Fundos recolhem mais-valias em PT, BCP e grupo Sonae
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Fundos recolhem mais-valias em PT, BCP e grupo Sonae
Fundos recolhem mais-valias em PT, BCP e grupo Sonae
Pedro Ferreira Esteves
Saída dos gestores das acções portuguesas em Fevereiro não deverá repetir-se durante Março.
O mês de Fevereiro ficou marcado, na indústria portuguesa de fundos mobiliários, pela queda do investimento nas acções portuguesas, em especial na PT, BCP e família Sonae. Esta saída resulta da procura de mais-valias pelos gestores, depois da bolsa portuguesa ter atingido o seu valor mais alto em mais de três anos. Após esta “rotação de carteiras”, poderá assistir-se em Março a um regresso às acções nacionais, estando as atenções viradas para as primeiras medidas do novo governo.
De acordo com os dados publicados ontem pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o investimento dos fundos mobiliários em acções portuguesas caiu 3,1% para 764 milhões de euros durante o último mês. Este comportamento acontece num período em que os volumes sob gestão no total do mercado de fundos portugueses cresceram 1,1% para os 24,022 mil milhões de euros. Os fundos especiais de investimento aumentaram, por seu turno, em 4,4% para 604,5 milhões.
As acções mais penalizadas foram as da PT e do BCP, que perderam 14% e 9,7%, respectivamente, do investimento que haviam conquistado em Janeiro. O banco segue como o segundo título mais escolhido pelos gestores com 70,9 milhões de euros, ao passo que a PT posiciona-se na quinta posição com 50,4 milhões.
O grupo Sonae e a Brisa também foram alvo deste movimento, tendo a Sonae SGPS recuado 7,1% para os 77,8 milhões de euros e a Sonaecom perdido 11,7% para os 32,6 milhões. A Brisa deslizou 0,3% para os 50,6 milhões.
Segundo os gestores portugueses contactados pelo DE, estes movimentos traduzem uma reacção à forte valorização da generalidade dos títulos portugueses até à primeira semana de Fevereiro, altura em que o PSI 20 testou um novo máximo desde Novembro de 2001. A incerteza ligada a um cenário de eleições e o facto da bolsa de Lisboa apresentar um desempenho superior às suas pares europeias, levou os fundos a recolherem parte das mais-valias geradas desde o início do ano.
Em Março, o sentimento ainda é de cautela mas, de acordo com um gestor que pediu para não ser identificado, “parte da rotação de carteiras está feita. Já regressámos a alguns títulos que vendemos em Fevereiro. Mas ainda não podemos falar de uma inversão da tendência”. As primeiras medidas do governo liderado por José Sócrates serão fundamentais para determinar o rumo geral do PSI 20 e o comportamento particular de alguns papéis, como a EDP e a Brisa.
Para Carlos Bastardo, gestor da Barclays Fundos, enquanto não se conhecer as prioridades políticas do novo governo “o mercado português irá andar ao sabor do contexto internacional”.
Refira-se que, em Fevereiro, tanto as acções internacionais como as obrigações aumentaram o seu peso nas carteiras dos fundos portugueses. Já a liquidez caiu 6,1% para os 2,845 mil milhões de euros.
Santander iguala CGD no segundo lugar
A sociedade gestora do grupo Santander atingiu, em Fevereiro, a segunda maior quota do mercado de fundos mobiliários, igualando desta forma a sua concorrente da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A percentagem do mercado destas duas sociedades é agora de 18,5%. A líder continua a ser a gestora do Millennium bcp Investimento, com uma quota de 20%.
Esta situação culmina um movimento de redução do peso das duas maiores instituições no mercado português de fundos de investimento mobiliário. Em Dezembro de 2002, o grupo BCP detinha uma quota de 28,5%, ao passo que a da CGD estava muito perto dos 20%.
Em Fevereiro, as perdas de quota estenderam-se à BPI Fundos, que baixou ligeiramente para os 17,9%. A ESAF, do grupo Espírito Santo, prossegue a sua trajectória de crescimento, tendo alcançado uma quota de 12,4%. No final de 2002, a sua fatia do mercado era de apenas 8,7%.
Refira-se que a concentração nestas cinco grandes sociedades gestoras diminuiu ligeiramente entre Dezembro de 2002 e o último mês, passando de 89% para 87,3%. A Barclays Fundos permanece como a sexta maior empresa do sector, com uma quota de 2,9%.
