Off Topic: Keynes por Odete Santos
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Re: Excelente tópico !
Surfer. Escreveu:1º o nosso pais não tem 12 milhões nem de habitantes quanto mais de consumidores, segundo dados estatisticos Portugal possui cerca de 40% da população activa com registo profissional.[quote/]
Meu caro Surfer, TODOS somos consumidores, desde o recém nascido, ao cidadão mais idoso. Um trabalhador ilegal é um consumidor, um desempregado é um consumidor, etc... Quanto à demografia, os portugueses são 15 milhões, dos quais +-4 milhões estão a viver no estrangeiro. Contabilizando os emigrantes legais e ilegais, a população, efectivamente residente em Portugal ronda os 12 milhões de pessoas.
Manifestando apreço pelo facto de você participar no esforço exportador de Portugal, não posso deixar de detalhar o meu pensamento, pois se vê nele apenas razões para crítica, pode muito bem ser que eu não me esteja a explicar bem![]()
Meu caro, não podemos medir o mundo só pela nossa bitola, pois ninguém, individualmente é o seu modelo. Não estamos a discutir se a empresa A ou B, individualmente é capaz de exportar, estamos a falar da capacidade exportadora global do país. Se continuamos a ter dificuldades crónicas em cobrir as importações com as exportações, apesar de tal ser um objectivo de governo, temos que, pelo menos, pôr a hipótese de o modelo estar errado. Isto apesar de haver sempre casos positivos a apontar, como parece ser aquele em que participa.
Também não devemos ser fanáticos ou extremistas. Não é racional uma visão do tipo "O mercado interno é tudo" ou "O mercado interno nada vale". Aqui do que se trata é de potênciar ao máximo o mercado interno e não equipará-lo ao alemão, o que óbviamente seria irrealista. Como o mercado interno está longe de ter atingido a sua capacidade consumidora máxima (p/ 12 milhões) é uma atitude de boa gestão macroeconómica procurar alcançar esse objectivo. Ademais não devemos esquecer que o desenvolvimento económico saudável deve ter como objectivo último a melhoria do nível de vida no país e a acumulação de saber e capitais nacionais.
Quanto às empresas exportadoras, não posso deixar de distinguir desde filiais de empresas estrangeiras até empresas de génese nacional. Há uma grande diversidade de empresas exportadoras, desde aquelas que por cá estão de passagem e pouco ou nada deixam, até às que contribuem para enriquecer o país, acumulando saber e capital que reinvestem em Portugal.
Enquanto não houver, consistentemente no tempo, um rácio positivo entre importações e exportações, não podemos dizer que temos um modelo industrial eficaz, independentemente de haver excepções.Surfer. Escreveu:Parafraseando uma frase com dois milénios de história....«Um povo que não se governa, nem se deixa governar!!..»
Essa foi uma frase proferida por um colonizador romano que eu não perderia tempo a citar, pois não sou romano ... Quanto a "deixarmo-nos governar", somos como qualquer outro povo, se o governo é bom, fica, se não é muda-se.
Bons negócios e ... boas exportações
Lei da Gravidade, revisitada :
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
Re: Excelente tópico !
Recolector Escreveu:Para um país pequeno como Portugal, com um reduzido mercado de +-12 milhões de consumidores e não sendo fácil aumentar significativamente a população, a única maneira de escalar a economia é aumentar SIGNIFICATIVAMENTE, o consumo per-cápita. Com isto aumenta a dimensão das empresas produtoras e logo a percentagem das empresas com viabilidade de internacionalização.
É com este tipo de pensamento e perfil que muitos dos nossos politicos e alguns pseudo-economistas e analistas a mim pessoalmente me deixa preocupado e desacreditado em relação ao futuro do nosso pais.
1º o nosso pais não tem 12 milhões nem de habitantes quanto mais de consumidores, segundo dados estatisticos Portugal possui cerca de 40% da população activa com registo profissional.
