Quando o gueto vai à praia?
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A proposito das garrafas, o que nos falta é identidade. Se fizessemos como os Espanhois, que sempre preferem os produtos deles, e chegam mesmo a fazer boicote aos produtos Franceses, estaríamos bem melhor....
É este o Povo que não se governa nem deixa governar!
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Pois mas, nao nos eludemos, isto nao é um problema de portugal, guetos há os em muitos países, nós é que nao estavamos habituados a isto. E segundo se vê, nenhum país parece ter uma soluçao ou se a tem nao aplica.

Plan the trade and trade the plan
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Veio mesmo a calhar:
http://oempresario.blogspot.com
Já estava para falar dos espanhois a algum tempo.... não é tarde nem é cedo.
http://oempresario.blogspot.com
Já estava para falar dos espanhois a algum tempo.... não é tarde nem é cedo.
No mercado quase tudo é positivo até o panico,pois só é negativo o prejuizo.
Não tenho rigorosamente nada contra os Espanhoís.
Sei que procuram defender os seus interesses económicos de forma muito intransigente, nem sempre de modo mais correcto e que tem uma economia com um grau de abertura ao exterior bem mais reduzida do que a portuguesa.
Também sei que existe uma Empresa bem portuguesa que é dos maiores produtores de garrafas da Península e que tem uma grande fábrica em Espanha com muito sucesso. Foi durante muito tempo uma Empresa cotada no mercado português.
Acho que está na altura de colocarmos esta questão com um mínimo de equidade e sem qq tipo de complexos - especialmente, esse bem masoquista e maniqueista de nos maltratararmos a nós próprios.
È bom que valorizemos o que é Nosso, conscientes e criticos da necessidade de grandes melhorias mas ...
que só todos poderemso resolver
Será que nos perguntaram a opinião quando construiram 2 centrais nucleares próximo do nosso país ? Será que quando cortam o leito dos rios ou constroem canais que afectam os seus caudais estão a pensar aqui nos hermanos ? já tentaram exportar para Espanha ou concorrer para fornecer uma empresa pública ou uma autarquia ?
Sem qq pretensão mas a questão deve ser colocada com mais racionalidade e menos emotividade
Acaso os Espanhois colocariam a questão da mesma forma ?
Afinal esta é a terra que tanto custou aos nossos antepassados preservar e que servirá para satisfazer as necessidades de grande parte dos Nossos Filhos...
Dá paar pensar... não ?
Sei que procuram defender os seus interesses económicos de forma muito intransigente, nem sempre de modo mais correcto e que tem uma economia com um grau de abertura ao exterior bem mais reduzida do que a portuguesa.
Também sei que existe uma Empresa bem portuguesa que é dos maiores produtores de garrafas da Península e que tem uma grande fábrica em Espanha com muito sucesso. Foi durante muito tempo uma Empresa cotada no mercado português.
Acho que está na altura de colocarmos esta questão com um mínimo de equidade e sem qq tipo de complexos - especialmente, esse bem masoquista e maniqueista de nos maltratararmos a nós próprios.
È bom que valorizemos o que é Nosso, conscientes e criticos da necessidade de grandes melhorias mas ...
que só todos poderemso resolver
Será que nos perguntaram a opinião quando construiram 2 centrais nucleares próximo do nosso país ? Será que quando cortam o leito dos rios ou constroem canais que afectam os seus caudais estão a pensar aqui nos hermanos ? já tentaram exportar para Espanha ou concorrer para fornecer uma empresa pública ou uma autarquia ?
Sem qq pretensão mas a questão deve ser colocada com mais racionalidade e menos emotividade
Acaso os Espanhois colocariam a questão da mesma forma ?
Afinal esta é a terra que tanto custou aos nossos antepassados preservar e que servirá para satisfazer as necessidades de grande parte dos Nossos Filhos...
Dá paar pensar... não ?
