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Caldeirão da Bolsa

Uma saída airosa para a crise de Portugal?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por K. » 14/6/2013 11:14

Eu nunca falei em ETFs, uma das regras do meu investimento é ficar longe de produtos estruturados e derivados.
Falo em posse de acções e imobiliário ou em fundos que detenham posse de acções e imobiliário com legislação independende da gestora, que permita a sobrevivência do fundo em caso de falência do banco; na prática a posse de UP destes fundos é equivalente à posse física das porções dos activos físicos onde eles estão investidos.
Uma carteira equilibrada de acções deve estar distribuida pelos EUA, Europa e Japão. Para quem conhece muito bem o mercado português e souber capitalizar essa experiência, pode ter uma vantagem em também investir nele.
Para depósitos os EUA podem ser uma opção, mas existe um risco cambial envolvido, o mesmo para outras opções populares como a Suíça ou a Noruega.
O melhor será uma conta num dos países do lado forte do Euro: Alemanha, Austria, Holanda ou Finlandia. Destes 4 a Austria é o país que mais se preocupa com a protecção dos direitos do capital estrangeiro. No meu caso é onde vivo e trabalho, logo é uma opção óbvia para mim. Existe uma preocupação limite, que é os depósitos da zona Euro serem convertidos de acordo com o país de residência, ou nacionalidade, o que leva algumas pessoas a fugirem de Euro. Não acredito que isto seja de todo possível, mesmo assim a residência oferece protecção contra esta remota possibilidade.
Em 2010/2011 tornei-me bastante pessimista em relação ao que se ia passar em Portugal e passei bastante tempo a elaborar um plano de protecção a vários níveis, que acabou por ter como consequência última deixar o país. Hoje estou bastante mais optimista, mas sinceramente custa-me avaliar se é devido ao facto de me ter protegido ou se as coisas realmente estão melhores. Pelo menos não estão tão mal como me pareciam ir ficar depois da Primavera negra de 2011. Se houver uma nova crise política podem piorar bastante, especialmente caso um dos partidos da esquerda radical se junte ao PS, mas ainda acredito em algum bom senso por parte dos políticos.
 
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por frugal » 14/6/2013 8:41

K. Escreveu:Nao vejo como uma decisao politica podera afectar a posse sobre propriedade fora do pais.

Quanto a propriedade dentro do pais, so pode ser afectada caso a reconversao para o escudo seja acompanhada por um processo de nacionalizacao ou por uma ordem de confisco, algo altamente improvavel, mas de facto possivel.



K,

a abertura de uma conta nos US com uma parte da nossa carteira será uma boa salvaguarda.

Os ETFs em Portugal que estão não deviam ser convertidos e a carteira deve ser divida por várias brokers.

Vês uma outra boa pratica de diminuição de risco?

Cumprimentos.
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por K. » 13/6/2013 18:46

Nao vejo como uma decisao politica podera afectar a posse sobre propriedade fora do pais.

Quanto a propriedade dentro do pais, so pode ser afectada caso a reconversao para o escudo seja acompanhada por um processo de nacionalizacao ou por uma ordem de confisco, algo altamente improvavel, mas de facto possivel.
 
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por frugal » 13/6/2013 8:35

K. Escreveu:frugal, um investidor com um portfólio de acções internacionais não seria afectado pela reconversão. O efeito nas acções nacionais também não deveria ser grande. A factura seria essencialmente paga pelos detentores de depósitos a prazo.

Em relação às formas que têm sido sugeridas para a redução da dívida, tenho insistido no facto de a dívida não ser reestruturável, pelo simples motivo de que já não existem credores privados estrangeiros.

Toda a dívida está em mão institucionais ou em credores nacionais (essencialmente bancos).

Uma redução como a que foi feita na Grécia é impossível (felizmente; na altura alertei para as consequências de tal opção, vejam no que resultou na Grécia: a dívida não foi reduzida com a reestruturação).

Existe assim uma dependência absoluta em relação à Europa e ao BCE, que poderão ou não decidir reduzir a dívida portuguesa. Se quiserem, podem reduzi-la em metade sem qualquer problema. Se não o fizerem, têm o poder de o fazer, o que só em si é um motivo para o não fazerem. Ou talvez reduzam um pouco, pois como alguém (quem?) dizia, o poder só existe quando é exercido.



Se houver conversão em ESCUDO, os depósitos no estrangeiro, as carteiras nas correctoras (...) ficam sujeitas a decisão política ninguém sabe se podem ou não também ser convertidas e perder algum do seu valor.

Desta forma, que medidas de segurança se devem tomar?



