Caldeirão da Bolsa

FPR/E quanto pior mais cobram

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 24/1/2005 2:24

os textos anteriores fazem todos parte do suplemto "Negócios" do Diário de Notícias.
 
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por marafado » 24/1/2005 2:22

A estratégia de Penedos À espera do gás



José Penedos continua a acreditar que este Governo ainda vai aprovar a transferência da Transgás da Galp para a REN, apesar de no último Conselho de Ministros o diploma não ter sequer sido discutido. E de tal forma acredita, que até já tem uma estratégia para desenvolver negócios com o gás, tal como revelou em entrevista ao 'Expresso' no sábado passado. Até já pensa vender gás para Espanha. Mas a avaliar pelas palavras de Álvaro Barreto, José Penedos ainda vai ter de esperar um bocado, talvez um ano, porque primeiro é preciso resolver o problema com os italianos da ENI. Será que Penedos vai apanhar mais uma desilusão?
 
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por marafado » 24/1/2005 2:21

"EDP tem de perder quota na produção"

«Disse a Vittorio Mincato que, por mim, eles [ENI] podiam exercer
a call na Galp. Fiz contas e sabia que eles não queriam isso. Acho que os destrunfei.«Disse a Vittorio Mincato que, por mim, eles [ENI] podiam exercera call na Galp.
 
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por marafado » 24/1/2005 2:19

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A empresa alemã, sendo um dos maiores players europeus a nível do sector energético, opera, para além do mercado alemão, na Holanda, na Hungria e na Polónia, entre outros mercados da Europa Central. A E.ON actua nos segmentos de electricidade e gás através da E.ON Energie e da Ruhrgas, duas empresas que representam 80% do total das vendas do grupo. A companhia de electricidade, que pretende investir 18,7 mil milhões de euros nos próximos três anos, está cotada em Frankfurt, apresentando uma capitalização bolsista de aproximadamente 46 mil milhões de euros.
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As acções da E.ON, depois da correcção verificada já neste mês, quando recuaram para junto do limite inferior do canal ascendente em quem tem vindo a transaccionar desde Setembro de 2004, iniciaram já um movimento de recuperação. Hoje, a empresa de electricidade está cotada, em Frankfurt, a 66,80 euros, podendo constituir-se como um nível interessante para a constituição de posições longas.
 
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por marafado » 24/1/2005 2:18

E.ON tem remuneração atractiva



RR Nuno Miguel Matias
research

O sector das electricidade tornou-se um dos alvos mais apetecíveis em termos de distribuição de valor para os accionistas, uma vez que as empresas estão entre as que melhor performance apresentaram em 2004, fruto dos elevados preços de energia, que acabaram por potenciar os resultados e as margens operacionais. Esta expectativa mantém-se para 2005, com a generalidade das utilities europeias a apresentarem dividend yields (rendibilidade dos dividendos) atractivas, num sector com um perfil de risco mais limitado.

No caso concreto da E.ON, um dos aspectos que se torna necessário ter em consideração são as questões regulatórias, tendo em conta que durante o primeiro semestre deste ano deverá entrar em funcionamento a nova entidade reguladora do sector na Alemanha.

Esta realidade deverá retirar alguma da incerteza que paira sobre as operadoras alemãs, isto relativamente a condicionantes ambientais e enquadramento legal.

Outro aspecto que poderá constituir-se como um trigger bastante apelativo para a valorização do título será o reforço da política de remuneração ao accionista, uma vez que a empresa poderá vir a alienar alguns activos não estratégicos, nomeadamente a participação que detém na LG&E e na Viterra, que se dedica à exploração de activos imobiliários.

O produto destas vendas poderá ser então canalizado para um reforço dos dividendos e aumento do payout aos accionistas, notícias ainda não incorporadas pelo mercado e que fazem da E.ON uma das empresas com melhores perspectivas para este ano.

Em termos de múltiplos de mercado, a empresa de electricidade alemã transacciona a desconto, com um price earning ratio (ou seja, a relação entre o lucro por acção e a cotação em Bolsa) de P/E 2004E e P/E 2005E de 12,23x e 11,77x, respectivamente, face a média do sector, que se situa nos 13,97x e 13,09x. O price to book value (o valor contabilístico) situa-se nos 1,34x, a desconto face à média do mercado (1,92x).

