Caldeirão da Bolsa

Portugal vai crescer mais que zona euro

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 14/4/2005 1:22

Indicador Macroeconómicos
Taxas de juro na Zona Euro continuam a descer

As taxas de juro propostas na Zona Euro para a compra de habitação continuam a descer, segundo os dados hoje publicados pelo Banco Central Europeu (BCE), preocupado com o risco de "bolha" imobiliária.





As taxas para empréstimos imobiliários, com uma duração inicial de 5 a 10 anos, recuaram em Fevereiro, para 4,39 por cento em média, contra 4,43 por cento no mês anterior, 4,49 por cento em Dezembro e uma média de 4,74 por cento no segundo semestre de 2004. Estas estatísticas deverão agravar os receios do BCE de formação de bolhas imobiliárias em vários países da Zona Euro, fonte de tensões inflacionistas, que corre o risco de rebentamento quando as taxas de juro voltarem a subir.
 
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por marafado » 14/4/2005 1:20

2005-04-13 17:22
Analise Fundamental
Teixeira Duarte precisa de construção

À primeira vista, o ano de 2004 foi «fantástico» para a Teixeira Duarte. A construtora registou lucros de 29,9 milhões de euros, quase o triplo do valor registado no ano anterior. No entanto, o presidente Pedro Teixeira Duarte não tem razões para sorrir. A crise no sector da construção está a fazer-se sentir e ameaça a rendibilidade da empresa. Será este o melhor momento para investir nas acções da empresa?





A Teixeira Duarte tem como principal actividade - o chamado «core bussines» - a construção civil e obras públicas, mas também actua nos negócios do imobiliário, hotelaria e comércio alimentar, e efectua a comercialização de combustíveis e viaturas. Para ajudar na prossecução da sua actividade, a empresa estabelecei vários consórcios, que englobam empresas como a OPCA e a Mota-Engil. O grupo detém também diversas participações financeiras em empresas portuguesas, nomeadamente cerca de 3,2% do BCP, 5 a 10% da Soares da Costa e 32% da Cimpor. A sua presença geográfica vai de Portugal a Macau, passando por Angola e Moçambique.

Em 2004, o grupo apurou um resultado líquido de 29,9 milhões de euros, mais 174% do que no ano anterior. No entanto, esta performance ao nível dos lucros - o «bottom line» - contrasta com o desempenho em termos operacionais. O volume de negócios recuou 13,9% para 706,5 milhões de euros, enquanto os custos das operações apenas recuaram 10,2% para 637,2 milhões de euros. Como saldo destas duas componentes, o EBITDA diminuiu 37,4% para 69,3 milhões de euros. Os principais responsáveis pela performance negativa foram os negócios da construção civil e das obras públicas (cujas receitas recuaram 71,8 milhões de euros para 168,6 milhões de euros) e o imobiliário (onde as vendas desceram 62,3%, de 110,8 para 42,9 milhões de euros). Mas os trabalhos para a própria empresa também tiveram um papel importante, já que passaram de um contributo positivo de 68,6 milhões de euros para um peso negativo de 12,7 milhões de euros.

Então como conseguiu a Teixeira Duarte aumentar tão significativamente os lucros? A resposta é fácil: principalmente através dos itens não-recorrentes. Em 2003, a construtora efectuou uma provisão 25,8 milhões de euros para fazer face às menos-valias acumuladas nas acções do BCP. Agora, um ano depois, a administração liderada por Pedro Teixeira Duarte optou por reduzir essa provisão em 12,6 milhões de euros, devido à valorização de 6,8% verificada pelo BCP em 2004. Mas se as provisões tomaram um lugar de destaque, a subida dos resultados extraordinários em 15,6 milhões de euros e o crédito fiscal de 1,3 milhões de euros deram uma ajuda. E a redução de 53,4% das perdas financeiras, o único aspecto positivo encontrado por Sónia Baldeira, analista da Caixa - Banco de Investimento, nas contas de 2004.

