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Caldeirão da Bolsa

Despesa Publica

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por TRSM86 » 28/6/2013 16:32

ISTO SÓ DE CAÇADEIRA

A Câmara Municipal de Abrantes gastou mais de 60 mil euros na compra de 30 oliveiras - See more at: http://www.rederegional.com/index.php/p ... QBayi.dpuf

A Aeroflora, segundo a Rede Regional conseguiu apurar, é uma empresa que tem como sócios-gerentes Acácio Lopes Catarino e Célia Cristina Lopes Catarino, que são respetivamente o pai e a irmã do presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Paulo Lopes Catarino. - See more at: http://www.rederegional.com/index.php/p ... QBayi.dpuf
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por MisterBolsa » 29/4/2013 19:07

Se me permitem vou inverter este tópico. Em vez de despesa publica que tal receita publica. A Noruega tem o Fundo do Petroleo. Porque não Portugal ter o Fundo do Ouro. Em vez de ver o ouro a subir e a descer sem qualquer rendimento porque não ir vendendo aos poucos e comprar obrigações que irão gerar juros e acções que irão gerar dividendos!!! A Pensar!!!
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por TRSM86 » 29/4/2013 18:17

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por TRSM86 » 29/4/2013 18:09

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por MarcoAntonio » 29/4/2013 17:55

Ti Salvador Mano Escreveu:http://www.inverbis.pt/2013/politico/100milhoes-estudos-consultadorias#comments

Há pareceres e estudos sobre tudo só que, muitos são pagos mas acabam por ficar na gaveta.
RTP, Sexta às 9 | 26-04-2013


O que era mesmo interessante ver era a lista de consultores.

Segundo o que algumas personalidades têm reiterado, a generalidade destes estudos são entregues a gabinetes de advogados onde deputados e outros políticos são eles próprios sócios dos mesmos.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por TRSM86 » 29/4/2013 16:19

http://www.inverbis.pt/2013/politico/10 ... s#comments

Há pareceres e estudos sobre tudo só que, muitos são pagos mas acabam por ficar na gaveta.
RTP, Sexta às 9 | 26-04-2013
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por TRSM86 » 25/4/2013 9:51

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Quinta-feira, 25 de Abril de 2013

Cavaco Silva continua a ocultar as despesas da Presidência
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por richardj » 17/4/2013 19:44

uma vez que os partidos estão fechados, e não se vão renovar, a alternativa é criar um partido que consiga maioria com 50,01% dos votos no parlamento para realizar apenas duas leis antes de se demitir e extinguir:

- alterar o sistema eleitoral, nomeadamente: a população deixa de votar em partidos, e passa a votar em pessoas; eliminar a disciplina de voto. Cada deputado responde apenas perante a sua consistência e os eleitores. Deixar de ser necessário pertencer/filiar algum partido para poder ser candidato AR.

- Libertar a Justiça do poder politico: Procurador Geral da Republica eleito pelos eleitores de em eleições de 4 em 4 anos. Procuradores Distrital, em eleições de 4 em 4 anos por eleitores de cada distrito. O mesmo o DCIAP, responsável máximo eleito pelo povo de 4 em 4 anos. Responsáveis máximos de TCons e TContas tudo em eleições. E eliminação das nomeações dos partidos para qualquer cargo relacionado com a justiça.

E para não dizer que é eleições a mais, é tudo realizado no mesmo dia, tal e qual como se faz na america.

E na declaração de IRS, perguntar quanto deveria ser o orçamento para toda a justiça.
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por artista_ » 17/4/2013 17:04

mais_um Escreveu:Isto passou despercebido....

O quintal do vizinho

Na Assembleia da República não faltam discursos moralistas e sugestões sobre o que se deve fazer para curar os males das finanças públicas. Criticam-se os cortes decididos pelo Governo e fazem-se vagas sugestões sobre os caminhos alternativos. Quando o tema é a despesa, o combate ao desperdício ou a necessidade de fazer mais com menos recursos costumam surgir na discussão.


Fazer progressos na eficiência das administrações públicas não vai resolver todos os problemas que arrastaram Portugal para o abismo. Mas deve ser uma prioridade para garantir que o dinheiro que é entregue ao Estado é utilizado de forma criteriosa e racional. Para ajudar a motivar e a moralizar os serviços públicos, não seria má ideia que fossem os próprios partidos políticos, e quem se senta em sua representação no Parlamento, a darem os bons exemplos. Parece que não é bem assim.

A Assembleia da República acaba de perder o seu secretário-geral, desgastado ao ponto de optar pela demissão do cargo, depois de um braço-de-ferro inglório. Motivo? Teve o atrevimento de elaborar um plano que tinha por objectivo reduzir em 300 mil euros as despesas de funcionamento do Parlamento. A medida tinha custos e estes abateram-se sobre a cabeça do autor do programa de cortes. Era necessário extinguir alguns cargos dirigentes na estrutura daquele órgão de soberania, o que terá caído mal junto dos partidos.

Talvez os deputados e, sobretudo, quem se ocupa de analisar e aprovar ou chumbar aquele género de propostas, tenham as suas razões para acreditarem que, com menos gente a mandar e a receber os salários correspondentes, a Assembleia não seria a mesma coisa. Acontece que, caso se observe a resistência que surge de todo o lado, de cada vez que se fala em poupar e reestruturar qualquer área da pesada máquina do Estado, aparecem sempre argumentos para sustentar a resistência à mudança.

