O que significaria o bloqueio do Estreito de Ormuz?

[e-finance]

Já agora, deito mais uma acha para esta sempre tão florida batalha do bem contra o mal!

No jornal Expresso de hoje o Pedro Santos Guerreiro aponta como uma possibilidade para colmatar o rombo de um possível chumbo do Constitucional ao corte das pensões e de salários na FP, o aumento de impostos já admitido pelo PPC, mas acrescenta a nuance de a coisa poder passar pelo método proposto por Miguel Cadilhe: um imposto único sobre o património aplicado de uma só vez, como se fosse penicilina na nádega.

Como sabem, nesta coisa dos mercados financeiros, a verdade é atributo que não faz parte dos pré-requisitos; basta a dúvida e a sua irmã: a incerteza. Eu não sou adivinho nem ando pelos passos perdidos da Assembleia à cata de novidades bombásticas, mas não gostei nada de ver ontem de tarde o povo a largar ações de banca como se houvesse fogo na igreja durante a missa cantada.

Pode ter sido só uma quebra técnica, podem ser os resultados do BES (e correspondente aumento de capital), pode ser a saída em regime de liquidação total do Barclays, pode ter sido um movimento perfeitamente natural num dia normal de PSI20, mas a mim pareceu-me gente a fugir... De quê?!

Uma medida desse género, seria algo que as pessoas não iriam esquecer tão cedo, ficaria para sempre colada ao PSD(o CDS extinguia-se), coisa que eles devem querer evitar a todo o custo. Se essa medida não foi tomado na altura em que "tudo era permitido" e a culpa facilmente se imputava ao PS parece-me difícil ser implementada agora.
Criar um problema desse nível também para os bancos, falta de confiança no sistema bancário com as pessoas a procurar alternativas para guardar o dinheiro.
A economia levaria uma marretada com a falta de dinheiro e confiança. Depois refere-se o património e isso vai muito para além dos depósitos, muitas pessoas não terão dinheiro para pagar algo desse género. Por mais que cobrem e confisquem não vai melhorar nada, e nos próximos anos como resolviam, repetir o imposto? O truque parece-me ser a estabilidade e a confiança para os nacionais e atrair capitais estrangeiros.
Se me perguntarem se é possível eu responderia que é possível, mas não acredito que seja executado.

Acredito em algo mais simples para justificar as quedas, a saída do BBVA, Barclays o DB não considera estratégico o mercado Português, isso revela que não acreditam na nossa recuperação nos anos mais próximos, só por ai já são motivos mais que suficientes para o dinheiro mudar de pouso, a instabilidade na Ucrânia ajuda.
Podemos ainda correlacionar a saída dos investidores dos mercados mais fracos, com o que tem estado a acontecer no PSI desde a crise da Crimeia, as açoes mais fracas, as últimas a subir mas também as que os investidores largam aos primeiros sinais de medo, o prenuncio do Bear. Mais simples ainda ser só uma tomada de mais valias e em breve tudo volta ao normal.

[Negociarembolsa]

Já agora, deito mais uma acha para esta sempre tão florida batalha do bem contra o mal!

No jornal Expresso de hoje o Pedro Santos Guerreiro aponta como uma possibilidade para colmatar o rombo de um possível chumbo do Constitucional ao corte das pensões e de salários na FP, o aumento de impostos já admitido pelo PPC, mas acrescenta a nuance de a coisa poder passar pelo método proposto por Miguel Cadilhe: um imposto único sobre o património aplicado de uma só vez, como se fosse penicilina na nádega.

Como sabem, nesta coisa dos mercados financeiros, a verdade é atributo que não faz parte dos pré-requisitos; basta a dúvida e a sua irmã: a incerteza. Eu não sou adivinho nem ando pelos passos perdidos da Assembleia à cata de novidades bombásticas, mas não gostei nada de ver ontem de tarde o povo a largar ações de banca como se houvesse fogo na igreja durante a missa cantada.

Pode ter sido só uma quebra técnica, podem ser os resultados do BES (e correspondente aumento de capital), pode ser a saída em regime de liquidação total do Barclays, pode ter sido um movimento perfeitamente natural num dia normal de PSI20, mas a mim pareceu-me gente a fugir... De quê?!

[Negociarembolsa]

BEM-ME-QER, MAL-ME-QUER …
Os mercados, e o DAX é disso bom exemplo, estão desde há várias semanas num impasse, como se hesitassem quanto à direção a tomar. É certo que não há motivos para cair, mas, por outro lado, as subidas dos últimos meses pedem uma pausa para recuperar o fôlego para novas investidas. E depois há também uns escolhos pelo caminho a pedirem cautela, como a Ucrânia.
E entretanto as pétalas vão se acabando e algum desenlace terá que suceder. Se o que vem acontecendo ao Nasdaq for a tendência de curto prazo, que parece querer repetir-se em mercados menores como o PSI 20, então a última pétala poderá ser um mal-me-quer. E estamos em Maio...