Caldeirão da Bolsa

Como é financiada a Autoridade da Concorrência

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 24/2/2005 13:05

BPI vai rever estimativas em alta
Acções da Novabase sobem mais de 3% com resultados «positivos»
As acções da Novabase seguiam a valorizar mais de 3%, depois de ontem a empresa ter apresentado os seus resultados de 2004, que foram considerados positivos pelos analistas. O BPI diz que vai rever as estimativas para a empresa de Rogério Carapuça em alta.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


As acções da Novabase seguiam a valorizar mais de 3%, depois de ontem a empresa ter apresentado os seus resultados de 2004, que foram considerados positivos pelos analistas. O BPI diz que vai rever as estimativas para a empresa de Rogério Carapuça em alta.

A Novabase apurou lucros de 4,3 milhões de euros em 2004 e o presidente da empresa estima um crescimento das receitas para 200 milhões de euros este ano.

O Millennium BCP Investimento avalia os resultados «como positivos» e as previsões da empresa para este ano de «optimistas». No quarto trimestre as receitas da Novabase aumentaram 66%, para 55,9 milhões de euros, 1% acima do esperado pelos analistas do banco de investimento.

O BPI também diz que as receitas ficaram acima das previsões e que os resultados foram «positivos», devido à performance da divisão de engenharia, acrescentando que as margens EBITDA não trouxeram «grandes surpresas».

O banco destaca que as previsões para 2005 – crescimento mínimo de 17% nas receitas com margens estáveis - são «positivas». Após os resultados de 2005 o BPI decidiu rever em alta as suas estimativas para os resultados de 2005.

Até à publicação de um novo estudo sobre a Novabase, para a semana, o BPI mantém a recomendação de «manter» para as acções da empresa, com um preço-alvo de 6,80 euros.
 
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por marafado » 24/2/2005 13:04

Estimativas do BCP Investimento
Sonaecom deverá ter fechado 2004 com lucros de 16,5 milhões de euros
O Millennium bcp investimento prevê que a Sonaecom tenha registado lucros de 16,5 milhões de euros em 2004, justificados pelas melhorias operacionais ao nível da Optimus. A empresa apresenta resultados no dia 28 de Fevereiro antes da abertura do mercado.

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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt


O Millennium bcp investimento prevê que a Sonaecom tenha registado lucros de 16,5 milhões de euros em 2004, justificados pelas melhorias operacionais ao nível da Optimus. A empresa apresenta resultados no dia 28 de Fevereiro antes da abertura do mercado.

«O resultado líquido deverá ascender aos 16,5 milhões de euros em 2004, a reflectir melhorias operacionais ao nível da Optimus», segundo o «research» do bcp investimento.

«As nossas estimativas apontam para um EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) de 205 milhões de euros» em 2004, o que compara com as estimativas da empresa avançadas nos nove primeiros meses do ano passado que apontavam para um intervalo entre 195 milhões e 200 milhões de euros, segundo a análise hoje divulgada pelo bcp investimento.

Para a Optimus os analistas prevêem «um EBITDA de 2004 de 195 milhões de euros. A Novis deverá continuar a revelar algum abrandamento a nível das receitas, enquanto o Clix deverá ser penalizado pela migração do tráfego de Internet para a banda larga».

Quanto à dívida líquida, o bcp investimento estima que se registe uma queda de 285 milhões de euros para 274 milhões de euros

«Continuamos a manter uma opinião positiva acerca da Sonaecom», concluiu o «research» do bcp investimento.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:57

BCP considera razoável ajuste da Cofina aos três euros

DE


O Millennium BCP investimento considera razoável um valor de cerca de três euros para as acções da Cofina ajustadas no âmbito da cisão das suas áreas de media e industrial, a qual fica abrangida na recém-formada Altri.

Analistas do maior banco privado português referem que apesar de ser impossível calcular o valor que o mercado atribuía ontem à área de media da Cofina, tendo em consideração o peso da parte de media na cotação de ontem (4,27 euros), o múltiplo EV/EBITDA implícito e o desconto da parte industrial face à avaliação do BCPI, "valores em redor dos três euros por acção parecem-nos razoáveis".

"Este valor implicaria que a Cofina media representa 70% do preço de fecho de ontem da Cofina SGPS, um múltiplo EV/EBITDA04 de 11,4 vezes e a Altri a valer 1,28 euros, ou seja, um desconto de 40% para a nossa avaliação da parte industrial", afirma Pedro Mendes.

Destaca que a Media Capital e a Impresa cotam a um múltiplo EV/EBITDA na ordem de 11 vezes e que a média dos 'publishers' europeus é de 10 vezes.

Alerta que estes valores são meramente indicativos e comparam com o preço-alvo do Millennium bcp para a Cofina de 3,45 euros, para o final de 2005.

As acções da Cofina foram hoje removidas do índice PSI20 para o mercado fazer a avaliação das suas áreas de media e industrial.

A Cofina retorma ao mercado amanhã a reflectir apenas os activos de media do grupo, enquanto a nova empresa criada para integrar os activos industriais, a Altri, que não entrará para a carteira do PSI-20, começa a negociar no próximo dia 1 de Março.

Segundo operadores, o valor de ajuste fixado pela Euronext Lisbon foi de 2,14 euros, ou seja, metade do valor do fecho de ontem.

No âmbito da operação de cisão aprovada no final do ano passado, a Cofina passou a deter todos os activos de media do grupo, tendo sido criada a Altri para agregar as participações da área industrial.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:56

Taxas Euribor com tendência mista

DE


As maturidades europeias encontram-se hoje a evoluir em direcções diferentes, com o mês e os seis meses em baixa ligeira e os três meses e o ano em alta.

