Caldeirão da Bolsa

herança

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

comentário

por jotabil » 23/12/2004 17:54

Ora pois...Caro Gargalhas....é isso mesmo.....mas não podemos ficar poe essas generalidades.....temos de ser pragmáticos....temos de ter a vontade de exigir a mudança....o liberalismo... é um modo de vida velho de séculos.... existem outros mundos e não estamos no fim da história como eles dizem....através dos filósofos que compram.....tem de haver mudança....e só podemos desejar que se faça de uma forma progressiva e sem roturas. Penso , contudo que o tempo para isso já é escasso, é capaz de ser necessário recorrer à guerra.....de resto é isso que se passa neste hemisfério ocidental....entre as duas facções antagonistas.
E ...olha....até simularam o rapto dos dois jornalistas franceses, no Iraque...para dissimularem o antagonismo larvar entre a seita do poder que se hospeda nesta velha Europa e a seita de poder instalada nos USA-UK.
Estratégia!!???....faltava essa expressão para me deslumbrares!!!!.
Hoje qualquer politico que não fale duas ou três vezes em "estratégia" no seu discurso....não é considerado como tal....e no entanto para se ter uma noção, liminar que seja, desse conceito......temos de passar muitas matinès a pensar e a ler robustos calhamaços....desde makinder ..a mahan....celerier....and so on...coisas.
Mas evoluiremos....para qualquer lado que seja...com a graça de Deus.

cumps.
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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Pois bem

por Gargalhas » 23/12/2004 17:04

Caros Jotabil e mcarvalho

Desde que o homem existe que a sua actuação se pauta pela luta insistente em conseguir sair do estadio actual para um estádio superior. Ao longo dos anos actou em grupos, disputando a outro(s) grupo(s) as migalhas que lhe fossem proveitosas. Tal como outros animais fazem na natureza, nada de novo foi acrescentado à luta pela sobrevivência. O que apareceu de novo com o homem foi a sua superioridade perante os outros animais, conseguida e consolidada.

Todos os empreendimentos do homem na terra tiveram fases e estratégias diferentes ,mas sempre com o objectivo de melhorar a vida. É claro que nem sempre se melhorou para todos, mas os vencedores conseguiram, e as novas gerações vieram a colher os frutos ,mesmo os vencidos. Estamos num processo de solavancos.

O liberalismo é um desses solavancos dos processos. Antes e depois dele, já outros processos foram tomados como solução; mudaram alguns, o mundo não mudou, mas aprendeu mais umas coisas. Na "verdade" o homem está em evolução rápida: na sua maneira de ser e fisica. Até numa geração notamos diferenças fisicas: se repararem os filhos estão a sair mais altos que os pais(no geral)

A luta com a natureza ainda a temos que ganhar se formos capazes. Aí podemos estar perante a confrontação com a "verdade" e sucumbirmos perante ela, porque a omnisciência está num nível superior ao qual não podemos deitar mão, mas podem crer que o "computador" de Deus tem lá tudo registado e não há Paraísos na Terra
Gargalhas
 

C aro Gargalhas

por mcarvalho » 23/12/2004 9:20

Em relação ao macaco sim senhor
Mas, o homem que é ( o único segundo afirmam) que sabe onde é a prateleira do hiper ( o mesmo que ferro da jaula) que tem a banana e não a consegue porque não tem um pedaço de papel para a comprar!!
abraço e bom Natal
mcarvalho
 
