Senado norte-americano pede explicações às petrolíferas sobr
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Estive para meter este artigo no tópico da Galp, leiam e descubram por porquê.
http://resistir.info/peak_oil/pico_e_politicos.html
Pico petrolífero e políticos
por Kelpie Wilson [*]
Em 1956 Marion King Hubbert, geólogo da Shell Oil, apresentou ao American Petroleum Institute um documento no qual previa que a produção americana de petróleo atingiria o pico no princípio da década de 1970 e a então seguir-se-ia uma curva em declínio, agora conhecida como Curva de Hubbert. Mas Hubbert quase não pode apresentar o seu documento. Ele recebeu um telefonema dos seus patrões da Shell, que lhe pediram para "moderar o tom". Sua resposta foi de que não havia nada para moderar. Tratava-se simplesmente de análise objectiva. Ele apresentou o documento, sem correcções. Pode-se ler toda esta história aqui .
Desde aquele tempo, a indústria petrolífera e os seus apoiantes políticos fizeram tudo o que podiam para amaciar a mensagem de que o petróleo é um recurso finito e que dele ficaremos privados algum dia. Por que deveriam eles proceder assim? Para promover a busca do lucro a curto prazo e com vistas curtas. Em 2004 a Shell finalmente foi apanhada numa mentira acerca da dimensão das suas reservas de petróleo. A companhia havia inflacionado a dimensão declarada das suas reservas de a fim de manter altos os preços das suas acções pois quem é que quer investir numa companhia – ou numa indústria – que está a ir pelo caminho dos dinossauros?
Desde 1956, a economia mundial prosseguiu sob uma espécie de feitiço das companhias petrolíferas, o qual teceu em torno de nós a ilusão de que o esgotamento do petróleo está tão remoto no futuro que não precisamos de nos preocupar com isso. Esta crença foi essencial para apoiar o objectivo de uma economia em crescimento infinito.
Houve uns poucos tropeços em tal estratégia. Em 1972, exactamente quando a produção de petróleo nos Estados Unidos atingiu o seu pico histórico, um grupo de modeladores computacionais do MIT divulgou um estudo denominado "Os limites do crescimento". Eles previam um declínio agudo nos recursos naturais de toda espécie. Como para muitos minerais, inclusive petróleo, os números das reservas não eram bem conhecidos, eles examinaram diferentes cenários. Alguns mostraram-nos o esgotamento do petróleo antes de 2000 e outros mostravam o pico da produção a verificar-se em meados do século XXI.
A facção pró-crescimento reagiu rapidamente e fulminou a ideia de que poderia haver limites ao crescimento. Os cientistas do MIT foram tratados como Cassandras, tanto nas universidades como na imprensa.
Esta estratégia de matar o mensageiro, o portador de más notícias, penetrou logo na política americana. Jimmy Carter tentou dominar a crise energética no fim da década de 1970 com o apoio a energias alternativas e à conservação, mas ele foi ridicularizado pelos media e os consumidores americanos não foram capazes de ouvir a mensagem. Ronald Reagan afastou-se disto na presidência e imediatamente removeu os painéis solares do telhado da Casa Branca.
"NÃO POLIDO"
Desde então, de certa forma tornou-se "não polido" conversar acerca dos limites do crescimento. Hoje, apesar do disparo dos preços do petróleo, a maior parte dos políticos ainda evita a expressão "Pico Petrolífero". A maior parte dos media ainda trata os advogados do pico petrolífero com cepticismo, utilizando epítetos como "à margem" (da respeitabilidade científica) e de "a assim chamada" para designar a teoria do pico petrolífero.
Sejamos claros: o pico petrolífero é muitas vezes mal entendido. A data em que mundo atinge o pico não é a data em que realmente ficaremos privados de petróleo e sim a data em que cessamos de aumentar a produção. Isto é seguido por um "plateau" (planalto) em que a produção de petróleo é plana. Finalmente, a produção acabará por declinar.
Mesmo um plateau é um grande problema para uma economia mundial que é baseada no crescimento. Num mundo em que 850 milhões ainda estão famélicos e 3 mil milhões dos 6,5 mil milhões vivem com menos de US$2 por dia, produção de petróleo estagnada significa um fim para modelos de desenvolvimento com base no crescimento económico. As estatísticas mostram que a produção de petróleo têm estado plana desde há mais de dois anos.
