Incerteza global já se reflete nos lucros das cotadas da bolsa

[Pata-Hari]

fonte, publico

Números do segundo trimestre condicionam previsões
OCDE prevê menor crescimento da Zona Euro
02.09.2008 - 10h18
Por AFP
Heinz-Peter Bader/Reuters (arquivo)

A OCDE atribui mais margem de manobra ao BCE, de Trichet, no final do ano para baixar as taxas de juro
A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) baixou a previsão de crescimento deste ano para a Zona Euro para 1,3 por cento, contra os anteriores 1,7 por cento, devido aos maus resultados gerados no segundo trimestre do ano.

Nas suas previsões económicas intercalares de Setembro, a OCDE sustenta as novas previsões na contracção de 0,2 por cento da economia da Zona Euro no segundo trimestre do ano, em comparação com os primeiros três meses do ano. A Zona Euro poderá “estagnar globalmente” até ao final do ano, o mesmo acontecendo ao Reino Unido, estima ainda a OCDE.

Para esta previsão concorre ainda o fraco crescimento do comércio externo, penalizado pelo nível elevado do euro durante todo o primeiro semestre deste ano, sustenta Jean-Luc Schneider, director-adjunto do departamento de economia da OCDE, em declarações à AFP.

A previsão de crescimento para a Alemanha, a maior economia da Zona Euro, é reduzida para 1,5 por cento, face aos 1,9 por centro apresentados em Maio, mas fica ainda assim acima dos um por cento apontados para a França, que perde oito décimas face aos 1,8 por cento antecipados em Maio, refere a OCDE.

A Itália está no final da tabela do crescimento, antecipando a OCDE uma progressão marginal de apenas 0,1 por cento no ano, contra meio por cento na anterior previsão.

Após estes novos dados, Jean-Luc Schneider defende que a Zona Euro se encontra mais próxima de uma recessão do que os EUA. O menor crescimento económico irá trazer a inflação para “valores mais confortáveis” e conceder ao Banco Central Europeu margem de manobra para eventualmente baixar as taxas de juro directoras, conclui ainda o economista.