O gestor mais determinado é capaz de ficar espantado, no mínimo, com a tendência para o imobilismo que tem de enfrentar. Uns baixam os braços e adaptam-se. Outros escolhem o caminho da demissão. Foi o que sucedeu com o responsável pela gestão corrente do Parlamento, confrontado com a irredutibilidade dos partidos políticos, provavelmente apostados em ressuscitar o velho estatuto de "forças de bloqueio". Reduzir dirigentes ou beber água da torneira em vez de engarrafada parece que não são medidas dignas do Parlamento de um país que não tem meios para se sustentar sem ajuda dos credores.

O episódio da Assembleia da República recorda um estudo conhecido nos tempos em que Manuela Ferreira Leite desempenhou o cargo de ministra das Finanças. O documento dava uma clara ideia de como funciona o Estado e que cultura de gestão, se é que se lhe pode chamar algo tão abonatório, está instalada e com raízes bem fundas.

Nas conclusões, referia-se que a esmagadora maioria da máquina pública trabalhava para si própria, supondo-se que nada de substancial terá mudado nos últimos dez anos. Os serviços alimentavam-se mutuamente, num circuito fechado que o escritor Magnus Mills não teria desprezado como fonte de inspiração para um daqueles seus romances em que costuma expor ao ridículo os absurdos da burocracia e os interesses que ela serve.

A mensagem dos partidos que têm assento no Parlamento ficou clara. Cortem na despesa, desde que seja no quintal do vizinho.

http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/ ... zinho.html



Pois, daí eu começar a pensar que só um governo "independente" poderá fazer as reformas estruturais que são precisas, caso contrário dão cabo do país para manter tudo o que, de uma forma ou de outra, está ligado a partidos políticos!
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por mais_um » 17/4/2013 16:22

Isto passou despercebido....

O quintal do vizinho

Na Assembleia da República não faltam discursos moralistas e sugestões sobre o que se deve fazer para curar os males das finanças públicas. Criticam-se os cortes decididos pelo Governo e fazem-se vagas sugestões sobre os caminhos alternativos. Quando o tema é a despesa, o combate ao desperdício ou a necessidade de fazer mais com menos recursos costumam surgir na discussão.


Fazer progressos na eficiência das administrações públicas não vai resolver todos os problemas que arrastaram Portugal para o abismo. Mas deve ser uma prioridade para garantir que o dinheiro que é entregue ao Estado é utilizado de forma criteriosa e racional. Para ajudar a motivar e a moralizar os serviços públicos, não seria má ideia que fossem os próprios partidos políticos, e quem se senta em sua representação no Parlamento, a darem os bons exemplos. Parece que não é bem assim.

A Assembleia da República acaba de perder o seu secretário-geral, desgastado ao ponto de optar pela demissão do cargo, depois de um braço-de-ferro inglório. Motivo? Teve o atrevimento de elaborar um plano que tinha por objectivo reduzir em 300 mil euros as despesas de funcionamento do Parlamento. A medida tinha custos e estes abateram-se sobre a cabeça do autor do programa de cortes. Era necessário extinguir alguns cargos dirigentes na estrutura daquele órgão de soberania, o que terá caído mal junto dos partidos.

Talvez os deputados e, sobretudo, quem se ocupa de analisar e aprovar ou chumbar aquele género de propostas, tenham as suas razões para acreditarem que, com menos gente a mandar e a receber os salários correspondentes, a Assembleia não seria a mesma coisa. Acontece que, caso se observe a resistência que surge de todo o lado, de cada vez que se fala em poupar e reestruturar qualquer área da pesada máquina do Estado, aparecem sempre argumentos para sustentar a resistência à mudança.

O gestor mais determinado é capaz de ficar espantado, no mínimo, com a tendência para o imobilismo que tem de enfrentar. Uns baixam os braços e adaptam-se. Outros escolhem o caminho da demissão. Foi o que sucedeu com o responsável pela gestão corrente do Parlamento, confrontado com a irredutibilidade dos partidos políticos, provavelmente apostados em ressuscitar o velho estatuto de "forças de bloqueio". Reduzir dirigentes ou beber água da torneira em vez de engarrafada parece que não são medidas dignas do Parlamento de um país que não tem meios para se sustentar sem ajuda dos credores.

O episódio da Assembleia da República recorda um estudo conhecido nos tempos em que Manuela Ferreira Leite desempenhou o cargo de ministra das Finanças. O documento dava uma clara ideia de como funciona o Estado e que cultura de gestão, se é que se lhe pode chamar algo tão abonatório, está instalada e com raízes bem fundas.

Nas conclusões, referia-se que a esmagadora maioria da máquina pública trabalhava para si própria, supondo-se que nada de substancial terá mudado nos últimos dez anos. Os serviços alimentavam-se mutuamente, num circuito fechado que o escritor Magnus Mills não teria desprezado como fonte de inspiração para um daqueles seus romances em que costuma expor ao ridículo os absurdos da burocracia e os interesses que ela serve.

A mensagem dos partidos que têm assento no Parlamento ficou clara. Cortem na despesa, desde que seja no quintal do vizinho.

