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Millennium BCP - ROE de 23% em 2006

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Millennium BCP - ROE de 23% em 2006

por JCS » 20/5/2005 11:48

ROE de 23% em 2006


BCP quer custos operacionais a crescer 2% abaixo da inflação até 2008

O Banco Comercial Português vai prosseguir com o seu plano de redução de custos em Portugal e tem como objectivo que estes cresçam 2% abaixo da inflação ao ano até 2008. No Investor Day o banco liderado por Teixeira Pinto estimou uma subida do ROE e dos rácios de capital.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt



Paulo Teixeira Pinto, CEO do BCP, prossegue com corte de custos

O Banco Comercial Português vai prosseguir com o seu plano de redução de custos em Portugal e tem como objectivo que estes cresçam 2% abaixo da inflação ao ano até 2008. No Investor Day o banco liderado por Teixeira Pinto estimou uma subida do ROE e dos rácios de capital.

Nas suas operações em Portugal o BCP terminou 2004 com 1,119 mil milhões de euros de custos operacionais, tendo como objectivo que estes fiquem nos 1,2 mil milhões de euros em 2008. Cumprir este objectivo significa que a taxa de crescimento anual dos custos do BCP será 2% inferior à inflação portuguesa.

Na apresentação a analistas e investidores, efectuada hoje no âmbito do Investor Day do banco, o BCP afirma que se não fossem implementadas medidas de redução de custos, os custos operacionais em 2008 seriam de 1,35 mil milhões de euros.

Parte das reduções de custos será obtida no corte de custos com pessoal. Em 2000 o BCP tinha 16.099 trabalhadores, o que representava custos com pessoal de 686 milhões de euros.

Redução de postos de trabalho dá frutos

Estes números têm vindo a ser reduzidos nos últimos anos, com os custos com pessoal a descerem para 665 milhões de euros em 2004 e o número de trabalhadores a baixar para 12.487, o que pressupõe o corte de 3,5 mil postos de trabalho em quatro anos.

Para este ano o BCP prevê a manutenção do número de trabalhadores, em 12.489, mas uma queda nos custos com pessoal para 593 milhões de euros. O banco diz que se não fossem implementadas as medidas de cortes de custos, estes seriam de 922 milhões de euros este ano.

Com a implementação das várias medidas de corte de custos, o banco liderado por Teixeira Pinto estima que o seu rácio de eficiência (excluíndo itens extraordinários e recuperações de crédito) desça para 60% em 2006, abaixo dos 65,1% verificados no final do primeiro trimestre. A meta para 2006 nas operações em Portugal é de 57%.

Incluindo as recuperações de crédito nas receitas, o BCP diz que o seu rácio de eficiência deve descer para 55% em 2006, contra os 59,1% verificados em Março.

Na apresentação a investidores o BCP diz que as melhores práticas indicam um rácio de eficiência, ou «cost to income», abaixo dos 50%, sendo essa uma das metas do banco a médio prazo.


Aumento da rentabilidade para 22% a 23% em 2006

Com a redução de custos e a implementação do programa Millennium, que prevê a captação adicional de 310 milhões de euros de lucros até 2006, o BCP prevê uma melhoria na rentabilidade dos capitais próprios.

O BCP estima que o ROE (rentabilidade dos capitais próprios) suba para 22 a 23% em 2006, um valor que compara com os 21,6% do primeiro trimestre e de 21,1% de 2004, tendo já em conta as novas normas contabilísticas. O objectivo para 2006 no negócio internacional é de um ROE superior a 11%.

Já o rácio Tier 1 core, que mede a qualidade dos capitais próprios, deverá subir de 5,6% no final de Março para 5,8% no final deste ano. Em 2006 este rácio deverá melhorar para 6 a 6,5%, atingindo os 8 a 8,5% em 2008.

Programa Millennium acima das estimativas

O BCP acrescenta que está no bom caminho para atingir as metas do Programa Millennium para o período entre 2004 e 2006, que prevê a captação de lucros de 310 milhões de euros.

As metas do banco previam que até ao final do primeiro trimestre deste ano fossem captados 36% dos lucros para todo o período, mas o BCP conseguiu já obter quase metade.

Ou seja, até Março o Programa Millennium já «rendeu» 143 milhões de euros, já perto do objectivo delineado de 180 milhões de euros para o final do ano.

O BCP estima atingir os 310 milhões de euros até 2006 com 80 milhões de euros em redução de provisões de crédito, 60 milhões de euros na melhoria da rentabilidade na banca de empresas de comercial, 100 milhões de euros no aumento das receitas na banca a retalho e mais 70 milhões de euros na melhoria do ROE das actividades no estrangeiro.

As acções do BCP seguiam inalteradas nos 2,13 euros."



Como sempre disse, há bastante tempo que estou muito optimista (o que me tem feito investir sempre que posso e desde meados de 2003 no banco)com o futuro do grupo. Na minha opinião os valores actuais são irrisórios tendo em conta as perspectivas de crescimento do grupo. Penso que a cotação a seu tempo facilmente provará isso.

Cumprimentos

JCS
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