Aumentos de capital na banca
Re: Aumentos de capital na banca
Msg repetida
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
Re: Aumentos de capital na banca
Celsius-reloaded Escreveu:Já consegui encontrar.
http://www.bloomberg.com/news/2014-05-1 ... -sale.html
nao tem nada de medo era uma situacao esperada num valor ate 10mm, as accoes ja descontavam isso, eu proprio quando falei em bancos como sg isp ca ou ing disse nao considerar o db por isso... Trata se de um banco com muitos rwa e que estava curto face a natureza da sua atividade de capital
Editado pela última vez por Artista Romeno em 18/5/2014 20:00, num total de 1 vez.
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
Re: Aumentos de capital na banca
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Re: Aumentos de capital na banca
http://www.zerohedge.com/news/2014-05-1 ... 0-discount
Tb me apareceu no telemovel, mas agora não consigo encontrar no site da bloomberg.
Tb me apareceu no telemovel, mas agora não consigo encontrar no site da bloomberg.
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Re: Aumentos de capital na banca
Celsius-reloaded Escreveu:Mto medo anda por esta Europa fora.
Desta feita é o Deutsche bank a aumentar o capital em €8 mil milhões.
fonte?
Stilgar: Take my life Usul (Paul), it's the only way.
Paul: I'M POINTING THE WAY!
DUNE 2
Re: Aumentos de capital na banca
Mto medo anda por esta Europa fora.
Desta feita é o Deutsche bank a aumentar o capital em €8 mil milhões.
Desta feita é o Deutsche bank a aumentar o capital em €8 mil milhões.
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Re: Aumentos de capital na banca
Depois da entrevista do Nuno Amado ao Dinheiro Vivo:
http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO354983.html
creio que estará, por ora, afastada a hipótese de AC no BCP. Parece certo que teremos AC, porque os juros cobrados pelos CoCos's são incrivelmente altos, mas antes há outras opções em cima da mesa.
Eu diria que a grande notícia a que todos os que estão longos no BCP devem estar atentos é à decisão do TC sobre as medidas previstas no orçamento de estado. É que dessa decisão vai depender a opção do Governo relativamente ao deferimento dos créditos fiscais da banca que, por sua vez, poderá (caso venha favorável) levar o BCP a reduzir ou, quem sabe, evitar o AC.
Essa decisão do TC é, pois, chave para se perceber o rumo do BCP nos próximos tempos e só deve ser anunciada depois da próxima semana, por causa da campanha eleitoral.
http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO354983.html
creio que estará, por ora, afastada a hipótese de AC no BCP. Parece certo que teremos AC, porque os juros cobrados pelos CoCos's são incrivelmente altos, mas antes há outras opções em cima da mesa.
Eu diria que a grande notícia a que todos os que estão longos no BCP devem estar atentos é à decisão do TC sobre as medidas previstas no orçamento de estado. É que dessa decisão vai depender a opção do Governo relativamente ao deferimento dos créditos fiscais da banca que, por sua vez, poderá (caso venha favorável) levar o BCP a reduzir ou, quem sabe, evitar o AC.
Essa decisão do TC é, pois, chave para se perceber o rumo do BCP nos próximos tempos e só deve ser anunciada depois da próxima semana, por causa da campanha eleitoral.
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Re: Aumentos de capital na banca
estimados, resumo o aumento de capital de 2012 (coincidencia no valor), que parece comprovar os calculos indicados acima:
nr. de acçoes antes: 1.461 M
nr. de acçoes depois: 4018 M
novas accoes vendidas ao preço de: 0,395€
cotaçao 1 semana antes do anúncio (02/04/2012): 1,32€
cotaçao dia anúncio (11/04/2012): 1,17 €
cotaçao dia a seguir ao anúncio (12/04/2012): 1,04€
cotaçao após direito (16/04/2012): 0,60€
em 2012 a operaçao demorou apenas 3 dias? parece tao pouco
aproveito para deixar alguns links da altura:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/cotaccedilatildeo_das_acccedilotildees_do_bes_ajusta_40_na_segunda_feira.html
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/bes_sobe_pela_primeira_vez_em_12_sessotildees_a_antecipar_destaque_dos_direitos.html
nr. de acçoes antes: 1.461 M
nr. de acçoes depois: 4018 M
novas accoes vendidas ao preço de: 0,395€
cotaçao 1 semana antes do anúncio (02/04/2012): 1,32€
cotaçao dia anúncio (11/04/2012): 1,17 €
cotaçao dia a seguir ao anúncio (12/04/2012): 1,04€
cotaçao após direito (16/04/2012): 0,60€
em 2012 a operaçao demorou apenas 3 dias? parece tao pouco

aproveito para deixar alguns links da altura:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/cotaccedilatildeo_das_acccedilotildees_do_bes_ajusta_40_na_segunda_feira.html
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/bes_sobe_pela_primeira_vez_em_12_sessotildees_a_antecipar_destaque_dos_direitos.html
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Re: Aumentos de capital na banca
Negociarembolsa,
Não era preciso seres tão extenso, bastava teres colocado a formula que te serviu de base às contas.
Eu conheço esse cálculo e sei que muitas pessoas se baseiam nele.
Eu apenas não lhe dou o valor que me parece que muitos lhe dão.
O que essa conta na pratica faz é ajustar o preço de fecho de ontem à realidade apresentada horas depois ( as condições do AC).
