O Independente: Entrevista a Djovarius
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djovarius
Muitos parabéns djovarius!
Acho que já foi quase tudo dito...
É uma grande honra ter-te como amigo!
Beijinnhos,
Su
Parabens a voce, nesta data querida...
Parabens ao Ulisses pela iniciativa e ao Djovarius por dar a entrevista e responder a algumas questoes pessoais aqui no forum.
Ja que agora sabemos o nome, a idade, a ocupacao e onde reside, falta so saber que estudos e que fez e onde?
Um abraco da China
CN
Ja que agora sabemos o nome, a idade, a ocupacao e onde reside, falta so saber que estudos e que fez e onde?
Um abraco da China
CN
Os parabéns devem ser dirigidos a quem comanda aquela seccção de mercados no Indy.
E que merecia ter mais destaque no Jornal, sendo um semanário de renome.
Mas, fico grato pelas palavras simpáticas de todos vós.
Quanto à idade: 35
Sou o braço direito dos proprietários de uma unidade hoteleira (Hostel) dedicada a público jovem, viajantes internacionais, surfistas, etc... na minha terra.
Se é verdade que não sei se o Forex dará fortuna e/ou projecção, também é verdade que desde ontem, dia 30, a dita casa entrou no topo (nº 1 mundial) das preferências dos internautas que votam no maior site da especialidade.
Felizmente, aqui no Algarve ainda sabemos agradar a muitos públicos, com destaque para a anglo-saxónico.
Obrigado a todos, abraço
Grande fim de semana
dj
E que merecia ter mais destaque no Jornal, sendo um semanário de renome.
Mas, fico grato pelas palavras simpáticas de todos vós.
Quanto à idade: 35
Sou o braço direito dos proprietários de uma unidade hoteleira (Hostel) dedicada a público jovem, viajantes internacionais, surfistas, etc... na minha terra.
Se é verdade que não sei se o Forex dará fortuna e/ou projecção, também é verdade que desde ontem, dia 30, a dita casa entrou no topo (nº 1 mundial) das preferências dos internautas que votam no maior site da especialidade.
Felizmente, aqui no Algarve ainda sabemos agradar a muitos públicos, com destaque para a anglo-saxónico.
Obrigado a todos, abraço
Grande fim de semana
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Curiosidade
Por curiosidade: o que faz o Djovarius na vida? que idade tem mais ou menos? de onde é?
Abraço
Abraço
entrevista
Parabéns Djo! Brilhaste!
Esta visibilidade é mais do que merecida. Acho que até vou comprar o Indy esta semana em tua homenagem!
Kep up the good work!
Bjs.
R.P.
Esta visibilidade é mais do que merecida. Acho que até vou comprar o Indy esta semana em tua homenagem!
Kep up the good work!
Bjs.
R.P.
Trade the trend.
O Independente: Entrevista a Djovarius
Aqui fica a entrevista que o Djovarius concedeu ao Indy.
"O mercado cambial, habitualmente designado por FOREX, está a entusiasmar os investidores portugueses. Artur Morais, utilizando o nick “Djovarius” nas suas apaixonantes análises no Caldeirão de Bolsa, conquistou a atenção dos portugueses para este fascinante mercado. Mais do que esta justa homenagem, creio que é chegada a hora de trazer as suas opiniões até ao “Caldeirão de Bolsa” no Independente.
Ulisses Pereira: Há pouco mais de um ano, os investidores portugueses começaram a acordar para o FOREX, sendo cada vez mais aqueles que acompanham este apaixonante mercado. Tiveste um importante papel na forma como cativaste as pessoas para este mercado com as tuas análises. O que é que achas que está na génese desta explosão do Forex entre os nossos investidores?
Artur Morais: Penso que será algo exagerado afirmar que as minhas análises foram relevantes para tal, embora não negue alguma responsabilidade. Porém, há que ter a noção de que o investidor português tornou-se mais sofisticado. Muitos portugueses perceberam, ao longo dos últimos anos, que a Bolsa nacional tornou-se desinteressante. Fraca liquidez e poucas novidades. Ao mesmo tempo, com o colapso do Nasdaq e das "penny stocks", o investidor / especulador procurou activos que pudessem proporcionar novas oportunidades. Isto não significa que o mercado cambial ou outro qualquer seja "fácil", mas sim que ocorreu a descoberta da possibilidade de negociação em activos até há pouco tempo considerados tabu.
Ulisses: Ao longo dos últimos 2 anos tens sublinhado algumas questões fundamentais que enfraquecem o dólar. No entanto, nos últimos meses, a moeda norte-americana tem conseguido alguma recuperação. Julgas que a maior parte desses problemas que referias foram ultrapassados?
