Recessão técnica
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Caro Branco
De facto diz isso. Então era o conceito que já tinha adquirido.
Se é isso fico ciente.
thanks
De facto diz isso. Então era o conceito que já tinha adquirido.
Se é isso fico ciente.
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Indefenido?
Está lá escrito, recessão técnica são dois trimestres consecutivos de crescimento negativo.
Está lá escrito, recessão técnica são dois trimestres consecutivos de crescimento negativo.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Obrigado pela atenção. Caro Crómio.
Fica-se com um conceito indefinido do que é uma recessão técnica.
Eu perguntei sobre o conceito em causa, porque tenho lido que a europa, designadamente a alemanha..o UK e o Benelux ...iriam entrar em recessão técnica.....ou era provável que entrassem.
Tinha a noção de que a recessão sucedia quando se verificava em dois trimestes consecutivos, um decréscimo do valor do PIB. Mão resolvia essa obscuridade da recessão técnica....afinal é um conceito ainda obscuro e pouco distinto...
Enfim....recessão de um modo geral.
cumps
Fica-se com um conceito indefinido do que é uma recessão técnica.
Eu perguntei sobre o conceito em causa, porque tenho lido que a europa, designadamente a alemanha..o UK e o Benelux ...iriam entrar em recessão técnica.....ou era provável que entrassem.
Tinha a noção de que a recessão sucedia quando se verificava em dois trimestes consecutivos, um decréscimo do valor do PIB. Mão resolvia essa obscuridade da recessão técnica....afinal é um conceito ainda obscuro e pouco distinto...
Enfim....recessão de um modo geral.
cumps
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Eu de Economia percebo 0 (zero), mas (e já que ninguém te responde...) penso que estes dois artigos podem elucidar.
Abraço
Agência Financeira Escreveu:Depois de afirmações de Miguel Cadilhe ao considerar que Portugal está «em recessão económica grave»
Os economistas ouvidos pela «Lusa» rejeitam a ideia de que Portugal esteja numa recessão técnica, mas falam num período prolongado de baixo crescimento económico, com limitações estruturais ao desempenho da actividade.
O economista Miguel Cadilhe disse segunda-feira, em Braga, que Portugal «está em recessão económica grave», situação que começou em 1999 e se aprofundou a partir de 2003.
O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, qualificou esta terça-feira, em Bruxelas, de «gratuita», «alarmista» e «sem fundamentação técnica» a afirmação de Miguel Cadilhe de que Portugal «está em recessão económica grave».
Fala-se em recessão técnica «quando existem dois trimestres consecutivos de quedas do PIB, face ao trimestre anterior», disse à agência o professor de Economia da Universidade de Évora José Manuel Belbute.
Isso significa que o ciclo económico está em fase descendente, mas pode não ter batido no fundo, acrescentou o mesmo especialista.
«A nossa situação económica não é essa», afirmou o mesmo professor, porque a economia portuguesa tem apresentado crescimentos reais positivos.
Não há definições únicas de recessão
No entanto, há quem fale em recessão referindo-se a um ritmo de criação de riqueza «muito lento», com os fundamentais da economia mal consolidados, usando um conceito «mais valorativo» de recessão.
«Eu partilho dessa opinião para a economia portuguesa», disse José Belbute, lembrando que só o próprio Cadilhe pode esclarecer o que quis dizer.
Fernando Alexandre, professor de Economia da Universidade do Minho disse que «não há uma definição única de recessão», mas normalmente fala-se em recessão técnica quando o PIB cai por dois trimestres consecutivos.
Há quem use o termo recessão para dizer que uma economia está a crescer abaixo do seu potencial (no caso português esse nível anda à volta dos dois por cento), referiu o mesmo economista.
A recessão costuma ser mais conjuntural, pelo que Fernando Alexandre não concorda com a utilização desse conceito aplicado à situação actual da economia portuguesa.
É um facto que a economia portuguesa «tem crescido pouco e que a produtividade não tem crescido», notou Fernando Alexandre.
No entanto, o problema da economia portuguesa é estrutural e não conjuntural; existe um «problema grave na sua trajectória de crescimento», acrescentou o professor da Universidade do Minho.
Outra definição de recessão, que permite identificar melhor o mês da entrada em declínio, é a da entidade encarregue de datar os ciclos da economia dos EUA, o National Bureau of Economic Research (NBER).
O NBER diz que a recessão é um período de queda significativa na produção, no rendimento, no emprego e no comércio, que habitualmente dura entre um mínimo de seis meses e é marcada por contracções generalizadas, em muitos sectores da economia.
A destreza das dúvidas Escreveu:A recessão da economia portuguesa: uma questão semântica?
O Dr. Miguel Cadilhe disse, e reafirma hoje num artigo do jornal Público, que Portugal está em recessão grave. O Ministro das Finanças Teixeira dos Santos discordou dessa leitura e vários economistas, eu incluído, também.
