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Caldeirão da Bolsa

5 ideias para Portugal vencer a crise

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Opcard » 5/3/2013 21:34

Reputation rankings show 'super-brands' escaping chasing pack
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38
4 March 2013

Six elite universities in the US and UK dominate Times Higher Education's 2013 World Reputation Rankings.

Harvard University heads a group of six "super-brands" which have pulled away from the chasing pack in terms of reputation and prestige, according to the tables published on 4 March.

Massachusetts Institute of Technology is the second highest in the list of top 100 university brands followed by the University of Cambridge, the University of Oxford, the University of California, Berkeley and Stanford University.

Australia is the major success story of the 2013 rankings, with an extra two representatives in the world top 100 - the University of New South Wales and Monash University.

Its four other universities in the top 100 also improved their standings, with the University of Melbourne highest ranked at number 39.

The UK had nine institutions in the top 100 - the universities of Cambridge, Oxford, Imperial College London, University College London, the London School of Economics, Edinburgh, Manchester, King's College London, Bristol - three fewer than the inaugural 2011 rankings.

Germany, Japan and the Netherlands each has five universities in the top 100, France has four institutions and Canada, Hong Kong and Sweden three apiece.

Compiled by Thomson Reuters, the ranking is based on responses from around 16,300 leading peer-reviewed academics from across the world who were asked to nominate no more than 15 of the best institutions in their field of expertise.

Thirty-nine per cent of responses were from the Americas, 26 per cent from Europe, 25 per cent from Asia Pacific and 12 per cent from the Middle East, North Africa and Central Asia.

Eighteen per cent of respondents were from the physical sciences, 21.3 per cent from engineering and technology, 22.1 per cent from the social sciences, 15.4 per cent from clinical subjects, 12.7 per cent from life sciences and 10.5 per cent from the arts and humanities.

Phil Baty, editor of Times Higher Education Rankings, said: "A university's reputation is subjective, but it matters deeply in today's highly competitive global marketplace.

"It has serious real-world impact - helping to attract top student and academic talent, and encouraging industrial investment and benefactions."

Twenty countries are represented in this year's top 100, with Asian countries continuing to rise in the rankings.

In addition to Japan's five institutions and Hong Kong's three, the Republic of Korea has two universities in the top 100 - Seoul National University and the Korea Advanced Institute of Science and Technology - as does Singapore - the National University of Singapore and Nanyang Technological University - and China - Tsinghua University and Peking University.

Taiwan's National Taiwan University also scores a place in the top 100.

"It is clear that no university, no matter how prestigious, can afford to be complacent in this fast-moving, information-rich global age," Mr Baty.

"New forces in higher education are emerging, especially in the East Asian countries that are investing heavily in building world-class universities, so the traditional elite must be very careful.

"In the three years that the World Reputation Rankings have been running, we have clear evidence that the US and the UK in particular are losing ground."

Shabana Mahmood, Labour's shadow minister for universities and science, said it was "important to understand" why universities in other countries were gaining ground on the UK.

"This downward trend should give ministers cause for concern because on their watch, it now seems the international standing of UK universities is starting to fall," she said.

Sally Hunt, general secretary of the University and College Union, said: "It is unlikely that recent negative headlines around the world about the UK threatening to deport students, coupled with changes to how students are classified for migration figures, will have done much to enhance our reputation on the international stage."

However, a spokeswoman for the Department for Business, Innovation and Skills said: "The UK has a global reputation for excellence in higher education. We have strong institutions, a world-class research base and dedicated staff. To stay ahead in the global race, we are protecting the research budget, making UK research more accessible and delivering a better student experience."ú
 
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por MiamiBlue » 5/3/2013 20:48

A mensagem que "é crucial" transmitir a todos, incluindo os que se manifestaram no último sábado, é a de que os esforços têm uma “razão de ser” e serão "bem-sucedidos", disse Vítor Gaspar, ao assinalar que a promessa europeia de extensão dos prazos de reembolso é sinal de confiança em Portugal.


Vitor Gaspar na onda de JS.