Artur: Um dos maiores problemas sempre foi o excesso de liquidez e não o chamado duplo défice dos EUA, como alguns querem fazer crer. Devido ao 11 de Setembro, o FED abriu a "torneira" da liquidez tal como em 1987 e em 1998, descendo os juros até níveis historicamente baixos. Não é de estranhar que a recessão tenha sido tão suave e que o 11 de Setembro não tenha tido consequências terríveis como se pensou inicialmente. Quanto a esta questão do excesso de liquidez e da "bolha" do crédito, os problemas mantêm-se apesar da recente elevação das taxas de referência da Reserva Federal. A oferta de crédito (denominado em USD) nos mercados interno e externo continua a ser abundante. Um "produto" que existe em demasia só pode perder valor. Quanto ao duplo défice, é um dos mitos do mercado. Os EUA continuam a atrair capitais em número suficiente para equilibrar a Balança de Pagamentos. Há um único senão: o tamanho conta. Um défice externo superior a 6% PIB não pode durar eternamente. É que também neste caso, trata-se de uma "exportação" de dólares. Esse excedente tem de ser absorvido, para que o USD não caia eternamente. Ou o mercado aposta em activos norte-americanos, o que até tem sucedido, ou alguém terá de fazê-lo, como é o caso dos Bancos Centrais Asiáticos, que assim fazem de "colchão" para evitar a queda do USD mantendo a competitividade externa das suas próprias Economias.
Mas nada disso altera a "fragilidade sistémica" da esfera financeira norte-americana, como bem lhe chamou, o Professor Nouriel Roubini da Stern School of Business da Universidade de New York.
Ulisses Pereira: Acreditas que a crise que a União Europeia atravessa com a vitória do “Não” no referendo em alguns países é responsável pelas fortes quedas do euro nas últimas semanas? Até que ponto achas que o mercado já incorporou esses resultados?
Artur: O "não" nos referendos Francês e Holandês apenas trouxe o foco da atenção do mercado cambial para a zona Euro. É que, nos últimos tempos, a história do Forex passava por ser a história dos temas relacionados com o USD, com os EUA. Portanto, há um novo entendimento, uma nova percepção de que os problemas europeus têm tanta importância para o futuro próximo como a política da Reserva Federal dos EUA ou a possível valorização da divisa chinesa. O Mercado passou a preocupar-se com uma região que gasta 2 euros por dia a subsidiar vacas. Mas é importante notar que, com ou sem referendo, o EUR teria de corrigir os fortes ganhos que já vêm desde 2001.
Ulisses: Soros e Buffett foram dois dos grandes investidores mundiais que, há uns meses, declararam que detinham posições contra o dólar. O que achas que os traiu?
Artur: Nada os traiu, mas é preciso separar o trigo do joio. Soros é um especulador muito agressivo. Quando da crise da Libra, em 1992, ele fez uma aposta de largos milhões na queda do par GBP/USD, tendo sido bem sucedido. Mas, pouco depois, estava "longo" no índice Dow Jones, o que foi uma má aposta. É uma figura polémica. No fundo, não se sabe quando e se ele entrou mesmo em posições "curtas" contra o dólar. Por sua vez Warren Buffett é um investidor de muito longo prazo. Ele pensa no valor do USD em 2010 e não no da próxima semana, como o investidor comum. Começou a entrar longo em EUR/USD abaixo da paridade, tendo vindo a reforçar posições aproveitando momentos como o actual para investir a um preço melhor. Além do mais, ele detém "shorts" em USD contra 5 ou 6 divisas.
Ulisses: Qual é que acreditas que poderá ser a evolução do EUR/USD nos próximos meses?
Artur: A exemplo do Verão passado, deveremos ter dias de pouco movimento, intercalados por outros de forte volatilidade. No deve e haver desses movimentos, não espero novidades substanciais. Mas é certo que o EUR/USD está com um rumo bem definido, já caiu mais de 10% em 2005, o que pode dar azo a uma recuperação técnica do EUR, embora ligeira. Algo diferente pode acontecer se o mercado pressentir uma recessão na Economia mundial. Nesse caso, o FED (EUA) evitaria subir mais os juros, voltando a "salvar" os mercados, abrindo a "torneira" da liquidez."
(in "O independente")
"O mercado cambial, habitualmente designado por FOREX, está a entusiasmar os investidores portugueses. Artur Morais, utilizando o nick “Djovarius” nas suas apaixonantes análises no Caldeirão de Bolsa, conquistou a atenção dos portugueses para este fascinante mercado. Mais do que esta justa homenagem, creio que é chegada a hora de trazer as suas opiniões até ao “Caldeirão de Bolsa” no Independente.
Ulisses Pereira: Há pouco mais de um ano, os investidores portugueses começaram a acordar para o FOREX, sendo cada vez mais aqueles que acompanham este apaixonante mercado. Tiveste um importante papel na forma como cativaste as pessoas para este mercado com as tuas análises. O que é que achas que está na génese desta explosão do Forex entre os nossos investidores?