Estes factos são simples. Como disse Hubbert em 1956: "Nada de sensacional quanto a isto, apenas análise objectiva". E ainda assim as mais poderosas instituições na nossa sociedade continuam a fazer tudo o que podem para evitar a confrontação com a verdade.
Felizmente, uma vasta rede de cidadãos independentes, académicos e empregados renegados de companhias de petróleo mantem-se a examinar a verdade e a tentar educar o público acerca do pico petrolífero. Pode encontrar o trabalho dele on line em sítios como energybulletin.net e theoildrum.com . Estas redes têm não só revelado revelado as estatísticas reais acerca dos constrangimentos da produção de petróleo como também começaram a atacar o problema de como o mundo deveria responder a esta crise sem precedentes.
Quem estiver interessado num encontro directo com os intrépidos "piquistas" pode participar de uma conferência já anunciada. The International Conference on Peak Oil and Climate Change: Paths to Sustainability terá lugar de 30 de Maio a 1 de Junho em Grand Rapids, Michigan.
Vernon Ehler, deputado de Michigan, inaugurará a conferência. Ehler é membro do House Peak Oil Caucus, o qual foi fundado por outro republicano, Roscoe Bartlett, de Maryland. O Peak Oil Caucus é co-presidido pelo democrata Tom Udall, mas tem apenas 15 membros ao todo. Não existe grupo semelhante no Senado e muito poucos outros políticos utilizarão a expressão "Pico Petrolífero".
Nenhum dos actuais candidatos presidenciais fez do pico petrolífero uma questão importante. A secretária de imprensa de Bartlett, Lisa Wright, disse que este havia conversado acerca do pico petrolífero com (o candidato) John McCain mas não com Obama ou Clinton. Quando lhe perguntei se McCain enfrentaria a questão do pico petrolífero, Wright respondeu: "Eu não descreveria o senador McCain como sendo tão conhecedor ou comprometido como o deputado Bartlett sobre a questão".
Ao falar de questões de energia os políticos muitas vezes utilizam o eufemismo da segurança energética, reconhecendo que os EUA tem apenas três por cento das reservas de petróleo mundiais e advertindo que a maior parte do resto pertence a governos não amigos ou instáveis. Se bem que haja verdade neste tipo de declaração, ela estabelece uma estrutura de conflito ao criar a percepção de que ainda há muito petróleo mas que pessoas más estão a mantê-lo longe de nós.
Tanto democratas como republicanos compram esta visão. Nesta temporada eleitoral, alguns democratas parecem ainda mais desejosos do que os republicanos de jogarem a carta do medo do petróleo e promoverem medidas de reparação rápida que não são eficazes ou são absolutamente ridículas.
Primeiro houve as férias fiscais da gasolina proposta por John McCain e secundado por Hillary Clinton. Barack Obama distinguiu-se pela resistência à ideia. A teoria económico da mesma não faz sentido. Seria na melhor das hipóteses poupar ao motorista médio cerca de US$30 ao longo de um Verão de condução, e na pior a procura acrescida faria subir os preços da gasolina. A posição de Obama mostra o entendimento de que a oferta de petróleo não está a atender à procura, ainda que ele não utilize as palavras "pico petrolífero".
Nas últimas duas semanas, o Congresso viu uma enorme quantidade de propostas imbecis de ambos os lados. Os democratas querem que o presidente Bush forçar os braços dos sauditas para fazer com que o reino produza mais petróleo. Se isso não funcionar, eles querem cortar os seus braços – isto é, as suas armas. O senador Reid planeia apresentar uma resolução expedita que bloquearia US$1,37 mil milhões em vendas de armas aos sauditas a menos que eles aumentem a produção de petróleo em um milhão de barris por dia. Richard Heinberg, educador do pico petrolífero, avisa onde toda esta confrontação poderá conduzir: "Suponha que actuemos duramente com os sauditas e acabemos por desestabilizar o reino de modo que forças inamistosas para connosco tomassem o poder. Então seríamos mais ou menos forçados a invadir a fim de manter o acesso à nossa droga nacional preferida. Onde acabaria isto? Será que isto ajudaria?"