Agora a extensão dos prazos é classificado como um sinal de confinaça.

A mesma pessoa, à 1 mês atrás, dizia e defendia arduamente o contrário.

De resto, nada de novo, Vitor Gaspar é incapaz de perceber o problema e lutar por reais soluções.

Em 2012, teve que pedir um aumento do défice e ainda tivemos que vender a ANA para tapar o buraco.

2013, começa com a admissão do OE irrealista e a solicitar mais tempo (Sempre disse que nunca o faria e agora é sinal de confiança!!).

Vamos ver como acaba o ano, aposto, desde já, que vai a acabar a solicitar novo adiamento do défice.

Infelizmente ainda não percebeu minimamente porque falha sempre..


http://www.jornaldenegocios.pt/economia/ajuda_externa/detalhe/os_esforcos_dos_portugueses_serao_bem_sucedidos.html
Editado pela última vez por MiamiBlue em 5/3/2013 22:13, num total de 1 vez.
 
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por MiamiBlue » 4/3/2013 11:49

ul Escreveu:"Espanha, Portugal e Grécia necessitam de uma desvalorização interna de 30%"

04/03/2013

Hans-Werner Sinn, presidente do instituto alemão IFO, avisa, em entrevista publicada esta segunda-feira no “El Pais”, que “não há soluções fáceis” para o Sul da Europa e que o ajustamento “vai ser doloroso”.

Em sua opinião há três alternativas: a desvalorização interna no Sul; a desvalorização interna no Sul através de uma expansão no Norte; e a saída do euro de alguns países. “O mais provável é uma combinação dessas opções”, afirma, acrescentando que “Espanha, Portugal e Grécia precisam de uma desvalorização interna de 30%; França de 20%; Itália de um corte de preços de 10%”. Quanto à Alemanha, diz Hans-Werner Sinn, deve encarecer 20%”.

Para o presidente do IFO, “na zona euro a austeridade é inevitável. É um processo extremamente difícil” mas não há alternativa”.

Apesar de dizer compreender que alguns queiram menos ajustes, “menos austeridade significaria menos sofrimento agora em troca de mais dor no futuro e do aumento do risco de ruptura do euro”.

“Não deve haver ilusões sobre a dor que vem. Vai ser duro. As desvalorizações internas podem ser cruéis. Mas, se um país acredita que vai ser demasiado pode sair do euro”, defende.

Hans-Werner Sinn considera ainda não acreditar que Espanha tenha de sair, já a Grécia sim: está numa situação tão desesperada, não poderá prosperar no euro. As actuais exigências europeias sacrificam uma geração a um desemprego massivo. Portugal está em uma situação semelhante”


Esse facto levanta uma questão que deveria ser abertamente discutida:

- Portugal, Espanha e Grécia podem estar no euro?

- Uma saída controlada do euro não seria a melhor solução para esses países?

Não sei a resposta, mas considero que deveriam haver estudos minuciosos acerca desta questão.

De uma coisa estou certo, não é com taxas de 20% de desemprego, nível de investimentos ridículos e uma população no limiar da pobreza que o país vai a qualquer lado.

P.S. Até ao momento a estratégia europeia para combater esta crise está a falhar redondamente.
 
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por Opcard » 4/3/2013 11:22

"Espanha, Portugal e Grécia necessitam de uma desvalorização interna de 30%"

04/03/2013

Hans-Werner Sinn, presidente do instituto alemão IFO, avisa, em entrevista publicada esta segunda-feira no “El Pais”, que “não há soluções fáceis” para o Sul da Europa e que o ajustamento “vai ser doloroso”.

Em sua opinião há três alternativas: a desvalorização interna no Sul; a desvalorização interna no Sul através de uma expansão no Norte; e a saída do euro de alguns países. “O mais provável é uma combinação dessas opções”, afirma, acrescentando que “Espanha, Portugal e Grécia precisam de uma desvalorização interna de 30%; França de 20%; Itália de um corte de preços de 10%”. Quanto à Alemanha, diz Hans-Werner Sinn, deve encarecer 20%”.