Taxas de juro Euribor (Mercado Monetário Interbancário Europeu) com base nos 360 dias do ano:

Prazos - Hoje - Quarta-feira

1 mês.......2,102 pct...2,103 pct
3 meses...2,136 pct...2,135 pct
6 meses...2,193 pct...2,194 pct
1 ano.......2,335 pct....2,331 pct
 
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por marafado » 24/2/2005 12:55

BPI reitera 'Manter' para Novabase

DE


Os analistas do banco privado mantiveram inalterada a sua recomendação para a tecnológica bem como o preço-alvo nos 6,8 euros apesar da tecnológica ter apresentado um lucro de 4,3 milhões de euros.

O BPI considera que estes resultados terão um impacto 'Positivo' no título da Novabase, embora não sejam comparáveis com as suas estimativas, uma vez que os resultados pró-forma de 2003 não consideraram os negócios descontinuados da Novabase Brasil e do Training.

Quanto às previsões para 2005, os analistas do BPI consideram-no "altamente positivo".
 
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por marafado » 24/2/2005 12:53

Guia de Fundos
Fundos europeus abrandam em 2004

P.F.E.


O volume de entradas de capital nos fundos de investimento europeus sofreu, no ano passado, um forte abrandamento face a 2002 e 2003, com os investidores pouco contagiados pela melhoria do sentimento dos mercados financeiros.

De acordo com os dados da associação europeia do sector (FERI), as subscrições líquidas ascenderam a um total de 133,6 mil milhões de euros em 2004, um número que fica aquém dos 218,8 mil milhões do ano anterior e representa uma queda de 6% face a 2002.

Para os especialistas, este comportamento resulta de algum défice de confiança dos investidores, depois de anos marcados pela crise das TMT e por escândalos financeiros e contabilísticos. “Não estou convencida de que a indústria esteja a lidar bem com o problema da confiança”, explicou Diana MacKay responsável da FERI, citada pelo Financial Times. “A melhoria do sentimento irá ajudar, mas é necessário haver consistência, os mercados precisam de continuar a subir”, disse.

Portugal e Espanha foram as raras excepções às perdas observadas na Europa. O mercado português ultrapassou a fasquia dos 24 mil milhões de euros e a Espanha chegou ao patamar histórico perto dos 220 mil milhões de euros.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:51

Nova Cofina poderá valorizar hoje entre 2,65 e 3,8 euros

Gilda Sousa


A Cofina vai conhecer hoje o valor que o mercado atribui aos seus dois negócios, com a indústria a ser concentrada na Altri.

Os dois analistas contactados pelo Diário Económico, com base em «price target» para o fim do ano, para a Cofina Media, apontam indirectamente para taxas de ajustamento que vão de 11 a 37%. O que, ao fecho de ontem, a nova ‘holding’ de media poderá valer entre 2,65 euros e 3,8 euros por acção.

O BPI entende que os media valem 89% do total, e a indústria o restante. O Millennium BCP Investimentos faz uma repartição mais equilibrada: 62% versus 38%. Trata-se, em ambos os casos, de dados utilizados no cálculo de ‘price-targets’ para as empresas resultantes do ‘spin-off’. Mas, se o mercado alinhasse, amanhã, por estes valores, teríamos a Cofina Media a valer 3,8 euros por acção ou 2,6 euros, seguindo, respectivamente, o BPI ou o Millennium BCP. A Cofina fechou ontem a 4,27 euros por acção, o que traduz uma capitalização bolsista de 219 milhões de euros.

A cisão dos negócios industriais é executada hoje. Para o efeito, a Cofina sai do índice PSI 20. Mantém-se no mercado, a transaccionar, para que os investidores formem o preço, descontando a saída dos activos industriais. O valor de fecho da sessão corresponderá à cotação que o mercado atribui à nova Cofina Media. A amplitude da correcção corresponderá ao valor da Altri. A Cofina Media regressa ao índice na sexta-feira.

Entretanto, será entregue uma acção da Altri por cada título da Cofina detida até ao final da sessão de ontem. Estes 51 milhões de acções da Altri só poderão começar a ser transaccionadas a 1 de Março, data da admissão oficial da empresa na Euronext. A partir daí haverá duas empresas cotadas, com o mesmo capital social e o mesmo número de acções, a um valor nominal de 50 cêntimos. Fica assim concluída a reorganização do grupo Cofina e criadas as condições para testar o pressuposto da operação: os dois negócios, separados, valem mais do que agregados numa única empresa.

A estreia em bolsa desta nova fórmula coincide com um momento delicado para ambas as empresas. A Cofina Media está envolvida na compra da Lusomundo e a Altri na privatização da Portucel Tejo. Investimentos para os quais o empresário Paulo Fernandes disse recentemente não ser necessário recorrer a aumentos de capital. Na cisão, 46% da dívida da Cofina foi atribuída à Cofina Media e o restante à Altri.

No imediato, a estrutura accionista das duas empresas será idêntica. Paulo Fernandes e administradores controlam cerca de 30%, fundos mais 30% e o restante está disperso.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:50

Portagens travam melhoria dos lucros da Brisa em 2004

Vasco Noronha


Os 183,6 milhões de euros de resultados líquidos ficaram abaixo das expectativas dos analistas.