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"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por TRSM86 » 28/2/2013 10:51

Informação relevante para todos os cidadãos


Entra hoje em vigor a Portaria n.º 85/2013, publicada ontem em Diário da República, que vem alterar a Portaria (n.º 701-F/2008, de 29.07) que regula a constituição, o funcionamento e a gestão do portal dos contratos públicos- BASE, sem o qual o Má Despesa não existiria. De uma forma sucinta, partilhamos com os leitores as alterações que se afiguram de maior relevo:


A informação relativa à execução dos contratos de concessão deixa de estar disponível. Ou seja, deixamos de ter acesso, no portal BASE, a informação relativa à execução dos contratos de concessão de obras e serviços públicos. Pois é, por vontade política, deixámos de poder saber, à distância de um click (em tese porque a realidade é bem diferente, como os leitores bem sabem), como é executado, por ex, o serviço público de televisão, o serviço público aeroportuário nos aeroportos situados em Portugal, serviços públicos municipais de abastecimento de água e saneamento, entre outros;
É de publicação obrigatória a explicitação, de forma precisa e completa, dos bens, serviços e obras objecto do contrato publicado;
É de publicação obrigatória os contratos, respectivos anexos e eventuais aditamentos, exceptuando aqueles que possam ser declarados secretos nos termos da lei (V. al. f) do n.º 1 do art, 24.º do Código dos Contratos Públicos e capítulo relativo ao acesso à informação das entidades públicas do livro MDP), bem como a identificação ( nome, sede e NIF) dos demais concorrentes e, em particular, dos concorrentes reclamantes;
"Deve ainda" ser possível a busca automática das partes do contrato público, e demais concorrentes, e a sua relação com o bem, serviço ou obra, designadamente nome, NIF, sócios, sede ou estabelecimento, serviço, bem ou obra.
E assim é publicada mais uma Portaria para ser ignorada/violada, tendo Belém como exemplo soberano nesta matéria.



N.B.: A Portaria em apreço teve por fundamento (dizem "eles"), e no que concerne à publicação de mais elementos contratuais, uma recomendação da Assembleia da República datada de 1 de Março de 2010. Quanto a isto, não é preciso dizer mais nada, pois não?!
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por Opcard » 14/11/2012 13:40

Os ocidentais continuam a acreditar que vão fugir ao problema , imprimindo dinheiro. As pessoas rejeitam qualquer coisa que pareça uma redução da despesa pública ou um retorno à ortodoxia fiscal.

Sem crescimento, as contas públicas deterioram-se


Num país como a França, por exemplo, os benefícios sociais representarão um terço dos rendimentos das familias. Assim, qualquer redução do défice conduz a uma redução do PIB.

As pessoas irão descobrir com espanto que um país não fica rico, imprimindo dinheiro ou aumentando impostos. As Finanças públicas no Japão, Estados Unidos e Europa vão tremer de horror.

Esta será a corrida precipitada a impressão monetária e fiscal.



Muitas pessoas confundem dívida e activos, riqueza e empréstimos. Dívida não é um activo. Um empréstimo não é riqueza. A dívida é um activo se for pago. Exemplo, as reservas cambiais da China, 3 730Mds$ parece riqueza imensa. Mas são apenas dívidas . Se não for reembolsado? Isso muda um pouco de perspectiva......
 
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por TRSM86 » 14/11/2012 11:55

Despesas pouco patrióticas

O Gabinete do Secretário de Estado da Energia e da Inovação e o Gabinete da Secretária de Estado do Turismo gastam, em média, 230 euros mensais em água mineral e consumíveis.
O Má Despesa não é alheio aos benefícios da água mineral para a saúde e beleza mas não compreende a razão pela qual estes governantes, nomeadamente a responsável pela pasta do Turismo, teimam em comprar aqueles bens a uma empresa estrangeira. E, ao menos, podiam copiar o exemplo de um colega de Governo, o Secretário de Estado da Indústria e do Desenvolvimento, o qual, aparentemente, é bem mais poupado, gastando em três anos o mesmo que os seus visados colegas gastam num ano.

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por Opcard » 12/11/2012 11:50

Dívida dos portugueses ao Estado «não existe»



"A crença no sobrenatural é perigosa", diz psicólogo

O americano Michael Shermer dedica a vida a combater superstições e acaba de publicar no Brasil o livro 'Cérebro e Crença', no qual estuda as bases neurológicas das convicções

Filipe Vilicic


A VOZ DO CETICISMO - Michael Shermer: “Se nos apegássemos apenas ao sobrenatural, nunca teríamos saído da floresta e chegado à civilização” (Gilberto Tadday)

Há trinta anos o psicólogo americano Michael Shermer se dedica a combater superstições. Ele criou uma ONG, uma revista (Skeptic Magazine), sites e programas de TV focados em promover o pensamento científico e desmascarar charlatões. Shermer, que chega ao Brasil no fim deste mês para uma série de palestras, é autor de quinze livros. O último, Cérebro e Crença, foi lançado em português na semana passada. Nesta entrevista, publicada na edição de VEJA desta semana, ele diz que a tendência a se iludir com fantasias é própria do processo mental humano e defende o combate à crendice em favor do progresso.