2º Actualmente a maioria das empresas do ramo industrial portuguesas são exportadoras, a exportação é um dos pilares que garantem a sobrevivência de um grande numero das boas empresas portuguesas, isto porque o mercado nacional simplesmente não tem dimensão nem capacidade de procura para satisfazer as empresas nacionais, não tem nem nunca terá.
Porque?! É simples. Para quem como eu que trabalha e dirige uma empresa 100% exportadora, sabe perfeitamente que a procura de mercados com a dimensão de uma Alemanha com mais de 100 milhões de população, uma França ou Inglaterra com mais de 50 milhões ou até uma Espanha á de 40 minhões, são mercados de uma dimensão em nada comparavel a «jardim à beira-mar plantado» com simples 10 milhões e com uma unica fronteira terreste.
3º O aumento da percentagem das empresas com viabilidade de internacionalização só é possivel não por via do aumento do mercado nacional que é de todo impossivel (para tal o rendimento per-capita nacional teria que ser superior 4,5..vezes ao alemão dado o sempre e eterno nº de consumidores em Portugal), só é possivel dizia eu, se as empresas competirem no mercado internacional e aumentando por via disso as exportações e alargando o conhecimento e experiência no gigante mercado internacional.
4º Lá fora mais do que cá, é a competência e a capacidade de cada empresa no mercado que dita as leis de sobrevivência, é um meio que só sobrevive as melhores e mais competentes. Quem não for capaz de acompanhar o mercado, não "morre" hoje, nem amanhã mas sim com o tempo. É inevitavel, o mercado é tão grande que temos que as empresas é que tem que se adaptar à tendência do mercado e não o contrário. Aliás, tal como acontece com o mercado de capitais e financeiros.
Desculpe caro Recolector, mas depois de ler o que acima escreveu, quase que me apetece dizer-lhe sem ofensa pessoal, com esse tipo de pensamento bem que pode se juntar à luta da Odete Santos, que a mim pessoalmente muito me diverte com o humor negro da nossa classe politica.
Parafraseando uma frase com dois milénios de história....«Um povo que não se governa, nem se deixa governar!!..»
Eu diria que esta é a nossa "Cruz"!!!
Abraço ao Ulises e restante equipa do Caldeirão!
Surfer
-
Surfer.
Excelente tópico !
... embora não tenha tido o seguimento que merecia !
É curioso que tenha trazido este interessantíssimo tópico, tão pouco tempo após as eleições, onde também foi abordado primeiro pela CDU e depois, de forma ainda mais timida, pelo CDS-PP. Este teria sido um dos temas que realmente teria valido a pena na campanha eleitoral! Mas infelizmente, não teve o desenvolvimento merecido, suponho que pelo facto de a CDU não acreditar verdadeiramente na ideia que trouxe a debate. O CDS-PP apercebeu-se da importância do assunto e tocou-o, mas quando verificou que o mesmo ia ficar por ali, também o lagou. Se a distribuição da riqueza, em Portugal pode continuar tão má por mais uns anos, para quê "estragar tudo" ? Eu acho que a CDU teve a "taluda" nas mãos e não percebeu ... Suponho que a escolha do tópico tenha resultado apenas da aplicação da estratégia de defrontar o capitalismo com as suas próprias armas.
Se vocês repararem, Portugal é um país onde se ganha menos e se paga MAIS por tudo (excepto serviços), incluindo impostos. Os portugueses são um verdadeiro maná; produtos produzidos em Portugal são vendidos no estrangeiro a um preço muito inferior (Ex. recente: Gás de botija); cadeias de hard-discount estrangeiras vêm para cá com preços muito superiores aos praticados nos seus mercados de origem ... certamente para não "estragar o mercado"! A carga fiscal/SS equipara-se à de muitos outros paises que no entanto dão um retorno de serviços muito superior aos seus cidadãos ...
A deputada OS não descobriu a pólvora. Esse debate deu-se há decadas em paises como os EUA e foi realmente traduzido na práctica! Para países como os EUA o aumento, generalizado e porporcional, do rendimento disponivel dos cidadãos inseridos na economia, foi apenas mais um passo no escalar da sua economia, tal como já tinha sido a democratização do crédito (fase em que nos encontramos).