Cumprimentos atentos
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por EuroVerde » 12/6/2013 23:29

Para reduzir divida só com inflação e crescimento economico.
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por K. » 12/6/2013 23:20

frugal, um investidor com um portfólio de acções internacionais não seria afectado pela reconversão. O efeito nas acções nacionais também não deveria ser grande. A factura seria essencialmente paga pelos detentores de depósitos a prazo.

Em relação às formas que têm sido sugeridas para a redução da dívida, tenho insistido no facto de a dívida não ser reestruturável, pelo simples motivo de que já não existem credores privados estrangeiros.

Toda a dívida está em mão institucionais ou em credores nacionais (essencialmente bancos).

Uma redução como a que foi feita na Grécia é impossível (felizmente; na altura alertei para as consequências de tal opção, vejam no que resultou na Grécia: a dívida não foi reduzida com a reestruturação).

Existe assim uma dependência absoluta em relação à Europa e ao BCE, que poderão ou não decidir reduzir a dívida portuguesa. Se quiserem, podem reduzi-la em metade sem qualquer problema. Se não o fizerem, têm o poder de o fazer, o que só em si é um motivo para o não fazerem. Ou talvez reduzam um pouco, pois como alguém (quem?) dizia, o poder só existe quando é exercido.
 
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por frugal » 12/6/2013 22:26

djovarius Escreveu:Bom dia,

Esta última é fantasiosa. Vejamos:
1. VOLTAR AO ESCUDO NÃO É SAIR DO EURO - pode ser tipo Cuba (dual currency system), de facto não acabava o EUR, mas... quem teria acesso a Euros. Lá estava o tal mercado negro a funcionar.
2. A DIVIDA DA CASA PASSA PARA ESCUDOS ? - Esta é delirante !! Como os Bancos continuam a fazer "rollover" de dívida em Euros, a passagem da mesma para escudos implica uma série de problemas. Só não haveria problema se o cambio escudo/euro fosse fixo. Mas para isso ficávamos no EUR e não precisávamos de novos escudos.
3. NÃO HAVERÁ HIPER-INFLAÇÃO - ah, pois não, se o BP não imprimir moeda e monetizar défices. Mas para isso ficávamos no EUR e não precisávamos de novos escudos.
4. A REEXPORTAÇÃO NÃO FICA MAIS CARA - só contaram pra você.
5. O PETRÓLEO E O GÁS FICAM MAIS CAROS E A ELECTRICIDADE NEM POR ISSO - isto são sonhos; só se por milagre houvesse fixação administrativa de preços. E quem pagava o défice energético ?
7. DESVALORIZAR O CÂMBIO EM 20% NÃO É DESVALORIZAR O SALÁRIO EM 20% - é verdade num primeiro momento, mas com o tempo a inflação "come" o salário, pois é isso mesmo que aconteceu no passado e voltaria a acontecer.
8.VOLTAR AO ESCUDO NÃO É PERDER AS POUPANÇAS - se a taxa de juro real das mesmas após impostos for positiva (como no Brasil), portanto maior que o IPC não se perdem as poupanças. Até com o EUR se perdem as poupanças, pois até na Alemanha com juros líquidos a 1%, verifica-se uma taxa real ligeiramente negativa.

Enfim, vamos recuando no tempo e no nível de vida...

Abraço

dj



dj

na tua opinião de que acção deve tomar quem vive em portugal e tem poupança em euros?

cumprimentos
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por djovarius » 12/6/2013 10:33

Bom dia,

Esta última é fantasiosa. Vejamos:
1. VOLTAR AO ESCUDO NÃO É SAIR DO EURO - pode ser tipo Cuba (dual currency system), de facto não acabava o EUR, mas... quem teria acesso a Euros. Lá estava o tal mercado negro a funcionar.
2. A DIVIDA DA CASA PASSA PARA ESCUDOS ? - Esta é delirante !! Como os Bancos continuam a fazer "rollover" de dívida em Euros, a passagem da mesma para escudos implica uma série de problemas. Só não haveria problema se o cambio escudo/euro fosse fixo. Mas para isso ficávamos no EUR e não precisávamos de novos escudos.
3. NÃO HAVERÁ HIPER-INFLAÇÃO - ah, pois não, se o BP não imprimir moeda e monetizar défices. Mas para isso ficávamos no EUR e não precisávamos de novos escudos.
4. A REEXPORTAÇÃO NÃO FICA MAIS CARA - só contaram pra você.
5. O PETRÓLEO E O GÁS FICAM MAIS CAROS E A ELECTRICIDADE NEM POR ISSO - isto são sonhos; só se por milagre houvesse fixação administrativa de preços. E quem pagava o défice energético ?
7. DESVALORIZAR O CÂMBIO EM 20% NÃO É DESVALORIZAR O SALÁRIO EM 20% - é verdade num primeiro momento, mas com o tempo a inflação "come" o salário, pois é isso mesmo que aconteceu no passado e voltaria a acontecer.
8.VOLTAR AO ESCUDO NÃO É PERDER AS POUPANÇAS - se a taxa de juro real das mesmas após impostos for positiva (como no Brasil), portanto maior que o IPC não se perdem as poupanças. Até com o EUR se perdem as poupanças, pois até na Alemanha com juros líquidos a 1%, verifica-se uma taxa real ligeiramente negativa.