Por que as pessoas acreditam no inacreditável?
A evolução fez do cérebro uma espécie de máquina de reconhecimento de padrões na natureza. Às vezes, esses padrões são reais, mas na maioria dos casos são fruto da imaginação. Milhões de anos no passado, ao ouvir um barulho vindo da mata, um hominídeo poderia supor que se tratava de algo inofensivo, como o vento. Se estivesse errado, e fosse um predador, correria o risco de ser devorado. Nosso ancestral poderia, por outro lado, imaginar a presença de uma divindade perigosa no mato e se afastar o mais rápido possível.

A segunda opção é a que a maioria adota. Imaginar o perigo e fugir garante a sobrevivência, mas também a ignorância. Ir até o mato verificar do que realmente se trata o barulho exige curiosidade e uma batalha contra os instintos. É nessa categoria, a dos homens que não se rendem a narrativas fictícias, que se encaixa o cientista. Os crentes seguem a trilha inversa, a dos que se contentam com suposições sobrenaturais. É um fenômeno que tem a ver com a química do cérebro: a convicção de que o pensamento mágico é o que basta para a compreensão do universo produz uma sensação de prazer. Ficamos felizes em imaginar que seres místicos, sejam eles deuses ou extraterrestres, se preocupam e cuidam de nós. Não nos sentimos sós.

Como se sabe que o cérebro é propenso a acreditar no fantástico?
A neurociência identifica padrões de ondas cerebrais distintos que nos levam a criar crendices e a ter prazer na constatação de que temos respostas às nossas dúvidas. Em situações extremas, como as enfrentadas por quem está no limite da resistência física ou próximo à morte, o cérebro reage com a redução da atividade na área responsável pela consciência e o aumento em regiões ligadas à imaginação. Essa reação natural está na origem das alucinações. Não há mistério nesse processo. Os cientistas são capazes de produzir visões ou a sensação de transcendência espiritual com o estímulo artificial de certas áreas do cérebro.

O senhor foi um cristão evangélico ativo no esforço de atrair fiéis para sua igreja. Como se tornou um cético?
Somos mais abertos à religião na juventude e na velhice. Naturalmente, no fim da vida é comum procurar por conceitos reconfortantes, ainda que irreais. No meu caso, o apelo da crendice me atingiu na juventude, como uma explicação fácil para tudo o que existe. A religião tem um apelo social enorme. O ambiente alentador de uma comunidade ajuda a afastar as dúvidas até daqueles que não acreditam plenamente no sobrenatural e nos dogmas religiosos. Desvencilhei-me da crença ao entrar para a comunidade científica. O método científico, cujo princípio básico é o de que qualquer afirmação deve ser comprovada em experimentos repetidos, alimenta o ceticismo e favorece o progresso.

O que faz com que a ciência seja a melhor ferramenta para explicar o mundo?
A ciência é democrática. Qualquer um pode estudar e chegar a conclusões racionais. Cientistas estão abertos à possibilidade de estarem errados e, por isso, promovem a invenção e a reinvenção de conceitos. É o que garante o avanço do conhecimento. A crendice é intolerante. Fixa uma verdade e não abre espaço para perguntas. Se nos apegássemos apenas ao sobrenatural, nunca teríamos saído da floresta e criado a civilização.

No mundo moderno, ainda precisamos da crença?
É impossível deixar de crer. A ciência também depende da nossa capacidade de elaborar crenças. Qualquer experimento nasce com uma premissa baseada no que se acredita ser verdade. Ideologias também precisam da habilidade de crer. Eu acredito no liberalismo, na democracia e nos direitos humanos. Podemos, porém, abandonar o que não pode ser explicado, como deuses e bruxos. Não nos faria falta.

Há vantagens na crença?
A evolução nos concedeu a habilidade de acreditar por boas razões. A crença em divindades nos levou a temer o mundo e, com isso, nos ajudou a sobreviver nele. Também contribuiu para a formulação de leis que regiam comunidades primitivas. A moral e a ética nasceram na religião.

Se a ética tem origem religiosa, por que ela prevalece na sociedade laica?
As igrejas se tornaram um fator de corrupção, motivo de guerras e perseguições. Por sorte, presenciamos o declínio da crença no sobrenatural. Países do norte europeu, onde apenas um quarto da população segue alguma religião, têm índices de criminalidade, suicídio e doenças sexualmente transmissíveis inferiores aos de estados em que a maioria dos habitantes é de crentes, como os Estados Unidos e o Brasil. Se a religião se declara um bastião da bondade, por que, historicamente, estados teocráticos são mais suscetíveis à criminalidade do que os seculares?

Apesar de vivermos na era da ciência, cresce a crença no sobrenatural. Por quê?
É verdade que vivemos num mundo em que a ciência faz parte do dia a dia. Todos gostam de iPhones e admiram as naves que pousam em Marte. Mas poucos abdicam de crenças sobrenaturais e aceitam a ciência como ferramenta para explicar o universo. A maioria só quer aproveitar os produtos da ciência. Quando se trata de responder a dúvidas primordiais, como a origem do universo ou o sentido da existência, preferem explicações irreais, mas convincentes em suas narrativas fictícias.