Os termos recessão e expansão são utilizados pelos economistas para descrever o ciclo económico. O crescimento das economias não segue uma trajectória linear, sendo antes o resultado de períodos de maior crescimento, a que se seguem períodos com taxas de crescimento mais baixas, ou mesmo negativas. Este padrão de evolução das economias não tem uma explicação única, sendo a duração e amplitude dos ciclos económicos muito variáveis. Nos anos 90, nos Estados Unidos, questionou-se mesmo, com algum exagero, a morte dos ciclos económicos.
A definição técnica de recessão mais consensual entre os economistas é a de um crescimento negativo do produto em dois trimestres consecutivos. De acordo com esta definição, Portugal, nos últimos anos, não está em recessão. 2003 foi o único ano de crescimento negativo do produto: nesse ano o produto português terá diminuído 0,8%. Em 2005, cresceu 0,5%, em 2006, 1,2% e, em 2007, a economia portuguesa cresceu 1,9%. De facto, a trajectória de crescimento da economia portuguesa nos últimos anos é positiva, embora pouco pronunciada.
O Dr. Miguel Cadilhe recorreu a outra definição de recessão existente na literatura económica, a de hiato recessivo (recessionary gap). De acordo com esta definição uma economia estará em recessão quando se encontra abaixo do seu produto potencial. O produto potencial é o produto que a economia portuguesa produziria se os seus recursos produtivos, trabalho e capital, estivessem a ser utilizados integralmente, isto é, se a economia portuguesa estivesse numa trajectória de crescimento com pleno emprego. Estimativas num trabalho de investigadores do Banco de Portugal indicam que entre 2001 e 2005 o produto potencial português variou entre 1 e 1,5%. Mas com uma taxa de desemprego de 8% não estamos certamente numa situação de pleno emprego.
No entanto, esta definição tem vários problemas. O primeiro, como o próprio Dr. Miguel Cadilhe refere no artigo de hoje no jornal Público, é que não existe uma medida única do produto potencial. O produto potencial é estimado e constitui mesmo uma das principais fontes de incerteza para os decisores de política económica, podendo ter sido mesmo uma fonte desestabilizadora em alguns períodos.
O segundo problema desta definição, e que resulta da incerteza na estimação do produto potencial, é a manipulação que daí poderia resultar por parte dos decisores de política da Zona Euro. Ou seja, o conceito de recessão incluído no PEC revisto, e agora recuperado pelo Dr. Cadilhe, poderia tornar o Pacto ainda mais flexível do que ele já é desde a revisão de 2005 – ou seja, haveria um pacto, mas muito flexível. Fazendo uma analogia com o pacto matrimonial, homem e mulher jurariam fidelidade, mas só às vezes. Este foi talvez o aspecto mais criticado pelos economistas aquando da revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento, e por isso ninguém fala dele. Ou não falava até esta semana.
O terceiro problema das afirmações do Dr. Miguel Cadilhe é ter utilizado um termo de natureza conjuntural para descrever uma situação estrutural.
Crise é na minha opinião o termo mais adequado para descrever a actual situação da economia portuguesa. De facto, Portugal vive neste início do século XXI o mais longo período de estagnação económica desde o final da 2ª Grande Guerra Mundial, isto é, a sua pior crise dos últimos 60 anos. A atenção do Governo, da oposição e dos portugueses em geral deve concentrar-se nos problemas estruturais da economia portuguesa, isto é, nos factores que estão na origem da baixa produtividade dos nossos factores produtivos.
Finalmente, e esse é para mim o maior problema das sua declarações, o Dr. Miguel Cadilhe recorreu àquela definição para criticar a política orçamental pró-cíclica do Governo e defender uma política orçamental mais expansionista. Ou seja, da sua análise da evolução da economia portuguesa poderíamos ser levados a concluir que atribui mais importância à componente cíclica do que aos aspectos estruturais da actual crise. É verdade que uma política orçamental pró-cíclica não tem contribuído para a recuperação do crescimento da economia portuguesa, mas infelizmente também o problema com as contas públicas portuguesas é estrutural e não conjuntural.
Concluindo, discordo do Dr. Miguel Cadilhe não só porque usa um termo de natureza conjuntural para descrever um problema claramente estrutural, mas também porque parece sugerir que soluções de natureza conjuntural, como uma política orçamental mais expansionista, permitiriam resolver os problemas estruturais da economia portuguesa.
Abraço
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Recessão técnica
Caros
Solicitava que alguém, fissesse o favor de, sucintamente, me dessa a ideia do conceito relativo a uma recessão técnica.
Designadamente, destinguindo os factores que o distinguem do de uma recessão normalmente entendida.
cumps
Solicitava que alguém, fissesse o favor de, sucintamente, me dessa a ideia do conceito relativo a uma recessão técnica.
Designadamente, destinguindo os factores que o distinguem do de uma recessão normalmente entendida.
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