A Brisa encerrou o ano passado com um lucro líquido de 183,6 milhões de euros, um acréscimo de 21% face a 2003 mas que ficou abaixo das previsões dos analistas, que apontavam para um intervalo entre os 186 e os 208,3 milhões de euros e para um valor médio de 197 milhões.

As mais-valias resultantes da venda dos 0,4% que a concessionária portuguesa detinha na italiana Autostrade aos parceiros espanhóis da Abertis acabaram por diluir o seu peso, algo que resultou do menor crescimento nas receitas de portagens, afectadas sobretudo no último trimestre.

No conjunto do ano, as receitas operacionais cresceram 7%, para 600,3 milhões de euros, superando as perspectivas dos analistas, que apontavam para valores entre 586 e 599,1 milhões de euros.

No entanto, e face ao peso determinante das receitas de portagem no conjunto da facturação (87% em 2004), houve uma ligeira travagem no acréscimo do bolo total já que estas ficaram abaixo do previsto, ascendendo a 522,4 milhões, uma melhoria de apenas 4%, afectada pela ‘performance’ no último trimestre de 2004. “De assinalar uma menor dinâmica das receitas de tráfego no quarto trimestre”, destacou a empresa de Vasco de Mello em comunicado, atribuindo-a “à instabilidade económica e política”.

Este menor dinamismo foi compensado pela subida de 3% nas receitas dos serviços rodoviários, que ascenderam a 24,1 milhões de euros, influenciada pelos 15 milhões conseguidos através da Controlauto e dos seis milhões de vendas externas obtidos pela Via Verde, bem como pelos 31,5 milhões conseguidos com a prestação de serviços à própria empresa e dos 10,4 milhões (mais 10%), facturados nas áreas de serviço.

O ‘cash-flow’ operacional (EBITDA) da empresa de Vasco de Mello melhorou 9%, para 436,7 milhões de euros, enquanto a margem EBITDA cresceu 0,8 pontos percentuais, para 72,7%, contra os 71,9% no final de 2003.

A venda dos 0,4% na Autostrade e a anulação parcial da provisão para ajustar os 2% detidos na EDP pesaram também positivamente nos resultados.


Nos custos, a Brisa manteve o objectivo, enunciado por Vasco de Mello, de aumentá-los em apenas 4%, tendo os custos operacionais ascendido a 164 milhões de euros valor que sobe para 302 milhões e um acréscimo homólogo de 6% se forem englobadas as provisões e amortizações. Ainda assim menos do que os 7% de melhoria nos ganhos operacionais.

Empresa volta a estar envolvida no TGV
A Brisa voltou a estar envolvida no projecto de alta velocidade com a compra da Nutrend Engenharia, que controla a Tyco Engenharia, a qual participa num consórcio com a Holland Rail Consult que venceu o concurso da RAVE para a gestão integrada do projecto.

A aquisição, ontem anunciada pela concessionária, foi feita através da participada Brisa – Serviços Viários, e implicou um investimento de 5,6 milhões de euros
“A Tyco é uma empresa cuja actividade se encontra focada na área de gestão de projectos de infra-estruturas, nomeadamente ferroviárias, constituindo essa operação, nessa medida um eixo estratégico de reforço do grupo Brisa na actividade do ‘project management’”, destacou a empresa em comunicado.

No final de 2003, a Brisa tinha concorrido directamente a este projecto, num consórcio com a espanhola Norcontrol, que tinha sido derrotado precisamente pelo agrupamento que envolvia a empresa que agora a concessionária acaba de comprar.


Valor de mercado cai abaixo dos 3.000 milhões

O comportamento em bolsa dos títulos da Brisa não está a ser famoso esta semana. Logo na segunda-feira, a concessionária registou a maior perda dos últimos dois anos e liderou as desvalorizações do dia, com uma queda de 4,29%. Em consequência, a sua capitalização bolsista caiu dos 3.009 milhões de euros para 2.880, 7 milhões. Uma evolução negativa que ontem teve continuação, com a empresa a limitar contudo os danos, encerrando com uma descida de apenas 0,15%, para 6,68 euros e a baixar mais, ainda que ligeiramente, o seu valor de mercado, para 2.876,4 milhões de euros. Ou seja, em dois dias, a concessionária liderada por Vasco de Mello viu a sua capitalização reduzir-se em 4,43%, perdendo 133,4 milhões de euros.

Recorde-se que a concessionária vinha de um ciclo marcado por sucessivos máximos históricos, dos quais começou a aliviar no início de Fevereiro e que, agora, foram travados. Inicialmente ainda houve quem atribuísse estas perdas ao facto de o PS ter vencido as legislativas e com isso haver a possibilidade real de a substituição das SCUT não avançar.

Mas, rapidamente os analistas corrigiram o tiro e justificaram as perdas bolsistas da empresa com o ambiente negativo vivido pelo sector das concessionárias e das ‘utilities’ em termos globais. Isto porque, tal como as suas congéneres, a Brisa acabou por ser afectada pelo desvio das aplicações dos investidores para as obrigações alemãs e americanas, cujas taxas subiram, tornando assim estes activos mais atractivos do que os títulos das concessionárias, consideradas títulos refúgio.

Brisa continua em queda
Concessionária manteve ontem, ainda que mais ligeiramente, a tendência de baixa.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:49

Brisa quer liderar a gestão de infra-estruturas

Vasco Noronha


A aquisição da Tyco Portugal, através da compra da totalidade do capital da Nutrend Engenharia, anunciada terça-feira pela Brisa, permite-lhe não apenas regressar ao seu envolvimento no projecto da rede ferroviária de alta velocidade, mas também tornar-se a líder do mercado nacional de gestão das infra-estruturas, através da sua participada Brisa Engenharia e Gestão (BEG).