Entretanto, o que os democratas fariam aos sauditas os republicanos querem fazer ao urso polar e ao caribú. Os republicanos geralmente são favoráveis à perfuração no Refúgio Nacional da Vida Selvagem do Árctico (Arctic National Wildlife Refuge, ANWR) apesar do facto de que mesmo no pico da produção isto atenderia apenas dois por cento da procura americana de petróleo.
Mas nem todos os republicanos são favoráveis à perfuração na ANWR. O vice-presidente do Peak Oil Caucus, Roscoe Bartlett, pensa que deveríamos preservar o petróleo do Árctivo para uma emergência real. Ao falar em oposição à perfuração ele declarou: "Estou a ter dificuldade para entender como é do interesse da nossa segurança nacional gastar a nossa pequena quantidade de petróleo tão rapidamente quanto podemos. Se bombearmos o ANWR amanhã, o que faríamos nós no dia seguinte?"
Bartlett toma esta posição porque age sabendo que o petróleo é finito e que o mundo está a aproximar-se ou já ultrapassou o pico da produção. Se todos os membros do Congresso estivessem a operar dentro deste quadro, veríamos então algumas propostas políticas muito diferentes.
Perguntei a Lisa Wright porque o gabinete de Bartlett pensa que a questão do pico petrolífero tem despertado tão pouca atenção nos media e entre os políticos. Wright culpou uma condição psicológica humana conhecida como dissonância cognitiva, "o fenómeno de que você só ouve o que está interessado em ouvir".
"Verdades duras são difíceis de conversar assim como difíceis de absorver", disse ela. "É muito mais fácil acreditar em pessoas que dizem que se nós simplesmente tivermos mais produção americana então não teríamos de nos preocuparmos com importações do estrangeiro, sem explicar que já estamos a bombear nossa diminuta porção das reservas mundiais três ou quatro vezes mais rápido do que o resto do mundo. Mas não podemos furar o nosso caminho para a auto-suficiência porque você não pode bombear o que não está ali".
Ao ser perguntada se via o pico petrolífero tornar-se uma questão na campanha presidencial, Wright disse, "Tornar-se-á uma questão da campanha se os candidatos fizerem dela uma questão e os candidatos optarão por torná-la uma questão se ela aparecer como algo motivador para os eleitores".
Mas, disse ela, "É uma charada do ovo e da galinha. Na medida em que os eleitores se tornarem informados e conscientes através dos media, você descobrirá que os candidatos os seguirão. Este é o modo geral como a política americana funciona".
Depois de anos de moderação do tom da mensagem do pico petrolífero no discurso público, os eleitores precisam fazer com que os candidatos saibam que agora é o momento de elevar o tom.
[*] Editora de ambiente de Truthout , engenheira mecânica, autora de Primal Tears .
O original encontra-se em http://www.energybulletin.net/44343.html
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
http://resistir.info/peak_oil/pico_e_politicos.html
Cumprimentos

http://resistir.info/peak_oil/pico_e_politicos.html
Pico petrolífero e políticos
por Kelpie Wilson [*]
Em 1956 Marion King Hubbert, geólogo da Shell Oil, apresentou ao American Petroleum Institute um documento no qual previa que a produção americana de petróleo atingiria o pico no princípio da década de 1970 e a então seguir-se-ia uma curva em declínio, agora conhecida como Curva de Hubbert. Mas Hubbert quase não pode apresentar o seu documento. Ele recebeu um telefonema dos seus patrões da Shell, que lhe pediram para "moderar o tom". Sua resposta foi de que não havia nada para moderar. Tratava-se simplesmente de análise objectiva. Ele apresentou o documento, sem correcções. Pode-se ler toda esta história aqui .