Enfim, vamos recuando no tempo e no nível de vida...

Abraço

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por frugal » 12/6/2013 0:20

E havendo passagem ao NOVO ESCUDO haveria transformação e consequente desvalorização das carteiras e das poupanças em território nacional?
Um investidor com um portfolio de acções internacionais seria afectado pela conversao ? Que pensam?
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Re: Uma saída airosa para a crise de Portugal?

por Rodasnepervil » 11/6/2013 3:54

Cem pt Escreveu:Creio que todos já viram o filme que jamais conseguiremos pagar a Dívida Pública, se tudo continuar na mesma daqui para a frente.

O PIB continua a descer, os défices todos os anos vão acumulando cada vez mais Dívida e este ciclo vicioso toda a gente já percebeu que só terminará com o descrédito do nosso País com um perdão de 30% ou 50% da Dívida como fez a Grécia, com os Países, Bancos e Particulares que compraram as nossas Obrigações a ficar a arder numa percentagem substancial. A Grécia resolveu o seu problema? Não, as dificuldades continuam e agora só a troika lhes empresta dinheiro de acordo com as suas condições leoninas que todos vamos conhecendo, o resto do mundo deixou de lhes fornecer crédito.

Não há assim garantias, quer no arrastar desta situação quer em “defaults” parciais que se venham a registar em soluções do tipo “grego”, que os nossos problemas não se continuem a agravar, com a dificuldade evidente de qualquer Governo Português, seja do PSD ou do PS, conseguir cortar na Despesa Pública.

Pelo contrário, com a falta de confiança que continua e que se segue à cada vez mais próxima saída da troika do País em 2014, daí para a frente ninguém mais nos emprestará um chavo, a não ser que os juros subam outra vez de forma dramática, coisa que nunca conseguiremos pagar! Como sair então deste buraco se temos uma necessidade anual de fazer o “roll-over” cada vez maior da Dívida, isto é, pedir emprestado mais e mais lá fora para pagar os juros e capital da Dívida acumulada, uma vez que a Economia portuguesa não consegue criar “superavits”?

Antes que tal aconteça temos de ser criativos para resolver um problema a que ainda ninguém conseguiu aparentemente dar uma solução credível, a não ser um cenário de radicalização extrema da saída do Euro, com todas as suas consequências nefastas que muita gente já falou no passado e que me escuso de voltar a referir.

Há que criar assim rapidamente um cenário diferente que misture a credibilidade dos nossos compromissos internacionais com a resolução da competitividade da nossa Economia.

Como?! No primeiro caso temos de pagar a Dívida em condições impostas pela realidade portuguesa e no segundo caso, para termos chances de competir na Europa e de reanimar o consumo interno, temos de baixar os custos dos fatores de produção, nomeadamente baixando de forma artificial, sem que as pessoas mal se apercebam, os salários em geral e ao mesmo tempo baixar os impostos para libertar recursos para investimento e consumo.

Isto parece um paradoxo totalmente idiota, como se consegue reduzir salários e impostos ao mesmo tempo? Reduzindo impostos como pode o Estado pagar os seus compromissos com os seus encargos de pensões e salários com os reformados, pensionistas e funcionários públicos?

Para isso há que ser imaginativos! Lembrei-me de uma solução possível, esta solução nunca foi tentada mas com a nossa capacidade inventiva do “desenrasca” à portuguesa, porque não?!

Então aqui fica a minha contribuição:

1) O Banco de Portugal passaria a ter uma dupla função monetária: Portugal continua a ser um País com as suas obrigações normais da adesão ao Euro e a partir do 2º semestre de 2013 cria em paralelo o “Novo Escudo”, moeda que numa primeira fase ficará equiparada artificialmente à cotação do “Euro” (não será cotada nos mercados Forex) e servirá apenas para denominar a nossa Dívida Pública, que em vez de ser paga no futuro em “Euros” será paga em “Novos Escudos”!

