Caldeirão da Bolsa

Crise obriga CGD a não pagar dividendos ao Estado

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 25/2/2005 1:42

Denuncia deficiências da regulação
Belmiro diz que «PT cobra o que quer»
Belmiro de Azevedo, que detém as operadoras Optimus e Novis através da Sonaecom, afirmou ontem que a regulação em Portugal deve ser forte e independente por forma a assegurar um melhor funcionamento do mercado, acusando a Portugal Telecom, o operador incumbente, de dificultar a liberalização do mercado.

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Ricardo Domingos
rd@mediafin.pt



Belmiro de Azevedo, que detém as operadoras Optimus e Novis através da Sonaecom, afirmou ontem que a regulação em Portugal deve ser forte e independente por forma a assegurar um melhor funcionamento do mercado, acusando a Portugal Telecom, o operador incumbente, de dificultar a liberalização do mercado.

«É preciso que Portugal tenha reguladores competentes e fortes» para assegurar uma liberalização efectiva do mercado e que permita aos consumidores usufruírem de uma melhor oferta de serviços, afirmou ontem à noite Belmiro de Azevedo, presidente da Sonae SGPS no programa «Negócios da Semana» da SIC Notícias.

A liberalização das telecomunicações, quer ao nível do segmento fixo quer no que toca ao móvel, tem oposto a PT aos novos operadores, que acusam a empresa liderada por Horta e Costa de colocar entraves ao acesso às suas redes.

«A PT cobra o que quer, o que é pior» afirmou Belmiro ontem à noite quando questionado sobre o facto da Portugal Telecom cobrar preços demasiado elevados aos novos operadores.

A Anacom, o regulador do sector, deliberou recentemente que os preços da mensalidade no lacete local – o ponto de ligação dos outros operadores à rede da PT - recuem dos 11,96 euros para os 11 euros por mês e que o valor da instalação baixe dos 96 euros (acesso partilhado) ou 92,12 euros (acesso completo) para os 49 euros.
 
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por marafado » 25/2/2005 1:32

Prisa tenciona manter-se no processo de venda da Lusomundo Media

DE


Apesar da Portugal Telecom ter hoje anunciado que irá iniciar negociações com a Olivedesportos tendo em vista a venda da Lusomundo Serviços, que detém a Lusomundo Media, a empresa espanhola Prisa afirmou que fará "tudo o que for necessário" para se manter no processo.

Segundo o comunicado hoje emitido pela PT, a operadora nacional adiantou que, embora inicie negociações com a Controlinveste, holding que controla a Olivedesportos, irá "manter no processo as propostas da Prisa e Investec", sendo que esta última é detida pelo grupo Cofina.

Fonte da Prisa afirmou à agência Lusa que as negociações seguem o seu curso e que tem representantes em Portugal a acompanhar a operação.

A fonte adiantou ainda que, "sem querer entrar em números, a Prisa está disposta a fazer tudo o que seja necessário para manter-se no processo"

Fora do processo ficam as propostas da Media Capital e da espanhola Vocento.

Segundo adiantou anteriormente à agência Lusa fonte ligada ao processo, a proposta inicial da Controlinvest rondava os 300 milhões de euros, excluindo cerca de 23 milhões de dívida, desconhecendo-se se a empresa de Joaquim Oliveira terá revisto em alta esta oferta, face às revisões da Cofina e da Media Capital.

O grupo de Paulo Fernandes reviu em alta de 15 milhões de euros, para 285 milhões, a oferta pelos activos da Lusomundo Media, enquanto a Media Capital aumentou a sua proposta para 270 milhões.
 
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por marafado » 25/2/2005 1:31

Petrolíferas e industriais levam Wall Street para alta

DE


Os índices norte-americanos fecharam hoje em alta, suportados pelo sector petrolífero e por algumas grandes empresas da área industrial.

Deste modo, o Nasdaq Composite fechou a ganhar 1,01% para 2.051,7 pontos, depois de ter fechado na quinta-feira a subir ligeiros 0,05% para 2.031,25 pontos.

O Dow Jones Industrial Average terminou o dia a subir 0,7% para 10.748,79 pontos, após ter encerrado a ganhar 0,59% para 10.673,79 pontos, na sessão anterior.

Com o preço do petróleo acima dos 52 dólares por barril, as empresas que operam no sector estiveram hoje muito fortes, como destaque para Exxon Mobil e ConocoPhilips.

Apesar de hoje ter sido conhecida a descida das encomendas de bens duradouros, alguns tipos de bens cresceram, suportando a Caterpillar.

Ainda na área industrial, a Boeing subiu após o anúncio de que conseguiu um contrato no valor de 4 mil milhões de dólares.

Na sexta-feira, os investidores estarão de olhos postos na divulgação do Produto Interno Bruto dos EUA, no quarto trimestre.
 
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por marafado » 25/2/2005 1:30

comentário
Brisa forte 'varre' quedas



Uma forte recuperação das acções da Brisa impediu ontem a Bolsa de fechar com a sétima quebra consecutiva - o índice PSI-20 acabou por ganhar 0,09%, apesar do pessimismo dos investidores com os novos sinais preocupantes da economia mundial, numa altura em que os preços do petróleo estão de novo a bater máximos.