A escassez de recursos é um problema, essêncialmente para os paises que não os conseguem capturar, o que não é o caso dos paises que escalaram o rendimento dos seus cidadãos ... Você acha que um técnico informático indiano que trabalha mais horas que um colega dos EUA, ganhando muito menos, merece ter acesso a menos bens materiais? Porquê?
Para um país pequeno como Portugal, com um reduzido mercado de +-12 milhões de consumidores e não sendo fácil aumentar significativamente a população, a única maneira de escalar a economia é aumentar SIGNIFICATIVAMENTE, o consumo per-cápita. Com isto aumenta a dimensão das empresas produtoras e logo a percentagem das empresas com viabilidade de internacionalização.
Ideologias à parte, parece-me que com o novo governo, iremos dar um passo à frente, mas vamos ficar ainda a meio caminho. Vai efectuar-se uma redistribuição da classe média para aqueles que hoje não têm capacidade de consumo, retirando os benefícios fiscais à classe média para garantir pelo menos o SMN a todos os pensionistas, mas fica a faltar a redistribuição da classe alta para a classe média, redestribuindo mais equitativamente a riqueza produzida.
A inflacção só afectaria os serviços, pois estamos a falar de redistribuição da riqueza existente e não do encarecimento dos bens produzidos.
Já não falo da Espanha que todos conhecem, mas você sabe que os Coreanos já têm um SMN superior ao nosso? E os ex-países de leste, quanto tempo vai demorar até terem, todos, um rendimento per-capita disponivel, muito superior ao nosso? Certamente menos que aquele que vai ser necessário até deixar-mos de acreditar no bicho papão ...
A escalada global do rendimento disponível é :
1- Proporcional, não cria injustiças. Quem trabalha mais/melhor, continua a ganhar mais.
2- Aumentar o mercado interno, proporcinalmente.
3- Fomentar a criação de mais emprego.
4- O capitalismo na verdadeira acepção da palavra, permitindo passar de um economia de consumo do essêncial para uma economia onde se generaliza o consumo do supérfluo. Em Portugal, não é só nas estradas que se nota que se está na segunda quinzena do mês ... na restauração pode-se observar o mesmo !
5- Flexibilidade. Se você tem um rendimento disponível superior ao essêncial, pode optar por um emprego em parte time, porque : quer voltar a estudar; quer cuidar dos filhos/família; que "ter um tempo para si" para se recuperar emocionalmente, para mudar de área de trabalho, etc. E isto também pode ser muito conveniente para as empresas !
É curioso que tenha trazido este interessantíssimo tópico, tão pouco tempo após as eleições, onde também foi abordado primeiro pela CDU e depois, de forma ainda mais timida, pelo CDS-PP. Este teria sido um dos temas que realmente teria valido a pena na campanha eleitoral! Mas infelizmente, não teve o desenvolvimento merecido, suponho que pelo facto de a CDU não acreditar verdadeiramente na ideia que trouxe a debate. O CDS-PP apercebeu-se da importância do assunto e tocou-o, mas quando verificou que o mesmo ia ficar por ali, também o lagou. Se a distribuição da riqueza, em Portugal pode continuar tão má por mais uns anos, para quê "estragar tudo" ? Eu acho que a CDU teve a "taluda" nas mãos e não percebeu ... Suponho que a escolha do tópico tenha resultado apenas da aplicação da estratégia de defrontar o capitalismo com as suas próprias armas.
Se vocês repararem, Portugal é um país onde se ganha menos e se paga MAIS por tudo (excepto serviços), incluindo impostos. Os portugueses são um verdadeiro maná; produtos produzidos em Portugal são vendidos no estrangeiro a um preço muito inferior (Ex. recente: Gás de botija); cadeias de hard-discount estrangeiras vêm para cá com preços muito superiores aos praticados nos seus mercados de origem ... certamente para não "estragar o mercado"! A carga fiscal/SS equipara-se à de muitos outros paises que no entanto dão um retorno de serviços muito superior aos seus cidadãos ...