2) No início de 2014 o “Novo Escudo” passará a ser moeda real trocada no mercado Forex através da sua flutuação livre, situação que na sua estreia será precedida por uma cotação artificial por uma depreciação na casa dos 30% ou até mesmo 35% ou 40%.

Quando tal suceder acredito que o “Novo Escudo” irá cotar num canal descendente, desvalorizando lentamente em relação ao “Euro” numa faixa entre os 35% aos 50% em relação ao “Euro”, para refletir a realidade do que a Economia portuguesa necessita de se desvalorizar para ser competitiva no futuro em relação à zona Euro. Sem surpresas, o que fará com que Portugal consiga pagar a sua Dívida Pública, anteriormente denominada em Euros, através do “Novo Escudo” futuro já desvalorizado!

O Banco de Portugal, através da Casa da Moeda, cunharia a nova moeda e todos os produtos comerciais em Portugal teriam de ser cotados com atualizações mensais em ambas as moedas a circular em Portugal: “Euros” e “Novos Escudos”, vai dar muito trabalho aos comerciantes, mas paciência.

As caixas Multibanco e os Bancos poderão e deverão possuir as duas moedas, que qualquer pessoa poderá trocar através da cotação de mercado respetiva diária com uma comissão bancária que não exceda mais de 1/1000.

3) A partir do início de 2014, quando a cotação artificial do “Euro” ainda for igual á do “Novo Escudo”, antes da data de desvalorização oficial, o Estado e as Empresas acordarão que em Portugal todos os salários e benefícios sociais serão pagos numa partição de 50% - 50% em “Novos Escudos” e “Euros” daí para a frente ou, para que este processo não seja tão radical, poderia por exemplo pagar em 2014 uma percentagem de 20% em “Novos Escudos” e 80% em “Euros”, a partir de 2015 os salários e pensões seriam pagos 40% em “Novos Escudos” e 60% em “Euros” e em 2016 e anos seguintes finalmente 50% em “Novos Escudos” e 50% em “Euros”.

4) Ao mesmo tempo que o Estado vai necessitar de menos “Euros” para pagar as suas despesas, seja na solução de 50%-50% dos seus compromissos de pagamentos em “Novos Escudos”/”Euros” seja na solução de 20% em “Novos Escudos” e 80% em “Euros” em 2014, poderá o Governo, já a partir de 2014, baixar o IRS, o IRC, o IVA e a TSU das empresas, uma vez que o Estado poderá cunhar os seus próprios “Novos Escudos” para pagar salários e pensões sem necessitar de recorrer a empréstimos externos ou ao BCE.

Esta baixa generalizada de impostos faz com que os preços dos produtos baixem através de menos IVA e que as pessoas em geral possuam alguma folga artificial, pagando menos IRS, com a sensação de ter em carteira maior disponibilidade de recursos financeiros para dinamizar o comércio e o consumo interno.

5) Nem tudo serão rosas, é lógico que estas medidas irão incentivar a procura por cada vez menos produtos importados por falta de cada vez menos recursos para este fim, que continuariam a ser comprados com “Euros”, incentivando por outro lado cada vez mais a procura de produção nacional com maior incorporação local, motivo crítico e necessário para sobreviver no futuro para conseguirmos ser mais concorrenciais e depender cada vez menos do estrangeiro.

6) As nossas empresas exportadoras passariam a exportar cada vez mais uma vez que continuariam a receber em moeda forte, seja em “Euros” ou em “USD”, ao conseguir baixar os seus preços de colocação nos mercados internacionais, concorrendo com salários mais baixos denominados em “Euros”, para vender cada vez mais produtos e serviços. Este excedente de remessas das exportações poderia ser usado para baixar nos anos seguintes ainda mais os impostos das empresas e trabalhadores para continuar a aumentar a nossa competitividade, um ciclo virtuoso!

Certamente que as coisas não serão tão simples quanto este cenário avança nesta ótica. Face no entanto à falta de alternativas credíveis que nos levam cada mais para o fundo de um poço sem saída, se formos os primeiros a lançar este programa e a beneficiar desta possibilidade que aparentemente pode ser uma saída airosa para todos e para o País, porque não?!