Numa perspectiva de trading, os investidores deverão considerar um stop loss (o limite de perda máximo recomendado) de 3,5% abaixo do preço de entrada (de compra) das acções.
 
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por marafado » 24/1/2005 2:14

Operação harmónio em curso



Os accionistas da Torralta aprovaram em assembleia geral a redução e posterior aumento de capital da empresa. Através desta 'operação harmónio', a Torralta, tal como o DN tinha noticiado em Dezembro, procederá à redução do capital social para 50 mil euros, para cobertura de prejuízos, realizando posteriormente o seu aumento até ao montante de 20,6 milhões de euros, mediante a emissão de 4 110 000 novas acções, a um valor nominal de cinco euros por cada título. Entretanto, na semana passada foi aprovado em Conselho de Ministros o decreto-lei que autoriza a alienação pela Imoareia - Sociedade Imobiliária à AmorimTurismo, das acções representativas da Grano Salis - Investimentos Turísticos, Jogo e Lazer. O grupo Amorim compromete-se a investir 80 milhões de euros na construção do casino, hotel e centro de congresso, denominado Tróia Resort.
 
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por marafado » 24/1/2005 2:14

Euro faz correcção de quase 5%


RR Manuel Coelho
Trader

Odólar voltou a perder valor de forma significativa no final de 2004, com os investidores ainda focados nos 'défices gémeos' dos EUA em níveis insustentáveis e na necessidade de adicionar depreciação à moeda por forma a financiar e corrigir esses desequilíbrios estruturais. Essa tem sido também a solução defendida, explícita ou implicitamente, por diversas autoridades. Contudo, a fraqueza do dólar que catapultou o euro para um recorde de 1,3660 dólares no final de Dezembro acabou por ser revertida nas primeiras semanas de Janeiro, conduzindo a moeda única de novo abaixo dos 1,30 dólares. Este movimento esteve relacionado com o posicionamento de mercado excessivamente venda de dólares. Por outro lado, esta correcção de mais de 5% faz também sentido, tendo em conta a contradição entre o facto de a Europa deter a moeda mais forte, ao mesmo tempo que persiste em não dar sinais de vitalidade económica.

Cresce também a pressão internacional para que a região asiática reparta, nomeadamente com a Europa, os 'custos' da depreciação do dólar. É que, mais do que com a zona euro, a questão dos défices americanos prende-se com a zona asiática, nomeadamente China e Japão. Daí que o mercado esteja atento a qualquer referência à necessidade de flexibilização da moeda chinesa, presentemente fixa face ao dólar. Desse modo, o euro estabilizou agora em 134 ienes, após um forte movimento de queda - 6% desde o início do ano. O mercado aguarda agora com expectativa a próxima reunião do G7 no início de Fevereiro, onde se espera que a questão da desvalorização do dólar e o ajustamento Europa/Ásia seja um dos temas 'quentes' a debater.
 
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por marafado » 24/1/2005 2:12

Ano começa com'pé esquerdo'



O ano 2005 começou cheio de esperanças e expectativas quanto à evolução dos mercados accionistas, como de resto acontece todos os anos. Neste período, os investidores esquecem o que se passou no ano anterior e entram muito optimistas, como se estivessem de pé em cima de uma cadeira pedindo desejos por cada passa metida na boca. E este comportamento é suficiente para que Janeiro apresente valorizações historicamente bastante significativas.

É claro que este efeito não é apenas justificado por este optimismo inerente ao início de um novo ano. Dezembro é o mês em que os cidadãos costumam fazer as suas aplicações em planos de reforma e outros produtos que dão benefícios fiscais, dinheiro esse que fica disponível para investimento a partir de Janeiro. Isto cria uma procura artificial no mercado normalmente chamado de 'efeito de Janeiro'. Mas este ano este efeito não se verificou. Ao fim de três semanas, os principais índices norte-americanos apresentam desvalorizações perto dos 3%, enquanto na Europa, embora mais fortes, os principais índices estão também em terreno negativo. Esta ausência de compradores pode ser justificada de mil e uma maneiras, mas penso que a palavra abrandamento já começa a circular na cabeça dos investidores. A época de ganhos nos EUA começou em força na semana passada, e a maioria das empresas têm, como tem acontecido no passado recente, batido as estimativas dos analistas. No entanto, os discursos dos gestores têm denotado alguma preocupação quanto aos trimestres seguintes. Os investidores começaram a ler estes discursos como se o ciclo de crescimento de resultados tivesse chegado ao fim. A subida de taxas de juro por parte da Fed e o abrandamento da China vão invariavelmente ter impacto na economia, arrefecendo-a um pouco. Este abrandamento vai ser sentido também nos resultados das empresas, e é isso que o mercado está a começar a descontar. Até onde irá o mercado descontar este abrandamento e quando será novamente uma boa altura para comprar acções? Antes do fim da época de ganhos não acredito que tenhamos uma resposta sobre a dimensão deste movimento.