De acordo com uma apresentação interna do negócio, a que o DE teve acesso, as “fortes competências técnicas” da Tyco em matéria de engenharia e o facto de ter receitas superiores a seis milhões de euros e contratos em curso de montante superior a 37 milhões tornou a empresa atractiva em termos de negócios na área da gestão de infra-estruturas, nomeada mente as ferroviárias.

Juntando a BEG e a Tyco, a apresentação da Brisa destaca que as receitas totais ascenderam, no ano passado, a 20,6 milhões de euros, enquanto o ‘cash-flow’ operacional (EBITDA) das duas empresas chega aos 1,3 milhões de euros.

Entre os principais contratos em curso da Tyco Portugal estão não apenas o da gestão integrada da rede de alta velocidade – no qual, em consórcio com a Holland Rail Consult, derrotou a proposta que a Brisa tinha apresentado, em parceria com a espanhola Norcontrol –, mas também trabalhos na Linha do Norte, para a Refer, e para o Metro do Porto, com estes três contratos a representarem um valor de 36 milhões de euros.

No final do ano passado, a Tyco Portugal terminou o exercício com receitas globais de 6,4 milhões de euros, enquanto o seu EBITDA se situou nos 600 mil euros e o seu lucro ascendeu a 400 mil euros.

Os capitais próprios da empresa, que chegou a pertence ao grupo americano com o mesmo nome, atingiram os 3,8 milhões de euros. Já o conjunto dos seus activos ascendeu a 7,1 milhões de euros.

Analistas mantêm valor da concessionária
As principais casas de investimento assinalaram que os resultados obtidos no ano passado pela Brisa foram “decepcionantes” e que o mercado deverá reagir negativamente no curto prazo mas, mesmo assim, mantiveram estáveis os preços das acções da concessionária e, a Oddo Securities subiu mesmo o ‘price target´, de 7,2 para 7,3 euros. Detalhe importante e positivamente realçado nas contas reportadas terça-feira pela empresa liderada por Vasco de Mello. “O dividendo por acção foi a novidade positiva, ficando nos 0,27 euros, ligeiramente acima dos 0,26 euros esperados”, destacaram os operadores do Morgan Stanley. Da mesma opinião é a UBS que, apesar de admitir uma reacção negativa do mercado no curto prazo, mantém uma recomendação de compra a 8,10 euros. A Brisa lucrou 183,6 milhões de euros, abaixo das expectativas dos analistas.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:48

Distribuição
Sonae Distribuição investe no reforço do negócio no Brasil

Sónia Santos Pereira


A Sonae Distribuição Brasil está a desenvolver projectos orçados em 22,6 milhões de euros (78,5 milhões de reais) no Brasil, investimentos que visam o reforço da insígnia de hipermercados Big e a construção de uma galeria comercial em Gravataí, no Estado do Rio Grande do Sul, afirmou fonte oficial da empresa.

A distribuidora prevê assim abrir mais três hipermercados Big, dois no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina. Recentemente, a Sonae anunciou a expansão da marca Nacional no Rio Grande do Sul.

A distribuidora decidiu avançar com um investimento de 20 milhões de reais (5,9 milhões de euros) na construção de uma galeria comercial em Gravataí, que terá como loja âncora um hipermercado Big, avançou a mesma fonte. O pequeno ‘shopping’ terá uma área de construção de 24,4 mil metros quadrados, sendo que o hiper Big ocupará 6,7 mil metros quadrados. O projecto integra seis salas de cinema, três lojas âncora e uma galeria de lojas de serviços. Este investimento vai receber como incentivo a isenção de pagamento do Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza durante a execução da obra, que deverá estar concluída em meados de Setembro.

A Sonae Distribuição Brasil está a aplicar 27 milhões de reais (7,9 milhões de euros) na construção de mais um hipermercado Big em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, que integrará o alargamento do Shopping Itália. A empresa está ainda a despender 31,5 milhões de reais (8,8 milhões de euros) na instalação de outro hiper Big em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina.

A distribuidora do grupo de Belmiro de Azevedo tem centrado os seus investimentos no Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), região onde é líder de mercado com uma quota da ordem dos 30%. Em 2004, explorava nove lojas Big no Paraná, cinco em Santa Catarina e 15 no Rio Grande do Sul. A Sonae Brasil está ainda em São Paulo, região onde a operação é deficitária.

Sonae encerrou 2004 com 170 lojas no Brasil
A Sonae Distribuição Brasil encerrou o exercício de 2004 com 170 unidades comerciais no Brasil, tendo aberto mais nove lojas e, por razões que se prendem com a racionalização do parque, encerrado quatro. A empresa, que opera no mercado brasileiro com as insígnias Big, Big Eletroeletronico, Mercadorama, Maxxi e Nacional, explora 99 unidades no Rio Grande do Sul, 11 em Santa Catarina, 36 no Paraná e 24 em S. Paulo. A Sonae Distribuição Brasil facturou 3,73 mil milhões de reais no ano passado (cerca de 1,214 mil milhões de euros). Em reais, as vendas registaram um crescimento de 16% face ao exercício de 2003. Em euros, o incremento é de 12,5%. Este ano, as previsões apontam para um volume de negócios com a operação brasileira de 4,8 mil milhões de reais. Apesar dos vários rumores que circularam no mercado sobre a eventualidade da venda da operação brasileira, o movimento da Sonae tem sido de investimento e expansão no Brasil.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:47

Novabase regressa aos lucros com resultados líquidos de 4,3 milhões

Diana Brito Nunes


Apesar dos resultados positivos, a empresa liderada por Rogério Carapuça afasta para já a hipótese de distribuir dividendos.

