Caldeirão da Bolsa

Universo Espírito Santo recebe 103 milhões em dividendos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 16/5/2005 7:15

'Yields' de novo pressionadas



Assistimos nos últimos dias a uma série de surpresas positivas sobre a economia dos EUA, graças às quais o dólar atingiu um máximo dos últimos 6 meses. Neste contexto, as obrigações dos 10 anos teriam caído agressivamente mas... não desta vez. Ao contrário, as yields chegaram mesmo a cair nas últimas sessões. O que se passa de diferente neste caso?

Por um lado, a queda dos preços das matérias-primas conduz a um reforço da procura por obrigações, num processo natural de asset allocation. Por outro lado, o mercado parece descontar um ciclo deflacionário nas economias, o que também limita a progressão das yields de longo prazo. Outro factor explicativo tem a ver com o stress que se vive nos mercados em resultado dos rumores de dificuldades em grandes hedge funds e do alargamento de spreads nas obrigações. Tudo conduz a um menor apetite por risco, que torna mais atractivo o refúgio nas obrigações de taxa fixa.

Um mercado de obrigações tão forte nos EUA faz-nos acreditar que a Fed vai provavelmente tratar as taxas com bastante cuidado nos próximos meses, especialmente se o dólar continuar a subir (o que é por si só um elemento de contracção da economia norte-americana).

Concluindo, recomendamos um stock picking orientado para activos de qualidade superior e vemos nas obrigações de taxa fixa a melhor cobertura para o risco presente no mercado accionista.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:13

Indicador
Inflação abaixo da média europeia pela primeira vez em quase um ano

Luís Reis Ribeiro


A inflação nacional harmonizada, que permite a comparação com as restantes economias europeias, abrandou para 2% em Abril face ao mês homólogo de 2004, ficando assim abaixo da média da zona euro, pela primeira vez desde Maio do ano passado, indicou o Instituto Nacional de Estatística (INE) na passada sexta-feira.

De acordo com o INE, a classe dos Transportes, onde a respectiva inflação atingiu os 5,1%, foi a que mais contribuiu para o aumento geral dos preços em Abril. Já os preços dos bens alimentares foram os que mais ajudaram ao abrandamento da inflação, com uma quebra de 1,2% em termos anuais.

O INE explica que o elevado contributo dos transportes foi sustentado pelo peso que esta classe detém na estrutura de ponderação e, em particular, à forte subida no subgrupo dos combustíveis e lubrificantes (12,9%). O segmento dos transportes representou 36% da variação homóloga total, observou o INE. Refira-se que o petróleo voltou a atingir novos máximos históricos no início de Abril. A classe que registou maior subida de preços foi a da educação, com 6,8%.

Em termos mensais, os preços no consumidor aumentaram 0,7%, liderados pela classe do vestuário e calçado (7,2%), devido à “entrada das novas colecções [...] após o final da época de saldos”. Os artigos de vestuário sofreram um aumento mensal de 7,7% e o calçado de 6,9%.

Em contrapartida, a classe de lazer, recreação e cultura contribuiu para a moderação da inflação mensal apoiada pela descida nos preços dos artigos de jardinagem (que cederam quase 15%) e dos serviços de refeições.

As estatísticas oficiais frisam ainda que em Abril, a variação média do IHPC dos últimos 12 meses manteve-se em 2,5%, sendo que os últimos dados disponíveis mostram que a diferença entre a taxa de inflação média portuguesa e a observada na zona euro continuou nos 0,3 pontos percentuais.

A inflação subjacente, que exclui as variações de preços nos produtos alimentares não transformados e energéticos, voltou a abrandar em Abril, fixando-se agora nos 1,7%.

Inflação nacional corrige em baixa
 
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por marafado » 16/5/2005 7:12

Gestores de grandes empresas são alvo do Fisco devido às ‘stock-options’

Elisabete Miranda com Hermínia Saraiva


Em causa estão interpretações divergentes em relação à tributação de ‘stock-options’ exercidas durante o ano de 2000.

A administração fiscal tem vindo a notificar diversos altos quadros de empresas para pagarem IRS referente a ganhos de ‘stock-options’ exercidas durante o ano de 2000. Em causa estão vários milhões de euros de planos de acções que não chegaram a ser declarados, numa altura em que a Lei, embora previsse a tributação desses ganhos, não dizia como nem quando eles deviam ser sujeitos a imposto. Os visados estão a recusar-se a pagar o IRS adicional que lhes está a ser exigido, contestando a interpretação do fisco. É o caso, por exemplo, de alguns administradores da Vodafone, entre outras situações.

A divergência entre o fisco e os trabalhadores que exerceram direitos de opção em 2000 é originada por diferentes interpretações quanto ao momento a partir do qual se considera que estes ganhos podem ser sujeitos a IRS. A administração fiscal entende que, como em 2000 foi introduzida uma norma que diz expressamente que as ‘stock-options’ têm de ser sujeitas a imposto (artigo 2º, nº 3, alínea 7 do Código do IRS), esses ganhos deviam ser sujeitos a tributação. Os contribuintes, por sua vez, alegam que esta norma não é, por si suficiente, uma vez que, para que pudesse haver tributação, era necessário que o Código do IRS contemplasse também regras quanto ao momento da sujeição desses ganhos a IRS e o método de cálculo dos mesmos.

Estas explicitações apenas seriam feitas no final de 2000, no Orçamento do Estado para 2001. Só aí é que o Ministério das Finanças veio dizer claramente em que momento se consideram obtidos os ganhos das ‘stock options’ e a sua quantificação (artº 24º, nº 4 do CIRS).

O conselho de administração da Vodafone, um dos que foi alvo de liquidações adicionais, contactado pelo Diário Económico, diz que a interpretação do fisco configura “um caso de retroactividade fiscal” e que “os interessados pretendem apenas que a questão siga os seus trâmites legais, cumprindo as suas obrigações no âmbito das normas em vigor”.

Do lado da administração fiscal, o entendimento é que os beneficiários tinham a obrigação de sujeitar estes ganhos a tributação, pelas regras que entraram em vigor em 2001, o ano em que as declarações de rendimentos de 2000 foram apresentadas.

Informação vinculativa “dá razão” a contribuintes
Em 2001, a administração fiscal emitiu uma informação vinculativa, em resposta a um pedido de esclarecimento de um caso concreto, cujas conclusões parecem vir em defesa dos contribuintes agora em causa.

Apesar de as informações prévias vinculativas apenas vincularem a administração fiscal ao caso concreto em apreço, pedida para avaliar uma situação de eventual tributação de ‘stock-options’ exercidas em 1999, a administração fiscal conclui que não havia lugar a imposto.

Segundo esta informação (324/01), “a ausência de previsão típica em lei das regras de determinação dos factos tributáveis – quanto ao tempo e quanto à sua expressão em rendimento tributável – acabaria por comprometer, a jusante, o enunciado genérico da incidência feito ma alínea c) do nº 3 do artigo 2º do CIRS e, em consequência, a exigibilidade da obrigação do imposto e das obrigações acessórias”. Ou seja, apesar de as ‘stock options’ deverem ser tributadas, o imposto não é exigível por não estar expresso na Lei o momento dessa tributação nem as regras de quantificação.