As acções da concessionária de auto--estradas recuperaram ontem 1,8%, depois de, nos últimos dias, terem sido fortemente penalizadas pelos receios de que o novo governo PS venha a acabar com a introdução de portagens nas Scuts e pelos resultados de 2004, considerados "decepcionantes" pelos analistas.

Em alta estiveram também a Novabase (+2,71%), depois de ter anunciado lucros de 4,3 milhões de euros, contra prejuízos de 100 mil euros em 2003; e a Sonae SGPS (+0,86%), que beneficiou de uma análise do BPI, que considerou "positivo" o reforço das operações do grupo no Brasil.

Num dia em que a Cofina e a Altri concentraram grande parte das atenções dos investidores (ver página 31), o mercado de acções português acabou por ser pressionada pela queda dos pesos-pesados Portugal Telecom (-0,33%) e EDP (-0,45%).
 
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por marafado » 25/2/2005 1:29

Lucros aumentaram 35%


balanço. Galp conseguiu bons resultados, num cenário adverso

A petrolífera fechou as contas do ano passado com lucros de 333 milhões de euros, mais 35%. Os resultados, não auditados, representam um novo recorde e resultam de uma melhoria "muito significativa e sustentada da rentabilidade", apesar do cenário de grande incerteza quanto ao posicionamento estratégico da empresa no sector da energia português. A Galp salienta ainda "o contributo significativo da actividade de refinação" para as contas. Os resultados operacionais agregados foram de 568 milhões de euros, dos quais 215 milhões do negócio de aprovisionamento, refinação e logística, 188 milhões do retalho, vendas de combustíveis a empresas e GPL, 154 milhões do gás natural e 12 milhões de euros da exploração e produção de petróleo. Apesar dos "resultados excepcionais", como foram classificados por Ferreira do Amaral, a Galp fez uma provisão superior a 50 milhões de euros, dos quais 33 milhões destinados a um bloco de exploração de petróleo em Angola, que poderá vir a ser considerado seco.
 
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por marafado » 25/2/2005 1:28

Mercado avalia cada acção da Altri em 1,18 euros



As acções da Cofina começaram ontem a cotar sem a área industrial, a qual deu origem a uma nova empresa - a Altri. A Euronext Lisboa fixou o preço de ajuste da nova Cofina (agora só com os activos de media) em 2,14 euros, metade do valor da véspera, mas os investidores rapidamente passaram a negociar a 3,53 euros e acabou por encerrar a sessão a valer 3,59 euros. Feitas as contas, o mercado acredita que cada acção da Altri, empresa que detém a Celulose do Caima, Vista Alegre Atlantis e F. Ramada valerá cerca de 1,18 euros (diferença de cotação da Cofina face à véspera 0,68 euros, ao qual se soma o valor nominal do novo título 0,5 euros). Este é, no entanto, um valor teórico já que as acções da Altri começam a ser transaccionadas na Euronext Lisboa a 1 de Março e nesse só dia se poderá avaliar exactamente o seu valor de mercado. Nessa sessão, será lançado para o sistema um preço de referência, apenas para início de lançamento de ordens, que não terá qualquer influência directa no valor a que as acções começarão a ser negociadas. Esse valor será formado normalmente de acordo com as ordens de compra e venda inseridas pelos investidores no sistema de negociação, da mesma forma que se dá todos os dias a formação do preço de abertura de qualquer título.
 
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por marafado » 25/2/2005 1:27

Galpenergia considera que não está obrigada a vender negócio do gás



A Galpenergia não está obrigada a vender o negócio do gás natural, como previa o modelo de reestruturação do sector energético definido pelo governo PSD/PP, uma vez que já caducou o contrato assinado com a EDP e Eni, defendeu ontem Ferreira do Amaral.

O presidente da petrolífera, que se mostra pouco confiante na recondução à frente da empresa, escusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto, considerando-o da responsabilidade dos accionistas e do Estado - José Sócrates, recorde-se, já classificou o modelo de reestruturação um fracasso e defendeu uma maior concorrência no sector -, mas não escondeu o "ambiente difícil" em que a empresa tem vivido nos últimos dois anos, que implicaram o atraso na decisão de algumas "opções estratégicas".

E relembrou ainda a importância da estabilidade accionista, essencial para a empresa entrar na Bolsa. "A Galp encontra-se em perfeitas condições para ser oferecida ao mercado de capitais, o que valorizará a própria empresa, o mercado e constituirá uma boa oportunidade para os aforradores", desde que seja assegurada a estabilidade, considerou Ferreira do Amaral.

A Galp, por outro lado, admite contestar a decisão do Governo de lhe atribuir apenas um ponto de ligação à rede para uma central de ciclo combinado. "Pedimos os critérios de decisão e não vimos, até agora, qualquer argumento para que tivesse sido rejeitado" um segundo ponto de ligação à rede, afirmou Ferreira do Amaral durante a conferência de Imprensa para apresentação de resultados .