Pedro Ferreira Esteves
Saída dos gestores das acções portuguesas em Fevereiro não deverá repetir-se durante Março.
O mês de Fevereiro ficou marcado, na indústria portuguesa de fundos mobiliários, pela queda do investimento nas acções portuguesas, em especial na PT, BCP e família Sonae. Esta saída resulta da procura de mais-valias pelos gestores, depois da bolsa portuguesa ter atingido o seu valor mais alto em mais de três anos. Após esta “rotação de carteiras”, poderá assistir-se em Março a um regresso às acções nacionais, estando as atenções viradas para as primeiras medidas do novo governo.
De acordo com os dados publicados ontem pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o investimento dos fundos mobiliários em acções portuguesas caiu 3,1% para 764 milhões de euros durante o último mês. Este comportamento acontece num período em que os volumes sob gestão no total do mercado de fundos portugueses cresceram 1,1% para os 24,022 mil milhões de euros. Os fundos especiais de investimento aumentaram, por seu turno, em 4,4% para 604,5 milhões.
As acções mais penalizadas foram as da PT e do BCP, que perderam 14% e 9,7%, respectivamente, do investimento que haviam conquistado em Janeiro. O banco segue como o segundo título mais escolhido pelos gestores com 70,9 milhões de euros, ao passo que a PT posiciona-se na quinta posição com 50,4 milhões.
O grupo Sonae e a Brisa também foram alvo deste movimento, tendo a Sonae SGPS recuado 7,1% para os 77,8 milhões de euros e a Sonaecom perdido 11,7% para os 32,6 milhões. A Brisa deslizou 0,3% para os 50,6 milhões.
Segundo os gestores portugueses contactados pelo DE, estes movimentos traduzem uma reacção à forte valorização da generalidade dos títulos portugueses até à primeira semana de Fevereiro, altura em que o PSI 20 testou um novo máximo desde Novembro de 2001. A incerteza ligada a um cenário de eleições e o facto da bolsa de Lisboa apresentar um desempenho superior às suas pares europeias, levou os fundos a recolherem parte das mais-valias geradas desde o início do ano.
Em Março, o sentimento ainda é de cautela mas, de acordo com um gestor que pediu para não ser identificado, “parte da rotação de carteiras está feita. Já regressámos a alguns títulos que vendemos em Fevereiro. Mas ainda não podemos falar de uma inversão da tendência”. As primeiras medidas do governo liderado por José Sócrates serão fundamentais para determinar o rumo geral do PSI 20 e o comportamento particular de alguns papéis, como a EDP e a Brisa.
Para Carlos Bastardo, gestor da Barclays Fundos, enquanto não se conhecer as prioridades políticas do novo governo “o mercado português irá andar ao sabor do contexto internacional”.
Refira-se que, em Fevereiro, tanto as acções internacionais como as obrigações aumentaram o seu peso nas carteiras dos fundos portugueses. Já a liquidez caiu 6,1% para os 2,845 mil milhões de euros.
Santander iguala CGD no segundo lugar
A sociedade gestora do grupo Santander atingiu, em Fevereiro, a segunda maior quota do mercado de fundos mobiliários, igualando desta forma a sua concorrente da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A percentagem do mercado destas duas sociedades é agora de 18,5%. A líder continua a ser a gestora do Millennium bcp Investimento, com uma quota de 20%.
Esta situação culmina um movimento de redução do peso das duas maiores instituições no mercado português de fundos de investimento mobiliário. Em Dezembro de 2002, o grupo BCP detinha uma quota de 28,5%, ao passo que a da CGD estava muito perto dos 20%.
Em Fevereiro, as perdas de quota estenderam-se à BPI Fundos, que baixou ligeiramente para os 17,9%. A ESAF, do grupo Espírito Santo, prossegue a sua trajectória de crescimento, tendo alcançado uma quota de 12,4%. No final de 2002, a sua fatia do mercado era de apenas 8,7%.
Refira-se que a concentração nestas cinco grandes sociedades gestoras diminuiu ligeiramente entre Dezembro de 2002 e o último mês, passando de 89% para 87,3%. A Barclays Fundos permanece como a sexta maior empresa do sector, com uma quota de 2,9%.
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