A evolução das regras de tributação ao longo do tempo
As ‘stock-options’ são activos que conferem ao titular o direito de comprar ou vender um determinado título, a um preço pré-definido, num determinado momento. Desde 1994 que a Lei considerava genericamente que estes rendimentos estavam sujeitos a tributação. No Orçamento do Estado para 1995, introduziu-se uma redacção que classificava como rendimentos do trabalho dependente “os benefícios ou regalias auferidos pela prestação ou em razão da prestação do trabalho dependente”. A norma é genérica, mas permite, por via interpretativa, encaixar aqui estes rendimentos, que, no entanto, apenas vinham sendo tributados em sede de mais-valias (actual categoria G).

Em Abril de 2000 (Lei 3-B/2000, de 4 de Abril) passou a consagrar-se expressamente a tributação destes rendimentos, ao prever-se como rendimentos do trabalho dependente “os ganhos resultantes de acordos sobre opções, obrigações ou outros direitos equiparados”.

No entanto, nesta altura, não há qualquer norma que explicite a quantificação ou o momento de exigibilidade do imposto. Esta regra apenas surge uns meses depois, no Orçamento do Estado para 2001. A partir dessa altura, as ‘stock-options’ passam a ser tributadas, grosso modo, no momento em que o direito é exercido, e pela diferença entre o valor de mercado das acções e o valor pelos quais os trabalhadores as adquiriram; e, num segundo momento, em sede de mais valias, quando os trabalhadores resolverem vender os títulos com lucro.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:11

Energia
Investidores não arriscam entrar sem conhecerem estratégia energética

Pedro Marques Pereira e Ana Maria Gonçalves


Sem certezas quanto ao futuro da EDP, os investidores assumem os piores cenários. A evolução dos títulos mostra isso mesmo.

Os investidores estão desiludidos com a indefinição face ao futuro da EDP, agravada com as notícias recentes sobre a anulação da atribuição de licenças para a construção de novas centrais a gás natural, em que a EDP ganhara duas novas unidades de produção que se arrisca agora a perder.

“Era importante que houvesse uma clarificação da estratégia do Governo para o sector”, afirma Pedro Mello e Castro, gestor de fundos do Banif.

O reflexo imediato é que as acções registam este ano a pior performance do sector na Península Ibérica, estando igualmente abaixo da média europeia. Desde o início do ano, os títulos caíram 5,3%, contra uma subida superior a 6% para o índice europeu do sector.

Quando olham para a EDP, os investidores contactados pelo DE referem que já descontam no preço os piores cenários. Assim se explica que, na última década, enquanto a Iberdrola e a Endesa registam trajectórias claramente ascendentes, as acções da EDP negoceiam hoje a menos de metade dos valores do final dos anos 90.

As inflexões tornam igualmente inglório o esforço do presidente executivo da empresa, João Talone, para atrair investidores internacionais. Num ‘road show’ internacional, em Dezembro passado, Talone apresentou um plano de expansão da produção que incluía as duas novas centrais e que compensava a perda do negócio de gás da Galp, chumbado pela UE.

Os analistas e investidores contactados pelo DE aguardam agora decisões do Governo para confirmar se a eléctrica será ou não prejudicada com a nova distribuição de centrais.

Com 57% do capital disperso em ‘free-float’, a EDP conta com inúmeros accionistas privados como o Banco Comercial Português, com 5%, a CajAstur, com 5,3%, a Brisa, com 2% e a Iberdrola, com 5,7%, embora a sua concorrente espanhola seja um dos operadores que mais protestou contra a distribuição das licenças.

Fonte do grupo estatal financeiro Caixa Geral de Depósitos, que detém 9,8% da eléctrica, realçou, porém, que se a Galp sair beneficiada no novo concurso, a EDP também ganhará alguma coisa, uma vez que detém 14,3% da empresa.

Do mal o menos, os investidores afirmam que, tendo as acções caído tanto nos últimos anos, atingiram um ponto em que pouco risco oferecem. “Os factores negativos já se encontram totalmente descontados e a estes níveis a EDP é uma boa opção defensiva”, acrescenta Pedro Mello e Castro. Até porque, em Portugal, as alternativas atractivas contam-se pelos dedos da mão.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:10

Gás
Governo avança com anulação depois de ouvir Procuradoria

Ana Maria Gonçalves e David Dinis


O Ministério da Economia quer consultar a Procuradoria-Geral da República sobre a legalidade do processo de atribuição de novas licenças para centrais a gás, decisão tomada pelo anterior Executivo em vésperas das eleições, antes de o anular.

Ao recurso hierárquico interposto pelas empresas que se sentiram lesadas [Iberdrola, Gás Natural e Galp], o ministro da Economia, Manuel Pinho, juntou dois pareceres jurídicos que apontam para alegadas irregularidades neste ‘dossier’.

Segundo fonte do Ministério da Economia, ‘não tendo legalidade, o Governo terá de voltar a decidir sobre esta matéria’.

A partir da entrada do pedido de parecer, o que deverá acontecer na próxima semana, a Procuradoria-Geral da República tem 60 dias para se pronunciar. O prazo pode ser acelerado se for requerido com carácter de urgência. Em qualquer dos casos, o parecer só terá eficácia depois de homolgado por Manuel Pinho.

Entre as supostas ilegalidades identificadas pelos juristas estão alguns dos critérios de selecção que terão sido definidos após a recepção das propostas e de se tratar de uma decisão administrativa da DGGE. Outra questão prende-se com os itens que hierarquizam o valor das propostas a concurso, dado que os pontos de interligação à rede eléctrica nacional eram inferiores aos solicitados pelos candidatos. Ainda segundo estes especialistas, a decisão que teve a aprovação do então secretário de Estado Manuel Lencastre, deveria ter sido publicada em Diário da República, o que não se verificou.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:09

Energia
Perda das novas centrais a gás compromete crescimento da EDP

Ana Maria Gonçalves


A eléctrica arrisca uma redução da quota de mercado e o enfraquecimento da sua estrutura de produção, sobretudo em anos secos.

A competitividade da EDP ficará comprometida, caso seja excluída do novo concurso para centrais eléctricas de ciclo combinado a gás natural, afirmaram ao Diário Económico diversas fontes da empresa e do sector.

Além da perda de quota de mercado, em resultado do reforço da concorrência, a eléctrica nacional ficará com a sua estrutura de produção fragilizada.

Em anos húmidos, cerca de 35% a 40% da electricidade gerada pela empresa tem origem hídrica, uma energia de baixos custos que lhe permite aumentar as suas receitas. Porém, em períodos de seca, a EDP é obrigada a recorrer sobretudo ao seu parque térmico. O corrente ano é disso exemplo, com apenas 25% da produção proveniente das barragens hidroeléctricas.