A empresa tem "o direito de ver se a regra da equidade foi ou não cumprida", sustentou. Recorde-se que o Governo atribuiu um total de cinco pontos de ligação à rede para produção de electricidade através de centrais de ciclo combinado a gás. A EDP, em conjunto com a Endesa, ganhou uma licença de quase 800 megawatts (Mw), e outra, sozinha, de 400 Mw. A Galp viu-lhe atribuída uma licença para cerca de 400 Mw, a Iberdrola 420 Mw e a Tejo Energia 900 Mw. No entanto, Ferreira do Amaral considerou "muito positiva" a entrada no negócio da electricidade, que permitirá à empresa ser a primeira entidade portuguesa a posicionar-se no petróleo, gás e electricidade. "A entrada no mercado eléctrico é um desafio estratégico", sublinhou.
 
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por marafado » 25/2/2005 1:25

Caixa vai inviabilizar parceria CTT/Banif



A CGD vai inviabilizar a parceria bancária entre os CTT e o Banco Internacional do Funchal (Banif). De acordo com Vítor Martins, a Caixa já notificou os Correios de que vai exercer o seu direito de preferência em relação ao Banco Postal.

Na prática, tal significa que, como explicou o presidente da CGD, a parceria para um negócio bancário dentro das estações dos CTT só pode ser feita com a CGD. "Não vamos abrir mão deste nosso direito", adiantou.

Vítor Martins disse ainda que "a designação Banco Postal é um activo da CGD, que só pode ser usado sob autorização da CGD", alertando para o uso da expressão, nos últimos tempos, por outras entidades.

Recorde-se que ainda esta semana o novo parceiro bancário dos CTT, o Banif, anunciou a intenção de o projecto avançar no segundo semestre deste ano. A CGD e os Correios tinham desenvolvido um projecto idêntico, que acabou por ser abandonado, menos de um ano depois de ter arrancado.
 
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Crise obriga CGD a não pagar dividendos ao Estado

por marafado » 25/2/2005 1:25

Crise obriga CGD a não pagar dividendos ao Estado

Banco não resistiu à crise interna. Os lucros baixaram 30% no ano passado

paula cordeiro

Vítor Martins, presidente da CGD desde Outubro, assumiu as contas de um ano menos bom

A crise deixou marcas. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) 'pagou' com uma queda de 30% nos seus lucros - que se ficaram pelos 448,5 milhões de euros - , as convulsões vividas na sua administração em 2004 e a transferência do seu fundo de pensões para a Caixa Geral de Aposentações (CGA).

E as consequências deste crise atingem também quem as provocou, ou seja, o accionista Estado. Em 2005, o Tesouro não vai receber dividendos da Caixa depois de ter arrecadado cerca de 300 milhões de euros em 2004, 'perde' este ano a possibilidade de receber cerca de 220 milhões de euros (50% dos resultados líquidos).

Vítor Martins, presidente do conselho de administração do banco explicou, na conferência de imprensa para a apresentação de resultados, que "face às disposições legais, havendo resultados transitados negativos, não haverá distribuição de dividendos".

Os resultados transitados negativos ficaram a dever-se ao reconhecimento de menos-valias em participações financeiras, no valor de 748 milhões de euros, e a custos associados às responsabilidades com o fundo de pensões. Neste último caso, como a CGD perdeu boa parte do seu fundo, teve de 'abater' às contas do ano passado 771 milhões de euros de responsabilidades futuras com trabalhadores que, de acordo com a legislação, poderiam ser abatidas por parcelas em seis anos. Em consequência, os capitais próprios do banco caíram cerca de 1,5 mil milhões de euros entre 2003 e 2004. Apesar do rácio de solvabilidade não ter sofrido (passando de 8,7% para 9,4%), a rentabilidade dos capitais próprios baixou de 19,1% para 13%, enquanto a rentabilidade dos activos caiu de 0,9% para 0,63%.

Mas se a situação negativa dos resultados transitados se explica por estes movimentos, a queda de 30% nos resultados líquidos consolidados ficou a dever-se a outras razões. Em 2004, a Caixa não registou resultados extraordinários, depois de no ano anterior ter apresentado 203 milhões de euros de lucros recorrentes, devido às mais-valias obtidas na venda de participações como a Brisa, Galp e direitos de subscrição do aumento de capital do BCP.

A CGD subiu o seu produto bancário em 2004 (3,3%), consequência de um ano em que o banco esteve centrado no seu core business. A margem financeira cresceu ligeiramente, mais 0,6%, e as comissões subiram 10,7%. A actividade seguradora teve um bom contributo ( lucros subiram 51,3%, para 91 milhões de euros).

Pior comportamento evidenciaram os custos de funcionamento, que subiram 5,5% e levaram o rácio de eficiência a passar de 57,3 para 58%, nos dois anos em análise. Vítor Martins anunciou a implementação de um novo sistema de controlo para 2005.

A CGD perdeu, em 2004, a liderança na banca em Portugal, mantendo-se à frente do BCP apenas nos recursos captados.
 
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