Bom dia!
Excelente proposta com a qual concordo mas permito-me submeter à Vossa apreciação uma pequena "nuance" como segue :

DA COMPATIBILIDADE ENTRE ESCUDO E EURO

1. VOLTAR AO ESCUDO NÃO É SAIR DO EURO
O escudo a reaparecer deverá apenas substituir o euro como moeda comercial e não nos mercados financeiros onde o euro terá de continuar a ser a moeda de referência.
Esta premissa é igual à imediatamente anterior à fixação do valor do escudo face ao euro.
Portugal aderira ao E.C.U. (European Currency Unit/Sistema Monetário Europeu) em 1992 e usou o euro como moeda escriturária desde 1999.
Aqui o que se propõe é uma barreira através da moeda que indique claramente o poder de aquisição da sociedade portuguesa - a sua economia - sobre o exterior. Esse é o papel fundamental de uma moeda. E quanto menos estiver ligada a produtos financeiros maior é a capacidade que os elementos de uma comunidade têm de controlar o valor da sua economia. Fica imediatamente evidente que ao consumirmos produtos portugueses estamos a salvaguardar a riqueza interna.
Mantendo-se o Euro como moeda escriturária inter-bancária impede-se que o escudo seja manipulado facilmente pela especulação.

2. A DIVIDA DA CASA PASSA PARA ESCUDOS ?
A dívida de residentes sobre sobre instituições nacionais e em contratos nacionais passa para escudos, i.e., a moeda de curso legal, tal como passaram para euros quando o escudo acabou.
A dívida sobre não residentes pode ou não passar para escudos dependendo da lei nacional que gere o contrato e clausulas deste.
A dívida adquirida ao BCE e à CE mantém-se em euros.
A dívida ao FMI mantém-se em direito especial de saque.

3. NÃO HAVERÁ HIPER-INFLAÇÃO
Desvalorização cambial não significa perda de poder de compra. O poder de compra é algo que é variável (tal como o índice de preços) e adequa-se à variação de preços. A desvalorização cambial faz uma discriminação positiva na inflação e os produtos afectados serão os importados, favorecendo as empresas portuguesas que passam a ter maior competitividade - isso estimula o emprego e o aumento de salários.
Por outro lado a injecção de liquidez, ou melhor, o aumento da massa monetária com vista a financiar projectos de investimento que traduzam produção de bens transaccionáveis não implica desvalorização cambial. Se a nova emissão se traduzir em real crescimento e aumento de transacções não há lugar a perda global do valor da moeda.

4. A REEXPORTAÇÃO NÃO FICA MAIS CARA
Os preços de orçamentação para o exterior não serão afectados visto que serão sempre em moeda estrangeira de cariz internacional, euros ou dollars - se forem comprados nestas moedas mantém-se nessas moedas tabelados. A variação será no peso do trabalho que ficará mais barato.

5. O PETRÓLEO E O GÁS FICAM MAIS CAROS E A ELECTRICIDADE NEM POR ISSO
Em termos energéticos Portugal nunca esteve tão próximo da auto-suficiência. A electricidade é mantida cara devido ás ("mal pensadas") compensações dadas aos promotores de energias renováveis.
O petróleo e o gás ficarão mais caros. Contudo com alguma diplomacia poderíamos resolver parte do problema. Angola é o maior fornecedor de petróleo a Portugal, grande parte dele para reexportar para os EUA e Espanha. Portugal pagaria toda essa exportação com vinho e produtos alimentares. Pode fazer-se um acordo comercial com Angola para aceitarem um valor fixado em contrato (já o é) em escudos, os quais os Angolanos usariam para nos pagar o que importam. Se for unicamente para a quantidade de petróleo consumida em Portugal estamos a falar de um pequeno fundo de maneio, mais pequeno que o existente para o escudo de Cabo Verde.

6. A POLITICA MONETÁRIA NÃO FICA NAS MÃOS DA POLÍTICA
O Banco de Portugal (BdP) tem um historial de competência e estabilidade que é inveja para qualquer Banco Central. Compete ao BdP solidificar a politica monetária em dialogo constante com o Governo, mas é o BdP que a decide em última instância.
Dentro dos tratados da UE não é possível a Bancos Centrais financiarem o Estado. Esse tipo de injecção de liquidez é muito perigosa. Contudo é urgente que haja emissão monetária para financiar projectos de investimento na produção de bens transaccionáveis (não para serviços nem para obras públicas).

7. DESVALORIZAR O CÂMBIO EM 20% NÃO É DESVALORIZAR O SALÁRIO EM 20%
A perda de poder de compra é muito menor do que a desvalorização cambial. O salário baixa para o exterior mas não internamente, pois a maioria dos produtos portugueses não sofrerão aumento imediato. Contudo haverá estimulo para criar mais emprego e para que os salários cresçam. Hoje a relação dos salários está dissimulada com a dívida pública, que de alguma maneira é uma compensação para a balança comercial negativa.