Artur Morais: Penso que será algo exagerado afirmar que as minhas análises foram relevantes para tal, embora não negue alguma responsabilidade. Porém, há que ter a noção de que o investidor português tornou-se mais sofisticado. Muitos portugueses perceberam, ao longo dos últimos anos, que a Bolsa nacional tornou-se desinteressante. Fraca liquidez e poucas novidades. Ao mesmo tempo, com o colapso do Nasdaq e das "penny stocks", o investidor / especulador procurou activos que pudessem proporcionar novas oportunidades. Isto não significa que o mercado cambial ou outro qualquer seja "fácil", mas sim que ocorreu a descoberta da possibilidade de negociação em activos até há pouco tempo considerados tabu.
Ulisses: Ao longo dos últimos 2 anos tens sublinhado algumas questões fundamentais que enfraquecem o dólar. No entanto, nos últimos meses, a moeda norte-americana tem conseguido alguma recuperação. Julgas que a maior parte desses problemas que referias foram ultrapassados?
Artur: Um dos maiores problemas sempre foi o excesso de liquidez e não o chamado duplo défice dos EUA, como alguns querem fazer crer. Devido ao 11 de Setembro, o FED abriu a "torneira" da liquidez tal como em 1987 e em 1998, descendo os juros até níveis historicamente baixos. Não é de estranhar que a recessão tenha sido tão suave e que o 11 de Setembro não tenha tido consequências terríveis como se pensou inicialmente. Quanto a esta questão do excesso de liquidez e da "bolha" do crédito, os problemas mantêm-se apesar da recente elevação das taxas de referência da Reserva Federal. A oferta de crédito (denominado em USD) nos mercados interno e externo continua a ser abundante. Um "produto" que existe em demasia só pode perder valor. Quanto ao duplo défice, é um dos mitos do mercado. Os EUA continuam a atrair capitais em número suficiente para equilibrar a Balança de Pagamentos. Há um único senão: o tamanho conta. Um défice externo superior a 6% PIB não pode durar eternamente. É que também neste caso, trata-se de uma "exportação" de dólares. Esse excedente tem de ser absorvido, para que o USD não caia eternamente. Ou o mercado aposta em activos norte-americanos, o que até tem sucedido, ou alguém terá de fazê-lo, como é o caso dos Bancos Centrais Asiáticos, que assim fazem de "colchão" para evitar a queda do USD mantendo a competitividade externa das suas próprias Economias.
Mas nada disso altera a "fragilidade sistémica" da esfera financeira norte-americana, como bem lhe chamou, o Professor Nouriel Roubini da Stern School of Business da Universidade de New York.
Ulisses Pereira: Acreditas que a crise que a União Europeia atravessa com a vitória do “Não” no referendo em alguns países é responsável pelas fortes quedas do euro nas últimas semanas? Até que ponto achas que o mercado já incorporou esses resultados?
Artur: O "não" nos referendos Francês e Holandês apenas trouxe o foco da atenção do mercado cambial para a zona Euro. É que, nos últimos tempos, a história do Forex passava por ser a história dos temas relacionados com o USD, com os EUA. Portanto, há um novo entendimento, uma nova percepção de que os problemas europeus têm tanta importância para o futuro próximo como a política da Reserva Federal dos EUA ou a possível valorização da divisa chinesa. O Mercado passou a preocupar-se com uma região que gasta 2 euros por dia a subsidiar vacas. Mas é importante notar que, com ou sem referendo, o EUR teria de corrigir os fortes ganhos que já vêm desde 2001.
Ulisses: Soros e Buffett foram dois dos grandes investidores mundiais que, há uns meses, declararam que detinham posições contra o dólar. O que achas que os traiu?
Artur: Nada os traiu, mas é preciso separar o trigo do joio. Soros é um especulador muito agressivo. Quando da crise da Libra, em 1992, ele fez uma aposta de largos milhões na queda do par GBP/USD, tendo sido bem sucedido. Mas, pouco depois, estava "longo" no índice Dow Jones, o que foi uma má aposta. É uma figura polémica. No fundo, não se sabe quando e se ele entrou mesmo em posições "curtas" contra o dólar. Por sua vez Warren Buffett é um investidor de muito longo prazo. Ele pensa no valor do USD em 2010 e não no da próxima semana, como o investidor comum. Começou a entrar longo em EUR/USD abaixo da paridade, tendo vindo a reforçar posições aproveitando momentos como o actual para investir a um preço melhor. Além do mais, ele detém "shorts" em USD contra 5 ou 6 divisas.
Ulisses: Qual é que acreditas que poderá ser a evolução do EUR/USD nos próximos meses?
Artur: A exemplo do Verão passado, deveremos ter dias de pouco movimento, intercalados por outros de forte volatilidade. No deve e haver desses movimentos, não espero novidades substanciais. Mas é certo que o EUR/USD está com um rumo bem definido, já caiu mais de 10% em 2005, o que pode dar azo a uma recuperação técnica do EUR, embora ligeira. Algo diferente pode acontecer se o mercado pressentir uma recessão na Economia mundial. Nesse caso, o FED (EUA) evitaria subir mais os juros, voltando a "salvar" os mercados, abrindo a "torneira" da liquidez."
(in "O independente")
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