A deputada OS não descobriu a pólvora. Esse debate deu-se há decadas em paises como os EUA e foi realmente traduzido na práctica! Para países como os EUA o aumento, generalizado e porporcional, do rendimento disponivel dos cidadãos inseridos na economia, foi apenas mais um passo no escalar da sua economia, tal como já tinha sido a democratização do crédito (fase em que nos encontramos).
A escassez de recursos é um problema, essêncialmente para os paises que não os conseguem capturar, o que não é o caso dos paises que escalaram o rendimento dos seus cidadãos ... Você acha que um técnico informático indiano que trabalha mais horas que um colega dos EUA, ganhando muito menos, merece ter acesso a menos bens materiais? Porquê?
Para um país pequeno como Portugal, com um reduzido mercado de +-12 milhões de consumidores e não sendo fácil aumentar significativamente a população, a única maneira de escalar a economia é aumentar SIGNIFICATIVAMENTE, o consumo per-cápita. Com isto aumenta a dimensão das empresas produtoras e logo a percentagem das empresas com viabilidade de internacionalização.
Ideologias à parte, parece-me que com o novo governo, iremos dar um passo à frente, mas vamos ficar ainda a meio caminho. Vai efectuar-se uma redistribuição da classe média para aqueles que hoje não têm capacidade de consumo, retirando os benefícios fiscais à classe média para garantir pelo menos o SMN a todos os pensionistas, mas fica a faltar a redistribuição da classe alta para a classe média, redestribuindo mais equitativamente a riqueza produzida.
A inflacção só afectaria os serviços, pois estamos a falar de redistribuição da riqueza existente e não do encarecimento dos bens produzidos.
Já não falo da Espanha que todos conhecem, mas você sabe que os Coreanos já têm um SMN superior ao nosso? E os ex-países de leste, quanto tempo vai demorar até terem, todos, um rendimento per-capita disponivel, muito superior ao nosso? Certamente menos que aquele que vai ser necessário até deixar-mos de acreditar no bicho papão ...
A escalada global do rendimento disponível é :
1- Proporcional, não cria injustiças. Quem trabalha mais/melhor, continua a ganhar mais.
2- Aumentar o mercado interno, proporcinalmente.
3- Fomentar a criação de mais emprego.
4- O capitalismo na verdadeira acepção da palavra, permitindo passar de um economia de consumo do essêncial para uma economia onde se generaliza o consumo do supérfluo. Em Portugal, não é só nas estradas que se nota que se está na segunda quinzena do mês ... na restauração pode-se observar o mesmo !
5- Flexibilidade. Se você tem um rendimento disponível superior ao essêncial, pode optar por um emprego em parte time, porque : quer voltar a estudar; quer cuidar dos filhos/família; que "ter um tempo para si" para se recuperar emocionalmente, para mudar de área de trabalho, etc. E isto também pode ser muito conveniente para as empresas !
Lei da Gravidade, revisitada :
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
Com tanta gente iluminada, como é possível terem deixado o seu partido, ou partidos, apanharem um banho que até a mim causou arrepios? Estais esquisofrenicamente lixados por a bolsa estrambulhar por aí abaixo? E atirais as culpas à derrota direitinha? Não sejais assim, até para isso há solução: entrai short,como eu, e apesar de ter sido avisado de que poderia não ver cheta com o descalabro, o facto é que a minha continha engorda, engorda, engorda!
Somos um país que, felizmente, está colado aos paises ricos que há no mundo.E, apesar de pouco termos,uma boa parte do povo português vive à grande e à francesa.E também, há muita gentinha que vê esta situação como normal.Pois eu não penso assim__sou um cristalizado antiquado e ultrapassado__Isto é anormal. Na escola, passa toda a gente, os nossos empresários são uns puros patos bravos,a nossa agricultura é de favas e enterram-se toneladas de maçã,pêra etc,, as nossas pescas dão para atirar toneladas de peixe ao mar e a sardinha vem da Espanha aos camiões,o nosso tecido produtivo é o que vocês sabem, os nossos tribunais idem, da estupidez da nossa plebe...nem falo e vivemos aqui à grande.( E isto é o resultado da má governação de ambos __PSD/PS com a muleta que já serviu os dois)Mais tarde ou mais cedo, quando os dois terços que há no mundo pobre olhar nos olhos estes simpáticos defensores da liberdade, da competitividade,e da concepção da vida tal qual a vivem sem saberem que isto só dura enquanto a herança fidalga durar... então aí, estes narcisos endeusados que a sabem todinha e se fartam de chamar nomes de burrice às Odetes Santos vão começar a vergar a mola porque chegam à conclusão que a cantiga não enche barriga.E falar de democracia e de liberdade não custa um chavelho quando se tem a pança cheia ( como eu tenho, felizmente, a minha!).