8.VOLTAR AO ESCUDO NÃO É PERDER AS POUPANÇAS
Perde-se valor face ao exterior, é certo, mas uma poupança entesourada será gratificada com juros altos face a uma desvalorização externa. Contudo na situação actual a perda de valor será enorme devido ao confisco através de impostos que está a ser realizado pelo Estado. Se houver crescimento económico o Estado terá muito menos necessidade de aumentar os impostos.

Dezembro de 2013
 
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por ferreira10 » 23/5/2013 23:07

Uma saída airosa para a crise, de entre muitas outras, é criar micro empregos.Eu sei que muitos esquerdistas me vão diabolizar.Mas eu pergunto: faz sentido um estudante que faz uns extras ao fim de semana num café pagar uma contribuição exorbitante para a segurança social? Contribuição que lhe come os ganhos?Ou seja, tem que pagar para poder trabalhar?

Simplesmente... ele não paga essa contribuição!De outro modo não valeria a pena trabalhar.O Estado que tudo quer «lambar», na volta... nada «lamba»!Mas pior do que tudo, é o modo como o estudante hipoteca o seu futuro.E isso...pergunto: é ter perspectiva social?

Um Estado com perspectiva social deveria antecipar-se, regulando no sentido de evitar que determinadas franjas da população, por força da luta pela sobrevivência, se concentrassem no momento actual, hipotecando o futuro.

Mais do que os políticos estarem engavetados em ideologias, coisa que faz deles uma «espécie de burros»,o uso do método cientifico é que deveria nortear a governação.E o que o método cientifico diz, é que, entre optar por pagar para trabalhar, e alguma coisa receber em troca da hipoteca do futuro, o individuo opta pela segunda opção.Uma contribuição proporcional ao seu rendimento, contribuição que não esmagasse o rendimento levava a que o individuo e o Estado ganhassem.Curiosamente, aquilo que certa esquerda diaboliza, alegando que é um retrocesso civilizacional,porque representa uma perda de direitos, é precisamente aquilo que por força dessa teimosia, leva a que certos indivíduos sejam marginalizados e percam direitos.O que parece não é!
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por Opcard » 23/5/2013 22:45

Sem duvida , e fácil falar quando se rendimentos de outra dimensão .
Mas temos de ser realista duas abordagem na Europa a França optou pelo desemprego a Alemanha pelo emprego , ou seja é melhor ter desempregados subsidiados ou empregados com menores salários .


Texano Bill Escreveu:Será que o Martim sabe que se esses trabalhadores viverem em casa alugada, esta lhes leva metade do salário? E depois de pagar as contas e alimentação convém que sobrem uns euros. :roll:
 
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por Texano Bill » 23/5/2013 22:32

Será que o Martim sabe que se esses trabalhadores viverem em casa alugada, esta lhes leva metade do salário? E depois de pagar as contas e alimentação convém que sobrem uns euros. :roll:
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por Opcard » 23/5/2013 21:23

Jovem com 16 anos e empresário

http://www.youtube.com/watch?v=dpywNeT0ZQw


Raquel Varela, investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, convidada do programa, decidiu questionar o jovem: "Tens ideia de onde são feitas as camisolas? Se são feitas na China com os trabalhadores a ganharem dois dólares por dia?"

Martim rapidamente esclareceu que todas as peças da sua marca são fabricadas numa empresa nacional, algo que motivou nova pergunta da investigadora. "E quanto ganham esses trabalhadores? Maioritariamente nas empresas têxteis, os trabalhadores ganham o ordenado mínimo, o que não é suficiente para viver", assinalou a investigadora.
"Esses trabalhadores que ganham o ordenado mínimo, pelo menos não estão no desemprego", foi resposta pronta do jovem empreendedor, que mereceu os aplausos da plateia.
 
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por Joca601 » 23/5/2013 20:40

Estou convencido de que o empréstimo da troika irá para o espaço...

É fundamental que Portugal permaneça no euro. Desistir do euro é regredir no tempo, é estar sujeito ao facilitismo dos governantes, é ter as rotativas a imprimir papel, para pagar os ordenados do estado todos os meses, é ter a inflação a galope. Alguém ainda se lembra da inflação a 30% no tempo do escudo? pois é! é bom que se lembre e não se esqueça.

permanecer no euro, significa garantir a estabilidade do estado, significa não empobrecer enquanto povo, significa poder sair do país sem ter de vender o carro para pagar o bilhete de avião, significa lutar por um lugar no pelotão da frente dos países desenvolvidos, significa.....
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por BearManBull » 23/5/2013 19:04

Quico Escreveu:IMHO, a possibilidade do estado emitir moeda só serve para uma coisa: para descapitalizar a sociedade em favor do estado (que é quem tem a "maquina impressora").
Resumidamente, a escolha é simples, ou preferimos ver o estado a extorquir riqueza à sociedade às claras (com o euro, em que os estado não pode imprimir à vontade dos políticos) ou "à socapa" (com o escudo).

