro" .

"Se não houver lucro não alivia coisa nenhuma", frisou.

O fiscalista Rogério Ferreira considerou que se trata de uma "medida populista, para encher o olho e certamente simbólica em termos de perda de receita", e defendeu que "mais importante do que as taxas nominais são as taxas efectivas de tributacão".

O ex-secretário dos Assuntos Fiscais disse à Lusa que a medida "esvazia o regime fiscal da interioridade que foi prorrogado há bem pouco tempo, acentuando ainda, erradamente, a diferença entre a taxa marginal máxima do IRS e a do IRC, contra a desejada neutralidade do sistema fiscal".

José Sócrates anunciou esta tarde, na intervenção inicial do debate quinzenal na Assembleia da República, que a redução do IRC constará da proposta de Orçamento do Estado para 2009.




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por Woodhare » 8/10/2008 16:28

Bem uma coisa é certa com o que se tem passado nos últimos tempos não é na direita que chama liberal ao PM que vou votar e também não é na esquerda ferrenha.
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Re: IRC desce de 25% para 12,5%

por Martins_Braz » 8/10/2008 16:19

Açor3 Escreveu:IRC desce de 25 para 12,5% nos primeiros 12.500 euros de matéria colectável


08/10/2008


O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que a proposta de Orçamento do Estado para 2009 vai prever uma descida de 25 para 12,5% no IRC nos primeiros 12500 euros de matéria colectável


e começou a caça aos votos nas micro.
 
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IRC desce de 25% para 12,5%

por Açor3 » 8/10/2008 15:35

IRC desce de 25 para 12,5% nos primeiros 12.500 euros de matéria colectável


08/10/2008


O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que a proposta de Orçamento do Estado para 2009 vai prever uma descida de 25 para 12,5% no IRC nos primeiros 12500 euros de matéria colectável
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