A Novabase reportou resultados líquidos de 4,3 milhões de euros em 2004, o que marca o regresso ao lucros da empresa liderada por Rogério Carapuça, depois de em 2003 ter registado prejuízos de 100 mil euros, divulgou ontem a empresa durante a apresentação de resultados consolidados relativos ao último exercício.

O volume de negócios cresceu 33,8%, passando dos 128,2 milhões de euros em 2003 para 171,6 milhões no ano passado, enquanto o EBITDA subiu para 17,1 milhões de euros em 2004, quando em 2003 o ‘cash flow’ operacional era de 8,4 milhões.

No entanto, e apesar dos resultados positivos, a administração da empresa exclui, para já, a distribuição de dividendos pelos accionistas, uma vez que “todas as margens serão aplicadas no crescimento do negócio”, explicou o presidente do conselho de administração.

Rogério Carapuça adiantou ainda que, para este ano, a Novabase visa ultrapassar os 200 milhões de euros em receitas e aumentar o peso do negócio internacional, acima dos 20%, depois de em 2004 os negócios internacionais terem representado 18,1% do total do volume de negócios da empresa.

Em termos de expansão internacional, a Novabase continua a apostar no aumento das vendas no mercado europeu e volta a olhar para o mercado brasileiro, isto depois de, no ano passado, ter descontinuado a sua actividade no Brasil. A este propósito, o responsável esclareceu que a decisão de sair do Brasil se deveu à falta de rentabilidade da operação, que só seria superada através de novos investimentos e que essa medida não era prioritária.

A Novabase justifica a melhoria dos resultados líquidos com o regresso ao crescimento da unidade de negócio de ‘consulting’, que, apesar de ter uma peso menor nas receitas (na ordem dos 48,2 milhões de euros), face aos 120 milhões da área de ‘engineering’, é responsável por 50% das margens, salientou o responsável e ainda pela quebra das barreiras para venda da tecnologia de televisão no estrangeiros, em virtude da aquisição da participação da alemã Techno Trend e pelas conquistas em negócios de ‘outsourcing’ com alguma dimensão, quer em Portugal, através da Administração Pública, ou da parceria com a TV Cabo, quer no estrangeiro, estando a trabalhar actualmente com três operadores e três fabricantes internacionais.

Quanto à possibilidade de novas aquisições, Rogério Carapuça deixa para já essa hipótese em aberto, sublinhando a intensa actividade realizada a esse nível nos últimos quatro anos pela Novabase, com um total de 24 operações feitas.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:46

Mota-Engil compra nova empresa da área do ambiente na Polónia

Alexandra Noronha


A ‘sub-holding’ vai seguir os passos da área da construção e internacionalizar o negócio do ambiente a Leste.

A Mota-Engil Ambiente e Serviços está em processo de aquisição de uma empresa na Polónia, disse ao DE o presidente da ‘sub-holding’, Campos de Almeida, sem revelar o montante investido pela construtora com o negócio, mas frisando que “não é nada de extraordinário porque não há grandes empresas” a operarem no sector naquele país. A sociedade é responsável pela recolha de resíduos e limpeza urbana, área em que o grupo tem alguns interesses em Portugal, principalmente através da Suma, detida em parceria com o consórcio espanhol ACS/Dragados.

O responsável afirma que, naquele mercado, tal como nos países vizinhos, “há pequeníssimas micro-empresas que estão a resolver os problemas numa relação directa com as autarquias, mas ainda não há uma intervenção privada com dimensão no mercado”.

Campos de Almeida explica que já se encontram operadores estrangeiros naquele mercado que estão a prosseguir a sua actividade através da aquisição de empresas locais, o que acontece devido à “forte pulverização” do mercado. Por outro lado, a estrutura que a Mota-Engil já possui outros investimentos naquele país, sendo o início de um processo que a empresa poderá estender à República Checa e Hungria, que também contam com a presença do grupo, nomeadamente nas áreas da construção e concessões rodoviárias. “É quase obrigatório fazer avançar as outras áreas de negócio do grupo”, refere, frisando que os “sectores do ambiente e serviços são naturais no desenvolvimento dos construtores” e que a experiência da empresa nestes mercados desde 1996 é uma “mais-valia”.

Excluídas estão as participações na área do ambiente fora da Europa porque no nosso país não há financiamentos para ajuda a este tipo de internacionalização - ao contrário do que sucede com os operadores espanhóis, que contam com apoio do estado para investirem na América Latina. Campos de Almeida admite que a melhor opção para o sector é neste momento o mercado português, mas que o negócio vai depender do que o Estado decida atribuir à exploração dos privados.

Campos de Almeida salienta que no mercado interno há uma enorme carência de aterros para resíduos industriais, porque há condicionantes políticas que travam os licenciamentos. O responsável dá o exemplo da Figueira da Foz, onde a Mota-Engil tem um projecto bloqueado há cerca de um ano e meio porque a autarquia não renovou a licença de construção, alegando que seria necessário um estudo de impacto ambiental. “Os tribunais podem demorar três ou quatros anos, mas cá estaremos”, refere, frisando que o acto é “ilegal” e que por isso a empresa tem direito a uma indemnização da ordem dos dois milhões de euros. Do mesmo modo, no Seixal, o aterro que a empresa quer construir continua à espera de licenciamento.

