Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[JCS]

Airbus com dificuldades de resposta à procura na China

João Francisco Pinto, em Macau


"A escassez de aviões Airbus, novos ou usados, está a pôr em causa a presença do fabricante europeu nas frotas das companhias aéreas chinesas, que poderão optar pela Boeing para satisfazer as necessidades imediatas de crescimento.

O presidente da Airbus China, Laurence Barron, referiu que o ‘stock’ de aparelhos A319 de 126 passageiros e de A320 de 150 passageiros está actualmente esgotado. Estes são os modelos preferidos pelas transportadoras ‘low- cost’ que estão a ser criadas no mercado chinês.

O responsável do consórcio europeu reconhece as dificuldades em responder à procura. “Há a possibilidade de perdermos o mercado para a nossa concorrência. Estamos com dificuldades na China” precisou Laurence Barron, acrescentando que “vamos trabalhar com as empresas de leasing e se não houver aparelhos falaremos com transportadoras em dificuldades, propondo a redução da frota”.

Os analistas dizem que a incapacidade em responder à procura de aviões novos e usados no curto prazo deverá provocar um aumento das encomendas das várias versões do modelo Boeing 737.

Barron, que falava ao ‘The Standard’, de Hong Kong, lembra que a oferta de Airbus A320 usados, decorrente da falência, no ano passado, da australiana Ansett, já foi absorvida pelo mercado. As companhias chinesas estão, por isso, a olhar com a atenção os desenvolvimentos nos Estados Unidos onde a ATA Airlines pediu, no mês passado, a protecção contra oscredores, e deverá colocar no mercado vários aviões Boeing 737-800.

Até agora a Airbus ainda não perdeu nenhum contrato para a Boeing no que diz respeito ao fornecimento das frotas de transportadoras ‘low-cost’ na China. Pelo menos três a quatro novas companhias deverão optar pelo fabricante europeu.

A Spring & Autumn Airlines, de Xangai, deverá decidir-se pela aquisição de dois ou três Airbus A319 e A320. A United Eagle, sedeada em Chengdu, deverá também comprar dois ou três aviões do mesmo tipo.

A Airbus espera que as transportadoras chinesas de baixo custo comprem pelo menos dez aparelhos A319 e A320, que custam entre 45 e 50 milhões de dólares por unidade, embora o real valor seja menor, devido aos descontos de quantidade.

O fabricante europeu deverá entregar mais de 50 aviões a clientes chineses em 2005, dispondo de encomendas para outros 250 aparelhos.

Quer a Airbus, quer a Boeing estão empenhadas em ganhar a preferência das ‘low-cost’ chinesas. O fabricante europeu compra actualmente componentes para os seus aviões a três empresas chinesas, incluindo as portas dos A320, e diz que tem planos para incluir a China como parceiro privilegiado nos futuros modelos.

Projecções da Autoridade de Aviação Civil da China referem que o movimento de passageiros nos aeroportos do país deve, este ano, ultrapassar 100 milhões de pessoas, mais 20% do que em 2004. O volume de carga deverá aumentar 15%, atingindo 2.5 milhões de toneladas. O mercado da aviação civil chinês regista, actualmente, oa maior taxa de crescimento em todo o mundo. "




Cumprimentos

JCS