Empresa alemã regressa da China para Portugal
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Camisa Roxa Escreveu:Resina Escreveu:Assim como vão, tambem voltam...
Tudo depende das condições dos mercados, e a China talvez já não esteja tão atractiva para alguns sectores...
exactamente, a mão invisível de Adam Smith pelos vistos ainda continua a espantar muitos!
os chineses cada vez têm mais dinheiro nos bolsos e já lá vão os tempos em que trabalhavam por 1 tigela de arroz!
Ou isso, ou o facto de que os custos de transporte hoje são mais dispendiosos do que a mão de obra barata chinesa...
Quanto à velocidade com que as coisas se dão, referia-me ao facto de que com os mercados mais liberalizados, as mudanças de "cá para lá, de lá para cá" são muito mais rápidas.
Ou seja, existe a capacidade de responder rapidamente a novos dados que possam influenciar a gestão. O que por sua vez, não é mais do que um sinal de que os custos de energia mais caros, estão mesmo para ficar, ou pelo menos estão a ser entendidos por alguns que é mesmo.
1 ab
O que é um cínico? É aquele que sabe o preço de tudo, mas que não sabe o valor de nada.
Há muitos mais exemplos deste género.
Na empresa onde trabalho, lider mundial na indústria electrmecânica, estamos a deslocar para Portugal, linhas da China, do México e, há cerca de um ano, aquando da compra de um rival da nossa àrea, as linhas vieram para Portugal.
Know how, eficieência, productividade e, acima de tudo, qualidade têm sido as nossas armas.
Na empresa onde trabalho, lider mundial na indústria electrmecânica, estamos a deslocar para Portugal, linhas da China, do México e, há cerca de um ano, aquando da compra de um rival da nossa àrea, as linhas vieram para Portugal.
Know how, eficieência, productividade e, acima de tudo, qualidade têm sido as nossas armas.
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Resina Escreveu:Assim como vão, tambem voltam...
Tudo depende das condições dos mercados, e a China talvez já não esteja tão atractiva para alguns sectores...
exactamente, a mão invisível de Adam Smith pelos vistos ainda continua a espantar muitos!
os chineses cada vez têm mais dinheiro nos bolsos e já lá vão os tempos em que trabalhavam por 1 tigela de arroz!

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
É na qualidade que temos de apostar, seja a concorrer com os chineses ou com outros paises de mão de obra barata.
A maioria dos produtos oriundos desses paises tem um tempo de duração menor e uma qualidade inferior aos que são produzidos em Portugal e outros paises Europeus.
A qualidade ainda não é importante para a China ou para a India e não sei se algum dia vai ser, visto que a qualidade aumenta o preço e deixa de ser interessante com os valores de transporte.
No outro dia estive a ver material de construção chinês novo(camiões, retroescavadoras, giratórias...) são mais baratas entre 40% a 60% mas não convencem em nada e pior ainda ninguem dá assistençia.
A maioria dos produtos oriundos desses paises tem um tempo de duração menor e uma qualidade inferior aos que são produzidos em Portugal e outros paises Europeus.
A qualidade ainda não é importante para a China ou para a India e não sei se algum dia vai ser, visto que a qualidade aumenta o preço e deixa de ser interessante com os valores de transporte.
No outro dia estive a ver material de construção chinês novo(camiões, retroescavadoras, giratórias...) são mais baratas entre 40% a 60% mas não convencem em nada e pior ainda ninguem dá assistençia.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
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Interessante. É um exemplo de como a economia se adapta às novas circunstâncias...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Empresa alemã regressa da China para Portugal
Empresa alemã faz regressar a Portugal parte da produção que deslocou para a China
13.07.2008 - 11h37
Por Lusa
Alexandra Beier/Reuters
A Steiff tem uma fábrica em Oleiros desde 1991
A empresa alemã Steiff, que inventou os ursinhos de peluche, fez regressar a Portugal parte da produção deslocalizada para a China, num movimento que se começa a verificar noutros sectores da economia, devido ao aumento do preço do petróleo.