‘Holding’ do ambiente cresceu 15% em 2004
A ‘sub-holding’ do maior grupo de construção português facturou 75 milhões em 2004, face aos 63 milhões que tinha obtido em 2003, o que representa uma subida de 15,4%, sendo a Suma responsável por cerca de 60 milhões. Em 2003, a empresa do grupo responsável pelas participações na área da recolha e tratamento de resíduos urbanos subiu 12% face ao período homólogo, em que apresentou um volume de negócios de 53,5 milhões de euros.

A Suma é líder de mercado, trabalhando com mais de 40 autarquias, em regime de concessão.

A Mota-Engil Ambiente e Serviços foi constituída depois da reorganização que a empresa levou a cabo para integrar os activos da Engil na sua estrutura.

Agrega não só as participações da área da recolha e tratamento de resíduos, como também as participações da ‘sub-holding’ no sector da jardinagem, águas e energia, área em que a construtora está a formar uma empresa em parceria com a Martifer, uma das suas associadas.

Neste momento, é um dos sectores em que a construtora mais aposta para combater a estagnação do sector da construção em Portugal, à iamgem do que acontece com o crescente investimento na área das concessões rodoviárias.

Os activos na Polónia

Aquisição da KPRD, empresa polaca especializada na construção de estradas

Aquisição da PBM, sociedade local que se tinha especializado na construção de pontes.


Aquisição de uma empresa de para a recolha e tratamento de residuos sólidos urbanos.


Para agrupar todas as participações, a Mota-Engil reestrutura empresas do do Leste da Europa, através da fusão das duas primeiras participadas. Estava assim criada a Mota-Engil ‘Polska’ com o objectivo de centralizar estruturas e poupar nos custos de manutenção das sociedades, num modelo que vai ser aplicado à Hungria e República Checa.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:46

Sem mobilidade económica não há concorrência

Luís Villalobos


Como caracteriza o ambiente concorrencial em Portugal?

Deficitário: Portugal ainda carrega com muito da carga histórica do corporativismo, onde a concorrência tem um papel secundário.

Quais os sectores que precisam, mais urgentemente, de uma intervenção de modo a promover um maior ambiente concorrencial?
O problema da falta de concorrência em Portugal é sistémico. Mais do que apontar para sectores económicos concretos, citaria algumas áreas básicas: leis laborais, mercado da habitação, evasão fiscal, celeridade do sistema de justiça, aparelho burocrático ligado à criação de novas empresas.

Poder-se-á perguntar: Mas o que é que isto tem a ver com a concorrência? Muito: sem mobilidade económica, concorrência é um conceito teoricamente interessante mas praticamente ineficaz.

Que tipo de medidas devem ser tomadas, e por quem?
Veja a resposta anterior. Trata-se de um conjunto de medidas governamentais politicamente muito impopulares, especialmente considerando o seu impacto imediato. A situação política actual (maioria absoluta) é propícia para este efeito, mas duvido que se progrida muito nos próximos tempos.

Qual deve ser o papel das entidades reguladoras sectoriais? Estas têm poderes suficientes para intervir?
Uma nota prévia: Quando se fala em concorrência - ou melhor, falta de concorrência -, pensa-se logo nos sectores em que uma ou duas empresas dominam o mercado - os sectores regulados por entidades sectoriais. Sem querer diminuir a importância destes sectores, gostaria de vincar que o problema da falta de concorrência é muito mais vasto.

Estamos ainda a “aprender” a viver num sistema de economia de mercado com reguladores sectoriais. É ainda cedo para dizer qual o poder real que eles têm. O mesmo se diga, aliás, a respeito da Autoridade da Concorrência. O resultado final depende, em grande parte, do caminho seguido na reforma do sistema judicial.

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Luís M. B. Cabral é Professor da Universidade de Nova Iorque e Conselheiro Principal da Autoridade da Concorrência
 
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por marafado » 24/2/2005 12:45

Os Desafios do Governo na Concorrência
Saúde à espera de um Rectificativo

Mário Baptista


O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), Rui Nunes, disse ontem ao Diário Económico que, para começar verdadeiramente a zelar pelos direitos dos cidadãos na área da Saúde, “é necessário que o próximo Governo faça um orçamento rectificativo”, de forma a ser possível arrecadar mais um milhão de euros e passar dos 22 para cerca de 50 colaboradores.

Neste grupo estará incluído uma unidade de análise económica e financeira da contabilidade das unidades de saúde, bem como inspectores próprios.

Criada para supervisionar a concorrência entre os privados e entre estes e o sector público, a ERS quer “fomentar um diálogo aberto com a Autoridade da Concorrência e servir de interface entre o sistema público e privado”.

Rui Nunes promete também uma “articulação com outras entidades, em especial da Inspecção Geral e a Direcção Geral de Saúde, através da assinatura de protocolos” que permitam “uma convergência em vez de uma sobreposição de funções”.

O presidente da Entidade Reguladora lamenta o atraso na publicação da portaria que define o montante a ser pago pelos operadores privados.

Sem querer adiantar o valor, Rui Nunes diz que “o normal é que o valor pago pelos privados e sociais ronde os dois terços do orçamento”, o que equivale a dizer que a ERS espera um pouco menos de dois milhões de euros dos grupos privados com interesses na Saúde.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:43

Os Desafios do Governo na Concorrência
Energia: Falta harmonizar legislação com Espanha

Rui Cabrita


Os grandes consumidores de energia consideram que continua a faltar a harmonização legislativa entre Portugal e Espanha, para que o Mibel possa entrar em funcionamento e com isso promover um verdadeiro mercado ibérico concorrencial.

