Caldeirão da Bolsa

Vem aí a terceira vaga

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Vem aí a terceira vaga

por ACM-SUIÇA » 25/1/2006 19:49

Boa tarde e saudações de Genebra

As atitudes dos chefes de grandes empresas e corporações á volta do mundo estão a mudar em relação a países emergentes como a China e a Índia, sendo que estes países estão a transformar-se em algo mais do que só locais aonde o custo da mão de obra é mais barato. Existem várias fases na vida global, a primeira fase é quando empresas do mundo desenvolvido vão para os países em desenvolvimento, á procura de mão de obra barata como um meio de cortar nas despesas de produção e para aumentar os níveis de produção com menos dinheiro.

A segunda fase é a que está a acontecer neste momento, com as empresas do mundo desenvolvido a estabelecerem-se nos mercados emergentes, seja através de parcerias ou desenvolvendo produtos novos e únicos que se adaptem aos novos mercados. A terceira fase começa quando as empresas destes países emergentes começarem a comprar quotas das empresas ocidentais que ali se instalam, tornando-se assim participantes activos nos mercados e não meros bonecos. A China é visto como o país com maior potencial para investimento neste momento, seguida pela Índia, Rússia e Brasil.

Embora estes serem mercados anteriormente vistos como um risco para os negócios, são agora vistos com outros olhos, principalmente por causa do aumento de poder de compra das suas enormes populações. A China por exemplo tem 1.3 biliões de cidadãos com uma economia que cresceu quase 10% em 2005. A Índia por seu lado viu o seu produto interno bruto aumentar 6.9% também em 2005, comparando com 1.3% da Zona Euro no mesmo ano, as empresas começam a investir seriamente nestas economias. Prevê-se que em menos de 40 anos estas quatro nações tenham economias que todas juntas valerão em dólares mais do que as do G6 (Estados Unidos, Japão, França, Alemanha, Reino Unido e Itália).

Entretanto a nível económica mais actual nos Estados Unidos as vendas de habitações já construídas ou em segunda mão desceu em Dezembro 5.7% para as 6.6 milhões de unidades vendidas. As vendas foram mais fracas do que as 6.89 milhões previstas pelos economistas, tendo caído por três meses seguidos, fazendo crer que os especuladores se estão a retirar.

O Euro tem estado a subir hoje com novos sinais de que a maior economia da Europa, a Alemanha está de boa saúde levando a que o Euro atingisse novos máximos dos últimos quatro meses outra vez. O Índice de sentimento das empresas Alemãs está perto do seu valor máximo dos últimos seis anos. Isto é um claro sinal do aumento de confiança na Europa o que por sua vez indica claramente que as taxas de juro vão aumentar entretanto. Existem apostas de futuros de que as taxas vão subir pelo menos duas vezes este ano a um quarto de ponto a cada aumento.

Os mercados accionistas já estavam optimistas mesmo antes da divulgação dos dados Alemães e com o preço do crude a descer abaixo dos $67 o barril temos a sensação de que o risco está a ser evitado. Os ministros dos assuntos externos dos cinco membros permanentes do concelho das Nações Unidas vão reunir na Segunda-feira em Londres para discutir como resolver o impasse com o Irão. O sr. Andris Piebalgs da comissão das energias da União Europeia disse que existe a crença de que o Irão não irá utilizar o crude como arma de arremesso contra as economias mundiais, se assim for existem meios para lidar com tal interrupção de crude. O Irão manteve conversações com a Rússia ontem, com a Rússia a propor que sejam eles a controlar o enriquecimento do urânio. Se assim for as tensões com o mundo ocidental poderão abrandar em relação ao sentimento geral que existe, o de que o Irão só quer tecnologia nuclear para criar armamento nuclear.

Os metais foram os que tiveram maiores ganhos hoje com o cobre a chegar a valores recorde mostrando que a China continua com um apetite insaciável. A única maneira de colocar uns travões á economia Chinesa será se o Yuan for trocado livremente nos mercados mundiais, fazendo com que a moeda seja controlada pelas pressões dos mercados. Sendo valorizada os produtos Chineses sairão mais caros, fazendo com que as encomendas abrandem, controlando assim o consumo desmedido da China dos recursos da terra. Por isso é que os Estados Unidos tem exercido forte pressão para que a sua moeda seja mais flexibilizada.

A Libra está mais alta após os dados do último período do produto interno bruto estarem em linha com a tendência pela primeira vez num ano. Nas minutas da última reunião, dos membros do painel que decidem o valor das taxas, mostram que ainda só existe um membro a pedir cortes nas taxas. Os dados oficiais mostram que a economia britânica cresceu 0.6% no último período, subindo de 0.4% do período anterior. Numa medida de ano a ano o crescimento está a 1.7%, inalterado do último período e á frente das expectativas de 1.6%. Um corte nas taxas de juro no Reino Unido já em Fevereiro ou Março parece ser altamente improvável.

O ouro chegou a $566.30 a onça hoje aproximando-se outra vez do seu valor máximo dos últimos 25 anos de $568.50 a onça. Existe um grande número de investidores com liquidez que não encontram um local melhor para despejar o seu dinheiro, estando encantados com as perspectivas do metal intemporal.

Tecnicamente o EUR/USD tem estado confinado a horizontes pequenos nos últimos dois dias, teve tendência para subida esta manhã a 1.2280. Existia resistência chave a 1.2320, com resistência inicial a 1.2280 que foi ultrapassada tendo feito um máximo de 1.2323 hoje e um mínimo de 1.2239, resistência mais forte a 1.2420. Abriu a sessão a cotar-se a 1.2262. Fechou a sessão a cotar-se a 1.2251 a descer 0.11%.

O USD/JPY segurou-se acima dos 114.85 e avançou para os 115.25 em Tokyo de manhã. Passou acima dos 115.25 previstos hoje de manhã tendo feito um máximo de 115.97 hoje e um mínimo de 114.63. Tinha um suporte chave a 113.60, se fosse testado a este nível poderia recuar a 113.15. A resistência inicial era de 115.10. Abriu a sessão a cotar-se 115.07. Fechou a sessão a cotar-se a 115.71 a subir 0.56%.

A GBP/USD esteve entre 1.7750 e 1.7950. Tinha suporte fraco inicial a 1.7795, resistência inicial a 1.7860 que foi quebrada tendo feito um máximo de 1.7932 hoje e um mínimo de 1.7815. Abriu a sessão a cotar-se a 1.7830. Fechou a sessão a cotar-se a 1.7872 a subir 0.23%.

O USD/CHF tem a sua resistência chave a 1.2665, para baixo o suporte chave era de 1.2570. Existia resistência inicial a 1.2600 que foi ultrapassada tendo feito um máximo de 1.2640 hoje e um mínimo de 1.2570, resistência forte a 1.2720 mas uma tendência a subir deverá ver a bater nos 1.2765 para fechar o espaço deixado no fim de semana. Existem pontos fracos dentro dos valores de 1.2600 a 1.2645. Abriu a sessão a cotar-se a 1.2624. Fechou a sessão a cotar-se a 1.2636 a subir 0.10%.

Esperamos que conseguiram seguir os nossos gráficos com toda a conveniência e em tempo real na nossa página da net e através das nossas plataformas de negociação. Pois só assim é que conseguem ter uma ideia exacta dos movimentos das várias moedas mundiais. Esperamos que tenham conseguido bons negócios e que tenham conseguido alcançar os objectivos traçados para hoje.

Esperamos que tenham um resto de um bom dia.

Até amanhã.

ADVANCED CURRENCY MARKETS, S.A.
Genebra (SUÍÇA)
 
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