Por que o senhor se dá ao trabalho de combater a superstição?
Sempre me perguntam por que não deixo os crentes em paz. Ocorre que a crença no sobrenatural não é inócua. Ao contrário, é bastante perigosa. Acreditar na dita medicina alternativa é um exemplo. Muita gente morre por substituir o tratamento médico sério por procedimentos supersticiosos, como o consumo de ervas com propriedades supostamente milagrosas.

Não é possível provar a existência de divindades e criaturas fantásticas. O senhor concorda que também é difícil provar que não existam?
O fato de não explicarmos um mistério não significa que ele exija explicações sobrenaturais. Só mostra que ainda não há resposta. O ônus da prova cabe aos crentes. O cético só crê no que é provado. Nesse aspecto, a ciência tem feito bom trabalho ao desmascarar mitos. No passado, já se acreditou que a Terra viajava pelo cosmo no lombo de um elefante. Existem 10.000 religiões. Espanta-me a arrogância de quem supõe que só uma crença seja correta em meio a tantas.

O senhor leva em consideração que pode estar errado?
Assim como todos, só descobrirei a resposta quando morrer. Como cientista, estou aberto à possibilidade de ter me enganado. Se houver um ou vários deuses, ficarei surpreso. Mas não tenho medo. Se há um Deus, ele me deu um cérebro para pensar. Meu pecado seria usá-lo para raciocinar e buscar explicações? Um ser benevolente não me puniria por utilizar bem as armas que me concedeu.
 
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por mcarvalho » 12/11/2012 10:35

http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---e ... n_ref_map=[]&code=AQD3mA64HzoFC6ATQ0ryE4Gx1z-HdGAonZkfgvraz89ELU8F1b4phtfEWYlsGfZOAdUuzalprY7WWTHN0UtVVZQ01E6qhG6Q0xOhWZFgy_8W6d9sTl7A1j8TNhgBY_vzShOUwdUE0TIu5JnWegKz9JhL5MszyM48_oFD6hLIbbiDl08lKvaWztVsiAWdh2_Y1qGCKFtqFvqmv5NWJg1R6tOx#_=

Dívida dos portugueses ao Estado «não existe»
Trabalhadores «pagam o suficiente para todos os gastos sociais do Estado», conclui livro de historiadores
A dívida dos portugueses ao Estado «não existe». É o que conclui o livro «Quem Paga o Estado Social em Portugal», coordenado pela historiadora Raquel Varela.

Segundo a historiadora, trata-se de um estudo científico que prova, através de um modelo matemático que os trabalhadores «pagam o suficiente para todos os gastos sociais do Estado». «Na maioria dos anos os trabalhadores até pagam a mais, apesar de o Governo nunca ter prestado contas».

O sistema está a «roubar» os contribuintes e os trabalhadores: «A divida não é pública, é um mecanismo de acumulação de capital, ou seja é uma renda fixa para quem detém os títulos da dívida. A dívida produz juros e esses juros significam uma renda fixa para quem compra os títulos, nomeadamente o setor financeiro».

O sistema em vigor é «semi-moribundo, sobretudo depois da crise de 2008 que, para não morrer, socorre-se dos impostos. No livro, os modelos e as contas que foram feitas não são modelos marxistas que vêm da fórmula clássica de que só o trabalho produz riqueza, nem são modelos qualitativos».

O livro, que é apresentado esta sexta-feira, refere que a «crise põe a nu as contradições do sistema capitalista» e que foram usados na investigação dados fornecidos pelo INE e Eurostat.

«Usamos dados que têm a ver com impostos que recaem sobre o trabalho e subtraímos a esse valor os gastos sociais do Estado. As conclusões a que chegámos é que, na esmagadora maioria dos casos, os trabalhadores pagam mais do que recebem do Estado, em diverso tipo de serviços».

Sendo assim, diz a historiadora, a conclusão geral é que nos últimos 20 anos os trabalhadores pagaram «todos os gastos sociais que o Estado tem com eles e, portanto, não têm qualquer tipo de dívida.

Entre muitos exemplos, os historiadores usam o caso da situação da saúde para concluírem que o setor está nas mãos das Parcerias Público Privadas (PPP): mais de metade do que os portugueses pagam para o serviço nacional de saúde é transferido para hospitais de gestão privada.

«Isto num país em que os trabalhadores recebem o equivalente a 50% do PIB, mas da massa total de impostos que entram no Estado, 75% vem do rendimentos dos trabalhadores e não do capital», justificam.

«À medida que aumentam as PPP, diminui a eficiência do serviço prestado. Ou seja, nos hospitais empresa, os serviços são mais caros e o Estado gasta mais do que gasta se fizer o mesmo num hospital público. Mais 0,5% na última década», indica Raquel Varela.

«Outro número que está no livro é o cálculo do roubo e do colapso para a segurança social que significa a transferência do fundo de pensões da banca e da Portugal Telecom falidos e que foram transferidos para a Segurança Social».

«Depois admiram-se que a segurança social tem uma dívida», refere Raquel Varela, adiantando: «Outro número escandaloso são as PPP rodoviárias. Mesmo que as pessoas deste país não andem nas autoestradas, estão a pagar como se lá andassem, porque o Estado garantiu a algumas empresas uma renda fixa, independentemente de passarem lá carros ou não. Ou seja, é um capitalismo sem risco. Não é aquela ideia do capitalista empreendedor que corre riscos para ganhar lucro. É a ideia do capitalista que não vive sem a cobertura do Estado».

