Brasil - Maior crise económica desde 1929
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Brasil - Maior crise económica desde 1929
Publicação: 06-10-2008 23:08
actualização: 06-10-2008 23:14
Ministro brasileiro das Finanças
Maior crise económica desde 1929
O governo brasileiro anunciou, na segunda-feira, medidas para enfrentar a crise financeira internacional que, segundo o ministro das Finanças, Guido Mantega, é a maior desde 1929.
"Estamos no momento mais agudo da crise, quando as perdas estão a tornar-se claras. Não é uma crise simples, é muito forte e, talvez, a maior desde 1929, e não deve terminar tão cedo. Na fase aguda, os mercados tendem a cair na irracionalidade e hoje o comportamento é de manada", disse Mantega.
Na conferência de imprensa, em que também participou o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, foram anunciadas medidas para aumentar o crédito para exportação.
Meirelles avançou que o governo vai oferecer uma linha adicional, em dólares, no exterior com o uso das reservas internacionais. Será uma compra de títulos pelo Banco Central no exterior com contrato de recompra.
Haverá também um reforço de cinco mil milhões de reais (1,8 mil milhões de euros) para uma linha de comércio exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).
"No Brasil, não temos problemas de solvência, como nos Estados Unidos e na União Europeia, embora estejamos a sofrer aqui um problema de liquidez em decorrência do estrangulamento do crédito", afirmou Mantega, ao justificar as medidas.
"Estamos a procurar manter o volume das reservas elevado e disponibilizar parte delas para dar liquidez ao mercado", acrescentou.
Actualmente, as reservas do Brasil estão próximas de 200 mil milhões de dólares. Além das novas medidas, Mantega e Meirelles destacaram outras iniciativas já tomadas pelo governo brasileiro, como os leilões de dólares que já vêm sendo feitos pelo Banco Central e a venda da moeda norte-americana no mercado futuro.
Mantega avalia que este momento de crise aguda deve dissipar-se, porque o sistema financeiro não pode continuar travado.
"Esta situação é passageira mas é difícil hoje conseguir uma linha de crédito ou um financiamento mesmo para actividade comercial, que é segura. Certamente, isso será superado. Não é possível o sistema funcionar desta maneira", assinalou.
O ministro destacou que o grande problema na economia mundial é a perda de confiança nas instituições financeiras e que isso acaba por se reflectir também no Brasil, que não está imune à crise global.
Na segunda-feira, o nervosismo do mercado fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) cair 15%, levando à suspensão das actividades por duas vezes.
A Bovespa fechou o dia em queda de 5,43%. Já o dólar disparou no Brasil e fechou cotado a 2,20 reais, uma alta de 7,6%, a maior alta diária desde 2002.
Com Lusa
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/din ... +das+Finanças+brasileiro+considera+a+crise+como+a+maior+desde+1929.htm
actualização: 06-10-2008 23:14
Ministro brasileiro das Finanças
Maior crise económica desde 1929
O governo brasileiro anunciou, na segunda-feira, medidas para enfrentar a crise financeira internacional que, segundo o ministro das Finanças, Guido Mantega, é a maior desde 1929.
"Estamos no momento mais agudo da crise, quando as perdas estão a tornar-se claras. Não é uma crise simples, é muito forte e, talvez, a maior desde 1929, e não deve terminar tão cedo. Na fase aguda, os mercados tendem a cair na irracionalidade e hoje o comportamento é de manada", disse Mantega.
Na conferência de imprensa, em que também participou o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, foram anunciadas medidas para aumentar o crédito para exportação.
Meirelles avançou que o governo vai oferecer uma linha adicional, em dólares, no exterior com o uso das reservas internacionais. Será uma compra de títulos pelo Banco Central no exterior com contrato de recompra.
Haverá também um reforço de cinco mil milhões de reais (1,8 mil milhões de euros) para uma linha de comércio exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).
"No Brasil, não temos problemas de solvência, como nos Estados Unidos e na União Europeia, embora estejamos a sofrer aqui um problema de liquidez em decorrência do estrangulamento do crédito", afirmou Mantega, ao justificar as medidas.
"Estamos a procurar manter o volume das reservas elevado e disponibilizar parte delas para dar liquidez ao mercado", acrescentou.
Actualmente, as reservas do Brasil estão próximas de 200 mil milhões de dólares. Além das novas medidas, Mantega e Meirelles destacaram outras iniciativas já tomadas pelo governo brasileiro, como os leilões de dólares que já vêm sendo feitos pelo Banco Central e a venda da moeda norte-americana no mercado futuro.
Mantega avalia que este momento de crise aguda deve dissipar-se, porque o sistema financeiro não pode continuar travado.
"Esta situação é passageira mas é difícil hoje conseguir uma linha de crédito ou um financiamento mesmo para actividade comercial, que é segura. Certamente, isso será superado. Não é possível o sistema funcionar desta maneira", assinalou.
O ministro destacou que o grande problema na economia mundial é a perda de confiança nas instituições financeiras e que isso acaba por se reflectir também no Brasil, que não está imune à crise global.
Na segunda-feira, o nervosismo do mercado fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) cair 15%, levando à suspensão das actividades por duas vezes.
A Bovespa fechou o dia em queda de 5,43%. Já o dólar disparou no Brasil e fechou cotado a 2,20 reais, uma alta de 7,6%, a maior alta diária desde 2002.
Com Lusa
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/din ... +das+Finanças+brasileiro+considera+a+crise+como+a+maior+desde+1929.htm
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