Desde aquele tempo, a indústria petrolífera e os seus apoiantes políticos fizeram tudo o que podiam para amaciar a mensagem de que o petróleo é um recurso finito e que dele ficaremos privados algum dia. Por que deveriam eles proceder assim? Para promover a busca do lucro a curto prazo e com vistas curtas. Em 2004 a Shell finalmente foi apanhada numa mentira acerca da dimensão das suas reservas de petróleo. A companhia havia inflacionado a dimensão declarada das suas reservas de a fim de manter altos os preços das suas acções pois quem é que quer investir numa companhia – ou numa indústria – que está a ir pelo caminho dos dinossauros?
Desde 1956, a economia mundial prosseguiu sob uma espécie de feitiço das companhias petrolíferas, o qual teceu em torno de nós a ilusão de que o esgotamento do petróleo está tão remoto no futuro que não precisamos de nos preocupar com isso. Esta crença foi essencial para apoiar o objectivo de uma economia em crescimento infinito.
Houve uns poucos tropeços em tal estratégia. Em 1972, exactamente quando a produção de petróleo nos Estados Unidos atingiu o seu pico histórico, um grupo de modeladores computacionais do MIT divulgou um estudo denominado "Os limites do crescimento". Eles previam um declínio agudo nos recursos naturais de toda espécie. Como para muitos minerais, inclusive petróleo, os números das reservas não eram bem conhecidos, eles examinaram diferentes cenários. Alguns mostraram-nos o esgotamento do petróleo antes de 2000 e outros mostravam o pico da produção a verificar-se em meados do século XXI.
A facção pró-crescimento reagiu rapidamente e fulminou a ideia de que poderia haver limites ao crescimento. Os cientistas do MIT foram tratados como Cassandras, tanto nas universidades como na imprensa.
Esta estratégia de matar o mensageiro, o portador de más notícias, penetrou logo na política americana. Jimmy Carter tentou dominar a crise energética no fim da década de 1970 com o apoio a energias alternativas e à conservação, mas ele foi ridicularizado pelos media e os consumidores americanos não foram capazes de ouvir a mensagem. Ronald Reagan afastou-se disto na presidência e imediatamente removeu os painéis solares do telhado da Casa Branca.
"NÃO POLIDO"
Desde então, de certa forma tornou-se "não polido" conversar acerca dos limites do crescimento. Hoje, apesar do disparo dos preços do petróleo, a maior parte dos políticos ainda evita a expressão "Pico Petrolífero". A maior parte dos media ainda trata os advogados do pico petrolífero com cepticismo, utilizando epítetos como "à margem" (da respeitabilidade científica) e de "a assim chamada" para designar a teoria do pico petrolífero.
Sejamos claros: o pico petrolífero é muitas vezes mal entendido. A data em que mundo atinge o pico não é a data em que realmente ficaremos privados de petróleo e sim a data em que cessamos de aumentar a produção. Isto é seguido por um "plateau" (planalto) em que a produção de petróleo é plana. Finalmente, a produção acabará por declinar.
Mesmo um plateau é um grande problema para uma economia mundial que é baseada no crescimento. Num mundo em que 850 milhões ainda estão famélicos e 3 mil milhões dos 6,5 mil milhões vivem com menos de US$2 por dia, produção de petróleo estagnada significa um fim para modelos de desenvolvimento com base no crescimento económico. As estatísticas mostram que a produção de petróleo têm estado plana desde há mais de dois anos.
Estes factos são simples. Como disse Hubbert em 1956: "Nada de sensacional quanto a isto, apenas análise objectiva". E ainda assim as mais poderosas instituições na nossa sociedade continuam a fazer tudo o que podem para evitar a confrontação com a verdade.
Felizmente, uma vasta rede de cidadãos independentes, académicos e empregados renegados de companhias de petróleo mantem-se a examinar a verdade e a tentar educar o público acerca do pico petrolífero. Pode encontrar o trabalho dele on line em sítios como energybulletin.net e theoildrum.com . Estas redes têm não só revelado revelado as estatísticas reais acerca dos constrangimentos da produção de petróleo como também começaram a atacar o problema de como o mundo deveria responder a esta crise sem precedentes.
Quem estiver interessado num encontro directo com os intrépidos "piquistas" pode participar de uma conferência já anunciada. The International Conference on Peak Oil and Climate Change: Paths to Sustainability terá lugar de 30 de Maio a 1 de Junho em Grand Rapids, Michigan.