«Para nós cai por terra o mito da economia privada e empreendedora, sobretudo no que diz respeito às grandes empresas, porque as pequenas empresas não são nada favorecidas nestas questões e estamos a falar de grandes conglomerados económicos. As grandes empresas vivem à conta dos impostos do Estado. Ou seja, não sobrevivem nem têm lucros se não contabilizarmos a massa de valor que é transferida para estas empresas através de esquemas, que são muitos».


ps. não sei se já tinha sido postado ou não..
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por richardj » 12/11/2012 1:12

artista Escreveu:
JMHP Escreveu:
Outro cidadão germânico, que durante duas décadas deu aulas numa universidade pública em Lisboa, considera que "não há volta a dar" ao processo de consolidação orçamental que o Governo está a levar a cabo. "É muito doloroso, mas não deixa de ser necessário", afirma.

Aponta o sistema de reforma português, do qual ele próprio é beneficiário, como uma das muitas situações inconcebíveis. "Descontei vinte anos na Alemanha e vinte anos em Portugal mais ou menos a mesma coisa. A reforma que recebo cá é, no entanto, quase o dobro", exemplifica.



Independentemente do que originou a criação da dívida brutal do país, acho que todos concordarão que nas pensões está o maior problema da despesa do estado! Essa "área" é também a maior da despesa do estado, pelo que faz todo o sentido que seja ela a contribuir de uma forma decisiva para o ajustamento das contas públicas... o problema é que também é aí que estão a maior parte dos votantes! :roll:


e para alem disso tem um problema, tem uma amplitude de reformas que vai dos 200 euros por mês a > 5000 euros mes, sendo o numero de pessoas com reformas inferiores a 1000 euros uma % elevadíssima.
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por artista_ » 12/11/2012 0:59

JMHP Escreveu:
Outro cidadão germânico, que durante duas décadas deu aulas numa universidade pública em Lisboa, considera que "não há volta a dar" ao processo de consolidação orçamental que o Governo está a levar a cabo. "É muito doloroso, mas não deixa de ser necessário", afirma.

Aponta o sistema de reforma português, do qual ele próprio é beneficiário, como uma das muitas situações inconcebíveis. "Descontei vinte anos na Alemanha e vinte anos em Portugal mais ou menos a mesma coisa. A reforma que recebo cá é, no entanto, quase o dobro", exemplifica.



Independentemente do que originou a criação da dívida brutal do país, acho que todos concordarão que nas pensões está o maior problema da despesa do estado! Essa "área" é também a maior da despesa do estado, pelo que faz todo o sentido que seja ela a contribuir de uma forma decisiva para o ajustamento das contas públicas... o problema é que também é aí que estão a maior parte dos votantes! :roll:
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por Massao1 » 11/11/2012 20:11

O corte nas despesa pública tem que incidir sobre as remunerações extras de todos os funcionários.

Faz sentido os funcionários das alfandegas receberem um prémio de 30%, tendo com base o salário mensal.

Para meditar.

E os funcionário dos impostos tem um prémio entre 30 a 40 por cento do sala´rio base-

Os funcionários das conservatória têm um prémio de 40% do salário.


Afinal, não é só na Grécia que os funcionários públicos tem 17 meses por ano de salários. Aqui, em Portugal Também os há.
 
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por JMHP » 11/11/2012 18:38

Alemães que vivem em Portugal estranham onda de indignação com visita de Merkel


Alemães e luso-alemães que vivem em Portugal estranham a indignação em torno da visita de Angela Merkel, vincando que a chanceler não é responsável pelas décadas de "desgoverno" que originaram a actual situação económica portuguesa.
Na véspera da chegada da chefe do governo germânico a Portugal, vários cidadãos alemães e luso-alemães afirmam-se "surpreendidos" com a onda de indignação e protesto que a visita oficial de Angela Merkel está a gerar num país que se tornou também a sua casa.

Contudo, as pessoas contactadas pela agência Lusa dizem compreender as razões de "descontentamento" e "desespero" dos portugueses em relação às medidas de austeridade e a difícil situação social e económica que o país atravessa.

Alguns tecem duras críticas às decisões "ineficazes" ou mesmo "insustentáveis" que têm sido tomadas a nível comunitário e consideram que a atuação da chanceler não tem sido a melhor na resolução da crise depois de 2011.

Porém, a grande maioria atribui a situação portuguesa ao "desgoverno" e ao "esbanjamento de dinheiros públicos", ao longo das últimas décadas, pela classe política e económica.

"Sou contra esta 'austeridade a tudo custo'. É uma receita cega que, em Portugal, só está a piorar as coisas. Mas daí a culpar exclusivamente a Alemanha ou os alemães pela situação a que isto chegou é, no mínimo, ridículo", afirmou uma professora luso-alemã de 32 anos, que pediu para não ser identificada.

Luís Ehlert, filho de pai alemão e mãe portuguesa, também considera que "fazer da Merkel o bode expiatório para todos os disparates cometidos em Portugal não resolve absolutamente nada".

Este luso-alemão de 51 anos lamenta "toda a polémica", quando a visita da chanceler deveria ser encarada com um "gesto de reconhecimento pelas medidas difíceis que Portugal está a implementar" e de "apoio à difícil situação económica do país".