Para agudizar a pressão sobre os títulos da Teixeira Duarte, o futuro afigura-se muito nublado. Na bolsa, depois de ter abandonado o PSI-20 no início do ano, a construtora portuguesa foi excluída no início do mês do índice Next 150 perdendo visibilidade junto dos investidores. Ao nível financeiro, o exercício de 2004 ficou marcado por um aumento da dívida em 6,5%, fruto do reforço da posição no BCP e do investimento no sector imobiliário, este último ainda sem retorno aparente. Em termos operacionais, a carteira de encomendas do grupo totalizava apenas 790 milhões de euros no final de 2004, dos quais somente 200 milhões para executar em 2005. Desde essa data, apenas é conhecido a celebração de um contrato de 30 milhões de euros em Espanha, pelo que o grupo necessita de fazer um esforço intenso na captação de novos projectos. Pior, os analistas estimam que a Teixeira Duarte vai ser a empresa mais prejudicada pelo fraco crescimento do sector da construção em Portugal no ano de 2005.

Mas enquanto se aguarda pela divulgação da estratégia da empresa para os prócimso anos, o mundo das participações financeiras em torno da Teixeira Duarte está em ebulição. Por um lado, a empresa está alegadamente a vender a sua participação na Soares da Costa. Por outro, reforçou a sua participação na Cimpor. Esta situação está a originar muita especulação no mercado, sendo Joe Berardo o centro das atenções. O empresário afirmou recentemente que «em breve» ocorrerá uma fusão entre a Teixeira Duarte e a Cimpor ou o lançamento de uma OPA pela construtora sobre a cimenteira. E coerente com a sua previsão está no mercado a comprar acções da Teixeira Duarte.

Caso seja um especulador, pode optar por seguir a mesma política de Joe Berardo. Mas se privilegia o investimento com base nos fundamentais, resta-lhe esperar por melhores dias para investir na Teixeira Duarte.
 
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por marafado » 14/4/2005 1:18

Gartmore reduz posição na Brisa após venda de 8,65 milhões de acções
A Gartmore, uma gestora de activos de Londres, reduziu a posição no capital da Brisa para 0,68%, depois de ter alienado na sessão de ontem um total de 8,65 milhões de acções.

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A Gartmore, uma gestora de activos de Londres, reduziu a posição no capital da Brisa para 0,68%, depois de ter alienado na sessão de ontem um total de 8,65 milhões de acções.

Num comunicado a Brisa diz ter recebido informação da Gartmore de que já não tem uma participação qualificada no capital da concessionária de auto-estradas, «em resultado de uma operação envolvendo 8.650.000 acções, realizada no mercado no dia 12 de Abril».

Após esta operação a gestora passou a deter 4.118.595 acções da Brisa, que correspondem a 0,68% do capital da empresa e a 0,69% dos direitos de voto.

A Gartmore Investment Group tinha informado a Brisa, a 31 de Março deste ano, que tinha passado a deter 2,13% do seu capital ou 12,8 milhões de acções e que os títulos adquiridos têm «apenas» fins de investimento dos clientes e dos fundos em causa.
 
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por marafado » 14/4/2005 1:17

Nasdaq cai mais de 1% e atinge mínimo de 2005
As bolsas americanas fecharam a descer, pressionadas pelas empresas do sector automóvel e pelas produtoras de chips. O Nasdaq caiu 1,55%, para um mínimo anual, e o Dow Jones desceu 0,99%, com os índices a serem penalizados também pelo facto de as vendas a retalho terem crescido menos que o esperado.

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As bolsas americanas fecharam a descer, pressionadas pelas empresas do sector automóvel e pelas produtoras de chips. O Nasdaq caiu 1,55%, para um mínimo anual, e o Dow Jones desceu 0,99%, com os índices a serem penalizados também pelo facto de as vendas a retalho terem crescido menos que o esperado.

O Dow Jones terminou nos 10.403,93 pontos e o Nasdaq fechou a valer 1.974,37 pontos.

As bolsas norte-americanas desceram depois do Governo dos EUA ter divulgado que as vendas a retalho no país cresceram menos do que o esperado em Março.