Vernon Ehler, deputado de Michigan, inaugurará a conferência. Ehler é membro do House Peak Oil Caucus, o qual foi fundado por outro republicano, Roscoe Bartlett, de Maryland. O Peak Oil Caucus é co-presidido pelo democrata Tom Udall, mas tem apenas 15 membros ao todo. Não existe grupo semelhante no Senado e muito poucos outros políticos utilizarão a expressão "Pico Petrolífero".
Nenhum dos actuais candidatos presidenciais fez do pico petrolífero uma questão importante. A secretária de imprensa de Bartlett, Lisa Wright, disse que este havia conversado acerca do pico petrolífero com (o candidato) John McCain mas não com Obama ou Clinton. Quando lhe perguntei se McCain enfrentaria a questão do pico petrolífero, Wright respondeu: "Eu não descreveria o senador McCain como sendo tão conhecedor ou comprometido como o deputado Bartlett sobre a questão".
Ao falar de questões de energia os políticos muitas vezes utilizam o eufemismo da segurança energética, reconhecendo que os EUA tem apenas três por cento das reservas de petróleo mundiais e advertindo que a maior parte do resto pertence a governos não amigos ou instáveis. Se bem que haja verdade neste tipo de declaração, ela estabelece uma estrutura de conflito ao criar a percepção de que ainda há muito petróleo mas que pessoas más estão a mantê-lo longe de nós.
Tanto democratas como republicanos compram esta visão. Nesta temporada eleitoral, alguns democratas parecem ainda mais desejosos do que os republicanos de jogarem a carta do medo do petróleo e promoverem medidas de reparação rápida que não são eficazes ou são absolutamente ridículas.
Primeiro houve as férias fiscais da gasolina proposta por John McCain e secundado por Hillary Clinton. Barack Obama distinguiu-se pela resistência à ideia. A teoria económico da mesma não faz sentido. Seria na melhor das hipóteses poupar ao motorista médio cerca de US$30 ao longo de um Verão de condução, e na pior a procura acrescida faria subir os preços da gasolina. A posição de Obama mostra o entendimento de que a oferta de petróleo não está a atender à procura, ainda que ele não utilize as palavras "pico petrolífero".
Nas últimas duas semanas, o Congresso viu uma enorme quantidade de propostas imbecis de ambos os lados. Os democratas querem que o presidente Bush forçar os braços dos sauditas para fazer com que o reino produza mais petróleo. Se isso não funcionar, eles querem cortar os seus braços – isto é, as suas armas. O senador Reid planeia apresentar uma resolução expedita que bloquearia US$1,37 mil milhões em vendas de armas aos sauditas a menos que eles aumentem a produção de petróleo em um milhão de barris por dia. Richard Heinberg, educador do pico petrolífero, avisa onde toda esta confrontação poderá conduzir: "Suponha que actuemos duramente com os sauditas e acabemos por desestabilizar o reino de modo que forças inamistosas para connosco tomassem o poder. Então seríamos mais ou menos forçados a invadir a fim de manter o acesso à nossa droga nacional preferida. Onde acabaria isto? Será que isto ajudaria?"
Entretanto, o que os democratas fariam aos sauditas os republicanos querem fazer ao urso polar e ao caribú. Os republicanos geralmente são favoráveis à perfuração no Refúgio Nacional da Vida Selvagem do Árctico (Arctic National Wildlife Refuge, ANWR) apesar do facto de que mesmo no pico da produção isto atenderia apenas dois por cento da procura americana de petróleo.
Mas nem todos os republicanos são favoráveis à perfuração na ANWR. O vice-presidente do Peak Oil Caucus, Roscoe Bartlett, pensa que deveríamos preservar o petróleo do Árctivo para uma emergência real. Ao falar em oposição à perfuração ele declarou: "Estou a ter dificuldade para entender como é do interesse da nossa segurança nacional gastar a nossa pequena quantidade de petróleo tão rapidamente quanto podemos. Se bombearmos o ANWR amanhã, o que faríamos nós no dia seguinte?"
Bartlett toma esta posição porque age sabendo que o petróleo é finito e que o mundo está a aproximar-se ou já ultrapassou o pico da produção. Se todos os membros do Congresso estivessem a operar dentro deste quadro, veríamos então algumas propostas políticas muito diferentes.
