Os dilemas de Portugal
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Os dilemas de Portugal
16 Maio 2005 13:59
Fernando Sobral
Os dilemas de Portugal
fsobral@mediafin.pt
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Cada país tem o seu centro de gravidade. Quando o perde parece um meteorito que saiu de um local mal frequentado e pensa que a distância mais curta entre dois pontos é atravessada às curvas.
Portugal vive numa galáxia de problemas e vestiu uma camisa-de-forças para os combater. O resultado é aquele que se está a ver. Este país não tem uma estratégia de futuro, vive como num jogo de bilhar às três tabelas entre suspeitas, défices enormes e incapacidade para resolver o que quer que seja, e chora a sua triste sina. Portugal não é fiel nem infiel com os seus cidadãos: é um motel frequentado por sobreviventes.
Vivemos a prosperidade aparente e nunca somos capazes de combater a crise até que ela desapareça do horizonte. Colocamos as asas em todas as suspeitas possíveis e esperamos que elas se cansem de voar. Queremos uma vida sossegada, sem muitos riscos e, especialmente, sem termos de interrogar as nossas decisões. Compreendemos os favores, porque a sociedade não exige: facilita.
Os dilemas de Portugal são sempre os mesmos: passam-se os Governos, os anos, os regimes e os séculos. Nada muda. Todos somos mudos ou tentamos ser. Alguém há-de mudar algo. Alguém há-de ser o último a fechar a porta.
Fernando Sobral
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Cada país tem o seu centro de gravidade. Quando o perde parece um meteorito que saiu de um local mal frequentado e pensa que a distância mais curta entre dois pontos é atravessada às curvas.
Portugal vive numa galáxia de problemas e vestiu uma camisa-de-forças para os combater. O resultado é aquele que se está a ver. Este país não tem uma estratégia de futuro, vive como num jogo de bilhar às três tabelas entre suspeitas, défices enormes e incapacidade para resolver o que quer que seja, e chora a sua triste sina. Portugal não é fiel nem infiel com os seus cidadãos: é um motel frequentado por sobreviventes.
Vivemos a prosperidade aparente e nunca somos capazes de combater a crise até que ela desapareça do horizonte. Colocamos as asas em todas as suspeitas possíveis e esperamos que elas se cansem de voar. Queremos uma vida sossegada, sem muitos riscos e, especialmente, sem termos de interrogar as nossas decisões. Compreendemos os favores, porque a sociedade não exige: facilita.
Os dilemas de Portugal são sempre os mesmos: passam-se os Governos, os anos, os regimes e os séculos. Nada muda. Todos somos mudos ou tentamos ser. Alguém há-de mudar algo. Alguém há-de ser o último a fechar a porta.
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