As vendas a retalho aumentaram 0,3% em Março, menos do que o ganho de 0,8% esperado pelos economistas consultados pela Bloomberg. Este dado avivou os receios de que a economia americana esteja a abrandar.

O Dow Jones foi pressionado por empresas como a General Motors, que caiu 2,24%, e pela Intel, que derrapou 1,72%.

Estas duas companhias foram penalizadas pelos resultados negativos apresentados pela Harley-Davidson, maior produtora de motos do mundo, bem como pela holandesa ASML, que produz equipamento para produzir «chips».

A pressionar o Nasdaq esteve ainda a Apple, que caiu 3,8%. A empresa que produz o iPod, apresenta hoje os seus resultados trimestrais.
 
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por marafado » 14/4/2005 1:16

BES aumenta posição na Novabase para 11,74%
A Novabase anunciou que o Banco Espírito Santo aumentou a posição na empresa para 11,74%, após fundos geridos pelo banco terem adquirido acções da tecnológica em bolsa.

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A Novabase anunciou que o Banco Espírito Santo aumentou a posição na empresa para 11,74%, após fundos geridos pelo banco terem adquirido acções da tecnológica em bolsa.

A 11 de Abril a ESAF, gestora de fundos do BES, adquiriu para o ES Poupança Acções 74 mil acções, e 83 mil títulos para a ES Portugal Acções.

Após estas operações, passaram a ser imputados ao BES 3.329.364 acções da Novabase, a que correspondem 11,74% do capital da empresa tecnológica liderada por Rogério Carapuça.
 
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por marafado » 14/4/2005 1:16

comentário cambial
Retalho penaliza dólar



O euro subiu ontem para 1,2916 dólares, com a moeda norte-americana a ser penalizada por um aumento de apenas 0,3% nas vendas a retalho nos Estados Unidos, em Março, bem abaixo dos 0,8% previstos pelo mercado. "Os números reacenderam as preocupações com a saúde da recuperação da economia norte-americana, já a braços com graves problemas estruturais - enormes défices orçamental e comercial", explicam os economistas. A convicção de que a Reserva Federal dos EUA (Fed) não irá acelerar o ritmo de subida das taxas de juro também retirou algum fôlego ao dólar. Apesar de tudo, o euro não conseguiu ultrapassar a barreira de 1,30 dólares, uma vez que os investidores optaram por realizar mais-valias, depois do Fundo Monetário Internacional (FMI), como se esperava, ter revisto em baixa as previsões de crescimento da economia da zona euro. As atenções do mercado vão agora centrar-se nos dados sobre as entradas de capitais estrangeiros nos Estados Unidos, a divulgar amanhã.
 
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por marafado » 14/4/2005 1:15

bolsa de valores
comentário
Melhor dia do ano em Lisboa


márcio alves candoso

A Euronext Lisboa viveu ontem o seu melhor dia desde meados do ano passado. O índice PSI-20 avançou 1,17%, a maior subida da Europa e o ganho percentualmente mais elevado desde 7 de Junho de 2004. Também a liquidez foi a mais acentuada do ano corrente. A quebra do preço do petróleo e o afastamento do receio da subida das taxas de juro nos EUA, a par das recuperações de cotação em várias empresas, justificam os ganhos registados no Velho Continente. Em Lisboa, a PT subiu 2,33%, encerrando nos 9,23 euros, tendo negociado a um máximo de 9,25. Depois de algumas sessões em baixa, o road show da empresa parece estar a surtir efeitos. A Cofina também esteve em alta, beneficiando de uma recomendação de compra do BPI, com o preço-alvo a 4,45 euros, o que compara com a cotação de fecho de ontem nos 3,39 euros. A EDP ganhou 1,38%, e o BPI marcou o máximo de 12 meses. A Sonae bateu um recorde de quatro anos, com a notícia de que é a principal escolha nacional do melhor gestor de fundos europeu. A Brisa foi o único título que quebrou, dado tratar-se de um papel de refúgio. Antes do fecho, o Dow Jones caía 0,66%, com as vendas no retalho em Março a saírem abaixo do previsto
 
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por marafado » 14/4/2005 1:14

"BCE não deve excluir corte nas taxas de juro"



As taxas de juro na zona euro estão no nível mais baixo dos últimos 60 anos (2%), mas o Fundo Monetário Internacional considera que o Banco Central Europeu (BCE) terá espaço para descer o preço do dinheiro caso o crescimento económico fique abaixo das estimativas.