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comentário

por jotabil » 23/12/2004 2:12

Caro Gargalhas

Tenho ideia da função do crescimento humano ao longo do pouco tempo em que o homem existe neste globo achatado.
Mas sem qualquer espirito de solução....o futuro é apenas desenhado pelo devir natural da humanidade dentro da sua condição...dentro daquilo que lhe falta para a verdade ..para a omnisciência..para Deus...se tudo isto existir.
Temos de cumprir o drama humano....portanto.
O que se poderá dizer, é que se observa um desvio entre o desenvolvimento tecnológico e o desenvolvimento politico-social que pode raiar os abismos da frutração e provocar roturas e tragédias mais abruptas...no tempo.
Assim, de um modo geral, observamos por um lado, que a tecnologia emergente permite um modo de vida mais racional e mais contido na sua conformidade com a natureza....e por outro... como posso observar neste meu país seguidor de modas liberais, continuamos a mandar os miúdos para jardins de infância, a enviar os velhos para os lares da terceira idade.....os jovens para as escolas.....e os activos para as empresas e similares...e depois alguém a orientar com paradigmas esta gente toda.
Claro que estes paradigmas... são inculcados através de tudo que possa estimular os instintos eos reflexos condicionados da malta......a sua parte mais condicionada pela natureza.
Não se questiona nada.....alguém, magicamente, falou de terrorismo para camuflar as reais intençoes dos antagonistas em busca dos mercados primários deste mundo e todos aceitaram essa palavra conceito...quando poucos sabem o que ela significa e em que contexto se insere.
Somos levados pelos meios de comunicação social que estão ao serviço dos iniciados na manipulação de massas tendo em vistas mais valias ..congeminadas em locubrações de reengenharia, singulares ou quando muito oligárquicas....são invocados os direitos humanos..para sacralizarem intenções preversas determinadas pela lei do mercado...transformada ela quase numa lei natural.
Até se constroiem simulações de raptos no Iraque para confudir e desorientar qualquer raciocínio mais claro sobre a real situação da luta que se trava neste hemisfério ocidental.
É Maquiavel......no seguimento mais estrénuo das palavras e ideias que deixou para orientar o procedimento dos soberanos...ou dos poderosos.
Ná ...meu amigo Gargalhas.... só quero dizer....que as tecnologias que emergem vão aclarar um pouco esse anquilosado mundo liberal...em que vivemos...mesmo que possamos admitir que essa mudança sucederá...como sempre aconteceu.....com choro e ranger de dentes.
Mas havemos de mudar......se não for progressivamente.....será com roturas ...com guerras ...como lhes chamam, também.
Essa do desenvolvimento em altura....e outros fenómenos ....são projecções fundamentadas nas realidades de hoje que como já referi, são anquilosadas e vetustas.
Não podemos ser como os macacos que não sabem das razões porque não podem subir ao ferro onde se encontram as bananas o meio da jaula onde vivem....boa história essa.

cumps.
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Tá mau

por Gargalhas » 23/12/2004 0:20

A coisa começa a ficar preta mas o remédio começa a tomar forma.A evolução humana vai ser muito rápida na adaptação ao ambiente do futuro. Aqueles que conseguirem transmitir melhor as adaptações à sua geração vão conquistar o mundo.

Nos humanos há quem diga que os descendentes dos fumadores são os resistentes nos ambientes futuros.Os primeiros seres não respiravam oxigénio e os últimos possivelmente só o "cheirarão".

Os restantes seres vivos vão sendo "democráticamente" convidados a mudar de vida.

Pondo de lado o ambiente e a sua degradação,temos que encontrar papa para essa gente toda e mais alguma. O "abrigo" terá que ser feito em altura para não ocupar as terras aráveis.

Há grandes projectos, no Japão e nas Ásias, com alturas de quase 1 km que abrigam até 5 mil pessoas.

Quando os automóveis forem tantos que não caibam nas cidades e nas estradas a solução será encontrada no espaço aéreo...quem sabe se o homem do futuro não terá asas e seja semelhante a um anjo??????

Creio que o Jotabil é capaz de ter uma solução melhor!
Gargalhas
 

Portugal dos velhinhos

por Kid Carcaça... » 22/12/2004 18:22

Segundo fontes governamentais em 2026 a população portuguesa irá ter 25% de idosos, o que segundo os cabeças no nosso governo irá causar a rutura no nosso sistema social...

a solução para eles e simples... + impostos, mais seguros sem benficios fiscais e em ultimo caso, matem-se os velhos....

quando toda a gente sabe, que se houvesse incentivos a natalidade o problema conseguia pelo menos ser aliviado. + creches nas nossas zonas de residência, + apoios a kem é pai/mãe solteira, beneficios fiscais que se vejam a quem tem familias grandes, e que a educação dos filhos não leve um subsidio..., enfim tantas coiasa que poderiam custar tao pouco e significar muito.
Kid Carcaça...
 

por valves » 22/12/2004 18:05

Ora boas tardes hoje um pouco mais cedo do que é costume ( visto estar a gozar uns dias de férias ) muito interessante dá que pensar mas também não é o drama que todos pensavam uma vez que por Exemplo na esmagadora maioria dos países da OCDE o crescimento demografico tem sido nulo ou mesmo negativo ! por exemplo existem estimativas que se não houver compensações sob a forma de imigração Portugal não ultrapassará 8 milhões de habitantes nas proximas decadas com a área metropolitana de Lisboa e Porto a terem juntas 7 milhões de habitantes. Pelos vistos as aridas terras do interior serão confinadas cada vez mais ao abandono a propriedades de fim de semana. Já alguns tempos atrás li no expresso um Jornalista a defender e bem a mudança da capital politica do país para uma cidade de raíz a construir no interior do país - estilo Brasilia - o que vos parece a mim que sou de Lisboa e portanto estou á vontade para falar só me parece bem ! Lisboa está a ficar caotica tendo chegado ao cumulo de apanhar transito parado na segunda circular á 1 h da manhã enfim um verdadeiro caus

Um abraço

Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
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correção

por William Wallace » 22/12/2004 17:31

Se me é permitido, só uma pequena correção:

A população mundial é de 6,4 mil milhões e não de 6 biliões.

Um bilião em POrtugal é um 1 com 12 zeros à frente.


Nos EUA é que "one billion" equivale a mil milhões e daí a confusão gerada.

