Caldeirão da Bolsa

Três génios, um laboratório, muitas bolhas no mercado

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por limpaesgotos » 26/5/2008 20:30

Está certo Ulisses, mas as bolhas das tecnologicas e imobiliário, estoiraram pois no 1º caso essas empresas praticamente não vendiam nada e no segundo caso o mercado está saturado (não conseguem vender o produto), ora isso nunca irá acontecer com as renováveis, pois será necessário sempre mais energia e as empresas das renováveis vendem realmente algo e que é consumível.

Cumprimentos.
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por Ulisses Pereira » 26/5/2008 20:06

Limpaesgotos, em 2000 nas "dot.coms" também diziam que todos os sites seriam sempre poucos...

Uma coisa são as empresas outra coisa é a valorização das mesmas. Que o futuro do sector será risonho, é uma coisa. Outra coisa é justificar algumas valorizações de 1000% e coisas assim.

Um abraço,
Ulisses
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por limpaesgotos » 26/5/2008 19:58

Não acredito que venha a existir uma bolha nas renováveis. Toda a energia será sempre pouca.

Cumprimentos
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Três génios, um laboratório, muitas bolhas no mercado

por luiz22 » 26/5/2008 0:10

Mercados 2008-05-26 00:05
Três génios, um laboratório, muitas bolhas no mercado

Bernanke contratou investigadores para antecipar bolhas financeiras. Há três que são especiais.

Miguel Pacheco

Harrison Hong andou muito tempo frustrado. Em 1999, quando a Califórnia crescia com o ‘boom’ das tecnológicas, Hong via os vizinhos enriquecerem com acções e atormentava-se com dúvidas sobre o que fazer com o seu dinheiro. Era a sua área académica, sabia quais eram as tendências, conhecia os riscos. Mas investir? Nada disso. “A minha irmã está a enriquecer, os meus amigos estão ricos... Acho que isto tudo é uma loucura, mas sinto-me mal por estar a perder esta festa”, como contou recentemente ao 'Wall Street Journal'.

No final de 1999, início de 2000, quando o NASDAQ (índice tecnológico norte-americano) subiu 77,4% em seis meses, a liquidez era enorme, a euforia quase geral. “Não resisti”, lembra Hong, “e investi algum dinheiro”. Teve azar. Em Março de 2000 explodia a bolha das ‘dot-com’ e os EUA corrigiam à força o problema.

No último século, o aparecimento de bolhas nos mercados financeiros esteve sempre ligado às revoluções dos tempos modernos - electricidade e automóveis nos anos 20, Internet nos anos 90, matérias-primas e habitação nos últimos anos. Elas não nascem do nada, garantem os especialistas, mas há quem fuja à ideia. Alan Greenspan, ex-presidente da reserva federal norte-americana (FED), por exemplo, prefere ver nelas uma correcção natural - e regular - dos mercados. Já o novo presidente da FED, Ben Bernanke, sempre teve uma opinião diferente. Em 1996, quando liderava o departamento de Economia em Princeton, Bernanke percebeu o potencial académico do problema. Em pouco tempo, angariou 10 milhões de dólares, criou um departamento e começou a contratar especialistas. Dez anos depois, Harrison Hong – 37 anos, vietnamita, doutoramento no MIT – é um dos três protegidos do presidente da FED. Os outros são Wei Xiong – 32 anos, chinês, doutoramento na Universidade de Duke – e Markus Brunnermeier – 39 anos, alemão, doutoramento no London School of Economics. Todos acrescentaram à análise destes fenómenos a experiência pessoal em lidar com comportamentos estranhos no mercado.

Cada um tem uma visão diferente do problema. Ao “Wall Street Journal”, Hong explicou a sua teoria para as bolhas no mercado: todas as grandes inovações dão origem a grandes diferenças de opinião entre os investidores mais optimistas e conservadores (’bull vs bear’). À medida que as diferenças se tornam mais extremas há a tendência para que os mais conservadores saiam de campo, o que favorece o optimismo e a subida de preços. Depois, à medida que a bolha cresce, o optimismo enfraquece e os preços caem.