Por outro lado, na lista hierárquica de entrada das centrais no sistema eléctrico nacional aparecem em primeiro lugar as unidades de ciclo combinado (as mais eficientes), seguidas das centrais a carvão e, em último lugar, as centrais a fuel óleo.

Com uma quota de produção média entre 65% a 70%, dependendo da existência de um ano mais ou menos húmido devido à forte dependência do segmento hídrico, as novas licenças que a empresa recebeu destinavam-se a manter a presente quota de mercado.

Até porque, embora a empresa tenha investimentos previstos na área da produção hídrica e eólica, os níveis de potência envolvidos são muito inferiores à das centrais a gás. Como explica fonte do sector, cada ciclo combinado corresponde a quatro ou cinco barragens ou 20 parques eólicos, constrangimento a que acrescem os entraves ambientais associados a muitos destes projectos. Foi o caso da barragem de Foz Côa, com cerca de 140 MW e é actualmente o da central hidroeléctrica do Baixo Sabor, com 130 MW, esta última à espera de uma decisão de Bruxelas depois de uma queixa dos ambientalistas.

Dos 2.800 MW que o ex-executivo de Santana Lopes distribuiu pelos operadores, a escassos dias das eleições - decisão que está a gerar polémica junto do actual Governo, o qual pretende introduzir um novo figurino no sector energético - a EDP ficou com 800 MW, metade dos quais em parceria com a Endesa. Assim, 400 MW referem-se à Figueira da Foz e os restantes 400 MW a Sines.

Presentemente, Portugal conta com uma capacidade de produção eléctrica na ordem dos 9.800 MW, excluindo o regime especial (cogeração e renováveis). Deste bolo, a EDP possui 80%.

Com o acréscimo de 2.800 MW, dos quais 600 MW ficam nas mãos da eléctrica nacional, a sua quota desce para 68% devido ao reforço da concorrência.

Mais optimistas são as metas da empresa para o mercado espanhol, onde na passada semana recebeu luz verde do Governo das Astúrias para construir uma central a gás natural, em Ribeira de Arriba, permitindo-lhe viabilizar 40% da nova capacidade de produção em ciclo combinado, programada até 2010 para a Península Ibérica. O plano estratégico para 2005-2007 prevê a existência de 4.136 MW no final da década, dos quais 1.572 MW é nova geração.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:08

Construção
Somague compra 5% do Benfica até final do ano

Rui Cabrita e João Paulo Guerra com António José Gouveia


O presidente da construtora, Diogo Vaz Guedes, afirma que esta aquisição está envolvida numa estratégia a longo prazo.

A Somague encontra-se a negociar a aquisição de cerca de 5% do capital da Benfica SGPS, num compromisso acordado com a direcção do clube no âmbito da construção do novo estádio da Luz e que deverá ficar concluída até ao final do ano.

O presidente da Somague e vice-presidente do grupo Sacyr Vallehermoso (SyV), Diogo Vaz Guedes, avançou ao Diário Económico que a Somague “está a negociar com o Benfica a entrada no capital Benfica SGPS, numa percentagem que poderá atingir os 5%”. Esta possibilidade, explicou o mesmo responsável, “faz parte de um acordo assumido com a direcção do clube no âmbito de todo o processo de construção do novo estádio da Luz”.

Esta aquisição poderá ser concretizada de forma faseada, sendo que a construtora detém desde o final de Janeiro deste ano, 1%. Vaz Guedes diz que esse acordo, que terá sido recentemente formalizado mas há muito alinhavado, levará a um envolvimento que se “resume à entrada do grupo no clube e nada mais que isso. E tal acontece dado o bom envolvimento que sempre existiu com a direcção do clube, tal como aconteceu aliás, com o Futebol Clube do Porto e Boavista”.

Quanto ao vendedor, Diogo Vaz Guedes afirmou desconhecer se se trata de algum accionista em particular. “O compromisso da Somague é com o Benfica e não com nenhum accionista em particular, por isso desconheço em absoluto quem é que está vendedor”. Esta aquisição reveste-se de um envolvimento da Somague na estratégia do Benfica “a médio e longo-prazo”.

Quanto ao valor, o responsável da Somague afirmou que “está ainda em ser negociado e levará em linha de conta com um conjunto de factores, nomeadamente o encontro de contas que ainda falta fazer relativamente a dívidas pela construção do estádio”.

Fora de questão está, assegura Vaz Guedes, o pagamento da dívida – que preferiu não precisar – com acções do Benfica. “São coisas completamente distintas. A dívida será saldada normalmente, e a Somague compra as acções directamente. Uma coisa não pagará a outra”.

Domingos Soares de Oliveira, administrador da Benfica SAD, confirmou ao DE que foi transaccionado para a Somague, no final de Janeiro passado, um número aproximado a 178.000 acções da Benfica SGPS, o que equivale a cerca de 1,2% do capital da ‘holding’. O administrador declarou que não tem conhecimento de qualquer outra negociação em curso com a Somague. O presidente da SAD benfiquista, Luís Filipe Vieira, acrescentou que “embora a SAD saiba da possível transacção, apenas pode falar das 178.000 transaccionadas em Janeiro e cujo titular era a SGPS”.

Para além desta pequena alteração na estrutura accionista da Benfica SGPS, Domingos de Oliveira confirmou que prosseguem negociações, com instituições financeiras nacionais e internacionais, com vista a reestruturar o ‘project finance’ da SAD do Benfica. O projecto, já anunciado, tem em vista substituir as dívidas da SAD por investimentos de um sindicato bancário. As negociações em curso, tal como admitiu o administrador, poderão avançar para uma operação mais lata, substituindo os vários credores por um financiador único que poderá chegar aos 150 milhões de euros.

Domingos de Oliveira disse ainda que as instituições financeiras envolvidas são “bancos da primeira linha do ‘ranking’ europeu” e desmentiu qualquer relação entre esta operação e notícias que têm surgido sobre eventuais negociações com fundos de investimento ligados ao futebol.

Grupo construtor ‘obrigado’ a comprar participações nos clubes
O grupo Somague, liderado por Diogo Vaz Guedes (na foto), nas negociações com os clubes para a construção dos estádios, teve que oferecer como contrapartida uma compra de participação accionista nas sociedades anónimas desportivas. Este é um elemento comum em relação ao Estádio da Luz, do Dragão e do novo Bessa. A Somague, que ganhou os concursos de adjudicação destes três estádios, aquando do Euro 2004, teve que adquirir 10% da SAD portista, num negócio que envolveu a empresa Aplicação Urbana, detida em 50% pela Somague e 50% pela Amorim Imobiliária, como contrapartida para que o F.C. Porto se decidisse por adjudicar todo o projecto imobiliário na zona das Antas em conjunto com o grupo Amorim. No caso do Boavista, a participação da Somague é mais modesta, situando-se em apenas 1% na SAD. No entanto, esta participação está em linha com o montante cobrado pela reconstrução do estádio do Bessa. No que se refere ao clube encarnado, a Somague optou por alocar o seu investimento na Benfica SGPS, uma ‘holding’ controlada pelo clube e que tem uma participação de 15,62% na SAD benfiquista.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:07

Observatório Construção e Novas Tecnologias
Construtoras acusam Estado de ineficiência e desorganização

Rui Cabrita


Empresas defendem que o processo de inovação deve começar pelo Estado. E consideram que não precisam de apoios públicos.