No fundo é em tudo semelhante ao que se passa na situação de ex-dividendo. Considero um movimento de caixa que desconto ou adiciona ao Cap e divido pelo nº de acções e a partir dai determino o novo preço de fecho e em seguida tomo esse novo preço de fecho como a referencia para a abertura da sessão seguinte.
O problema é que aqui o preço de fecho, ao contrario do que acontece na situação de ex-dividendo, não reflete as condições do AC pois não as conhecia de antemão.
Mas nos cálculos eu assumo que o mercado no fecho já incorporava essa informação e portanto faço aqui apenas um ajuste técnico para reflectir essa realidade.
Mas no fundo isso é um paradoxo
De qualquer forma esse novo preço de referencia serve apenas como ponto de partida para a sessão seguinte mas pouco nos diz sobre como o mercado vai avaliar a empresa face a uma nova realidade que é dada a conhecer.
È ai que eu me refiro ao preço de subscrição.
Este preço é normalmente definido pelo sindicato bancário que faz a tomada firme da operação.
Ora estes se tiverem que ficar com acções só pagam o preço de subscrição, não tem o custo dos direitos.
Alias se eles tiverem que actuar então no mercado a oferta de direitos é tal que o seu preço já caiu para proximo de zero.
Se eles impõem um preço com aquele desconto é porque fizeram alguma avaliação das consequências do AC e concluíram que aquele é o preço a que estão dispostos comprar acções do BES. Se àquele preço adicionarmos um prémio de risco generoso ( digamos 25 %) talvez possamos ter uma melhor ideia da realidade que nos espera pos-AC.
Admito no entanto que o preço de subscrição também possa resultar de outras considerações como seja por ex. definir um preço com grande desconto o que obriga os actuais accionistas a participarem no AC caso não queiram ver a sua posição completamente diluída..
Resumindo e concluindo, não é nada fácil estimar as consequências do AC no preço da acção.

Não era preciso seres tão extenso, bastava teres colocado a formula que te serviu de base às contas.
Eu conheço esse cálculo e sei que muitas pessoas se baseiam nele.
Eu apenas não lhe dou o valor que me parece que muitos lhe dão.
O que essa conta na pratica faz é ajustar o preço de fecho de ontem à realidade apresentada horas depois ( as condições do AC).
No fundo é em tudo semelhante ao que se passa na situação de ex-dividendo. Considero um movimento de caixa que desconto ou adiciona ao Cap e divido pelo nº de acções e a partir dai determino o novo preço de fecho e em seguida tomo esse novo preço de fecho como a referencia para a abertura da sessão seguinte.
O problema é que aqui o preço de fecho, ao contrario do que acontece na situação de ex-dividendo, não reflete as condições do AC pois não as conhecia de antemão.
Mas nos cálculos eu assumo que o mercado no fecho já incorporava essa informação e portanto faço aqui apenas um ajuste técnico para reflectir essa realidade.
Mas no fundo isso é um paradoxo
De qualquer forma esse novo preço de referencia serve apenas como ponto de partida para a sessão seguinte mas pouco nos diz sobre como o mercado vai avaliar a empresa face a uma nova realidade que é dada a conhecer.
È ai que eu me refiro ao preço de subscrição.
Este preço é normalmente definido pelo sindicato bancário que faz a tomada firme da operação.
Ora estes se tiverem que ficar com acções só pagam o preço de subscrição, não tem o custo dos direitos.
Alias se eles tiverem que actuar então no mercado a oferta de direitos é tal que o seu preço já caiu para proximo de zero.
Se eles impõem um preço com aquele desconto é porque fizeram alguma avaliação das consequências do AC e concluíram que aquele é o preço a que estão dispostos comprar acções do BES. Se àquele preço adicionarmos um prémio de risco generoso ( digamos 25 %) talvez possamos ter uma melhor ideia da realidade que nos espera pos-AC.
Admito no entanto que o preço de subscrição também possa resultar de outras considerações como seja por ex. definir um preço com grande desconto o que obriga os actuais accionistas a participarem no AC caso não queiram ver a sua posição completamente diluída..
Resumindo e concluindo, não é nada fácil estimar as consequências do AC no preço da acção.

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Re: Aumentos de capital na banca
Storgoff Escreveu:Como é que fizeste essas contas para o caso do BES?
Também não percebi esse conceito de valor justo?
Estas a falar no Cap?
Amigo Storgoff, apesar de estar explicado acima, com valores para o dia em que a notícia foi conhecida, não me importo absolutamente nada de repetir o raciocínio e o cálculo (afinal de contas, é dessa forma que eu ponho comida na mesa: explicar cálculos).
Ontem às 16:35, quando a sessão fechou, o capital social do BES estava distribuído por 4.017.928.471 ações, valendo cada uma 1,058€, o que significa que o banco estava avaliado em 4251 milhões de euros.
À noite é anunciado o aumento de capital, que passa pela emissão, a partir do nada, de cerca de 1.607.000.000 ações (que serão vendidas ao preço de 0,65€).
Assim sendo, embora o aumento de capital ainda não tenha sido realizado, para todos os efeitos é como se já tivesse sido, e o BES abriu hoje de manhã com um total de 5625 milhões de ações (4018 a 1,058€ +1607 a 0,65€). Para que o valor do BES se mantivesse igual ao de ontem (o que eu chamo preço justo), tínhamos de ter a tal descida da cotação para os 0,94€: (4018x1,058+1607x0,65)/5625.