Pensei que ao aderirmos ao euro isso se tornasse evidente para as pessoas, pois caso houvesse má gestão da coisa pública isso ficaria evidente. Ora, esse efeito foi iludido ao longo de duas décadas décadas, primeiro com a injecção de fundos comunitários e depois com a acumulação disparatada de dívida. Infelizmente verifico (talvez por estes dois efeitos) que as pessoas não aprenderam nada. Parece que preferem voltar ao escudo, não vendo que vão passar a ser "roubadas" à socapa.

Ou melhor, se calhar aprendem depois, como bem descreveu o djovarius!


Mas consideras que é a dívida é sustentável se o governo implementar as reformas certas ou é um beco sem saída mesmo que se consigam crescimentos superiores a 3%?
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por Lion_Heart » 23/5/2013 18:53

JMHP Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:A Ignorância, A Demagogia e a "lavagem" cerebral é tanta com o apoio da com. social que a maioria da população não tem nem noção da realidade. Pior , nem querem saber.

Saliento que quem faz mais barulho , sindicatos , políticos , influentes e etc são que mais "mama" e menos faz.


Essa gente que faça o barulho que quiser, gritem à força toda, eu pessoalmente estou tranquilo e pouco preocupado com os impostos que pago porque sei que o que Eles querem já não volta e o dinheiro dos meus impostos já não paga o conforto que desejam.

Eu se fosse FP ou dependente do Estado estava era preocupado com o ruído que por ai vai. É que se a situação se descontrolar são eles que mais vão sofrer, dado que estão hoje a enfrentar uma situação completamente nova ao fim de décadas de comodismo e irresponsabilidade.


Existe uma coisa que os reformados e pensionistas não perceberam porque nunca ninguém os ensinou , o sistema da seg. social é distributivo e não contributivo. Portanto quem lá esta esta a pagar para quem recebe e não a poupar para eles próprios, segundo provem que merecem a reforma que tem (anos de descontos vezes prestação que auferem mais o numero de anos que já receberam).
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por Storgoff » 23/5/2013 18:44

djovarius Escreveu:Calote à vista, banhista...

Abraço

dj


Essa terminologia já não se usa.
É demasiado reaccionária.

Agora diz-se reestruturação da dívida.

:wink:
 
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por JMHP » 23/5/2013 18:44

Lion_Heart Escreveu:A Ignorância, A Demagogia e a "lavagem" cerebral é tanta com o apoio da com. social que a maioria da população não tem nem noção da realidade. Pior , nem querem saber.

Saliento que quem faz mais barulho , sindicatos , políticos , influentes e etc são que mais "mama" e menos faz.


Essa gente que faça o barulho que quiser, gritem à força toda, eu pessoalmente estou tranquilo e pouco preocupado com os impostos que pago porque sei que o que Eles querem já não volta e o dinheiro dos meus impostos já não paga o conforto que desejam.

Eu se fosse FP ou dependente do Estado estava era preocupado com o ruído que por ai vai. É que se a situação se descontrolar são eles que mais vão sofrer, dado que estão hoje a enfrentar uma situação completamente nova ao fim de décadas de comodismo e irresponsabilidade.
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por MPC_finance » 23/5/2013 18:39

djovarius Escreveu:De volta a este controverso tópico:
Do que estavam à espera mesmo ?
É que estamos uma espiral recessiva... ainda que eles jurem a todos os Deuses que não !!

Assim, não é de admirar que o destino sejam os 130% de ratio dívida/PIB já em 2014. O problema não é o Euro, é a incapacidade de travar o crescimento da dívida.
Calote à vista, banhista...

Abraço

dj


Temos deficit? Gastamos mais que o que ganhamos? Sim

Então temos que pedir emprestado? Sim

Ganhamos 100 e gastamos 130 temos que pedir 30 emprestados

Mas se ganharmos 50 e gastarmos 65 só temos que pedir 15 emprestados.

É isto que preocupa a quem sistematicamente nos empresta dinheiro!

Rácios?! Qual rácios, isso é problema nosso, não dos nossos credores. :wink:
 
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por Lion_Heart » 23/5/2013 18:23

JMHP Escreveu:
djovarius Escreveu:De volta a este controverso tópico:
Do que estavam à espera mesmo ?
É que estamos uma espiral recessiva... ainda que eles jurem a todos os Deuses que não !!