Somos um país que, felizmente, está colado aos paises ricos que há no mundo.E, apesar de pouco termos,uma boa parte do povo português vive à grande e à francesa.E também, há muita gentinha que vê esta situação como normal.Pois eu não penso assim__sou um cristalizado antiquado e ultrapassado__Isto é anormal. Na escola, passa toda a gente, os nossos empresários são uns puros patos bravos,a nossa agricultura é de favas e enterram-se toneladas de maçã,pêra etc,, as nossas pescas dão para atirar toneladas de peixe ao mar e a sardinha vem da Espanha aos camiões,o nosso tecido produtivo é o que vocês sabem, os nossos tribunais idem, da estupidez da nossa plebe...nem falo e vivemos aqui à grande.( E isto é o resultado da má governação de ambos __PSD/PS com a muleta que já serviu os dois)Mais tarde ou mais cedo, quando os dois terços que há no mundo pobre olhar nos olhos estes simpáticos defensores da liberdade, da competitividade,e da concepção da vida tal qual a vivem sem saberem que isto só dura enquanto a herança fidalga durar... então aí, estes narcisos endeusados que a sabem todinha e se fartam de chamar nomes de burrice às Odetes Santos vão começar a vergar a mola porque chegam à conclusão que a cantiga não enche barriga.E falar de democracia e de liberdade não custa um chavelho quando se tem a pança cheia ( como eu tenho, felizmente, a minha!).
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Visitante
re
ignorando o Keynes e as "entradas" da Sra em causa...umas frases banais do tipo blogiano:
- pelo discuros do senhor(a) de dito blog, parece que vive folgadamente, e o problema dos aumentos não o afecta.
- têm ou não as pessoas com baixos salários o direito a "pedir" melhores" salários?
- têm ou não as pessoas com salários congelados, por inépcia de governos anteriores, o direito a pedir aumentos saláriais que lhes cubra o aumento de custo de vida (e aqui não entro com a tese linear inflação + produtividade).
Claro que têm direito. Agora os empresários e o governo têm capacidade para isso? Em muitos casos de certeza que sim, em outros não... infelizmente isto soa a que tudo é levado pela medida de baixo, e em que quem pode também pertence aos que não pode.
O facto é que cada vez mais pessoas me dizem coisas do tipo:
- "ao fim destes anos isto da UE parece que tem mais contras que prós"
- "então com isto da UE não iriamos ter um nível de vida a convergir com os outros países da UE?"
-" então mas isto do défice de 3%... porquê tanta coisa com 3 e não com 3,5 ou 4?... é nestes tempos de crise que os governos precisam mais de incentivar a economia e não o contrário!"
-"com a minha idade já vivi muitas crises, mas esta está a ser das piores"
Isto soa a um mal estar muito pronunciado, e que não vai melhorar nos próximos tempos. E eu pessoalmente já estou como o outro senhor do dito debate: "será que este modelo delineado pela UE é o único possível, e não se pode discutir a sua validade?"
Cump.
- pelo discuros do senhor(a) de dito blog, parece que vive folgadamente, e o problema dos aumentos não o afecta.
- têm ou não as pessoas com baixos salários o direito a "pedir" melhores" salários?
- têm ou não as pessoas com salários congelados, por inépcia de governos anteriores, o direito a pedir aumentos saláriais que lhes cubra o aumento de custo de vida (e aqui não entro com a tese linear inflação + produtividade).