É aqui que o desconto do AC faz mossa: quanto maior for o desconto, mais diluída é a cotação da ação. A propósito, no momento em que te respondo, com o BES a cotar nos 0,98€, podemos dizer que o mercado está a calcular um benefício real para o BES de 225 milhões de euros com o AC.
Storgoff Escreveu:O preço de subscrição é sempre a melhor referencia porque é exactamente o preço a que os tomadores firme estão dispostos a ficar com as acções. Ora acredito bem mais nas contas deles , por um lado porque são grandes bancos de investimento muito habituados a fazer estas avaliações e depois são eles que vão arriscar dinheiro.
Falas em comprar ações a 0,65€ no AC como um bom negócio. Não te esqueças de que, para ires ao AC, precisas de adquirir direitos. Não há almoços grátis, como costuma dizer o Ulisses. O preço dos direitos com o preço da subscrição equilibra automaticamente com o preço instantâneo da ação.
Storgoff Escreveu:No caso do BCP ainda me parece mais dificil fazer contas porque nem sequer nada foi comunicado quanto ao preço de subscrição por acção.
Quanto ao BCP, fiz um exercício, que não corresponde a nenhuma espécie de realismo porque, como bem assinalas, ainda nada foi anunciado de concreto, mas que passa por assumir um AC do valor noticiado (1500 M€) com um desconto igual ao do BES.
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Re: Aumentos de capital na banca
Negociarembolsa Escreveu:Amigos, peguei no lápis e fiz umas contas de merceeiro para atualizar os dados que publicamos há dois dias atrás, quando a notícia estoirou. Com o desconto oferecido, e a preço de fecho de hoje, o valor justo de cada ação do BES fica nos 94 cêntimos (por valor justo, entenda-se valor do banco para, após o AC, valer justamente o mesmo que vale hoje).
Já agora apresento também o cálculo para o BCP que,.....
.... se o BCP fizesse hoje um AC nos moldes do BES, mas no valor de 1500 milhões de euros, que é do que se tem falado, teríamos ações novas a ser vendidas a cerca de 10,4 cêntimos e um valor justo para a ação atual de 14,1 cêntimos.
Como é que fizeste essas contas para o caso do BES?
Também não percebi esse conceito de valor justo?
Estas a falar no Cap?
No caso do BCP ainda me parece mais dificil fazer contas porque nem sequer nada foi comunicado quanto ao preço de subscrição por acção.
O preço de subscrição é sempre a melhor referencia porque é exactamente o preço a que os tomadores firme estão dispostos a ficar com as acções. Ora acredito bem mais nas contas deles , por um lado porque são grandes bancos de investimento muito habituados a fazer estas avaliações e depois são eles que vão arriscar dinheiro.
Podemos admitir que eles propõem um preço que lhes permita ficar comas acções a desconto ( admitamos um prémio de risco de 15 a 20%)
No caso do BES daria um preço para o imediato de algo entre 75 e 80 cts
Quanto as contas que fizeste gostava de conhecer o método que usaste.
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Re: Aumentos de capital na banca
Amigos, peguei no lápis e fiz umas contas de merceeiro para atualizar os dados que publicamos há dois dias atrás, quando a notícia estoirou. Com o desconto oferecido, e a preço de fecho de hoje, o valor justo de cada ação do BES fica nos 94 cêntimos (por valor justo, entenda-se valor do banco para, após o AC, valer justamente o mesmo que vale hoje).
Já agora apresento também o cálculo para o BCP que, não duvidem, vai enveredar pelo mesmo caminho do AC (veremos é se há dinheiro que chegue para todos). Aliás, depois do estrago feito, seria impensável não avançar com essa medida, visto que é, apesar de tudo, uma solução ótima para o banco se ver livre dos coco’s, que exigem um juro de, se não estou em erro, 9,5%. Ora bem, se o BCP fizesse hoje um AC nos moldes do BES, mas no valor de 1500 milhões de euros, que é do que se tem falado, teríamos ações novas a ser vendidas a cerca de 10,4 cêntimos e um valor justo para a ação atual de 14,1 cêntimos.
Com estes dados, façam as vossas apostas, mas cuidado: no curto prazo vai haver subidas com certeza, mas a tendência inverteu completamente e é capaz de não ser saudável para a carteira exigir de mais dos mercados.
Já agora apresento também o cálculo para o BCP que, não duvidem, vai enveredar pelo mesmo caminho do AC (veremos é se há dinheiro que chegue para todos). Aliás, depois do estrago feito, seria impensável não avançar com essa medida, visto que é, apesar de tudo, uma solução ótima para o banco se ver livre dos coco’s, que exigem um juro de, se não estou em erro, 9,5%. Ora bem, se o BCP fizesse hoje um AC nos moldes do BES, mas no valor de 1500 milhões de euros, que é do que se tem falado, teríamos ações novas a ser vendidas a cerca de 10,4 cêntimos e um valor justo para a ação atual de 14,1 cêntimos.
Com estes dados, façam as vossas apostas, mas cuidado: no curto prazo vai haver subidas com certeza, mas a tendência inverteu completamente e é capaz de não ser saudável para a carteira exigir de mais dos mercados.