O sector da construção acredita que o primeiro passo para se promover uma organização mais eficiente, sustentável e competitiva passa por uma profunda reformulação de todos os procedimentos do Estado, desde o processo de licenciamentos, fiscalização, mas também ao nível do seu papel enquanto dono de obra. Se assim for, a inovação no tecido empresarial acaba por ser um reflexo normal. Esta foi uma das ideias defendidas no Observatório promovido pelo DE, com o apoio da Optimus, dedicado ao tema “construção civil e obras públicas: o papel das novas tecnologias” e que reuniu alguns dos principais agentes do sector.

Gonçalo Moura Martins, administrador da Mota-Engil disse, a propósito do novo plano tecnológico proposto pelo Governo, que, “as empresas não precisam de apoios nem de benefícios fiscais do Estado para um incremento da inovação”. Essa é uma prática neste sector, sobretudo ao nível do reforço da utilização das novas tecnologias, que há muito está implementada, embora possa ser reforçada.

Veja-se aliás, considerou o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, o caso do Econstroi, um mercado ‘online’ que permitiu ao sector atingir os 4% de volume de negócios efectuado através de plataformas electrónicas.

Mas, “o que o sector precisa é que o Estado se organize”, reforçou o mesmo responsável. Não é possível que o Estado leve anos a aprovar projectos, com uma burocracia complicada. Além disso, o Estado, enquanto dono de obra, é o primeiro a não promover e a valorizar aquilo que melhor se faz nas empresas. Pedro Aires Pereira, Director-geral da Novopca, apontou o caso da certificação. “Os donos de obra, sobretudo os públicos, não têm a mínima sensibilidade nem querem saber se as empresas têm certificação ou tendo, se é a adequada”. Portanto, “aquilo que poderia ser uma vantagem competitiva deixa de o ser”. Isto num mercado maduro e saturado, em que as margens aparecem cada vez mais esmagadas.

Aliás, este sistema leva a que “o reino da burocracia vença o da inovação”, disse o bastonário da Ordem dos Engenheiros, numa alusão à dificuldade na aprovação de projectos e na informalidade dos processos.

Além disso, enquanto promotor, o Estado também tem decrescido. A incapacidade no cumprimento dos investimentos previstos no PIDDAC leva a que o planeamento nas empresas seja difícil de fazer. Situação que levou as empresa a terem de diversificar as suas actividades para outras áreas de negócio. O presidente da FDO, Manuel Ferreira Dias diz mesmo que a “crise na construção veio para ficar”.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:06

Finanças Públicas em Situação Grave
UE acorda em criar imposto sobre bilhetes de avião

Luís Rego, em Bruxelas


Para financiar a ajuda ao desenvolvimento, os ministros das Finanças acordaram criar um imposto sobre os bilhetes das viagens de avião, que será aplicado de forma facultativa pelos Estados-membros.

A operacionalização da medida está por definir mas alguns países, como a Suécia, a Finlândia, Espanha, a Áustria, a Grécia, já anunciaram que não a irão aplicar. Esse imposto (’lump sum’) não iria além de alguns euros por cada bilhete mas, ao encarecer as viagens, penaliza as periferias no espaço europeu. O ministro das Finanças português nunca se mostrou favorável a esta medida mas ainda não se pronunciou após o acordo deste fim-de-semana no encontro informal de ministros que teve lugar no Luxemburgo.

A Comissão irá formalizar uma proposta em detalhe para ser aprovada no próximo Ecofin de Junho. A iniciativa pode vir a tornar-se em mais um exemplo de duas velocidades na UE, com seis países, entre eles Alemanha e França, dispostos a avançar sozinhos. “Esta será uma contribuição voluntária que alguns países querem transformar em obrigatória mas que queremos por agora deixar em aberto”, explicou Juncker, o presidente do Conselho.

Tanto está em aberto a adopção da medida por um Estado como pelo viajante que adquire o bilhete. De acordo com fontes do conselho, o consumidor pode requerer à companhia aérea que exclua esse imposto da tarifa. Segundo os proponentes, um imposto de dez euros sobre os bilhetes de avião no espaço europeu e de 30 euros para destinos extra-comunitários iria gerar cerca de seis mil milhões de euros por ano. Mas os receios dos países com o encarecimento das viagens poderá forçar o acordo final a surgir com valores abaixo de dez euros por bihete.

Negociação dos fundos bloqueada
Os ministros das Finanças mantiveram este fim-de-semana as suas posições extremadas na negociação do pacote de fundos comunitários 2007/13 impedindo qualquer progresso na direcção de um acordo cada vez mais distante da data prevista, a cimeira de Junho.

A decisão final requer unanimidade. E os mais pessimistas começam já a apontar para um acordo só no final de 2006, após as presidências de dois dos Estados que mais querem cortar no orçamento europeu, o Reino Unido no próximo semestre e a Áustria no primeiro semestre do próximo ano. E mesmo no segundo semestre de 2006, já em presidência finlandesa, só será possível um acordo após as eleições legislativas na Alemanha em Setembro. A Comissão defende que esse atraso pode deixar a UE paralisada em termos de grandes investimentos até 2008. A negociação prossegue no próximo domingo em Bruxelas com os chefes da diplomacia.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:05

Finanças Públicas em Situação Grave
Sócrates “plenamente consciente” de “crise orçamental grave”

Luís Rego, em Bruxelas


Constâncio diz que o Governo sabe que “afinal, a situação ainda é pior” do que se pensava.

O governador do Banco de Portugal afirmou no Sábado que o primeiro-ministro está “plenamente consciente” da extrema gravidade da situação orçamental portuguesa e urge o Governo a tomar decisões para a resolver.

“Reconheço agora que a situação era afinal ainda pior do que eu temia” antes de fazer a auditoria às contas públicas. “Na verdade o país está confrontado com uma crise orçamental grave”, explicou Vítor Constâncio, num tom carregado de dramatismo à margem de uma reunião dos ministros das Finanças da UE no Luxemburgo. “O primeiro-ministro e o ministro das Finanças estão plenamente conscientes da situação e espero que tomem as decisões para a resolver”, frisou o governador na manhã de Sábado.

Constâncio convocou os jornalistas para fazer estas declarações horas depois do Expresso ter noticiado haver um “choque no Governo” quanto às medidas draconianas que o ministro das Finanças apresentou ao Executivo. Alegadamente, Campos e Cunha foi forçado a aligeirar as medidas de consolidação a anunciar no dia em que défice seria tornado público, o que terá conduzido a um adiamento na apresentação do relatório de Constâncio.

