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[The Mechanic]

Os Mercados Europeus que de manhão estavam todos no vermelho , parecem ter respirado de alivio( embora o que Trichet disse fosse previsivel ) uma vez que voltaram da parte da tarde às subidas , com excepção no nosso PSI , que só deve acordar amanhã ...





Trichet diz economia europeia está a melhorar mas riscos persistem
O presidente do Banco Central Europeu (BCE) considera que as perspectivas económicas para a Zona Euro estão a melhorar e que os preços do petróleo ameaçam o limite dos 2% imposto pelo banco à inflação, indiciando assim novas subidas na sua taxa de juro de referência. Trichet salientou os riscos de existem quanto ao crescimento da economia.

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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt


O presidente do Banco Central Europeu (BCE) considera que as perspectivas económicas para a Zona Euro estão a melhorar e que os preços do petróleo ameaçam o limite dos 2% imposto pelo banco à inflação, indiciando assim novas subidas na sua taxa de juro de referência. Trichet salientou os riscos de existem quanto ao crescimento da economia.

«O Produto Interno Bruto (PIB) melhorou, tal como esperávamos no segundo semestre de 2005», afirmou Jean Claude Trichet pouco depois do BCE ter hoje decidido manter sua taxa de juro de referência nos 2,25%, acrescentando que os dados económicos mais recentes sustentam a visão de que a «expansão da actividade em geral manteve o ritmo vai continuar assim nos próximos meses».

Trichet alertou contudo que existem riscos quanto ao crescimento económico da região, o que poderá levar os mercados a anteciparem um menor agravamento no preço do dinheiro.

O mesmo responsável também alertou para o facto de ser «essencial» que a valorização de 39% nos preços do crude do último ano e que as taxas indirectas mais elevadas noutros países não impulsionem as expectativas de inflação, acrescentou.

Trichet explicou que «manter a estabilidade dos preços a médio prazo é o seu principal objectivo e isso vai continuar a monitorizar as suas decisões» relativamente aos juros, sublinhando que os efeitos da valorização do petróleo em 2005 poderão vir a «materializar-se de forma gradual».

Os aumentos dos salários «têm permanecido moderados nos últimos trimestres e os riscos a este cenário mantêm-se no intervalo mais elevado e incluem mais subidas nos preços do petróleo, taxas indirectas e no maior potencial dos efeitos de uma segunda ronda», salientou.

O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje inalterada a taxa de juro de referência para a Zona Euro nos 2,25%, depois de no dia um do mês passado, ter aumentado o valor do dinheiro na Zona Euro pela primeira vez em cinco anos para os 2,25% e do nível mais baixo dos últimos 60 anos, 2%. Desde Junho de 2003, que o BCE não alterava esse valor.

Relativamente a isto Trichet afirmou que «a taxa de juro permanece historicamente baixa» e que foram unânimes na decisão de a manter.

Alguns membros do banco tinham expresso uma preferência por taxas de juro mais elevadas. Axel Weber disse o mês passado que iríamos ter que suportar um aumento maior do que os 25 pontos base. Nout Wellink disse dia 8 de Janeiro que com a aceleração do crescimento uma possibilidade de subida nos juros é maior. O presidente do banco de Portugal, Vítor Constâncio pensa que mais aumentos «iriam ter um efeito restrito na economia europeia».

Apesar de hoje ter mantido, o mercado acredita que o próximo aumento será em Março deste ano e que a taxa de juro de referência se situará nos 3% em Junho de 2007. As declarações de Trichet reforçam pelo menos a possibilidade do próximo aumento ser já em Março num contexto de melhoria dos dados económicos e dos indicadores de confiança nas maiores economias da Zona Euro, como a Alemanha.