Mota-Engil vive "querido mês de agosto". Ações sobem há 10 sessões

[limpaesgotos]

http://sic.aeiou.pt/online/noticias/din ... 0+anos.htm

Reservas de alimentos estão ao nível mais baixo em 30 anos
Carestia pode levar mais pobreza a cem milhões de pessoas

A directora do Programa Alimentar Mundial (PAM), Josette Sheeran, advertiu quinta-feira que as reservas de alimentos no mundo estão ao nível mais baixo dos últimos 30 anos devido ao aumento incessante dos preços no mercado mundial. Numa tele-conferência a partir da sede do Programa em Roma, Sheeran actualizou as graves consequências que a carestia dos alimentos está a causar nas populações mais vulneráveis do planeta.

"As reservas em muitos países encontram-se ao nível mais baixo dos últimos 30 anos, e, nalguns casos, dos últimos 60 anos, e em grande parte é porque se consome mais do que se produz", explicou o responsável do Programa.

O organismo da ONU viu-se obrigado, em Fevereiro, a solicitar 500 milhões de dólares de urgência à comunidade internacional por causa do buraco que o aumento dos preços causou no seu orçamento.

Sheeran assinalou que essa quebra foi de 750 milhões de dólares e previu que a verba venha provavelmente a aumentar, embora se desconheçam, por ora, as necessidades de assistência provocada por esta crise.

"Pensávamos que se tinha chegado a uma zona de calma mas vimos como em apenas cinco semanas o preço do arroz duplicou na Ásia", salientou.

O Banco Mundial indicou recentemente que esta situação pode levar mais pobreza a cem milhões de pessoas nos países menos desenvolvidos do planeta.

Segundo a responsável do Programa Alimentar Mundial, a margem de manobra nas nações pobres que dependem da importação de alimentos é muito escassa.

Advertiu que a ONU enfrenta "uma situação fluida" que se vai acelerando à medida que os preços dos produtos básicos como os cereais continuam a aumentar nos mercados mundiais.

Sheeran advogou que a principal solução para a actual crise, que há dois dias qualificou de "um tsunami silencioso", é um aumento da produção de alimentos que responda ao aumento da procura mundial, a principal responsável da actual crise.

"O mundo consome mais do que produz mas eu estou optimista porque o mundo sabe como produzir mais", assegurou.

Nesse sentido, salientou a importância de organismos como o Banco Mundial (BM) ou o Fundo Monetário Internacional (FMI) assistirem os países em desenvolvimento com técnicas e instrumentos que multipliquem o rendimento das suas colheitas.

Considerou positivo "a consciência geral" de que há uma crise e que esta tem de ser enfrentada.

O Programa Alimentar Mundial definiu a actual situação como o maior desafio que enfrentou nos seus 45 anos de história e que afecta o trabalho dessa agência da ONU de duas formas: encarecendo, e por isso, reduzindo a ajuda que pode prestar e obrigando-a a congelar alguns programas.

Assim, o Programa, com as mesmas contribuições que em Junho, pode agora proporcionar 40 por cento menos de ajuda, porque alimentos como o arroz, trigo e milho praticamente duplicaram o seu preço nos últimos meses.

Cumprimentos !

[limpaesgotos]

http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinh ... +arroz.htm

Crise do arroz

Preço atinge valor recorde, níveis de produção aos mais baixos desde década de 80

O preço do arroz bateu hoje novo recorde. As reservas mundiais estão em risco de colapso, enquanto a procura não pára de aumentar. O arroz é a base da alimentação de metade da população mundial e até o Banco Mundial já alertou para o perigo de problemas sociais em mais de 30 países.

Os dados são preocupantes: as reservas mundiais de arroz atingiram, este ano, os valores mais baixos desde a década de 80.

Para agravar a situação, as necessidades de consumo do cereal vão aumentar mais de 0,5 por cento este ano, enquanto que a produção vai cair um por cento.

Como consequência, os preços têm aumentado e já atingiram um novo recorde em Chicago: mais 2,4 por cento face ao mesmo mês do ano passado e cinco vezes mais relativamente a 2001.

Se se tiver em conta que o arroz entra na alimentação de metade da população mundial, a situação torna-se ainda mais preocupante.

Trinta países em risco

O Banco Mundial alerta para a existência de, pelo menos, 30 países onde a subida dos preços do arroz, aliada à do petróleo, pode originar conflitos sociais.

De acordo com alguns analistas, a subida dos preços vai continuar nos próximos dois anos. Isto, porque os principais produtores vão manter a política de corte nas exportações.

Alguns produtores são mesmo sancionados pelos governos se assinarem contratos que ultrapassem os níveis de exportação definidos.

Só a China, Egipto, Vietname e Índia representam um terço das exportações mundiais de arroz.

E, é nestes países que os governos têm sido mais restritivos.

* No Vietname, os produtores foram proibidos de assinar contratos de exportação posteriores a Junho;
* O Egipto baniu os carregamentos de arroz para o exterior, desde Outubro;
* Na China, o Governo aplicou uma taxa extra de cinco por cento aos produtores que quiserem exportar.

Como país importador, Portugal deverá sentir, nos próximos tempos, a subida do preço do arroz, à semelhança da Europa.

Cumprimentos.