É nesse contexto que o governador não avança com uma data para anunciar o relatório das contas públicas enquanto Campos e Cunha frisou claramente que o documento será adiado entre “uma semana a dez dias”. Constâncio explicou mesmo que “estamos a acabar de redigir [o relatório], os números já não vão variar muito mas têm de ser cuidadosamente explicados”.

O governador não tem dúvidas do impacto negativo destas medidas no crescimento. “É evidente que no curto prazo as medidas de controlo orçamental têm um efeito restritivo mas o crescimento económico a prazo requer saneamento das contas públicas. Isto tem de ser feito”, concluiu. Neste quadro, Portugal poderá por isso ser sujeita a novas revisões em baixa do crescimento económico para este e próximo ano, sugeriu Constâncio. Numa expressão mais diplomática, Campos e Cunha frisa que “ainda não chegou a altura de desapertar o cinto”.

Depois de ter dito em Janeiro deste ano que tinha chegado a “hora da verdade” para a política orçamental, o governador assumiu em Abril a responsabilidade de elaborar um relatório sobre o desequilíbrio nas contas públicas em 2005. O ministro já admitiu que esse valor de défice deverá ser superior a 6% do PIB.

Na declaração do governador também não faltaram críticas aos executivos anteriores. “Não houve suficiente [consolidação orçamental desde 2002]. Um pouco em 2002 e depois quase nada”, explicou. “As medidas extraordinárias permitiram atenuar os efeitos do aumento do défice mas, sabíamos todos, que elas não existiriam sempre” e “era preciso resolver a questão de fundo”.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:05

Finanças Públicas em Situação Grave
Governo reconhece situação mais grave do que em 2002

Bruno Proença, Luís Reis Ribeiro e Bárbara Baldaia


Economistas afirmam que o Executivo está em situação difícil e preferem cortes na despesa.

A situação actual das finanças públicas é mais grave do que quando o Executivo de Durão Barroso chegou ao poder, há cerca de três anos, pelo que haverá a necessidade de adoptar medidas, reconheceu ao Diário Económico fonte governamental. No entanto, a mesma fonte prefere afirmar que serão tomadas “medidas mais inteligentes e eficazes” e “não necessariamente mais difíceis” do que as preconizadas por Manuela Ferreira Leite, então ministra das Finanças. Ou seja, o actual Executivo pretende evitar uma quebra na confiança dos agentes económicos, à semelhança do que aconteceu em 2002.

O Governo socialista mantém o seu calendário e apenas apresentará as medidas para resolver o problema do défice orçamental no Programa de Estabilidade e Crescimento, que deverá ser conhecido até ao final do mês.

Ainda assim, outras fontes governamentais recusaram-se a comentar a notícia do semanário Expresso, segundo a qual teriam sido discutidas em conselho de ministros várias medidas para debelar a situação das finanças públicas, afirmando que é “especulativa” e que “não tem fundamento”. Contactado pelo DE, o Ministério das Finanças não quis comentar a referida notícia.

Os economistas ouvidos pelo DE afirmam que o Governo não tem grandes soluções, para além das tradicionais: “Sobe os impostos, desce a despesa ou faz uma combinação das duas”, sublinha Vítor Bento, presidente da SIBS. A sua posição é que o Executivo deveria “reduzir a dimensão do Estado, aumentando o crescimento potencial da economia e, logo, o crescimento do emprego”.

Vítor Bento frisa ainda a necessidade de separar as questões políticas das técnicas. Ou seja, a discussão política não deveria centrar-se sobre o valor do défice – que deveria ser calculado por “instâncias técnicas” –, mas apenas sobre as medidas a adoptar.

O ex-ministro das Finanças, Miguel Beleza, considerou também que Campos e Cunha tem “uma tarefa muito complicada” para resolver o desequilíbrio orçamental. Beleza afirmou o seu “cepticismo sobre o aumento da receita”, preferindo o corte na despesa, adiantando o congelamento dos programas de investimento como possível solução.

António Nogueira Leite, administrador do grupo Mello, está mais pessimista. “Concordo com as linhas anunciadas pelo ministro Campos e Cunha, mas admito que são muito ambiciosas. Vai precisar de todo o apoio político do primeiro-ministro”, declarou. “Vai ser muito difícil reduzir salários e emprego na Administração Pública e acho que não faz sentido aumentar impostos”, acrescentou o economista.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:04

Dimensão do défice pode impor aumento de impostos já este ano

Helena Garrido com Luís Rego


Apresentação do relatório Constâncio, sem calendário definido, pode ser adiada para a semana.

A dimensão do défice orçamental, projectada para este ano, pode tornar inevitável um aumento de impostos, pela necessidade de adoptar medidas com resultados imediatos, que credibilizem o Programa Estabilidade e Crescimento junto de Bruxelas e das agências internacionais de avaliação do risco, neste momento a reavaliarem o “rating” da República. Portugal, afirmam as fontes contactadas pelo Diário Económico, não pode entregar na Comissão Europeia um programa de redução de um défice, que pode chegar este ano aos 7%, apoiado apenas em medidas do lado da despesa do tipo estrutural, já que tal não teria credibilidade.

A apresentação formal do designado relatório Constâncio não está calendarizada mas o Governo, nomeadamente o primeiro-ministro e o ministro das Finanças conhecem a gravidade da situação das contas públicas há algumas semanas, como aliás o afirmou o governador do Banco de Portugal no Luxemburgo (ver pág. 6).

O novo adiamento do relatório, que o Banco de Portugal está a preparar a pedido do Governo, está relacionado com a necessidade de elaborar o documento. O banco central não pretende apresentar apenas um número, mas sim explicar como é que se passa do valor apresentado no Orçamento do Estado para 2005 para um défice que pode chegar aos 7%.

O governador do Banco de Portugal estará aliás hoje, ao fim da tarde, com o Presidente da República para falar sobre a situação orçamental. O Executivo só avançará para a divulgação do pacote de medidas para corrigir a situação até 2008, após a divulgação do documento do Banco de Portugal. No fim do mês de Maio, e conforme se comprometeu, terá de entregar em Bruxelas o Programa de Estabilidade e Crescimento com todas as medidas que pretende adoptar.

A história orçamental portuguesa leva igualmente a admitir que o comissário Joaquin Almunia daria pouca credibilidade a um programa de ajustamento orçamental baseado apenas em medidas estruturais do lado da despesa, já que essa foi a orientação dada praticamente desde 2000, sem qualquer sucesso. A Comissão tem aliás salientado que uma das únicas medidas concretas com efeitos imediatos e visíveis nas contas públicas portuguesas foi o aumento do IVA em 2002 para 19%.

Do que já se conhece da dimensão do défice parece inevitável, a par de medidas do lado da despesa que só têm efeitos a mais médio prazo, avançar com aumento de impostos e a aplicação de portagens em algumas estradas Sem Custos para o Utilizador (Scuts), as poucas actuações com resultados no curto prazo. Neste domínio da tributação, pode estar em cima da mesa a subida do IVA e do imposto sobre combustíveis.