Quem não gosta de petiscar... nada de teimosias e muita humildade são temperos essencias
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Alexandre7ias Escreveu:"PPPS: Tenho de comprar 10 mil garrafas para as encher com o vinho feito no ano passado. Uma empresa (espanhola) já me enviou cinco amostras. O vendedor de outra empresa (portuguesa) a quem telefonei para tentar combinar uma visita à fábrica para ver as garrafas, respondeu-me que, por ser o vinho do Douro, não era com ele, mas com o colega do norte. Em Portugal o espírito burocrático está longe de ser exclusividade da função pública. "
Compre aos Espanhois, meu caro nesta vida não dá para esperar, quanto mais para dar oportunidade a que não a merece ter.
...eu seguramente compro a quem me vende mais barato.
O tempo é dinheiro e por isso os españois neste caso estão em vantagem...
A minha mãe tratou-me sempre como um rei. Graça das graças ela é española...
R. Martins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
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"PPPS: Tenho de comprar 10 mil garrafas para as encher com o vinho feito no ano passado. Uma empresa (espanhola) já me enviou cinco amostras. O vendedor de outra empresa (portuguesa) a quem telefonei para tentar combinar uma visita à fábrica para ver as garrafas, respondeu-me que, por ser o vinho do Douro, não era com ele, mas com o colega do norte. Em Portugal o espírito burocrático está longe de ser exclusividade da função pública. "
Compre aos Espanhois, meu caro nesta vida não dá para esperar, quanto mais para dar oportunidade a que não a merece ter.
Compre aos Espanhois, meu caro nesta vida não dá para esperar, quanto mais para dar oportunidade a que não a merece ter.
Quando o gueto vai à praia?
Quando o gueto vai à praia?
15/06/2005 14:10
Quando o gueto vai à praia?
Foi um episódio colectivo, foi a expressão de ódio de um grupo social por outro grupo social.
Ao «arrastão» em si mesmo reaja-se com polícia, sim, muita polícia, polícia ostensiva, preventiva, dissuasora e, sempre que preciso, implacável e, sempre que possível, cordata e rigorosa no cumprimento das exigências de respeito a que a Polícia está obrigada. Mas o «arrastão» é mais do que o «arrastão». É também o que está por trás dele. É o ressentimento dos que moram nos guetos contra o desprezo dos que moram nos condomínios - cada um, seja na linguagem, nas roupas ou nos muros e nos sistemas de vigilância electrónica, a isolar-se do outro, a demarcar-se, a apartar-se. E quanto a isso a Polícia pouco ou nada pode fazer.
Sem chegar a entrar em considerações éticas, políticas ou morais, mesmo que nos restrinjamos ao mais frio pragmatismo, só haveremos de ver uma maneira de enfrentar, com a profundidade que o assunto merece, aquilo de que o «arrastão» é apenas a mais exuberante expressão. O problema é de exclusão e, numa perspectiva que não se reduza à histeria imediatista habitualmente imposta por esse género de episódios, a solução só pode ser incluir.
Fartei-me de ouvir pessoas do lado «de cá» a dizer que a solução era mantê-»los» no lado «de lá» (os meios para alcançar esse objectivo variavam mas iam da selecção, pela cor da pele, de quem podia ou não entrar na praia até à pura e simples suspensão dos serviços de transporte público nos fins-de-semana e feriados). Mas (repito: sem chegar a entrar em considerações éticas, políticas ou morais, numa perspectiva meramente estratégica) o facto é que dois países nunca puderam conviver num só, duas cidades nunca puderam conviver numa só, os «de cá» e os «de lá» acabarão, mais cedo ou mais tarde, com maior ou com menor violência, por entrar em conflito, e as «limpezas» sempre se têm revelado (considerações morais à parte) ineficazes.
Não é preciso pretender uma sociedade sem classes. Trata-se simplesmente de querer uma sociedade sem guetos. E é evidente que a responsabilidade maior para impedir a formação de guetos (em regra quem está nos guetos preferia estar fora) é dos «de cá».
PS: Se não todos, quase todos os «arrastadores» de Carcavelos eram pretos (livrem-me de usar a terminologia pseudo-correcta «indivíduo de raça negra», que tresanda a desprezo) e eram pobres. Os burros são lineares e o linear aí é pensar que os pobres são suspeitos, os pretos suspeitíssimos e os pretos pobres (em Portugal, quase todos) só podem ser culpados. Não estamos tão longe dessa asneira quanto fazem supor os discursos politicamente correctos pronunciados para as grandes plateias.