Enquanto tal não se fizer, o presidente dos grandes consumidores, continua a defender que existe “uma desvantagem clara para quem se situar geograficamente em Portugal”. O facto de haver mais operadores e mais centrais, “minimiza o problema mas não o elimina”, considera o mesmo responsável. Do lado da EDP, a empresa diz-se pronta para a concorrência, medida mais visível em termos de imagem corporativa da empresa e de algumas práticas. considera que, se não existe mais concorrência, tal deve-se ao Mibel, encontrando-se pronta para este novo desafio do mercado.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:42

Os Desafios do Governo na Concorrência
Saúde: Primazia aos direitos dos cidadãos

Mário Baptista


O problema da concorrência no sector da Saúde coloca-se ao nível da conjugação da eficiência económica com o livre acesso dos cidadãos ao Serviço Nacional de Saúde.

A introdução de critérios de produção na definição do financiamento estatal tornou necessária a criação da Entidade Reguladora da Saúde, cuja principal missão é verificar se a introdução de critérios de gestão privada nos hospitais públicos prejudica a qualidade e o acesso dos utentes. As preocupações colocam-se ao nível da selecção adversa, desnatação e constituição de monopólios dos operadores privados que foram convidados a concorrer para entrar no mercado da Saúde. A empresarialização de metade do SNS e o lançamento de dez hospitais públicos de gestão privada foram medidas lançadas para combater o desperdício e a ineficiência do SNS.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:41

Os Desafios do Governo na Concorrência
Combustíveis: Menos barreiras no retalho

Luís Villalobos


Na passada terça-feira, o Ministério das Actividades Económicas e do Trabalho anunciou a revisão da portaria que regula a abertura de bombas de gasolina, facilitando a penetração dos hipermercados no retalho de combustível.

A Autoridade da Concorrência estima que haja uma perda de 200 milhões de euros por ano por parte dos consumidores devido à reduzida expressão destes operadores, que detêm apenas entre 2% a 3% do mercado. Com esta medida, o Governo, que acatou uma recomendação da Autoridade da Concorrência elaborada em 2004, espera que haja um incremento da concorrência no retalho. No entanto, há outros factores no sector dos combustíveis, tido como um dos menos concorrenciais por especialistas como Pedro Pita Barros. A AC está a investigar uma eventual cartelização e a analisar possíveis práticas restritivas.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:40

Os Desafios do Governo na Concorrência
Media: Venda da Lusomundo precisa de aprovação

Carla Castro


A questão da concorrência no sector dos media está em cima da mesa com a discussão ao rubro em torno da venda da Lusomundo Media, ‘holding’ da Portugal Telecom, que inclui o o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias, o 24 Horas, o Tal & Qual, a rádio TSF e várias revistas como a Volta ao Mundo.

Qualquer decisão de venda por parte da Portugal Telecom terá que ter o parecer vinculativo da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS)e depois ser aprovada pela Autoridade da Concorrência (AdC). Os problemas de concentração no sector poderão colocar-se não só ao nível do número de publicações, mas também das quotas de investimento publicitário e de anúncios classificados. Cofina e Media Capital são os candidatos que poderão colocar problemas na Concorrência. C.C.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:40

Os Desafios do Governo na Concorrência
Telecomunicações: Liberalização “pouco intensa” na rede fixa

Hermínia Saraiva


Em 2000, com a abertura do mercado da rede fixa, ficou concluído o processo de liberalização das telecomunicações.

Na prática, as telecomunicações continuam a enfrentar graves problemas de concorrência. O próprio regulador, a Anacom, reconhece que, na rede fixa, as condições concorrenciais são “ainda são pouco intensas, havendo claramente lugar a para intervenção regulatória”. Com a Portugal Telecom a controlar 93,7% do mercado, os novos operadores têm vindo a ganhar espaço em termos de tráfego, com uma quota de 22,8% no mercado de voz em minutos. A dependência da banda larga relativamente à rede fixa resulta em novos problemas concorrenciais, com o incumbente a deter 80%. Mas aqui os últimos seis meses foram férteis em matéria regulatória, nomeadamente em termos de alterações das condições da oferta grossista ADSL da PT Comunicações.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:39

Os Desafios do Governo na Concorrência
Telecoms com falta de liberdade de mercado

Hermínia Saraiva com Diana Brito Nunes


O regulador do sector das telecomunicações, Anacom, continua a dar sinais positivos ao mercado no sentido do aumento da concorrência.

Pedro Norton de Matos, presidente da ONI, elogia a recente revisão das condições de acesso ao lacete local, já que “vai no sentido de intensificar o ambiente concorrencial no acesso directo, colocando Portugal na primeira metade do pelotão europeu”.

Mas ainda que veja como positivas as últimas medidas do regulador, Norton de Matos defende que ainda há muito trabalho a fazer para a total liberalização. Sendo um defensor acérrimo da separação da rede de cobre da Portugal Telecom, o gestor acredita que “há um claro deficit de concorrência na rede fixa e na banda larga (fundamentalmente dependente da rede fixa) em Portugal”. Na sua opinião, os grandes constrangimentos à concorrência são de ordem estrutural e “derivam do facto do operador dominante deter as principais redes de acesso (cobre e cabo)”, o que permite ao incumbente continuar a deter cerca de 95% dos acessos directos aos clientes. Além disso, o incumbente reforça a sua “posição de monopólio em toda a cadeia de valor” ao controlar igualmente a área dos conteúdos, considerados “peça fundamental” para o desenvolvimento do mercado da banda larga.