Ehlert, sócio de uma consultora de investimento estrangeiro em Portugal, realça que a visita da chanceler quer também apresentar Portugal como um "país interessante, capaz de atrair investimento alemão".

"Não estamos sempre a falar da necessidade de relançar a economia, da importância do investimento estrangeiro? Ora, a visita de Merkel, que traz consigo uma comitiva de empresários, é uma óptima oportunidade para isso", vincou.

Outro cidadão germânico, que durante duas décadas deu aulas numa universidade pública em Lisboa, considera que "não há volta a dar" ao processo de consolidação orçamental que o Governo está a levar a cabo. "É muito doloroso, mas não deixa de ser necessário", afirma.

Aponta o sistema de reforma português, do qual ele próprio é beneficiário, como uma das muitas situações inconcebíveis. "Descontei vinte anos na Alemanha e vinte anos em Portugal mais ou menos a mesma coisa. A reforma que recebo cá é, no entanto, quase o dobro", exemplifica.


Já um ex-gestor de uma multinacional farmacêutica diz-se chocado com a "excessiva carga fiscal" que os portugueses com menor rendimento são obrigados a pagar. A viver em Portugal desde 1988, reconhece que a União Europeia "tem culpa no cartório" e defende que Portugal precisa urgentemente de um "pacote de crescimento".

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por Texano Bill » 11/11/2012 15:03

MiamiBlueHeart Escreveu:
Texano Bill Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Por vezes, uma pessoa fica a pensar que as eleições foram ontem!!

Eu acho muito bem que a medida seja implementada mas a medida é demagógica a todos os níveis e ilustrativa da incompetência dos deputados da maioria. A medida devia ser aplicada mas agora tem qualquer influência significativa no OE2013?? Vir com comunicações de medidas deste género é revelador da competência dos nossos deputados.

Basta olhar para a Assembleia da Republica e os rendimentos dos deputados no último ano para saber que a noticia só visa agravar às massas, nada mais.

Fumo para desviar atenções.


Olá MiamiBlueHeart,
Demagogias à parte, portanto, as pessoas por um lado criticam quando vêem que os governantes não cortam nas suas despesas e por outro lado criticam outra vez quando eles efectivamente as cortam... Eu pessoalmente acho bem, e era bom que todos os serviços do Estado racionalizassem neste tipo de despesas. :roll:

Fumos para desviar atenções não têm faltado na comunicação social. As reformas milionárias, o curso do Relvas, a extinção das freguesias, as PPP, etc, são assuntos com um impacto reduzido nos problemas do país e por alguma razão ocupam bastante tempo de antena nas notícias.


Meu caro,

Se as medidas que os deputados eleitos destes país conseguem sugerir para reduzir a dívida são da magnitude de diminuição do número de carros do Estado, então contrata-se um estagiário de um curso de Economia de qualquer Universidade deste país e o resultado é o mesmo.

Medidas desta magnitude não passam de publicidade para agradar aos cidadãos vindas de responsáveis políticos deste país eleitos pelos cidadãos.


Eu não estou a dizer que as medidas não sejam populistas, mas acho que são bem-vindas, o exemplo deve vir de cima. A publicidade, a existir, deve ser positiva; acho inaceitável que em altura de pedir sacrificios aos portugueses haja grupos parlamentares que exigem mordomias como altos carros.

Mas se reparar, a nossa comunicação tem muito gosto em esmiuçar situações que pouco contribuem para resolver os problemas do país, como os cursos do Sócrates/Relvas, os gastos do parlamento, etc etc. Não quer dizer que não sejam assuntos que mereçam ser debatidos, mas o foco das grandes discussões devia ser a falência do modelo de segurança social e como reformar o sistema. Concordo consigo quando diz que há muito fumo a tapar as vistas dos portugueses.
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por MiamiBlue » 11/11/2012 13:30

Texano Bill Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Por vezes, uma pessoa fica a pensar que as eleições foram ontem!!

Eu acho muito bem que a medida seja implementada mas a medida é demagógica a todos os níveis e ilustrativa da incompetência dos deputados da maioria. A medida devia ser aplicada mas agora tem qualquer influência significativa no OE2013?? Vir com comunicações de medidas deste género é revelador da competência dos nossos deputados.

Basta olhar para a Assembleia da Republica e os rendimentos dos deputados no último ano para saber que a noticia só visa agravar às massas, nada mais.

Fumo para desviar atenções.


Olá MiamiBlueHeart,
Demagogias à parte, portanto, as pessoas por um lado criticam quando vêem que os governantes não cortam nas suas despesas e por outro lado criticam outra vez quando eles efectivamente as cortam... Eu pessoalmente acho bem, e era bom que todos os serviços do Estado racionalizassem neste tipo de despesas. :roll:

Fumos para desviar atenções não têm faltado na comunicação social. As reformas milionárias, o curso do Relvas, a extinção das freguesias, as PPP, etc, são assuntos com um impacto reduzido nos problemas do país e por alguma razão ocupam bastante tempo de antena nas notícias.


Meu caro,

Se as medidas que os deputados eleitos destes país conseguem sugerir para reduzir a dívida são da magnitude de diminuição do número de carros do Estado, então contrata-se um estagiário de um curso de Economia de qualquer Universidade deste país e o resultado é o mesmo.