Para o presidente do IFO, “na zona euro a austeridade é inevitável. É um processo extremamente difícil” mas não há alternativa”.

Apesar de dizer compreender que alguns queiram menos ajustes, “menos austeridade significaria menos sofrimento agora em troca de mais dor no futuro e do aumento do risco de ruptura do euro”.

“Não deve haver ilusões sobre a dor que vem. Vai ser duro. As desvalorizações internas podem ser cruéis. Mas, se um país acredita que vai ser demasiado pode sair do euro”, defende.

Hans-Werner Sinn considera ainda não acreditar que Espanha tenha de sair, já a Grécia sim: está numa situação tão desesperada, não poderá prosperar no euro. As actuais exigências europeias sacrificam uma geração a um desemprego massivo. Portugal está em uma situação semelhante”

Questionado pelo jornal quanto a um conselho a dar a Rajoy, o responsável diz que aprove outra reforma laboral que reduza os salários. “Isso fez Schröder em 2003. Eliminou o salário mínimo e laminou o Estado-Providência privando milhões de pessoas de ajudas sociais: isso provocou distúrbios e protestos. Custou-lhe o cargo. No entanto, foi a política adequada. Rajoy pode, com isso, não governar muito tempo, mas isso é o que a Espanha precisa”.Transferir o modelo alemão em toda a Europa é, em sua opinião, a única possibilidade.
 
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por BearManBull » 2/3/2013 1:59

MiamiBlueHeart Escreveu:
lfhm Escreveu:
miamiblueheart Escreveu:Conseguia subscrever quase todo o teu comentário se aceitasses atribuísses a mesma incompetência do Estado, a grande percentagem dos empresários portugueses.


O estado é quem faz as regras, quem dá as cartas. É culpado porque propiciou o ambiente de facilitismo.

As empresas tinham dois caminhos ou entravam na luta para desbravar território nos mercados externos, ou simplesmente agarravam a maminha do estado.


lfhm,

O teu comentário parece o do filho que culpa o pai porque falha sempre e precisa de culpar alguém pelo seu próprio insucesso e obviamente o pai é o alvo fácil...

Cada empresa tomou as suas decisões livremente..


Claro é sempre uma história de meia culpa. Mas pegando no teu exemplo o pai deve impor restrições e obrigações para evitar maus comportamentos. Se houver falta de vontade de ambas as partes é que não se vai a lado nenhum.
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por MiamiBlue » 2/3/2013 0:48

lfhm Escreveu:
miamiblueheart Escreveu:Conseguia subscrever quase todo o teu comentário se aceitasses atribuísses a mesma incompetência do Estado, a grande percentagem dos empresários portugueses.


O estado é quem faz as regras, quem dá as cartas. É culpado porque propiciou o ambiente de facilitismo.

As empresas tinham dois caminhos ou entravam na luta para desbravar território nos mercados externos, ou simplesmente agarravam a maminha do estado.


lfhm,

O teu comentário parece o do filho que culpa o pai porque falha sempre e precisa de culpar alguém pelo seu próprio insucesso e obviamente o pai é o alvo fácil...

Cada empresa tomou as suas decisões livremente..
 
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por BearManBull » 2/3/2013 0:19

rmachado Escreveu:
mais_um Escreveu:
ul Escreveu:Se queres bons exemplos para o nao sucesso do liberalismo económico ,agarraste a 2 Casos , dos anos 90 , México e Argentina pois os seus ministros das finanças eram conhedores e validos e fizeram aquilo que devia dar certo para trazer esta países para o primeiro mundo e nao conseguiram .
Eu ja tirei as minhas conclusões e sao amargas ...'




Dois paises que antes da crise chegaram a estar no top10 do ranking do liberalismo economico e em que as instituições privadas colapsaram e foram salvos pelos contribuintes, a Islandia e a Irlanda.

Já agora, gostava de saber a opinão dos defensores do liberalismo economico como solução para todos os males (pelo menos economicos e financeiros)sobre os motivos desta situação.