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Re: Aumentos de capital na banca
Negociarembolsa Escreveu:O mínimo que se pode dizer sobre as notícias de aumento de capital na banca, que ontem saíram na imprensa, é que o timing foi azarado:
....
Diria que só falta os juros da dívida pública começarem a subir, para termos o caldo entornado. Mas nem vamos falar disso para não agoirar.
Mas também esses estão hoje a subir fortemente.
A tempestade perfeita.
É tipo tsunami. O pessoal esta na parai tarnquilo com um belo dia de sol, vê a onda la longe mas parece tudo normal e de repente quando já não há nada a fazer é que nos apercebemos da catástrofe que nos vai trocidar completamente.
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Re: Aumentos de capital na banca
O mínimo que se pode dizer sobre as notícias de aumento de capital na banca, que ontem saíram na imprensa, é que o timing foi azarado:
- O PSI20, depois de um arranque de ano fulgurante, tinha encetado há já algumas semanas uma correção que passara para lá do meramente saudável, para assumir proporções alarmantes, com quebra da tendência ascendente na passada 2ª feira (ver o nosso gráfico no tópico do índice);
- As principais ações do índice davam sinais de grande fraqueza, com destaque precisamente para a banca que estava a fazer lower highs sucessivos;
- Do lado da banca foi terrível o anúncio de que o Barclays tinha a intenção de fechar o negócio no nosso país e abalar. Embora o fecho puro e simples tenha depois sido desmentido (de forma tão pueril que só o tornou mais assustador), o facto de não se ponderar a venda deixou a ideia de fuga atabalhoada, o que só é possível, diga-se o que se disser, se o negócio estiver pior do que se pensava. Ninguém foge, nem a peanners!;
- Entretanto, vem hoje na imprensa que o BBVA também está de malas aviadas, coisa já sabida há algum tempo, mas a verdade é que a notícia, se no início do ano era encarada como uma simples opção tática de gestão (o BBVA fartou-se de assumir prejuízos em Portugal), nos dias que correm começa a dar a ideia de debandada;
- Hoje saíram os números do PIB português e dá outra vez má onda. Os números vêm abaixo do previsto e a economia dá claramente sinais de estar a fraquejar.
Diria que só falta os juros da dívida pública começarem a subir, para termos o caldo entornado. Mas nem vamos falar disso para não agoirar.
- O PSI20, depois de um arranque de ano fulgurante, tinha encetado há já algumas semanas uma correção que passara para lá do meramente saudável, para assumir proporções alarmantes, com quebra da tendência ascendente na passada 2ª feira (ver o nosso gráfico no tópico do índice);
- As principais ações do índice davam sinais de grande fraqueza, com destaque precisamente para a banca que estava a fazer lower highs sucessivos;
- Do lado da banca foi terrível o anúncio de que o Barclays tinha a intenção de fechar o negócio no nosso país e abalar. Embora o fecho puro e simples tenha depois sido desmentido (de forma tão pueril que só o tornou mais assustador), o facto de não se ponderar a venda deixou a ideia de fuga atabalhoada, o que só é possível, diga-se o que se disser, se o negócio estiver pior do que se pensava. Ninguém foge, nem a peanners!;
- Entretanto, vem hoje na imprensa que o BBVA também está de malas aviadas, coisa já sabida há algum tempo, mas a verdade é que a notícia, se no início do ano era encarada como uma simples opção tática de gestão (o BBVA fartou-se de assumir prejuízos em Portugal), nos dias que correm começa a dar a ideia de debandada;
- Hoje saíram os números do PIB português e dá outra vez má onda. Os números vêm abaixo do previsto e a economia dá claramente sinais de estar a fraquejar.
Diria que só falta os juros da dívida pública começarem a subir, para termos o caldo entornado. Mas nem vamos falar disso para não agoirar.
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Re: Aumentos de capital na banca
estimados, fará sentido generalizar para os bancos europeus?
tenho ideia de ter lido que os bancos portugueses até seriam dos melhores preparados para os testes de stress (?).
olhei para o stoxx europe 600 banks e parece estar num triangulo de consolidaçao (?). os volumes das descidas sao bem superiores aos das subidas...
tenho ideia de ter lido que os bancos portugueses até seriam dos melhores preparados para os testes de stress (?).
olhei para o stoxx europe 600 banks e parece estar num triangulo de consolidaçao (?). os volumes das descidas sao bem superiores aos das subidas...
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Re: Aumentos de capital na banca
Entendo a pressão vendedora, e portanto quem se desfaz das acções nestas alturas. Enquanto algumas empresas dão dividendos e estabilidade, a banca continua na sombra da Incerteza dos aumentos de capital. Ja estive longo no BES mas vendi em Fevereiro precisamente quando comecei a ouvir os primeiros rumores sobre um aumento de capital no BES se bem me lembro na altura. Como o propósito não era um trade a longo prazo, a Incerteza tomou a decisão por mim. Concordo ainda com quem ja referiu a CMVM, porquê não existirem comunicados, nada..
Bons negocios
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Re: Aumentos de capital na banca
Tal como o Ulisses menciona...
A banca, principalmente, Bes e Bcp, tem feito vários aumentos de capital nos últimos anos...
Os pequenos accionistas já não acreditam muito nestas medidas, e a diluição é a palavra chave.
Pessoalmente, não tenho posição nem longa, nem curta nestes bancos, já tive!!!!!