Assim, não é de admirar que o destino sejam os 130% de ratio dívida/PIB já em 2014. O problema não é o Euro, é a incapacidade de travar o crescimento da dívida.
Calote à vista, banhista...

Abraço

dj


Junho vai ser um mês cheio de greves.... Esses 130% parecem não assustar muita gente, talvez porque não acreditam ou não querem pagar divida.

A juntar aos sindicatos estão também os pensionistas indignados e não assustados com os 130%.

Ao observar tanta indignação para com os cortes e quase nenhuma sobre o aumento da divida, por vezes chego à conclusão que a única mais-valia que a queda do actual governo traria aos portugueses, era a real e verdadeira exposição de como estamos em plena bancarrota e a viver um regime insustentável.

Diz-se e bem que em democracia existem alternativas, é verdade, existem outras alternativas mas todas elas mais difíceis do que aquela que escolhemos ao longo de 40 anos, a mais fácil com recurso à divida.


A Ignorância, A Demagogia e a "lavagem" cerebral é tanta com o apoio da com. social que a maioria da população não tem nem noção da realidade. Pior , nem querem saber.

Saliento que quem faz mais barulho , sindicatos , políticos , influentes e etc são que mais "mama" e menos faz.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por JMHP » 23/5/2013 18:19

djovarius Escreveu:De volta a este controverso tópico:
Do que estavam à espera mesmo ?
É que estamos uma espiral recessiva... ainda que eles jurem a todos os Deuses que não !!

Assim, não é de admirar que o destino sejam os 130% de ratio dívida/PIB já em 2014. O problema não é o Euro, é a incapacidade de travar o crescimento da dívida.
Calote à vista, banhista...

Abraço

dj


Junho vai ser um mês cheio de greves.... Esses 130% parecem não assustar muita gente, talvez porque não acreditam ou não querem pagar divida.

A juntar aos sindicatos estão também os pensionistas indignados e não assustados com os 130%.

Ao observar tanta indignação para com os cortes e quase nenhuma sobre o aumento da divida, por vezes chego à conclusão que a única mais-valia que a queda do actual governo traria aos portugueses, era a real e verdadeira exposição de como estamos em plena bancarrota e a viver um regime insustentável.

Diz-se e bem que em democracia existem alternativas, é verdade, existem outras alternativas mas todas elas mais difíceis do que aquela que escolhemos ao longo de 40 anos, a mais fácil com recurso à divida.
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por nunofaustino » 23/5/2013 17:57

djovarius Escreveu:De volta a este controverso tópico:
Do que estavam à espera mesmo ?
É que estamos uma espiral recessiva... ainda que eles jurem a todos os Deuses que não !!

Assim, não é de admirar que o destino sejam os 130% de ratio dívida/PIB já em 2014. O problema não é o Euro, é a incapacidade de travar o crescimento da dívida.
Calote à vista, banhista...

Abraço

dj

Neste momento acredito que os 130% cheguem bem antes do final do ano.

E o pior é que não há qualquer país na Europa que tenha uma dívida "saudável". Logo não há uma almofada onde se possa esconder os prejuízos durante uns tempos e maquilhar as perdas inevitáveis que ainda terão de ser assumidas.
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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por Rantamplan » 23/5/2013 16:39

Joca601 Escreveu:Sair do Euro, e com o tipo de governantes que temos, significa também sair do país... viver num país em que a moeda valeria o mesmo que os governantes que temos, significaria ver o salário a baixar todos os meses mais um pouco. Não quero, muito obrigado! Portugal sim, mas dentro do Euro.


Mas cá para as minhas bandas isto é precisamente o que está a acontecer.
Não sei se há regiões, cidadãos ou entidades afins que fogem à regra?!?

Já vivemos a esmagadora maioria das consequências de sair do euro sem ter saído do euro.
A saída do euro é cada vez mais inevitável e vamos sofrer mais perda de rendimento disponível assim que sairmos do euro.

Como a discussão da saída do euro foi sempre assunto tabu (já para não falar da adesão ao euro, mas enfim):
Como não se discutiu a saída do euro no início do processo de "consolidação orçamental":

Vamos levar com a dose a dobrar. Sem piar.
"Caminante, no hay camino, se hace camino al andar", Antonio Machado
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por Joca601 » 22/5/2013 18:46

Sair do Euro, e com o tipo de governantes que temos, significa também sair do país... viver num país em que a moeda valeria o mesmo que os governantes que temos, significaria ver o salário a baixar todos os meses mais um pouco. Não quero, muito obrigado! Portugal sim, mas dentro do Euro.
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