Medidas desta magnitude não passam de publicidade para agradar aos cidadãos vindas de responsáveis políticos deste país eleitos pelos cidadãos.
 
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por zaq1 » 10/11/2012 17:57

Todos falamos em cortes na despesa do Estado, deixo então, aqui o link para quem quiser exercitar "os cortes"

http://clix.expresso.pt/faca-o-seu-orca ... 13=f765753

:mrgreen:
 
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por artista_ » 10/11/2012 16:10

Antes de mais gostaria de dizer que sou um defensor do aumento do setor privado na educação, sobretudo se se provar que sai mais barato. Mas em relação ao mais barato é preciso ter algum cuidado, o TC fez dois relatórios, no primeiro dizia que o custo por aluno saía mais barato no público, no segundo que era o contrário, curiosamente do primeiro pouco se falou, o segundo tem sido um sucesso mediático! :) Parece que a diferença tem a ver com a inclusão ou não dos gastos com a "Parque Escolar", todos sabemos o que é que a "Parque escolar" é, ou foi... ou será?!

Ainda assim, infelizmente, parece-me que dificilmente optarão por privatizar alguma coisa na educação, mas podiam pelo menos lançar as bases para que mais experiências pudesse aparecer num futuro próximo!

Elias Escreveu:Olhando de novo para os grandes números. Descontando a inflação (utilizando uma tabela de preços constantes com base em 2006), o ano em que o Estado gastou mais neste sector foi 2009, onde a despesa chegou a 8,2 mil milhões de euros. O ano passado já recuara para 7,2 mil milhões, sensivelmente o mesmo que em 2001. Só que com menos 100 mil alunos no ensino básico, menos 100 mil no ensino secundário regular e apenas mais 8500 no ensino superior. Isto significa que o custo por aluno tem vindo a aumentar sem que se note qualquer melhoria significativa na qualidade do sistema. Há pois margem para continuar a cortar. Acontece porém que não chega “gerir melhor” o sistema – é também preciso olhar de forma crítica para os seus fundamentos.


Estes números também têm de ser vistos com algum cuidado. O número de alunos num ano pode variar muito, porque o ano escolar não coincide com o ano civil... este governo acabou com as Novas Oportunidades, e isso, por si só, representou um decréscimo de 100 mil alunos! Por outro lado é já sabido que nos próximos 2/3 anos o número de alunos aumentará, devido ao aumento da escolaridade obrigatória para os 18 anos...

Ainda assim concordo que há muitas ineficiências na gestão disto... mas muitas delas resultam das mudanças constantes de regras e currículos. È sobretudo devido a isto que há tantos professores com horário zero, por exemplo! Por outro lado, se o estado cumprisse as Leis que os privados são obrigados a cumprir teria gasto bem mais, pelo menos na contratação/indemnização de professores, ou seja, mesmo evitando gastos miseráveis e que só se compreenderiam numa ditadura (digo eu!), poderíamos gastar ainda menos... por outro lado já estamos a gastar muito menos que média dos países da OCDE, em função do PIB e do OE! :roll:
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por Texano Bill » 10/11/2012 15:51

MiamiBlueHeart Escreveu:Por vezes, uma pessoa fica a pensar que as eleições foram ontem!!

Eu acho muito bem que a medida seja implementada mas a medida é demagógica a todos os níveis e ilustrativa da incompetência dos deputados da maioria. A medida devia ser aplicada mas agora tem qualquer influência significativa no OE2013?? Vir com comunicações de medidas deste género é revelador da competência dos nossos deputados.

Basta olhar para a Assembleia da Republica e os rendimentos dos deputados no último ano para saber que a noticia só visa agravar às massas, nada mais.

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Olá MiamiBlueHeart,
Demagogias à parte, portanto, as pessoas por um lado criticam quando vêem que os governantes não cortam nas suas despesas e por outro lado criticam outra vez quando eles efectivamente as cortam... Eu pessoalmente acho bem, e era bom que todos os serviços do Estado racionalizassem neste tipo de despesas. :roll:

Fumos para desviar atenções não têm faltado na comunicação social. As reformas milionárias, o curso do Relvas, a extinção das freguesias, as PPP, etc, são assuntos com um impacto reduzido nos problemas do país e por alguma razão ocupam bastante tempo de antena nas notícias.
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por MiamiBlue » 10/11/2012 13:40

Muffin Escreveu:in Público de hoje:

"Maioria PSD/CDS quer aproveitar OE para reduzir carros do Estado
A maioria parlamentar PSD/CDS quer saber quantos automóveis estão ao serviço do Estado para reduzir o parque automóvel, apurou o PÚBLICO.

Esta é uma das propostas que as bancadas vão levar à decisão do Governo para incluir na proposta de Orçamento do Estado para 2013, com vista a reduzir a despesa pública.

Os deputados sociais-democratas e centristas recomendam ao Governo que faça um inventário dos automóveis (e das respectivas cilindradas) da administração central, local e regional para permitir cortar e gerar poupanças."

Comentário: Patético! É preciso mais de um ano para se lembrarem disto? E apenas porque em Espanha o fizeram? Não sabem quantos carros tem o Estado? Mas o que anda a fazer esta gente?


Por vezes, uma pessoa fica a pensar que as eleições foram ontem!!

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