William
....Aye, fight and you may die, run and you'll live....at least a while. And dying in your beds many years from now, would you be willing to trade all the days from this day to that for one chance, just one chance to come back here and tell our enemies...that they may take our lives, but they'll never take our freedom!
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por Rui12ld » 22/12/2004 17:18

A herança não é tão pesada como parece.
Afinal o impacto do homem nas mudanças climáticas é bem menor do que se previa.
Quanto a população crescente, não é bem assim, países como a Turquia e Egipto vão apresentar pela 1ª vez nesta década taxas de crescimento negativas, isto a juntar a quase totalidade dos países desenvolvidos.

Nunca se viveu tanto e tão bem como nos nossos dias, mas não creio ser esse o problema, o problema vêm mais da zona do cotovelo...

Abraço
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herança

por mcarvalho » 22/12/2004 15:23

Fonte Bpi com a devida vénia (incompleto)
A herança

22/12/2004 14:17

A herança
Há 10.000 anos existiam no globo cerca de 5 milhões de humanos dispersos por enormes vastidões de natureza incólume e vida natural. Por altura do ano zero a humanidade conta com cerca de 150 milhões de pessoas, na sua maioria instalada na Ásia. Depois a curva é lenta chegando-se aos 500 milhões à época dos descobrimentos.

O primeiro bilião atinge-se só no início do século XIX. Mas

é no século XX que a escalada realmente começa. 2 biliões

em 1930; 3 em1960; 4 em1975; 5 em1987; 6 em 1999 para chegar aos 6,4 biliões da actualidade. Apesar da miséria, das guerras, da doença e do egoísmo, pode dizer-se que a nossa espécie tem sido bem sucedida. Talvez até demais. Já que a crescente falta de espaço e recursos, a que se acresce um desequilíbrio económico global, atiram para as condições

mais deploráveis a maior parte destas existências.

Gigantescas massas humanas aglomeram-se em urbes precárias, extensos bairros de lata, campos de refugiados, vielas sem sentido nem destino. As cidades que por estes dias crescem a uma velocidade impressionante, conhecem novos e insuperáveis problemas.

Urbanismo, abastecimento, circulação, higiene, exclusão que eram matérias de teses universitárias, são hoje questões urgentes cuja realidade e dados estatísticos se vêem superados logo no instante em que se publicam.

Basta olhar para a pequena Lisboa, onde até hoje sucessivas administrações municipais não foram capazes de resolver questões tão banais como a circulação e arrumo dos automóveis, a limpeza das ruas, a degradação dos imóveis ou o apoio aos pobres e sem-abrigo.

Não se vê, de facto, luz ao fundo do túnel. Mas, para além desta visão humanista, a questão é ainda mais dramática quando nos colocamos numa perspectiva mais global e exterior a ela. Ou seja, no interesse da vida em geral. A tão bem sucedida espécie humana, pelo menos em quantidade, é para o planeta uma verdadeira praga devastadora e assassina.

Considerando que tudo o que existe deve ser posto ao seu serviço, o homem tem domesticado, manipulado e principalmente chacinado todas as restantes formas de vida, com uma sanha e avidez que com demasiada frequência não exclui a total e definitiva extinção de seres que são obras-primas insubstituíveis com milhões de anos de evolução e existência.

A União Mundial para a Natureza (IUCN) mantém um site (www.iucn.org) com uma listagem actualizada das formas

de vida já extintas, em vias de extinção ou em elevado risco.

Inclui grandes mamíferos e pequenos batráquios, plantas, aves e vida muito pequena, invisível aos nossos olhos, mas fundamental para a manutenção de muitos ecossistemas.

Os dados são impressionantes.

Neste momento encontram-se à beira de extinção cerca de 15 mil espécies. Na secção dos vertebrados com 5mil espécies ameaçadas 600 são pássaros, 1.200 mamíferos e 1.600 anfíbios. São números aterradores e que deviam fazer a humanidade, no seu conjunto, reflectir sobre a enorme responsabilidade e consequências deste extermínio.

Tudo o que são factores de desenvolvimento para o homem, aumento da população, crescimento económico, modernização das sociedades, diminuição da pobreza, tem como contrapartida um decréscimo brutal da diversidade biológica.

Como se o nosso bem-estar só fosse possível à custa da destruição da restante vida na Terra. Para além disso, os dois terços da população mundial que vivem na miséria e que aspiram, em pleno direito, a uma existência melhor, constituem perversamente a garantia de que as coisas só podem piorar. Quando uma parte dessa enorme massa de miseráveis atingir um nível de vida próximo daquele que temos aqui no Ocidente o planeta implodirá. Os recursos e a vida em geral sofrerão uma extinção em massa, provavelmente irreversível para a própria sustentabilidade do planeta.

E no entanto, exceptuando alguns cientistas e ambientalistas, não existe uma consciê...




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