O ministro de Estado e das Finanças, Luís Campos e Cunha, nas duas intervenções públicas que fez desde que o Governo tomou posse, nomeadamente no debate do programa do Governo e a semana passada na conferência da revista Exame, tem apontado para a actuação em três áreas: despesas com pessoal, transferências e receita fiscal. Neste último domínio, disse, na semana passada, que “não é realista pensar que se pode reduzir o défice sem um significativo aumento da receita fiscal”. Não é de esperar que se obtenham as receitas necessárias, a curto prazo, apenas através do combate à fraude e evasões fiscais, não se podendo contar também com a subida dessa receita por via do crescimento da economia.

Do lado da despesa, o sucesso de qualquer consolidação orçamental impõe que se actue ao nível das despesas com pessoal, que representam 15% do PIB, e das transferências, que têm vindo subir, correspondendo a cerca de 22% do produto. Nas transferências assumem especial peso os gastos com o subsídio de desemprego, as reformas e o serviço nacional de saúde.

A dimensão do problema das contas públicas e a necessidade de apresentar resultados imediatos que convençam Bruxelas e os mercados de que desta vez é que se vai reduzir o défice impõem a apresentação de um pacote integrado de medidas, com algumas a garantirem efeitos já este ano. Como consequência, parece inevitável a subida de impostos e inviável um “aligeiramento” dessas medidas, conforme se afirma no jornal Expresso. O ministro das Finanças, pelo que tem afirmado publicamente, tem aliás revelado que não é possível reduzir o défice sem um conjunto de medidas que passem também pela receita fiscal.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:03

No Financial Times
Os dólares americanos

FT


A perspectiva de uma reavaliação do iuan é, neste momento, o centro das atenções no mercado de divisas.

Mas, na passada quinta-feira, e apesar desta evidência, o dólar voltou a ganhar terreno ao euro, registando o valor mais alto do ano.

A diminuição do défice comercial norte-americano, verificada no mês de Março, desviou as atenções das preocupações estruturais para os diferenciais de crescimento. Assim, os valores cresceram devido a um grande aumento nas exportações no sector da aviação, enquanto que as importações podem ter sofrido uma queda, devido ao tardio feriado do ano novo chinês. Mas, mesmo que estes valores não sejam sinónimo do início de uma tendência mais favorável, é provável que o PIB norte-americano para o primeiro trimestre seja revisto em alta. Além disso, os receios de um ‘soft patch’ foram acalmados pelos altos valores do comércio de venda a retalho, registados no passado dia 12.

Entretanto, apesar do acentuado aumento do PIB alemão verificado no segundo trimestre, as autoridades consideram que o crescimento na zona euro, registado no primeiro trimestre, foi revisto em baixa. No entanto, há outras razões que, por agora, fazem acalmar os ânimos dos especuladores do dólar. Se, no final de Maio, os franceses votarem contra a Constituição Europeia, é possível que a pressão sobre o euro aumente. Por outro lado, há quem afirme que, se o iuan for reavaliado, é provável que os investidores comprem as moedas asiáticas - na esperança de uma nova valorização -, procedendo à venda do euro, que suportou o choque da queda do dólar.

É provável que o dólar se mantenha em alta no curto prazo, devido à sua vantajosa rentabilidade. Mas, se por um lado o ‘gap’ diminuiu em Março, por outro, o défice comercial dos EUA continua a exceder os 50 mil milhões de dólares desde Abril de 2004. Assim, é provável que as preocupações estruturais regressem, influenciando a moeda americana
 
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por marafado » 16/5/2005 7:02

Cambial
Dólar repete máximo de seis meses face ao euro e condiciona todos os mercados financeiros mundiais

Pedro Ferreira Esteves


A subida do valor do dólar está a influenciar a generalidade dos mercados financeiros.

A moeda norte-americana continua a beneficiar dos sinais positivos sobre a recuperação económica nos EUA e, na sexta-feira, conduziu o euro para o seu valor mais baixo desde o final de Outubro nos 1,2616 dólares. Refira-se que, de acordo com os analistas contactados pelo Diário Económico, o euro poderá mesmo baixar até aos 1,25 dólares nas próximas duas semanas, desde que a economia norte-americana continue a mostrar alguma vitalidade ou no caso do resultado do referendo em França sobre a Constituição europeia for negativo, pondo em causa o futuro próximo da zona euro.

Este movimento de queda do dólar levou o ouro a atingir o seu valor mais baixo dos últimos três meses. A onça do metal precioso baixou para os 420,75 dólares, o mínimo desde meados de Fevereiro. Esta tendência de desvalorização alastrou-se a todos os metais, com destaque para o alumínio e a platina.

No mercado petrolífero, o preço do barril também desceu, tendo o crude em Nova Iorque testado mesmo o seu valor mais baixo dos últimos três meses, abaixo dos 48 dólares por barril. Para além da subida do dólar, o petróleo está a descer na sequência da menor acção dos fundos especulativos depois de ter sido conhecida a recuperação dos ‘stocks’ de petróleo nos EUA.

Finalmente, o mercado de dívida da zona euro também reagiu, ainda que de forma indirecta, à recuperação da economia norte-americana e correspondente valorização do dólar. As ‘yields’ (taxas de rendimento até à maturidade) das obrigações de dívida europeia a dez anos (’Bunds’) caíram para um mínimo histórico nos 3,29%, recuperando posteriormente para os 3,3%.

Euro a derrapar
A moeda única já perdeu mais de 6% desde o início do ano.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:01

Comentário de bolsa
Bolsas preparam-se para período de volatilidade

Pedro Ferreira Esteves


Praças europeias fecharam com tendências opostas. Tecnológicas subiram nos EUA.

Os números mais sólidos que o esperado sobre a evolução da economia norte-americana dominaram a evolução das principais bolsas mundiais durante a semana passada. Por outro lado, as tendências que mais condicionaram as opções dos investidores nos últimos meses parecem estar a dar sinais de algum esgotamento, no curto prazo: o dólar recuperou alguma força e o petróleo voltou a corrigir significativamente.

Neste contexto, a sessão de sexta-feira foi marcada por alterações pouco significativas nos principais índices europeus, devido ao comportamento oposto de dois sectores: a queda do preço das matérias-primas penalizou as empresas do sector, cujas desvalorizações foram contrabalançadas por uma subida dos valores do sector automóvel, em especial as exportadoras, na sequência de uma descida adicional do euro.

Em Lisboa, o índice PSI 20 fechou sem alterações em relação à véspera, com as subidas da PT e EDP a compensarem as perdas do BCP e Sonae SGPS. O volume de negócios foi fraco, com apenas 26,4 milhões de papéis transaccionados. A Reditus, Gescartão e Impresa foram as principais valorizações, com ganhos acima de 1%, mas a liquidez foi fraca.