Perguntei a Lisa Wright porque o gabinete de Bartlett pensa que a questão do pico petrolífero tem despertado tão pouca atenção nos media e entre os políticos. Wright culpou uma condição psicológica humana conhecida como dissonância cognitiva, "o fenómeno de que você só ouve o que está interessado em ouvir".
"Verdades duras são difíceis de conversar assim como difíceis de absorver", disse ela. "É muito mais fácil acreditar em pessoas que dizem que se nós simplesmente tivermos mais produção americana então não teríamos de nos preocuparmos com importações do estrangeiro, sem explicar que já estamos a bombear nossa diminuta porção das reservas mundiais três ou quatro vezes mais rápido do que o resto do mundo. Mas não podemos furar o nosso caminho para a auto-suficiência porque você não pode bombear o que não está ali".
Ao ser perguntada se via o pico petrolífero tornar-se uma questão na campanha presidencial, Wright disse, "Tornar-se-á uma questão da campanha se os candidatos fizerem dela uma questão e os candidatos optarão por torná-la uma questão se ela aparecer como algo motivador para os eleitores".
Mas, disse ela, "É uma charada do ovo e da galinha. Na medida em que os eleitores se tornarem informados e conscientes através dos media, você descobrirá que os candidatos os seguirão. Este é o modo geral como a política americana funciona".
Depois de anos de moderação do tom da mensagem do pico petrolífero no discurso público, os eleitores precisam fazer com que os candidatos saibam que agora é o momento de elevar o tom.
[*] Editora de ambiente de Truthout , engenheira mecânica, autora de Primal Tears .
O original encontra-se em http://www.energybulletin.net/44343.html
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
http://resistir.info/peak_oil/pico_e_politicos.html
Cumprimentos
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Sobre o mesmo assunto, mas mais aprofundado:
AP
Big Oil defends profits before irate senators
Wednesday May 21, 6:02 pm ET
By H. Josef Hebert, Associated Press Writer
Oil execs defend company huge profits, high prices under tough congressional questioning
WASHINGTON (AP) -- On a day oil prices leaped to unheard-of highs, senators lined up Big Oil's biggest executives and pummeled them with complaints that they're pretending to be "hapless victims" while raking in record profits.
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"Where is the corporate conscience?" Sen. Dick Durbin, D-Ill., asked the top executives of the five largest U.S. oil companies.
It's all about economics, came the reply. Supply and demand. The company leaders tried to shift attention from motorists' anger over $4-a-gallon gasoline to a debate over new areas for drilling.
But senators at the Judiciary Committee hearing weren't having any of that. They wanted to press the executives about public anguish over paying $60 or more to fill up a car's gas tank.
"People we represent are hurting, the companies you represent are profiting," Sen. Patrick Leahy, D-Vt., told the executives. He said there's a "disconnect" between legitimate supply issues and the oil and gasoline prices motorists are seeing.
The executives, sitting shoulder to shoulder in the hearing room, said they understood people were hurting, but they tried to blunt the emotion with economic analysis.
Profits have been huge "in absolute terms," conceded J. Stephen Simon, executive vice president of Exxon Mobil Corp., but they "must be viewed in the context of the massive scale of our industry." And high earnings "in the current up cycle" are needed for investments in the long term, including when profits will be down.
"'Current up cycle,' that's a nice term when people can't afford to go to work" because gasoline is costing so much, replied Leahy with sarcasm.
"The fundamental laws of supply and demand are at work," said John Hofmeister, chairman of Shell Oil Co., acknowledging it is something the oil industry has been saying for some time and that the explanation may sound "repetitive and uninteresting."
Hofmeister was joined by executives of Exxon Mobil Corp., Chevron Corp., BP America Inc. and ConocoPhilips Co. Together the five companies earned $36 billion during the first three months of this year.
As the executives sought to explain their profits and why prices are so high, the global oil markets were moving into new, uncharted highs, touching $133 a barrel for the first time. The national average price of a gallon of gasoline hit $3.80, with $4 showing up in more places.
The exchanges got personal, too.