Olhando para a crise do crédito, Markus Brunnermeier - o mais europeu dos protegidos de Bernanke - diz que, apesar das suas especificidades, ela mostra uma matriz clássica: o aumenta da delinquência provocou uma crise de liquidez. Mas o que é novo, escreve Markus num ‘paper intitulado “Deciphering the 2007-08 Liquidity and Credit Crunch”, e a que o Diário Económico teve acesso, é a extensão da securitização dos activos. “A crise ensinou-nos que precisamos de repensar o nosso quadro regulatório face à inovação dos mercados.”

Actualmente, há quem receie que se esteja a criar uma bolha nas renováveis. Um inquérito da consultora KPMG mostrava, na semana passada, que 50% dos executivos inquiridos garantiam que sim, esse risco era real. O apetite dos investidores por estas empresas e a tendência de concentração no sector alimentam alguns destes receios, que ainda estão por confirmar.

Do outro lado do Atlântico, em Princeton, New Jersey, este apetite pelas renováveis não é novo. É mais difícil de medir, garante Markus Brunnermeier, mas é apenas uma equação que pode ser corrigida - ou não. Certezas só há duas: “Numa bolha”, costuma lembrar Wei Xiong, há dois factores que nunca mudam: “Uma é que as pessoas pagam preços loucos. A outra é que negoceiam, vendem e compram como loucos”.

Os três génios das bolhas

Harrison Hong, Professor em Princeton. Depois de vários anos a estudar o fenómeno, Hong conclui que, quando há saltos económicos e grandes inovações, a diferença entre os investidores optimistas e pessimistas se alarga. Quando as acções começam a subir, a tendência é que os pessimistas saíam. Só com os optimistas no mercado, os preços têm tendência a subir cada vez mais. A teoria de Hong ganha corpo na crise do ‘subprime’: à medida que os investidores foram comprando os direitos das hipotecas, eles garantiram capital em abundância para os compradores de casas. Pressionados por isto e pela baixa das taxas de juro, os preços subiram em flecha. A teoria de Hong dá ainda outras conclusões: Quando uma bolha rebenta, e porque há muita dívida e dinheiro em jogo, a pressa dos investidores em venderem as suas acções intensifica a velocidade da queda. Isto agrava ainda mais a dimensão da crise.

Markus Brunnermeier, Professor em Princeton. Quando era miúdo, sempre quis ser carpinteiro como o pai, mas as diferenças entre a prosperidade da Alemanha Ocidental e o atraso crónico da RDA levaram Russmeier a estudar a liberdade dos preços e os seus efeitos. Mais tarde, já na London School of Economics, publicou um trabalho onde defendia que, se os investidores conseguissem conciliar os seus investimentos poderiam ganhar muito dinheiro durante uma bolha. Mas se não se coordenassem, tornava-se muito arriscado investir. O que faz sentido, escreve Russmeir, é aproveitar a subida e sair o mais rapidamente possível, antes mesmo da bolha se tornar do conhecimento geral.

WEI xiong, Professor em Princeton. Tinha 18 anos e a ambição de se tornar um físico de partículas quando chegou aos Estados Unidos. Rapidamente mudou de área e passou para a economia, adaptando a sua experiência na China ao estudo dos mercados e dos fenómenos financeiras. Durante muitos anos, constatou Xiong, as empresas chinesas emitiram dois tipos de acções: tipo A para investidores nacionais, tipo B para investidores estrangeiros. Wei Xiong descobriu que as companhias com menos acções do tipo A tinham volumes de negociação mais elevados e mudavam muito mais vezes de mãos. Com base nisso desenvolveu com uma teoria: em mercados onde há um grandes diferenças de opinião face ao preço, os optimistas dominam, tendem a comprar mais, mesmo quando há poucas acções disponíveis. Hoje, a procura de matérias-primas na China é, para muitos investidores, um factor novo na equação dos preços, E uma das




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