PPS: Compreender os «arrastões» não significa tolerá-los.
PPPS: Tenho de comprar 10 mil garrafas para as encher com o vinho feito no ano passado. Uma empresa (espanhola) já me enviou cinco amostras. O vendedor de outra empresa (portuguesa) a quem telefonei para tentar combinar uma visita à fábrica para ver as garrafas, respondeu-me que, por ser o vinho do Douro, não era com ele, mas com o colega do norte. Em Portugal o espírito burocrático está longe de ser exclusividade da função pública.
PPPPS: Carros, rua!
15/06/2005 14:10
Quando o gueto vai à praia?
Foi um episódio colectivo, foi a expressão de ódio de um grupo social por outro grupo social.
Ao «arrastão» em si mesmo reaja-se com polícia, sim, muita polícia, polícia ostensiva, preventiva, dissuasora e, sempre que preciso, implacável e, sempre que possível, cordata e rigorosa no cumprimento das exigências de respeito a que a Polícia está obrigada. Mas o «arrastão» é mais do que o «arrastão». É também o que está por trás dele. É o ressentimento dos que moram nos guetos contra o desprezo dos que moram nos condomínios - cada um, seja na linguagem, nas roupas ou nos muros e nos sistemas de vigilância electrónica, a isolar-se do outro, a demarcar-se, a apartar-se. E quanto a isso a Polícia pouco ou nada pode fazer.
Sem chegar a entrar em considerações éticas, políticas ou morais, mesmo que nos restrinjamos ao mais frio pragmatismo, só haveremos de ver uma maneira de enfrentar, com a profundidade que o assunto merece, aquilo de que o «arrastão» é apenas a mais exuberante expressão. O problema é de exclusão e, numa perspectiva que não se reduza à histeria imediatista habitualmente imposta por esse género de episódios, a solução só pode ser incluir.
Fartei-me de ouvir pessoas do lado «de cá» a dizer que a solução era mantê-»los» no lado «de lá» (os meios para alcançar esse objectivo variavam mas iam da selecção, pela cor da pele, de quem podia ou não entrar na praia até à pura e simples suspensão dos serviços de transporte público nos fins-de-semana e feriados). Mas (repito: sem chegar a entrar em considerações éticas, políticas ou morais, numa perspectiva meramente estratégica) o facto é que dois países nunca puderam conviver num só, duas cidades nunca puderam conviver numa só, os «de cá» e os «de lá» acabarão, mais cedo ou mais tarde, com maior ou com menor violência, por entrar em conflito, e as «limpezas» sempre se têm revelado (considerações morais à parte) ineficazes.
Não é preciso pretender uma sociedade sem classes. Trata-se simplesmente de querer uma sociedade sem guetos. E é evidente que a responsabilidade maior para impedir a formação de guetos (em regra quem está nos guetos preferia estar fora) é dos «de cá».
PS: Se não todos, quase todos os «arrastadores» de Carcavelos eram pretos (livrem-me de usar a terminologia pseudo-correcta «indivíduo de raça negra», que tresanda a desprezo) e eram pobres. Os burros são lineares e o linear aí é pensar que os pobres são suspeitos, os pretos suspeitíssimos e os pretos pobres (em Portugal, quase todos) só podem ser culpados. Não estamos tão longe dessa asneira quanto fazem supor os discursos politicamente correctos pronunciados para as grandes plateias.
PPS: Compreender os «arrastões» não significa tolerá-los.
PPPS: Tenho de comprar 10 mil garrafas para as encher com o vinho feito no ano passado. Uma empresa (espanhola) já me enviou cinco amostras. O vendedor de outra empresa (portuguesa) a quem telefonei para tentar combinar uma visita à fábrica para ver as garrafas, respondeu-me que, por ser o vinho do Douro, não era com ele, mas com o colega do norte. Em Portugal o espírito burocrático está longe de ser exclusividade da função pública.
PPPPS: Carros, rua!
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