Nos EUA assistiram-se às variações mais vincadas, especialmente no sector tecnológico. As previsões animadoras da gigante Dell Computers justificaram mesmo uma subida acima de 1% do índice tecnológico norte-americano.

Os analistas consideram que as próximas semanas deverão ser marcadas pela volatilidade, dada a prevísivel incerteza que irá dominar as decisões de investimento. Os dados nos EUA “vão no sentido de um crescimento económico sólido, o que deverá permitir às acções ganharem terreno”, explicaram os analistas do BNP Paribas, citados pela AFP. No entanto, a consequente aceleração do ritmo da subida das taxas de juro nos EUA teria um efeito negativo para as bolsas de Wall Street, ao mesmo tempo que aumentaria o fosso face às taxas de juro na zona euro, com consequências negativas para as empresas europeias e para os mercados financeiros, de forma generalizada.

Sector automóvel em plena recuperação
O Stoxx Auto foi o índice sectorial que mais subiu com a queda do euro
 
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por marafado » 16/5/2005 7:00

Mercados
‘Full Risk’ oferece à LP Brothers liderança no capital de risco em 2004

Diogo Nunes


A empresa espanhola investiu mais de 45 milhões de euros no decorrer do ano passado em projectos portugueses.

A LP Brothers, um grupo internacional independente de capital de risco de direito espanhol, destacou-se no ano passado ao assumir a liderança ao nível dos montantes envolvidos nos investimentos de capital de risco em Portugal, com mais de 45 milhões de euros aplicados em projectos no território nacional.

Pedro Xavier Pereira, ‘managing partner’ da LP Brothers, explicou ao Diário Económico que a empresa opera sob um conceito de ‘full risk’ e que foi esta aposta que “conduziu a LP Brothers à liderança” em Portugal.

A definição de investimento ‘full risk’ significa a colocação de dinheiro numa operação em que o único garante do investidor é a presença no conselho de administração da empresa, que permite o acompanhamento da estratégia financeira. O responsável considerou também que o mercado nacional de capital de risco ainda está em desenvolvimento e sublinhou que o “excesso de burocracia condiciona os valores envolvidos na actividade”. “Há muita teoria e pouca operacionalidade”, reforçou Pedro Xavier Pereira, acrescentando que a LP Brothers tem “uma cultura ibérica” e que “o capital não tem bandeira”.

O ‘managing partner’ frisou que as sociedades de capital de risco portuguesas, enquadradas no universo da banca, “participam sobretudo na recuperação do crédito mal-parado e solicitam garantias reais”. Assim, Pedro Xavier Pereira classificou este tipo de investimento de “financiamento e não capital de risco”.

O responsável do grupo espanhol definiu o forte investimento no mercado luso como “uma extensão da nossa operação em Espanha, onde temos uma dimensão de ‘players’ regionais”, principalmente na Extremadura. Portugal serve ainda de “plataforma para o mercado brasileiro e para o continente africano, nomeadamente para os PALOP’s”, concluiu Pedro Xavier Pereira.

Forte actividade no primeiro trimestre do ano
A LP Brothers, depois do forte investimento do ano passado, prepara-se para reforçar o seu apoio aos projectos nacionais em 2005. Pedro Xavier Pereira anunciou ao DE que, entre Janeiro e Março, “já estamos a desenvolver contratos de investimento a seis operações que envolvem empresas portuguesas”. O responsável avançou alguns detalhes sobre o principal negócio em desenvolvimento durante os primeiros três meses do ano: “fechámos uma grande operação com uma empresa centenária da área dos vinhos, a Abel Pereira da Fonseca, onde vamos liderar a reestruturação financeira”. Pedro Xavier Pereira revelou ainda a “entrada de capital numa rede de televisão no Brasil”, o lançamento de um fundo de ‘trade finance’ destinado à actividade portuguesa de importação/exportação e a estreia prevista para o 2º semestre de dois novos projectos: o fundo “Capital Semente” e o fundo “Agro-Industrial”.
 
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por marafado » 16/5/2005 7:00

Mercado de capitais
Primeira sessão do caso ITI durou meia hora

Pedro Ferreira Esteves com Lusa


A primeira sessão do julgamento por alegada manipulação de mercado com acções da ITI-Investimentos Turísticos da Madeira, que se realizou na sexta-feira, durou apenas 30 minutos, uma vez que os dois arguidos, os irmãos José e Luís Zagallo, optaram por não prestar quaisquer declarações.

Este caso remonta aos anos entre 1994 e 1997, quando, segundo a acusação, os irmãos Zagallo compraram e venderam acções da ITI em “circuito fechado” com vista a uma valorização fictícia das mesmas. As operações foram realizadas com valores entre 4,14 e 9,57 euros, cada acção, durante os três anos. O objectivo, de acordo com o Ministério Público seria vender as acções com uma mais-valia. Em Novembro de 2001, o grupo Pestana lançou uma Oferta Pública de Aquisição sobre a ITI a 10,63 euros.

Segundo a defesa de José e Luís Zagallo, citada pela Lusa, a estratégia dos arguidos, que se traduziu no controlo de quase 15% da empresa, passava unicamente por “intervir na vida societária da ITI, não visando mais-valias”. A próxima sessão terá lugar na sexta-feira.

Este é o segundo caso do género, depois de Jorge Oliveira, ex-corretor da LJ Carregosa, ter sido condenado a três anos de prisão, com quatro de pena suspensa.
 
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por marafado » 16/5/2005 6:59

Euronext Lisbon
Amorim recebe mais que Botín em Espanha

Maria João Gago


O investimento de Américo Amorim no espanhol Banco Popular rende-lhe, este ano, mais dividendos do que aqueles que o presidente do Santander, Emilio Botín, recebe com a sua participação no maior grupo financeiro de Espanha.

De acordo com o ‘ranking’ de dividendos arrecadados pelas grandes fortunas que investem na Bolsa de Madrid, elaborada pelo Invertia.com, Amorim recebe 22,91 milhões de euros, o que o coloca no oitavo lugar do ‘top’. O líder do Santander surge apenas na 11ª posição, com 18,47 milhões referentes à sua participação nos lucros do banco.

Amancio Ortega, fundador da Inditex, é o investidor que recolhe mais dividendos. O líder do grupo que detém a rede de lojas Zara encaixa um total de 134,7 milhões. A maior fatia resulta da sua posição na Inditex (95%), a que acrescem pequenos contributos dos seus investimentos na NH Hoteles e na Aguas de Barcelona. Se se adicionar o valor pago à sua mulher, que detém 7% da Inditex, a família do homem que segundo a revista Forbes é o mais rico de Espanha totaliza quase 150 milhões de euros em dividendos.

Os segundo e terceiro lugares do ‘ranking’ são ocupados pelas famílias Entrecanales e del Pino. Os accionistas de referência da construtora Acciona auferem 52,4 milhões de euros, enquanto os investidores da Ferrovial arrecadam 51,6 milhões.