O anúncio na semana passada pelo director-geral da Steiff, Martin Frechen, do abandono da China, após cinco anos de deslocalização de um quinto da produção do famoso ursinho de pelúcia, não apanhou de surpresa o gerente da fábrica da Steiff em Oleiros, Castelo Branco.
"Já tínhamos em curso desde o início do ano os trabalhos de ampliação das instalações", disse Narciso Guimarães, o responsável da unidade de Oleiros.
A decisão de aumentar a produção de 30 para 40 por cento do total em Oleiros, onde a Steiff tem uma fábrica desde 1991, implicará um aumento do número de efectivos em proporção semelhante, para um pouco mais de 150 trabalhadores, explicou Narciso Guimarães.
O regresso da produção a Portugal, segundo a Steiff, decorre da estratégia da nova direcção da empresa-mãe, de dificuldades logísticas e do aumento do preço dos transportes.
Os chineses privilegiam o preço e a quantidade, mas "há uma falta de capacidade de resposta para série mais limitadas e mais sofisticadas, onde se pretende uma resposta atempada", disse a empresa.
A Tunísia acolherá outra parte da produção abandonada na China num processo de aproximação aos mercados de destino que deverá ser concluído no final de 2009.
A proximidade geográfica, numa altura em que os custos dos transportes disparam, e a capacidade de adaptar rapidamente a produção às exigências do mercado são factores determinantes em nichos de mercados de diversos sectores, para os quais Portugal está bem posicionado.
Um desses sectores é o do calçado, disse Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos).
"Estamos perante dois modelos de negócios distintos, um chinês de baixo custo e grandes quantidades e o de Portugal, muito bem apetrechado tecnologicamente que consegue dar resposta inclusive às pequenas encomendas, em tempo útil", afirmou Paulo Gonçalves, que lembra aliás que 90 por cento das exportações portuguesas de calçado tem a Europa por destino.
Este responsável notou que "há marcas estrangeiras que numa determinada altura foram seduzidas pela China, mas que encontraram problemas, como a falta de capacidade de resposta em tempo útil. Pela sua proximidade dos principais mercados do resto da Europa, Portugal assegura uma resposta rápida", sublinhou.
Paulo Gonçalves não adiantou dados concretos, "mas ouve-se falar" de empresas nacionais que voltaram a receber encomendas de marcas que tinham tentado a Ásia, afirmou.
Para o economista João Loureiro, tal movimento está de facto a verificar-se no sector do calçado como o mostra o crescimento das exportações.
"De há dois ou três anos a esta parte, há um regresso a Portugal quando se trata de calçado de alto qualidade, onde a par de um certo grau de mecanização, a intervenção humana e uma certa tradição têm o seu papel", explicou o presidente da Faculdade de Economia do Porto.
Portugal e os outros países que perderam produção para destinos mais baratos, como a China e a Índia vêem assim agora, com o aumento do preço do petróleo, regressar a vantagem comparativa de estar perto dos mercados.
"O custo do transporte por navio é muito baixo e uma pequena parte no custo global de um produto. Mesmo com o petróleo a aumentar, representa cerca de cinco ou sete por cento do preço total", disse Pedro Abrantes, professor no Instituto de Estudos de Transporte da Universidade de Leeds, Reino Unido.
"Mas com o custo da distância sempre a aumentar as empresas têm de o fazer reflectir. Uma das consequências prováveis deste aumento é por isso a quebra do comércio global", explicou.
A tendência, segundo Pedro Abrantes, vai penalizar sobretudo os países que exportam mais e para mais longe. Os países da União Europeia, que exporta muito os outros estados-membros, poderão ver assim regressar a produção - tal como viram voltar o ursinho de peluche.
in Público
13.07.2008 - 11h37
Por Lusa
Alexandra Beier/Reuters
A Steiff tem uma fábrica em Oleiros desde 1991
A empresa alemã Steiff, que inventou os ursinhos de peluche, fez regressar a Portugal parte da produção deslocalizada para a China, num movimento que se começa a verificar noutros sectores da economia, devido ao aumento do preço do petróleo.
