Caldeirão da Bolsa

Ingleses desgastam-se em créditos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por valves » 3/2/2006 22:10

Só países com o privilegio de emitirem moeda aceite internacionalmente podem conviver varios anos com um forte racio de endividamento. os Ingleses também poderam quando no final do seculo XIX a Libra era a moeda referencia do sistema financeiro internacional hoje é o USD e isso claro tras grandes vantagens aos americanos e fortes limitações aos Ingleses
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2861
Registado: 17/4/2004 15:36

por bmiguelmf » 3/2/2006 21:44

Valves podes explicar o raciocionio por favor?

Obrigado e abraços!
 
Mensagens: 382
Registado: 16/11/2004 22:07
Localização: PORTO

por valves » 3/2/2006 20:45

O aumento do endividamento é muito feio, adicionando a isto o abrandamento do consumo ao crédito, temos a clara noção de que as famílias estão a começar a sentir a pressão da acumulação rápida do endividamento dos últimos anos


E como não têm o privilegio dos Americanos que têm uma moeda forte que exportam em massa o caso é mesmo complicado ...
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2861
Registado: 17/4/2004 15:36

Ingleses desgastam-se em créditos

por ACM-SUIÇA » 3/2/2006 19:10

Boas tardes e saudações de Genebra

Do Reino Unido chega-nos informações de que os Ingleses estão a pedir mais dinheiro do que aquele que conseguem efectivamente pagar, isto nota-se pelo número recorde de insolvência individual e no aumento de pedidos aos tribunais para reposesar as casas das pessoas no final de 2005. O número de pessoas na Inglaterra que não conseguem pagar as suas dividas aumentou para 57.1% no último período de 2005 para 20.461, isto é o número mais elevado num único período registado desde que registos similares começaram a ser feitos em 1960.

O aumento do endividamento é muito feio, adicionando a isto o abrandamento do consumo ao crédito, temos a clara noção de que as famílias estão a começar a sentir a pressão da acumulação rápida do endividamento dos últimos anos. Isto tudo deve-se a juros muito baixos e ao aumento significativo do valor das casas em anos recentes, o que encorajou as famílias a contraírem mais de um trilião de Libras em créditos. Só que uma série de aumentos das taxas de juro feitos pelo Banco de Inglaterra entre Novembro de 2003 e Agosto de 2004, com o facto adicional do abrandamento do mercado das propriedades fizeram os orçamentos familiares esticar até ao limite. Estando agora á vista de todos as falências, por falta de informação e educação do próprio governo em incentivar á poupança e ao consumismo desenfreado aonde as pessoas tem que ter as coisas imediatamente. Tudo isto levou á situação em que se encontram muitas famílias inglesas.

Em Portugal existe neste momento o mesmo tipo de consumismo desenfreado com as pessoas a comprarem o que não precisam, com o dinheiro que não têm, para agradar a quem não gostam. Muita das vezes se as pessoas forem para casa e pensarem nas coisas antes de as comprarem, reflectindo se o que querem é mesmo necessário, estas coisas não aconteciam. Um dado que as pessoas têm que ter em mente antes de pedirem créditos é identificar se o que vão adquirir os vai realmente trazer utilidade.

A moeda Americana deu um salto para cima com os mais recentes dados do emprego e do aumento dos ordenados a serem-lhe muito favoráveis. Sendo assim a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para um valor mínimo dos últimos cinco anos para 4.7% á medida que 193.000 empregos foram adicionados. Existia a expectativa de que o valor seria mais próximo dos 250.000 mas este valor era um pouco irrealista. O aumento em número de empregos tem subido em média 160.000 por mês o ano de 2005, e nos últimos três meses tem andado por volta dos 229.000.

A compra de automóvel parece ser um dos principais objectivos dos Americanos este inicio de ano, com o aumento da compra de automóveis a subir 2.7% em Janeiro, para chegar a um número de autos vendidos anualmente de 17.6 milhões, muito acima do valor de 16.5 milhões esperados. O índice do sentimento de confiança dos consumidores produzido pela Universidade de Michigan desceu para 91.2 baixando do último valor o de Dezembro que foi de 91.5 e de 93.4 a meados de Janeiro. Existia a expectativa de sair um valor de 93.1 hoje. O índice das condições actuais subiu para 113.2 subindo de 109.1 em Dezembro e de 112.0 a meados de Janeiro.