Além de Américo Amorim, há um outro investidor estrangeiro no ‘top ten’ dos dividendos pagos por empresas espanholas. Trata-se do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, cuja participação na estação de televisão Telecinco lhe rende 44,88 milhões de euros. O governante-empresário surge assim no 4º lugar dos accionistas que encaixam mais dividendos.

No conjunto, os 30 investidores mais ricos da Bolsa de Madrid recebem este ano 622,1 milhões de euros referentes à sua participação nos lucros que as cotadas espanholas distribuem pelos accionistas. Esta soma corresponde a 5,5% do total de dividendos, que ascende a 11,48 mil milhões de euros.
 
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por marafado » 16/5/2005 6:58

Euronext Lisbon
Telefónica lidera ‘top’ de accionistas estrangeiros

Maria João Gago


A Telefónica é o investidor estrangeiro que recebe mais dividendos das empresas que integram o principal índice da Euronext Lisboa.

O grupo de telecomunicações espanhol, liderado por Cesar Alierta, encaixa 39,58 milhões de euros, em resultado da sua participação de cerca de 10% na Portugal Telecom. Aquele valor corresponde a quase 13% do total de dividendos pagos pelas cotadas do PSI 20 a investidores estrangeiros cujas participações accionistas são públicas. Em termos agregados, estes accionistas arrecadam 313 milhões de euros.

Os segundo e terceiro lugares do ‘ranking’ dos estrangeiros que mais dividendos encaixam na bolsa nacional são também accionistas da PT. A Brandes Investments Partners arrecada 29,25 milhões de euros, enquanto a Capital Group Companies recebe 22,12 milhões do grupo de telecomunicações. Aliás, a PT é a empresa do PSI 20 que maior volume de lucros entrega a investidores não residentes. No total, a empresa de Miguel Horta e Costa paga a estrangeiros com participações conhecidas um total de 104 milhões de euros.

Entre as cotadas portuguesas que mais dividendos entregam a investidores não residentes, a maior fatia do bolo destina-se sempre a entidades que operam no mesmo sector de actividade do que a empresa participada, tal como acontece com a PT e a Telefónica. Dos quase 45 milhões de euros que o BCP distribui a estrangeiros, 15,7 milhões destinam-se ao Banca Intesa. Por seu turno, o Grupo Banco Itaú arrecada 12,2 milhões do total de 39,27 milhões pago pelo Banco BPI a investidores internacionais. O maior investidor estrangeiro da EDP é a Iberdrola, que arrecada 19,26 milhões, o da Cimpor é a Lafarge, com 15,24 milhões e o da Brisa é a Abertis, com 16,2 milhões.
 
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Universo Espírito Santo recebe 103 milhões em dividendos

por marafado » 16/5/2005 6:57

Universo Espírito Santo recebe 103 milhões em dividendos

Maria João Gago


Empresas do PSI 20 pagam um total de 883 milhões de euros aos accionistas cujas participações são públicas.

O universo de empresas controladas pelo Espírito Santo Financial Group (ESFG) arrecada 102,88 milhões de euros em dividendos pagos este ano por companhias que integram o principal índice da Euronext Lisboa. Indirectamente, o ESFG é o investidor privado que mais ganha com a sua participação nos lucros apurados em 2004 pelas cotadas do PSI 20.

A maior fatia de dividendos atribuídos ao universo Espírito Santo é pago pelo Banco Espírito Santo (BES). A posição de 42% que a ‘holding’ Bespar detém no banco de Ricardo Salgado assegura um total de 48,6 milhões de euros. O próprio BES encaixa 46,5 milhões com as suas participações accionistas na Portugal Telecom, PT Multimédia, Banco BPI e Semapa. E a seguradora Tranquilidade Vida garante os restantes 7,75 milhões de euros com os seus investimentos no BES e na ‘holding’ de Pedro Queiroz Pereira.

O Estado e o banco público Caixa Geral de Depósitos surgem nos segundo e terceiro lugares do ‘ranking’ dos investidores portugueses com mais ganhos com a participação nos lucros das empresas em análise. Cada um encaixa cerca de 60 milhões de euros, pelo que se se optar por somar os dividendos arrecadados por ambos, o resultado supera a soma atribuída ao ESFG.

Considerando apenas os investidores de capital privado, o Grupo José de Mello e a PT são os accionistas que mais se aproximam do universo Espírito Santo. Ainda assim, cada uma destas instituições capta apenas cerca de metade dos dividendos recebidos pelo líder da tabela.

Famílias tradicionais dominam ‘top ten’
Através do ‘ranking’ dos dividendos é evidente o peso que as famílias tradicionais ainda têm na bolsa portuguesa. Além dos Espírito Santo e dos Mello, integram ainda o ‘top ten’ as famílias Teixeira Duarte, Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo.

Os accionistas de referência da construtora arrecadam quase 46 milhões de euros, graças aos investimentos que fizeram no Banco Comercial Português (oito milhões em dividendos), mas sobretudo na Cimpor (37,74 milhões). Nos restantes dois casos são apenas as empresas a que estão tradicionalmente ligadas, Jerónimo Martins e Sonae, que permitem às famílias Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo encaixar, respectivamente, 26,13 e 21,9 milhões de euros.

Em termos sectoriais, a banca domina. Os quatro maiores bancos nacionais – o Totta foi incluído no ‘ranking’ dos investidores estrangeiros – garantem 178,35 milhões de euros. Os dividendos arrecadados pela CGD, BCP, BES e Banco BPI correspondem a 20% do valor total pago pelas empresas do PSI 20 aos investidores cujas participações são públicas.

O peso da banca resulta do facto de os quatro grupos financeiros serem accionistas das cotadas que, em termos absolutos, mais lucros distribuem. A PT, participada pelo BES, CGD e BPI, paga 197,3 milhões a investidores de referência. A EDP (BCP e CGD) paga 147,6 milhões, a Cimpor (BCP) 97,8 milhões, a Brisa (BCP) 93,7 milhões e o BCP (BPI e CGD) 91,6 milhões.

Estado encaixa quase 7% do total com EDP e PT
O Estado, através da Parpública e de um instituto financeiro público, encaixa cerca de 60 milhões de euros em dividendos, apesar de, no universo em amostra, ter apenas participações na EDP e na Portugal Telecom. No total, os cofres públicos recebem quase 7% do total pago pelas cotadas que integram o PSI 20 aos investidores cujas participações accionistas são públicas.

A maior parte dos dividendos arrecadados pelo Estado resultam da participação de 15,59% detida na EDP e que, este ano, rende 52,68 milhões em dividendos. O restante valor é gerado pela PT, através das 500 acções correspondentes à ‘golden-share’ e da posição de 1,82% detida por um instituto financeiro público.

No ano passado, o erário público tinha arrecadado 84 milhões de euros em dividendos pagos por empresas do PSI 20. Isto porque a Portucel ainda integrava o índice e a posição na EDP era de 26%.
 
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