Caldeirão da Bolsa

Semapa quer reforçar Portucel em Bolsa

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Semapa quer reforçar Portucel em Bolsa

por marafado » 8/3/2005 4:11

Semapa quer reforçar Portucel em Bolsa
Desblindagem de estatutos foi adiada para dar ao Governo a hipótese de votar


A Semapa fez um acordo parassocial com o Estado para aumentar a dispersão de capital da Portucel em Bolsa. Por isso, a empresa decidiu ontem retirar da mesa da assembleia geral de accionistas a proposta que previa a desblindagem dos estatutos - limite dos direitos de voto de privados a 25% do capital - para aguardar uma tomada de posição do novo Governo.

O acordo teve o entendimento das três entidades que representam o Estado (Portucel SGPS, Parpública e Comissão de Acompanhamento das Privatizações) . Segundo José Honório, admi- nistrador da Portucel, "entendeu-se por bem que o Governo que vai entrar em funções tivesse a possibilidade de votar consoante entender e decidir se quer ou não manter este acordo que foi agora conseguido".

Fonte do processo, citada pela Lusa, revelou, no entanto, que o acordo para dispersar mais capital foi uma contrapartida pedida pela Semapa para que não se avançasse com a desblindagem de estatutos. O acordo representa um esforço para se "promover uma maior liquidez do título em bolsa, que pode culminar numa maior oferta de títulos ao mercado", frisou o administrador da Portucel. Em relação à operação a escolher para esse efeito, José Honório avançou com a possibilidade de uma "Oferta Pública de Venda (OPV)" ou de outra operação, desde que conjugue a vontade dos dois accionistas.

Durante a assembleia geral optou-se pela retirada do ponto da desblindagem dos estatutos, a ser discutido numa nova reunião. Recorde-se que na convocatória para esta assembleia, a Semapa explicou que ao deter 67,1% do capital e estando três quartos da Portucel privatizados, nada justificava a limitação dos votos a 25%.

obrigações. A assembleia geral aprovou ainda dois empréstimos obrigacionistas um de 200 milhões, com maturidade a oito anos, e um segundo de 300 milhões, com vencimento a cinco anos. Os dois empréstimos destinam-se a refinanciar dívida de igual montante, cuja maturidade termina em 2007. A Semapa considerou que não fazia sentido uma política de financiamento a curto prazo, por se tratar de uma indústria e de um negócio do sector de capital intensivo.
 
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