Nas previsões de Primavera, ontem divulgadas, o FMI baixou as suas previsões de crescimento para a zona euro este ano, antecipando um crescimento do PIB de 1,2%, contra os 2,2% previstos.

O Fundo diz que os riscos deste cenário são para novas revisões em baixa do crescimento, pelo que considera que "mais um corte nas taxas de juro [da zona euro] não pode ser excluído, se o fraco crescimento económico e uma nova subida no euro resultarem numa inflação abaixo do esperado".

Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, tem vindo a afirmar que não equaciona uma descida nas taxas de juro e que está vigilante quanto aos efeitos da escalada do petróleo na inflação.

Alguns economistas, contudo, estimam, com base nas preocupações do BCE com a estabilidade dos preços, que este venha a subir as taxas no último trimestre.

Já a OCDE diz que o BCE não vai mexer na principal taxa de referência da zona euro até ao final do ano, devido ao abrandamento da actividade económica. Segundo um relatório da Organização, o BCE terá de agravar os juros para 3%, mas só no fim de 2006.
 
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Portugal vai crescer mais que zona euro

por marafado » 14/4/2005 1:13

Portugal vai crescer mais que zona euro


Rudolfo rebêlo

A economia portuguesa deverá crescer 1,8% em 2005, menos 0,9 pontos percentuais que o previsto no Outono do ano passado, de acordo com as estimativas económicas ontem divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Ainda assim, Portugal cresce acima da zona euro, interrompendo um ciclo de cinco anos de divergência em relação ao nível de vida dos europeus, uma vez que os Doze deverão crescer apenas 1,6%. Estes números do FMI são, curiosamente, mais optimistas que as projecções da Comissão Europeia (1,1%) e do próprio Banco de Portugal (1,4%).

Não é a primeira vez que o Fundo "adivinha" um incremento de velocidade na economia portuguesa em relação ao conjunto dos Doze. Em Outubro de 2004, os técnicos de Washington estimavam um acréscimo de 2,7% no PIB português para 2005, enquanto para a zona euro a projecção do FMI indicava uma expansão de 2,2%.

Mas, de então para cá, a economia mundial mudou. Alta do preço do barril de petróleo, valorização do euro face ao dólar - dificultando as exportações europeias - e uma anemia generalizada na procura interna da zona euro, levaram o FMI a rever em baixa generalizada as previsões económicas. Agora, é assim a zona euro cresce 1,6%, menos 0,6 pontos do que a estimada em Setembro último.

O vigor da retoma na Europa está em causa, diz o FMI, devido ao comportamento frágil das três grandes economias da Europa Alemanha, França e Itália. Para a economia germânica, o FMI "cortou" um ponto percentual à previsão, estando agora estimado um crescimento de apenas 0,8% em 2005. Enquanto os peritos do Fundo subtraíram 0,3 pontos à economia francesa em relação à previsão de Setembro de 2004, o país de Berlusconi crescerá este ano apenas 1,2%, bem abaixo da anterior estimativa de 1,9%.

A razão porque o FMI reduz a estimativa de crescimento económico para Portugal, deve-se, em primeiro lugar, ao comportamento das economias dos principais parceiros comerciais. Por exemplo, com a procura interna - consumo e investimento - mitigada na Alemanha, as exportações portuguesas deverão cair. Como barreiras ao desenvolvimento da economia, os analistas realçam a forte dependência de Portugal face ao exterior, o elevado endividamento das famílias - o consumo ainda assim explica o crescimento do PIB em 2005 -, a incompleta reestruturação das empresas nacionais e as dificuldades portuguesas na frente das Finanças Públicas. Tal como na Europa, a alta do euro frente ao dólar, bem como a escalada do preço do crude deverão prejudicar o desempenho da actividade económica em 2005.
 
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