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Caldeirão da Bolsa

Quatro mais ricos prometem apoiar os seus bancos

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Quatro mais ricos prometem apoiar os seus bancos

por luiz22 » 5/10/2008 1:26

Publicação: 04-10-2008 21:52
actualização: 04-10-2008 22:07

Mini-cimeira de Paris
Quatro mais ricos prometem apoiar os seus bancos
Os líderes dos quatro países europeus mais desenvolvidos pediram hoje flexibilidade na aplicação das regras económicas da União Europeia para enfrentar a crise financeira e comprometeram-se a apoiar os seus bancos, revelou hoje o presidente francês Nicolas Sarkozy

SIC

Crise financeira na UE
Líderes europeus mais ricos decidem medidas a aplicar Os líderes, hoje reunidos em Paris, anunciaram numa declaração conjunta que tomariam "todas as medidas necessárias" para garantir o equilíbrio e estabilidade do sistema bancário e financeiro.

França, Alemanha, Itália e Reino Unido estiveram representados na mini-cimeira, que contou com representantes com o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia.

Os responsáveis daqueles países pediram às entidades reguladoras da UE para actuarem rapidamente e serem flexíveis quando analisam as medidas dos Governos para os seus bancos.

Os líderes europeus acordaram "pedir ao Banco Europeu de Investimento (BEI) 25 mil milhões de libras" (31,5 mil milhões de euros) para ajudar as pequenas e médias empresas, declarou, por sua vez, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

"Esta crise que veio da América afectou todas as empresas", sublinhou Brown no decorrer de uma conferência de imprensa no final da reunião.

"Pusemo-nos de acordo para pedir ao Banco Europeu de Investimento (BEI) que disponibilize 25 mil milhões de libras para financiar as pequenas empresas", disse Brown.

Antes da reunião, o Gordon Brown tinha anunciado que iria propor a criação de um fundo europeu de 15,3 mil milhões de euros para ajudar as pequenas empresas.

Também à saída do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu que cada país deve "assumir as suas responsabilidades a nível nacional" face à crise dos bancos, mas sem colocar em causa os interesses dos outros Estados europeus, criticando a iniciativa irlandesa para apoiar as instituições do seu país.

"Cada país deve tomar as suas responsabilidades a nível nacional", defendeu, mas acrescentou que os planos de salvamento decididos em cada país devem respeitar as regras de uma concorrência leal entre bancos europeus.

A chanceler disse não estar "satisfeita" com a iniciativa do Governo irlandês em conceder garantias a alguns grandes bancos do país.

"Já pedimos à Comissão Eurpeia e ao BCE para procurar discutir com a Irlanda. É importante agir de modo equilibrado e não causar estragos entre países, são necessárias medidas que respeitem a concorrência", afirmou.

Por sua vez, o anfitrião do encontro, o presidente francês Nicolas Sarkozy, apelou para que sejam revistas "o mais depressa possível" as regras do capitalismo financeiro.

No final da mini-cimeira, Nicolas Sarkozy defendeu que cada um destes países deve intervir nos casos de bancos em dificuldades, empenhando-se para que os "dirigentes que falharam sejam sancionados".

Por outro lado, a "Comissão Europeia deve fazer prova de flexibilidade na aplicação de regras em matérias de ajuda do Estado às empresas", seguindo os "princípios do Mercado Comum".

Perante a actual conjuntura económica, a "aplicação do pacto de estabilidade e de crescimento deve reflectir as circunstâncias excepcionais" que o mundo enfrenta, defende Nicolas Sarkozy.

No entanto, para Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, convidado a assistir à cimeira, o pacto deve ser respeitado "na íntegra".

"Uma acumulação de défices e um retorno à espiral de endividamento são sem dúvida perigosos e trariam mais nervosismo a um nervosismo que já é grande", disse Juncker.

Por sua vez, o director-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou, no final de uma reunião com o presidente francês, em Paris, antes da mini-cimeira, que para fazer frente à crise financeira mundial "há que actuar rápido e de forma concertada".

A "Europa deve assumir as suas responsabilidades, tal como fizeram os Estados Unidos, ainda que talvez um pouco tarde", declarou Strauss-Kahn.

Strauss-Kahn considerou que a "situação económica mundial é muito preocupante" e avançou que o FMI vai publicar previsões "em baixa acentuada" face ao que tinha anunciado. Além disso, no sector financeiro "as perdas são mais graves" do que se tinha antecipado em Abril.

A experiência do FMI - argumentou Strauss-Kahn - é que neste tipo de situações "a resposta tem que ser global", e por isso a resposta de Sarkozy, "que quer uma coordenação dos europeus, que quer uma resposta colectiva, que quer evitar que haja uma ausência de solidaridade entre os europeus, é uma resposta adequada".

Enquanto terminava a reunião dos lideres dos países mais desenvolvidos na Europa, o banco alemão Hypo Real Estate anunciava o fracasso do plano de emergência de 35 mil milhões de euros, o mais elevado de sempre na Alemanha, que foi concertado com o Governo alemão para que pudesse continuar em actividade.


O consórcio de bancos envolvido nesta operação "recusou fornecer as linhas de liquidez" previstas, segundo explica um comunicado do banco alemão especializado em imobiliário.

A mini-cimeira dos quatro países europeus do G8 contou com a presença dos presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, e do Eurogrupo, Jean Claude-Juncker.

Com Lusa




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