Mas, a abrir posição seria para estar curto, pois a diminuição de valor evidente, induzirá pressão vendedora....
Uma coisa é certa, fala-se muito, mas comunicados oficiais não existem... Por outro lado, não existe nunca fumo, sem fogo.
Para quem está longo apenas existem duas soluções, quando existirem certezas absolutas, sobre os aumentos de capital:
a) Verificar em que moldes os mesmos se perfilam.
b) Decidir se os mesmos servem os seus interesses, e janelas temporais de investimento, sendo certo que, poderão hipoteticamente aplicar o valor das vendas noutros papeis.
É sempre muito complicado, e é uma situação que tenho muito boa memória.... No passado tive Bes com uma posição antes do último aumento de capital a um preço médio de 1,50. Acompanhei o aumento de capital, ainda vendi parte dos direitos que me calharam, mas foi um mau negócio, pois a minha janela temporal exigia retornos, na altura mais céleres, isto é, se não tivesse vendido, na altura, para vender 1 ano e meio depois quando estiveram a € 1,40, claro que tinha ganho dinheiro..... Mas, no jogo dos "ses" todos somos bons investidores...
Acredito que este, é um bom exemplo pedagógico.....
Levei 6 meses para recuperar a perda da venda, mas, como é óbvio, se tivesse esperado tinha saído a ganhar....
No limite, cada um decide por si
Cumprimentos.
_Noah
A banca, principalmente, Bes e Bcp, tem feito vários aumentos de capital nos últimos anos...
Os pequenos accionistas já não acreditam muito nestas medidas, e a diluição é a palavra chave.
Pessoalmente, não tenho posição nem longa, nem curta nestes bancos, já tive!!!!!
Mas, a abrir posição seria para estar curto, pois a diminuição de valor evidente, induzirá pressão vendedora....
Uma coisa é certa, fala-se muito, mas comunicados oficiais não existem... Por outro lado, não existe nunca fumo, sem fogo.
Para quem está longo apenas existem duas soluções, quando existirem certezas absolutas, sobre os aumentos de capital:
a) Verificar em que moldes os mesmos se perfilam.
b) Decidir se os mesmos servem os seus interesses, e janelas temporais de investimento, sendo certo que, poderão hipoteticamente aplicar o valor das vendas noutros papeis.
É sempre muito complicado, e é uma situação que tenho muito boa memória.... No passado tive Bes com uma posição antes do último aumento de capital a um preço médio de 1,50. Acompanhei o aumento de capital, ainda vendi parte dos direitos que me calharam, mas foi um mau negócio, pois a minha janela temporal exigia retornos, na altura mais céleres, isto é, se não tivesse vendido, na altura, para vender 1 ano e meio depois quando estiveram a € 1,40, claro que tinha ganho dinheiro..... Mas, no jogo dos "ses" todos somos bons investidores...
Acredito que este, é um bom exemplo pedagógico.....
Levei 6 meses para recuperar a perda da venda, mas, como é óbvio, se tivesse esperado tinha saído a ganhar....
No limite, cada um decide por si

Cumprimentos.
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"I never attempt to make money on the stock market. I buy on the assumption that they could close the market the next day and not reopen it for five years" (Warren Buffet)
When stocks are attractive, you buy them. Sure, they can go lower. I've bought stocks at $12 that went to $2, but then they later went to $30. (Peter Lynch)
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Re: Aumentos de capital na banca
Foi-se a Troika ... resta a desconfiança e a incompetencia , o laissé faire , laissé passé
Economia 14 Mai 2014, 15:11h
“Não há economia saudável com bancos doentes”
foto
Presidente da AIP nas Jornadas Millennium Empresas
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Para o presidente da AIP resolver o problema do endividamento das empresas é prioritário. José Eduardo Carvalho defende que a solução poderá passar pela “elaboração de um plano para reestruturar as dívidas das empresas” tal como o FMI propôs ao Governo”, iniciativa que considera “fundamental”. Aquela posição foi defendida perante duas centenas de empresários que o escutaram durante a sua intervenção nas “Jornadas Millennium Empresas”, realizadas pelo Millennium BCP no dia 7 de Maio, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.
José Eduardo Carvalho lamentou o facto de todos criticarem a actuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, quando podiam antes reflectir sobre a mais-valia das suas propostas. “Discordo dessa análise, penso que muitas das suas decisões, políticas e propostas se enquadram perfeitamente naquilo que necessitamos para sair do buraco onde nos encontramos”, afirmou o presidente da AIP. “O FMI propôs ao Governo a elaboração de um plano para reestruturar as dívidas das empresas. É fundamental. O endividamento das empresas representa 118% do PIB, excluindo as sociedades financeiras”.
Para o presidente da AIP, “a severidade nas exigências do plano de ajustamento que se teve com a banca relativamente à desalavancagem e aos capitais próprios acabou por conduzir à insolvência das empresas”. O stock do crédito das micro e pequenas empresas em três anos reduziu 7,3 mil milhões de euros, montante que “bastava para construir seis pontes Vasco da Gama”.
Nos próximos tempos “é extremamente difícil a este Governo ou a qualquer outro fazer o equilíbrio virtuoso entre uma política orçamental, que tem que ter austeridade, e uma política de competitividade, que tem que ter crescimento”, observou José Eduardo Carvalho acrescentando uma nota de encorajamento aos empresários: “Não podemos estar à espera de políticas públicas que nos possam ajudar a resolver os problemas. Temos de contar mais connosco que propriamente com essa esperança”.