O anúncio na semana passada pelo director-geral da Steiff, Martin Frechen, do abandono da China, após cinco anos de deslocalização de um quinto da produção do famoso ursinho de pelúcia, não apanhou de surpresa o gerente da fábrica da Steiff em Oleiros, Castelo Branco.
"Já tínhamos em curso desde o início do ano os trabalhos de ampliação das instalações", disse Narciso Guimarães, o responsável da unidade de Oleiros.
A decisão de aumentar a produção de 30 para 40 por cento do total em Oleiros, onde a Steiff tem uma fábrica desde 1991, implicará um aumento do número de efectivos em proporção semelhante, para um pouco mais de 150 trabalhadores, explicou Narciso Guimarães.
O regresso da produção a Portugal, segundo a Steiff, decorre da estratégia da nova direcção da empresa-mãe, de dificuldades logísticas e do aumento do preço dos transportes.
Os chineses privilegiam o preço e a quantidade, mas "há uma falta de capacidade de resposta para série mais limitadas e mais sofisticadas, onde se pretende uma resposta atempada", disse a empresa.
A Tunísia acolherá outra parte da produção abandonada na China num processo de aproximação aos mercados de destino que deverá ser concluído no final de 2009.
A proximidade geográfica, numa altura em que os custos dos transportes disparam, e a capacidade de adaptar rapidamente a produção às exigências do mercado são factores determinantes em nichos de mercados de diversos sectores, para os quais Portugal está bem posicionado.
Um desses sectores é o do calçado, disse Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos).
"Estamos perante dois modelos de negócios distintos, um chinês de baixo custo e grandes quantidades e o de Portugal, muito bem apetrechado tecnologicamente que consegue dar resposta inclusive às pequenas encomendas, em tempo útil", afirmou Paulo Gonçalves, que lembra aliás que 90 por cento das exportações portuguesas de calçado tem a Europa por destino.
Este responsável notou que "há marcas estrangeiras que numa determinada altura foram seduzidas pela China, mas que encontraram problemas, como a falta de capacidade de resposta em tempo útil. Pela sua proximidade dos principais mercados do resto da Europa, Portugal assegura uma resposta rápida", sublinhou.
Paulo Gonçalves não adiantou dados concretos, "mas ouve-se falar" de empresas nacionais que voltaram a receber encomendas de marcas que tinham tentado a Ásia, afirmou.
Para o economista João Loureiro, tal movimento está de facto a verificar-se no sector do calçado como o mostra o crescimento das exportações.
"De há dois ou três anos a esta parte, há um regresso a Portugal quando se trata de calçado de alto qualidade, onde a par de um certo grau de mecanização, a intervenção humana e uma certa tradição têm o seu papel", explicou o presidente da Faculdade de Economia do Porto.
Portugal e os outros países que perderam produção para destinos mais baratos, como a China e a Índia vêem assim agora, com o aumento do preço do petróleo, regressar a vantagem comparativa de estar perto dos mercados.
"O custo do transporte por navio é muito baixo e uma pequena parte no custo global de um produto. Mesmo com o petróleo a aumentar, representa cerca de cinco ou sete por cento do preço total", disse Pedro Abrantes, professor no Instituto de Estudos de Transporte da Universidade de Leeds, Reino Unido.
"Mas com o custo da distância sempre a aumentar as empresas têm de o fazer reflectir. Uma das consequências prováveis deste aumento é por isso a quebra do comércio global", explicou.
A tendência, segundo Pedro Abrantes, vai penalizar sobretudo os países que exportam mais e para mais longe. Os países da União Europeia, que exporta muito os outros estados-membros, poderão ver assim regressar a produção - tal como viram voltar o ursinho de peluche.
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