Por cá, as atenções dos investidores irão com certeza estar centradas na divulgação das contas de 2004. BCP e BPI são os primeiros.
 
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por marafado » 24/1/2005 2:08

O artigo anterior foi retirado do suplemento Dn-negócios
 
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FPR/E quanto pior mais cobram

por marafado » 24/1/2005 1:58

FPR/E quanto pior mais cobram



Primeiro dizia às minhas filhas «Se comeres a sopinha toda levo-te ao Jardim Zoológico»; mais tarde: «Se passares o ano compro-te uma bicicleta»; daqui a uns anos: «Se entrares na universidade pago-te o bilhete do Inter-rail...»

Nas disciplinas que lecciono de Mercados Financeiros do ISEG introduzi, faz mais de 10 anos, uma simulação de Gestão de Carteiras de Investimentos para obrigar os estudantes a experimentarem as dificuldades da decisão de investimento.

Depois de terminado o jogo de simulação, os alunos são avaliados em função da sua eficiência na aplicação dos fundos, avaliando-se não só o rendimento que a sua carteira obteve, mas considerando também o risco incorrido.

Para efeitos de cálculo final da classificação nessas disciplinas, tomo em consideração a performance da carteira simulada, premiando os melhores e penalizando os piores. Isso parece justo e ninguém ainda reclamou.

No mercado financeiro português, porém, mais concretamente no caso da gestão das carteiras dos Fundos de Poupança Reforma Educação, o sistema está invertido premeiam-se os piores desempenhos!

Num estudo ao desempenho dos 12 fundos de investimento mobiliário do tipo Poupança Reforma Educação supervisionados pela CMVM (AF PPR/E, Alves Ribeiro FPR/E, Barclays FPR/E, Barclays FPR/E Rendimento, BIC PPR/E-Plano Particular de Reforma e Educação, BPI Reforma Investimento PPR/E, BPI Reforma Segura PPR/E, BPI Taxa Variável PPR/E, Poupança Investimento FPR/E, Poupança Premium FPR/E, Poupança Segura FPR/E, Raíz Poupança Reforma/Educação) cheguei à simples conclusão de que quanto mais ineficiente a gestão do investimento, tanto maior as comissões de gestão e depósito cobradas pelas entidades gestoras.

Usando o mesmo critério de avaliação que uso na faculdade, um terço dos gestores daqueles fundos (profissionais pagos para uma gestão diligente e eficaz) teriam reprovado.

O fundo mais ineficiente, isto é, o que promoveu menos rendimento por unidade de risco incorrido (o Barclays FPR/E), foi o que cobrou mais comissões de gestão e depósito (2%) e os dois fundos mais eficientes (o BPI Taxa Variável PPR/E e o Poupança Premium FPR/E gerido pelo Santander) foram os que menos comissões cobraram.

Omaior problema que se coloca ao investidor que avalia negativamente a performance da gestão do seu capital reside no facto de se se pedir o reembolso do capital investido perde os benefícios fiscais, tendo de indemnizar o Estado pelo benefício anteriormente obtido, e tem adicionalmente de sofrer uma penalização imposta pela entidade gestora através de uma comissão de resgate que pode ir, conforme o fundo, até aos 2%. No entanto, se mantiver o capital investido sob a forma de FPR/E, mudando apenas a gestão, então são as entidades gestoras que impõem uma comissão de transferência para passarem de uma sociedade gestora para outra da ordem dos 3%.

Numa Europa onde as barreiras à mobilidade dos capitais e das mercadorias não existem para se promover a eficiência e o são de-senvolvimento da economia, onde estamos no que respeita à mobilidade da gestão da poupança que vai assegurar as nossas reformas?
 
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