“Não há uma economia com saúde com bancos doentes”, assim avaliou o presidente da AIP, sublinhando estarmos a viver “uma crise de descontinuidade”, semelhante àquela que combinou os efeitos da Grande Depressão com os da Segunda Guerra Mundial. “É uma crise em que não basta corrigir os desequilíbrios sem alterar a matriz da estrutura da economia ou da estrutura produtiva”, referiu José Eduardo Carvalho que explicou em detalhe a sua interpretação dos acontecimentos: “Esta crise de descontinuidade que vivemos actualmente acentuou de forma muito significativa o processo de desindustrialização que se desencadeou durante os últimos 20 anos e também o fenómeno da reindustrialização. Mas estes fenómenos não se passam da mesma forma entre países com excedentes e países com défices”.
E acrescentou: “Entre 2000 e 2012 a Europa perdeu cerca de 4,6 milhões de empregos no sector da indústria transformadora e na indústria extractiva. Os países do Sul perderam muito mais (enquanto a Alemanha cresceu 62.000), a Itália perdeu 561.000, a Espanha 635.000 e Portugal cerca de 156.000. A República Checa, a Eslováquia, a Alemanha, a Dinamarca e os Países Baixos não tiveram um decréscimo do contributo da indústria no PIB. “Nos países com défice isso sucedeu”, precisou o presidente da AIP ao sublinhar que “a situação é um pouco diferente conforme se trate de um país com défice e de um país com excedentes”.
José Eduardo Carvalho reflectiu sobre o tema “Factores de desenvolvimento da Economia da Região de Leiria”, painel onde intervieram também Avelino Gaspar (presidente do grupo Lusiaves), Joaquim Menezes (presidente do grupo Iberomoldes), Jorge Santos (presidente da Associação Empresarial da Região de Leiria) e Luís Pereira Coutinho (administrador executivo do Millennium BCP). Nuno Amado, presidente executivo do Millennium BCP, encerrou o encontro.
Economia 14 Mai 2014, 15:11h
“Não há economia saudável com bancos doentes”
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Presidente da AIP nas Jornadas Millennium Empresas
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Para o presidente da AIP resolver o problema do endividamento das empresas é prioritário. José Eduardo Carvalho defende que a solução poderá passar pela “elaboração de um plano para reestruturar as dívidas das empresas” tal como o FMI propôs ao Governo”, iniciativa que considera “fundamental”. Aquela posição foi defendida perante duas centenas de empresários que o escutaram durante a sua intervenção nas “Jornadas Millennium Empresas”, realizadas pelo Millennium BCP no dia 7 de Maio, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.
José Eduardo Carvalho lamentou o facto de todos criticarem a actuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, quando podiam antes reflectir sobre a mais-valia das suas propostas. “Discordo dessa análise, penso que muitas das suas decisões, políticas e propostas se enquadram perfeitamente naquilo que necessitamos para sair do buraco onde nos encontramos”, afirmou o presidente da AIP. “O FMI propôs ao Governo a elaboração de um plano para reestruturar as dívidas das empresas. É fundamental. O endividamento das empresas representa 118% do PIB, excluindo as sociedades financeiras”.
Para o presidente da AIP, “a severidade nas exigências do plano de ajustamento que se teve com a banca relativamente à desalavancagem e aos capitais próprios acabou por conduzir à insolvência das empresas”. O stock do crédito das micro e pequenas empresas em três anos reduziu 7,3 mil milhões de euros, montante que “bastava para construir seis pontes Vasco da Gama”.
Nos próximos tempos “é extremamente difícil a este Governo ou a qualquer outro fazer o equilíbrio virtuoso entre uma política orçamental, que tem que ter austeridade, e uma política de competitividade, que tem que ter crescimento”, observou José Eduardo Carvalho acrescentando uma nota de encorajamento aos empresários: “Não podemos estar à espera de políticas públicas que nos possam ajudar a resolver os problemas. Temos de contar mais connosco que propriamente com essa esperança”.
“Não há uma economia com saúde com bancos doentes”, assim avaliou o presidente da AIP, sublinhando estarmos a viver “uma crise de descontinuidade”, semelhante àquela que combinou os efeitos da Grande Depressão com os da Segunda Guerra Mundial. “É uma crise em que não basta corrigir os desequilíbrios sem alterar a matriz da estrutura da economia ou da estrutura produtiva”, referiu José Eduardo Carvalho que explicou em detalhe a sua interpretação dos acontecimentos: “Esta crise de descontinuidade que vivemos actualmente acentuou de forma muito significativa o processo de desindustrialização que se desencadeou durante os últimos 20 anos e também o fenómeno da reindustrialização. Mas estes fenómenos não se passam da mesma forma entre países com excedentes e países com défices”.
E acrescentou: “Entre 2000 e 2012 a Europa perdeu cerca de 4,6 milhões de empregos no sector da indústria transformadora e na indústria extractiva. Os países do Sul perderam muito mais (enquanto a Alemanha cresceu 62.000), a Itália perdeu 561.000, a Espanha 635.000 e Portugal cerca de 156.000. A República Checa, a Eslováquia, a Alemanha, a Dinamarca e os Países Baixos não tiveram um decréscimo do contributo da indústria no PIB. “Nos países com défice isso sucedeu”, precisou o presidente da AIP ao sublinhar que “a situação é um pouco diferente conforme se trate de um país com défice e de um país com excedentes”.