O índice que mede os ordenados por hora mostra que houve um aumento de 7 cêntimos ou seja 0.4% para $16.41. Existia a expectativa geral de que o aumento seria de 0.3%. Contudo o ordenado por hora subiu 3.3% o ano transacto, mais ou menos a mesma coisa que a inflação. A semana laboral tem-se mantido estável em 33.8 horas de trabalho semanal.


Nos grandes centros comerciais o crescimento de algumas superfícies tem sido de 5.1% anual, a melhor taxa de crescimento registada até agora. Tem surgido uma aumento demarcado do consumo que deverá continuar pelos próximos cinco a seis meses. As encomendas feitas para produtos fabricados nos Estados Unidos subiu 1.1% em Dezembro, liderado pelas encomendas de bens duradouros e investimento em equipamentos. Os envios mostraram-se fortes em Dezembro subindo 2.2%. A aumento das encomendas fabris foi 0.9% acima das expectativas dos mercados.

Os sectores não fabris dos Estados Unidos expandiram a um ritmo mais fraco em Janeiro. O índice que mede o sector não fabril desceu para os 56.8% baixando do valor de 61.0% em Dezembro. A queda foi mais brusca que o esperado com as expectativas a cifrarem-se a 59.5%. Os empregos no sector de produção de bens aumentou em 58.000, sendo 48.000 na construção e 7.000 no sector fabril. Nos serviços aumentou em 135.000.

Tecnicamente o EUR/USD existia a linha de tendência para queda a 1.2100 sendo chave, resistência inicial a 1.2107 com alguma força e pode-se ver o dólar a avançar mais, fez um máximo de 1.2110 hoje. O nível de 1.2000/20 seria duro de quebrar, mas havia espaço até 1.1950 até hoje, fez um mínimo de 1.1968 hoje. Para quebrar este mometum pelo menos temporariamente deviam de os dados Americanos terem sido piores podendo causar o par a chegar aos 1.2170 ou até á próxima linha de 1.2230. Abriu a sessão a cotar-se a 1.2081. Fechou a sessão a cotar-se a 1.2019 a descer 0.52%.

O GBP/USD existia resistência inicial a 1.7812, tendo feito um máximo de 1.7809 hoje. Além disso o suporte estava congestionado com suporte forte a 1.7730, mas este foi quebrado tendo feito um mínimo de 1.7594 hoje. Poderia ter chegado a cima dos 1.7850 ou até aos 1.7890 intra-diários se os mercados tivessem sido favoráveis. Abriu a sessão a cotar-se a 1.7779. Fechou a sessão a cotar-se a 1.7621 a descer 0.89%.

O USD/JPY existia resistência chave a 118.63 que devia ter aguentado o dia, mas foi ultrapassada e fez um máximo de 119.38 hoje. Havia espaço para cair para a linha de tendência de dez dias a 117.70, com suporte chave a 117.85, se ultrapassasse esta linha poderia chegar aos 116.80 próximo suporte. Hoje fez um mínimo de 118.29. A próxima resistência era 121.20 podendo durar duas semanas a chegar aí. Abriu a sessão a cotar-se a 118.52. Fechou a sessão a transaccionar a 118.92 a subir 0.33%.

O USD/CHF a resistência chave hoje era de 1.2919, a linha resistente de 1.2890 foi quebrada tendo feito 1.2994 de máximo hoje. Tinha suporte a 1.2800 e o suporte chave hoje a 1.2770, tendo feito 1.2840 de mínimo hoje. Abriu a sessão a cotar-se a 1.2864. Fechou a sessão a cotar-se a 1.2943 a subir 0.61%.

Esperamos que conseguiram seguir os nossos gráficos com toda a conveniência e em tempo real na nossa página da net e através das nossas plataformas de negociação. Esperamos que tenham conseguido muitos e bons negócios esta semana e que tenham conseguido alcançar os objectivos traçados. As oportunidades ás vezes só batem uma vez, há que saber aproveitá-las ao máximo.

Esperamos que tenham um resto de um excelente dia, e um fim de semana mais excelente ainda.

Até Segunda.

ADVANCED CURRENCY MARKETS, S.A.
Genebra (SUÍÇA)
 
Mensagens: 232
Registado: 12/1/2006 16:04


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Bing [Bot], Burbano, cali010201, carlosdsousa, cftomas, iniciado1, Kooc, latbal, luislobs, m-m, mjcsreis, Mr.Warrior, PAULOJOAO, paulopereira.pp36.pp, SerCyc, serdom e 897 visitantes