Claro que têm direito. Agora os empresários e o governo têm capacidade para isso? Em muitos casos de certeza que sim, em outros não... infelizmente isto soa a que tudo é levado pela medida de baixo, e em que quem pode também pertence aos que não pode.
O facto é que cada vez mais pessoas me dizem coisas do tipo:
- "ao fim destes anos isto da UE parece que tem mais contras que prós"
- "então com isto da UE não iriamos ter um nível de vida a convergir com os outros países da UE?"
-" então mas isto do défice de 3%... porquê tanta coisa com 3 e não com 3,5 ou 4?... é nestes tempos de crise que os governos precisam mais de incentivar a economia e não o contrário!"
-"com a minha idade já vivi muitas crises, mas esta está a ser das piores"
Isto soa a um mal estar muito pronunciado, e que não vai melhorar nos próximos tempos. E eu pessoalmente já estou como o outro senhor do dito debate: "será que este modelo delineado pela UE é o único possível, e não se pode discutir a sua validade?"
Cump.
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Info....
Pois,
pôr um advogado a discutir teoria Keynesiana com um economista, resultará em 90% das vezes, neste espectáculo quase surreal a que tivemos a honra de assistir no debate da RTP.
De qualquer das formas ainda não consegui perceber o porque desta necessidade obsessiva de antecipar o que vai fazer um governo que ainda nem sequer existe.
Preocupemo-nos com o que este ainda está a fazer.
Alexandre
pôr um advogado a discutir teoria Keynesiana com um economista, resultará em 90% das vezes, neste espectáculo quase surreal a que tivemos a honra de assistir no debate da RTP.
De qualquer das formas ainda não consegui perceber o porque desta necessidade obsessiva de antecipar o que vai fazer um governo que ainda nem sequer existe.
Preocupemo-nos com o que este ainda está a fazer.
Alexandre
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- Registado: 9/6/2004 21:06
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Off Topic: Keynes por Odete Santos
Fevereiro 22, 2005
Hip hip, hooray!
Ontem assisti a um momento único na têvê. Único de tão bizarro. O pobre do Sérgio Figueiredo tentava explicar essa coisa chata da escassez de recursos e meios, e também o facto de Portugal ter abraçado um modelo social e económico liberal, à imagem do Europeu, quando foi abruptamente interrompido pela Sra. Dona Odete Santos, mais o seu ar de actriz Brechtiana, para dizer uma coisa extraordinária: (parafraseando) “esse pensamento é muito fechadinho porque já um economista capitalista chamado Keynes nos ensinava que as pessoas têm é que ganhar mais porque se não ganharem mais não há dinheiro e a procura interna e a produção vêm por aí abaixo e morremos todos e tal” (da falta de inflação, certamente). Ainda não refeito do susto, eis que o publico aplaude, em apoteose, a intervenção da Sra. Dona Odete. E o Sérgio encolheu os ombros, como que a dizer “não vale a pena, pois não?”.
Faço, por isso, daqui um apelo ao Sr. Eng. Sócrates e aos empresários deste país. Ao Eng. Sócrates peço-lhe o favor de aumentar o salário mínimo para, sei lá, 1.000 euros. Que trate também da imediata convergência das pensões (vá lá, imediata não... daqui a seis mesinhos para não ser tudo a correr). Aos empresários deste país, apelo para que aumentem os salários, já em 2006, cerca de (um momento, por favor, enquanto faço as contas sob a doutrina Odete)… 50%. Mais coisa, menos coisa, deixemo-nos de picuinhices. Mas, atenção!: a excepção vai direitinha para os cargos de direcção e de administração. Essa canalha passará a ganhar metade do que aufere agora. E pronto. É só esperar para ver a procura a subir, o tecido empresarial a crescer, a produção a disparar, e, convenhamos, um tirozinho na fonte também pode, eventualmente, vir a ser disparado.
Fonte: http://contra-a-corrente.blogspot.com/2 ... ooray.html
Disclaimer: Fui um dos 40 que votou em branco na minha freguesia 8-)
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