José Eduardo Carvalho reflectiu sobre o tema “Factores de desenvolvimento da Economia da Região de Leiria”, painel onde intervieram também Avelino Gaspar (presidente do grupo Lusiaves), Joaquim Menezes (presidente do grupo Iberomoldes), Jorge Santos (presidente da Associação Empresarial da Região de Leiria) e Luís Pereira Coutinho (administrador executivo do Millennium BCP). Nuno Amado, presidente executivo do Millennium BCP, encerrou o encontro.
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Re: Aumentos de capital na banca
Os constantes AC em toda a Banca Portuguesa só mostra a total incompetência das actuais equipas de gestão e administração das mesmas. Achei engraçado o anuncio do AC do Banif na tv, parecia que aquilo era uma empresa credível e em crescimento . Lol, enfim publicidade enganosa é uma constante. Depois ontem sai no jornal que o BES e BCP vão fazer AC , e a CMVM , nada ! O BES ja vai no quarto (4) aumento de capital nos últimos cincos (5) anos. Saliento o facto de ser o único banco que não está nas mãos do estado através dos famosos coco´s , mas como todos os outros depende do Estado para sobreviver. O BCP se fizer o AC de 1,5MM como se fala equivale a cerca de 40% do seu actual valor em bolsa , ou seja é algo brutal.
Como nunca gostei da banca para investir a não ser em opa´s , e como acho que a banca não deve ser diferente de uma qualquer outra empresa que em caso de má gestão deve fechar , e se como dizem é uma área muito sensível e não pode falir, então não deve ser privada! Desde a fraude do BPN criado por pessoas ligadas aos PSD mas nacionalizado pelo PS , ao esquema ponzi do BPP, a salvação de praticamente todos os grandes bancos pelos contribuintes a excepção do BES a imagem da nossa banca reflecte o estado a que isto chegou .
Como nunca gostei da banca para investir a não ser em opa´s , e como acho que a banca não deve ser diferente de uma qualquer outra empresa que em caso de má gestão deve fechar , e se como dizem é uma área muito sensível e não pode falir, então não deve ser privada! Desde a fraude do BPN criado por pessoas ligadas aos PSD mas nacionalizado pelo PS , ao esquema ponzi do BPP, a salvação de praticamente todos os grandes bancos pelos contribuintes a excepção do BES a imagem da nossa banca reflecte o estado a que isto chegou .
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Re: Aumentos de capital na banca
Ulisses Pereira Escreveu:As reacções violentas e negativas que têm acontecido nos anúncios de aumento de capital em portugal têm, de facto, uma relação muito directa com a quantidade de aumentos de capital nos últimos anos. Senão, os danos seriam mais contidos.
Um abraço,
Ulisses
Os AC passados no bcp para quem conhecesse quem estava a frente do barco a historia percebia que aquela do bcp custa um café tava barato... mas era so pa quem nao queria ver a pessima gestao do banco... toda a banca em geral tem aumentado o capital nos ultimos anos , pela crise pelas alterações regulatorias... agora pessoalmente pensei que o bes fizesse um AC para meter o core tier 1 basel 3 fully loaded de 8,1% para valores acima dos 9% praí 500-750 já acomodando prejuzos nunca até aos 1000m o que prai é a confissao que este ano vai haver pancada nos resultados... mas posso estar errado( nao estou a incluir a dita garantia soberana de angola neste raciocionio, com ela o cenario de 1000m revelava algo ainda pior)
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
Re: Aumentos de capital na banca
As reacções violentas e negativas que têm acontecido nos anúncios de aumento de capital em portugal têm, de facto, uma relação muito directa com a quantidade de aumentos de capital nos últimos anos. Senão, os danos seriam mais contidos.
Um abraço,
Ulisses
Um abraço,
Ulisses
Re: Aumentos de capital na banca
Atencíon: no caso do BES ninguem viu os resultados entre outras coisas o bes tem muitos imoveis em balanço e vem aí o AQR, para tarem a agir tao rapido... vejam lá se no fim parte deste AC nao vai ser comido por prejuizos... essa do soma e subtrai....Negociarembolsa Escreveu:Ulisses Pereira Escreveu:NegociaremBolsa, eu compreendo o teu raciocínio, mas achar que o dinheiro de um aumento de capital desaparecerá por magia não faz muito sentido, na minha opinião.
Ulisses, evidentemente, não creio que desapareça e tenho a certeza de que, desta vez, será usado para criar valor. No entanto, uma coisa é certa: eu já perdi a conta aos AC, por exemplo, do BCP e julgo não exagerar ao dizer que, pelo menos recentemente, só o último foi capaz de gerar algum valor. E isso aconteceu porque foi feito em condições extraordinariamente favoráveis para quem investia.
Por outro lado, os cálculos que apresento não servem para justificar a visão de que haja ou não criação de valor. Apenas indicam objetivamente os valores em que manobramos, caso acreditemos numa ou noutra situação.
Um abraço.
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
Re: Aumentos de capital na banca
Ulisses Pereira Escreveu:NegociaremBolsa, eu compreendo o teu raciocínio, mas achar que o dinheiro de um aumento de capital desaparecerá por magia não faz muito sentido, na minha opinião.