Além disso, Pedro Norton de Matos aponta o dedo ao incumbente por desempenhar funções de grossista e retalhista, “cobrando pelo acesso à sua rede preços dos mais caros da Europa”. “Assim, nunca perde clientes. Ou ganha através da sua rede de retalho ou ganha o cliente para a sua área grossista com boa margem, quando “perde” para um novo operador”, afirma o presidente da ONI.

Do futuro governo, Norton de Matos espera que sejam “dados sinais claros do reforço da independência dos órgãos reguladores”, ao mesmo apela a que seja “eliminada a complacência em relação a eventuais situações de abuso de posição dominante”. Neste sentido, defende, é fundamental que “se clarifique as relações entre Estado/Governo e PT , no sentido de evitar qualquer espécie de promiscuidade”.
 
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por marafado » 24/2/2005 12:38

Mota-Engil contra monopólio do Estado

Alexandra Noronha


A Mota-Engil (ME), accionista maioritária da concessionária de águas Indáqua, equaciona apresentar uma nova queixa em Bruxelas, por via da Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente (AEPSA), contra a empresa pública Aquapor, à imagem do que já aconteceu em 2001, se verificar que há “práticas de dumping ou de boicote ao investimento privado neste sector”, avançou ao DE o presidente da ME Ambiente e Serviços, Campos de Almeida.

O responsável explicou que, na altura, o ministro prometeu à AEPSA “que a Aquapor não voltaria a concorrer em posições maioritárias, mas minoritariamente até que fosse privatizada”, frisando em seguida que “nada disto foi cumprido”. Por isso, Campos de Almeida, admite utilizar “os mecanismos à disposição” sem com isso pretender uma “hostilização sistemática” do Estado nos concursos públicos de concessão dos serviços municipais de água a saneamento.

Campos de Almeida explica que, sendo a Águas de Portugal, que controla a Aquapor, o “distribuidor em alta, estão reunidas condições para relações de privilégio com o distribuidor em baixa”, até porque, como é uma empresa detida pela Parpública “outro tipo de influências podiam dar-se, nomeadamente os autarcas não terem acesso a fundos comunitários como represália por qualquer tentativa de privatização do sistema”. Por outro lado, o responsável admite que, ainda que a Aquapor continue a concorrer, “o seu êxito não foi muito grande”. Campos de Almeida defende que a introdução de privados no sistema é sinal de uma maior eficiência e rejeita acusações de que a privatização vai prejudicar os utentes.

Quanto à alienação de parte do capital da Indáqua, onde a ME detém 42,86%, o responsável explica que, em conjunto com os outros accionistas (Soares da Costa e MonteAdriano), equaciona a venda de cerca de 20% a uma instituição bancária, depois da saída dos ingleses da Severn Trent, em Janeiro deste ano. “Neste momento privilegiamos a participação de um banco”, frisa o responsável. Para já, o grupo apenas confirma o interesse do BPI.
 
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Como é financiada a Autoridade da Concorrência

por marafado » 24/2/2005 12:36

Como é financiada a Autoridade da Concorrência

Luís Villalobos


Reguladores sectoriais são principal fonte de receitas, com destaque para a Anacom.

A transferência de verbas dos reguladores sectoriais é a principal fonte de receitas da Autoridade da Concorrência (AC), e foi a forma encontrada pelo anterior governo para garantir a autonomia financeira e independência do organismo liderado por Abel Mateus. No entanto, a AC tem outras formas de financiamento, como a cobrança dos serviços prestados em processos de concentrações.

Só a Anacom, entidade reguladora do sector das comunicações, vai entregar este ano 4 milhões e 62 mil euros à Autoridade da Concorrência, quando no ano passado este valor foi de 4,4 milhões de euros.

A descida do pagamento explica-se pela quebra das receitas arrecadadas pela Anacom em 2004, segundo dados provisórios, já que a percentagem a transferir para a AC se manteve na casa dos 6,25% dos proveitos anuais, de acordo com uma portaria publicada na semana passada.

Das sete entidades abrangidas, a Anacom é o principal financiador da AC, cujo orçamento para este ano ronda os 6,1 milhões de euros.

No ano passado, Abel Mateus esperava que os reguladores sectoriais pagassem 5,6 milhões de euros, destacando-se os 4,4 milhões de euros da Anacom.

No primeiro ano da sua actividade, em 2003, a AC foi financiada quase na totalidade pelo Orçamento de Estado. Nesse ano, as receitas orçamentais foram de 2,2 milhões de euros, das quais 1,7 milhões vieram do OE e 472 mil euros de receitas próprias. Os recursos humanos foram a principal fonte de despesa, tendo a AC terminado esse ano com um resultado negativo de 159,7 mil euros. No que respeita às contas de 2004, estas ainda não estão fechadas.

Além da Anacom, os reguladores que estão obrigados a transferir parte das suas receitas para a Autoridade da Concorrência são a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), Instituto de Seguros de Portugal (ISP), Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário (IMOPPI), Instituto Nacional dos Transportes Ferroviários e o Instituto Regulador das Águas e Resíduos (IRAR). O IRAR ficara isento em 2004, mas já é abrangido este ano. De fora deste pagamento ficou o Banco de Portugal e a Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com a portaria publicada na semana passada, não há alterações face a 2004, em termos de percentagem de receitas. O ISP, Anacom, ERSE, INAC e IMOPPI pagarão 6,25%, enquanto que INTF e o IRAR pagam 3,75%. O máximo estipulado por lei é de 7,5%.
 
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