Simon was asked what his total compensation was at Exxon, a company that made $40.6 billion last year. Simon replied it was $12.5 million.
John Lowe, executive vice president of ConocoPhillips Co., said he didn't recall his total compensations. So did Peter Robertson, vice chairman of Chevron Corp. Hofmeister said his was "about $2.2 million" but was not among the top five salaries at his company's international parent. Robert Malone, chairman of BP America Inc., put his "in excess of $2 million."
Sen. Arlen Specter, R-Pa., noting that Exxon's profits had nearly quadrupled from $11.5 billion in 2002, said he had heard nothing from the oilmen that would explain "why profits have gone up so high when the consumer is suffering so much."
The executives, appearing under oath, cited tight global supplies with scant spare production capacity and the fact that large areas of land and offshore waters remain offlimits to drilling. And they said they're worried Congress was talking of requiring the five companies to pay more taxes.
"I urge you to resist these punitive policies," said Hofmeister.
It was not what many senators wanted to hear.
You have "just a litany of complaints that you're all just hapless victims of a system," Sen. Dianne Feinstein, D-Calif., told the executives. "Yet you rack up record profits ... quarter after quarter after quarter."
One senator after another cited the pain that high energy prices are causing farmers, small businesses and people trying to find a way to afford a vacation trip this summer.
"Is there anybody here that has any concerns about what you're doing to this country with the prices that you're charging and the profits that you're taking?" Durbin asked.
The titans of America's oil industry sat quietly for a moment.
"Senator," replied Exxon's Simon, "We have a lot of concern about that. And we're doing all we can to put downward pressure on prices."
http://biz.yahoo.com/ap/080521/oil_congress.html
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

Senado norte-americano pede explicações às petrolíferas sobr
in públicoCombustíveis
Senado norte-americano pede explicações às petrolíferas sobre alta dos preços
22.05.2008 - 08h56
Por Lusa
Larry Downing/Reuters
Os presidentes das petrolíferas no Comité Judicial do Senado norte-americano
O Comité Judicial do Senado norte-americano pediu ontem explicações aos executivos das grandes empresas petrolíferas sobre o preço dos hidrocarbonetos. Estes insistiram que a alta responde à lei fundamental da oferta e procura.
No mesmo dia em que o barril de crude ultrapassou os 130 dólares, os executivos principais da Chevron, Shell, ConocoPhillips, BP America e Exxon foram chamados pela segunda vez este ano pelo Congresso para que expliquem os lucros sem precedentes das suas companhias.
Terça-feira, a Câmara dos Representantes aprovou, com 324 votos a favor e 84 contra, um projecto de lei que permitirá ao Departamento norte-americano da Justiça intentar processos contra os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que limitem a sua extracção de petróleo e que concertem os preços dos hidrocarbonetos.
No início de Maio, o Congresso, com maioria democrata em ambas as câmaras, começou a discussão de uma série de leis que revogarão as isenções de impostos (17 mil milhões de dólares) de que desfrutam as petrolíferas.
Se forem aprovadas, essas leis imporão um imposto de 25 por cento aos lucros extraordinários das empresas petrolíferas que não façam investimentos no desenvolvimento de novas fontes de energia.
O Presidente George W. Bush "vangloriou-se uma vez que, com os seus amigos na indústria petrolífera, ele poderia manter baixos os preços", recordou o senador democrata Patrick Leahy, de Vermont, que preside ao Comité Judicial. "Em contrapartida, são os seus amigos da indústria petrolífera que saíram beneficiados", acrescentou.
Leahy acrescentou que há uma "desconexão" entre o preço do petróleo e o jogo legítimo da oferta e da procura.
O senador Herbert Kohl, democrata do Wisconsin, defendeu: "É necessário pôr sob controlo os preços e só podemos chegar à conclusão que os mercados petrolíferos falharam nisto".
Não obstante, o presidente de Shell, John Hofmeister, afirmou que a "lei fundamental de oferta e procura é a que está a funcionar".
Em resposta às perguntas dos legisladores, Hofmeister opinou que a sua empresa continuaria a ter lucros se o preço do petróleo estivesse entre os 35 e os 64 dólares por barril.
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