Ulisses, evidentemente, não creio que desapareça e tenho a certeza de que, desta vez, será usado para criar valor. No entanto, uma coisa é certa: eu já perdi a conta aos AC, por exemplo, do BCP e julgo não exagerar ao dizer que, pelo menos recentemente, só o último foi capaz de gerar algum valor. E isso aconteceu porque foi feito em condições extraordinariamente favoráveis para quem investia.
Por outro lado, os cálculos que apresento não servem para justificar a visão de que haja ou não criação de valor. Apenas indicam objetivamente os valores em que manobramos, caso acreditemos numa ou noutra situação.
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Re: Aumentos de capital na banca
NegociaremBolsa, eu compreendo o teu raciocínio, mas achar que o dinheiro de um aumento de capital desaparecerá por magia não faz muito sentido, na minha opinião.
Um abraço,
Ulisses
Um abraço,
Ulisses
Re: Aumentos de capital na banca
Ulisses, eu cheguei a afirmar no tópico do BCP que não acreditava que houvesse aumento de capital porque tal não tinha sido abordado na apresentação de resultados, e achava que o ar de seriedade do Nuno Amado transmitia a confiança de que, se o banco estivesse a ponderar essa hipótese, tal teria sucedido.
Devo dizer que concordo que me parece que este AC, pelo menos no caso do BCP, é gerador de valor e admito que esta reação a quente e espavorida possa ser estancada a breve prazo.
Entretanto, fiz para o BES os mesmos cálculos que apresento acima para o BCP:
- Ontem o BES fechou a valer 1,22€. Como existem 4.017.928.471 ações representativas do capital do banco, isso significa que o banco valia cerca de 4900 milhões de euros.
- Hoje é noticiado um aumento de capital de 1000 milhões de euros, o que elevará o valor do banco para 5900 milhões de euros de forma automática, por mera criação de capital.
Agora as questões-chave:
- Se os acionistas acharem que, com o aumento de capital se gerará riqueza para justificar essa valorização automática de 20,4% no valor do banco, as ações não caem e o preço mantém-se (está bom de ver que não foi esta a leitura);
- Se os acionistas perceberem que o aumento de capital não vai acrescentar valor nenhum ao banco e que o dinheiro desaparecerá pura e simplesmente, então, depois de recebido o dinheiro do aumento de capital, o banco continuará a valer os tais 4900 milhões de euros. Acontece que terá mais cerca de 820 milhões de ações representativas do capital entretanto emitido. Por esse motivo, o valor de cada ação já não será 1,22€, mas sim 1,01€!
- Se os acionistas acharem que o aumento de capital retira valor ao banco... é fazerem as contas!
Contas feitas, para que o valor do banco se mantenha, o BES deverá desvalorizar em relação a ontem cerca de 17,0% (já resvalou quase metade), ao passo que a queda do BCP deverá ser de 27,5% (10% hoje). Aqui sim, percebemos ainda melhor por que motivo a queda do BES foi ligeiramente inferior no dia de hoje, embora, curiosamente, os dados pareçam indicar que o AC do BCP terá sido mais bem recebido.
Claro que, daqui até ao aumento de capital ainda muita água vai correr debaixo das pontes e as cotações vão sofrer alterações, mas estas contas de algibeira explicam-nos muito do afundanço a que tivemos oportunidade de assistir.
Devo dizer que concordo que me parece que este AC, pelo menos no caso do BCP, é gerador de valor e admito que esta reação a quente e espavorida possa ser estancada a breve prazo.
Entretanto, fiz para o BES os mesmos cálculos que apresento acima para o BCP:
- Ontem o BES fechou a valer 1,22€. Como existem 4.017.928.471 ações representativas do capital do banco, isso significa que o banco valia cerca de 4900 milhões de euros.
- Hoje é noticiado um aumento de capital de 1000 milhões de euros, o que elevará o valor do banco para 5900 milhões de euros de forma automática, por mera criação de capital.
Agora as questões-chave:
- Se os acionistas acharem que, com o aumento de capital se gerará riqueza para justificar essa valorização automática de 20,4% no valor do banco, as ações não caem e o preço mantém-se (está bom de ver que não foi esta a leitura);
- Se os acionistas perceberem que o aumento de capital não vai acrescentar valor nenhum ao banco e que o dinheiro desaparecerá pura e simplesmente, então, depois de recebido o dinheiro do aumento de capital, o banco continuará a valer os tais 4900 milhões de euros. Acontece que terá mais cerca de 820 milhões de ações representativas do capital entretanto emitido. Por esse motivo, o valor de cada ação já não será 1,22€, mas sim 1,01€!
- Se os acionistas acharem que o aumento de capital retira valor ao banco... é fazerem as contas!
Contas feitas, para que o valor do banco se mantenha, o BES deverá desvalorizar em relação a ontem cerca de 17,0% (já resvalou quase metade), ao passo que a queda do BCP deverá ser de 27,5% (10% hoje). Aqui sim, percebemos ainda melhor por que motivo a queda do BES foi ligeiramente inferior no dia de hoje, embora, curiosamente, os dados pareçam indicar que o AC do BCP terá sido mais bem recebido.
Claro que, daqui até ao aumento de capital ainda muita água vai correr debaixo das pontes e as cotações vão sofrer alterações, mas estas contas de algibeira explicam-nos muito do afundanço a que tivemos oportunidade de assistir.
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