Não foram as instituições privadas... foram os Bancos privados. o que é um pouco diferente... e não foi por causa das leis nesses paises, ou foi?
Segundo ouvi dizer no caso Islandês foi a exposição excessiva ao mercado dos USA, logo... não me pareça que tb sirva de exemplo.

Isto não é uma "guerra" entre ter um "Estado paizinho" ou um "Estado paizinho que nós abandonou", é simplesmente ter um Estado que faça cumprir regras e as cumpra sem querer ser ele a fazer tudo..
Uma espécie de "Capitalismo-Comunista". :)


O problema do sub prime e a da Islandia nada teve a haver com capitalismo nem liberalismo mas com a falta de regulamentação do sector. Os bancos agiram de forma criminal ao emprestarem o que não era deles e em proporções dantescas.

Uma coisa é um mercado liberalizado outra coisa é um mercado não regulamentado.


miamiblueheart Escreveu:Conseguia subscrever quase todo o teu comentário se aceitasses atribuísses a mesma incompetência do Estado, a grande percentagem dos empresários portugueses.


O estado é quem faz as regras, quem dá as cartas. É culpado porque propiciou o ambiente de facilitismo.

As empresas tinham dois caminhos ou entravam na luta para desbravar território nos mercados externos, ou simplesmente agarravam a maminha do estado.

Por alguma coisa a capacidade instalada de empresas de construção em Portugal largamente supera a necessidade e este é um dos sectores que gera maior desemprego.
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por MiamiBlue » 2/3/2013 0:15

JMHP Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Porque não conseguiram crescer externamente durante a década de 90? No início deste século, quando havia um grande boom económico? As razões são muito mais profundas e não se resumem- a culpa é do Estado e da Constituição..


O sector da exportação sempre foi uma realidade em Portugal e foi crescendo ao longo das décadas. O resultado que vemos hoje do aumento das exportações não aconteceram de um dia para o outro, nem o mundo mudou depois de 2008.
As exportações hoje são o resultado de décadas de trabalho e conquistas no mercado externo que é extremamente competitivo e exigente.

Um dos grandes problemas que afectam a nossa economia foi o aumento acelerado e inflacionado do mercado interno nomeadamente no sectores dos serviços e consumo muito por via dos programas de apoio da CE, enquanto o sector produtivo e industrial foi sendo ignorado ou mantido em segundo plano.

Foram vários os erros políticos e estratégicos cometidos durante a década de 90 pela nossa elite a começar pelo actual Presidente da Republica.

A entrada para a moeda única veio agravar ainda mais e alimentar esses erros com as descidas acentuadas das taxas de juros. Em pouco tempo o país viu-se inundado de dinheiro como nunca acontecera na sua história.

Como é natural, dada a incompetência e falta de visão dos nossos políticos os desequilíbrios da nossa economia ganharam maior dimensão e o riscos de exposição e dependência aos eventos externos aumentaram de forma tremenda e que hoje todos conhecemos e sentimos as suas consequências.

Portanto os erros começaram à décadas atrás e com o passar dos anos foram-se agravando e aprofundando lentamente na sociedade portuguesa, até que explodiu depois da crise de 2008, tornaram-se incontroláveis, ingovernaveis e originaram inevitavelmente a perda de soberania com a chegada da Troika.

Os últimos anos apôs 2008, o aumento explosivo da divida publica só demonstram o quanto errado e perigoso foi o caminho politico e estratégico que o pais foi percorrendo ao longo de décadas, sem que os portugueses em geral tenham manifestado qualquer protesto ou indignação minimamente semelhante ao que assistimos hoje e marcará seguramente o dia de amanha, 2 de Março de 2013.


MiamiBlueHeart Escreveu:Muita gente culpa o Estado de tudo e mais alguma coisa, mas infelizmente os problemas do Estado são exactamente iguais à ao resto da nossa economia privada.


Os problemas podem ser semelhantes e é natural que o sejam num pais que durante décadas engordou o Estado. Dada a sua dimensão e peso na economia é natural que o sector privado tenham sido afectado, tentado e viciado.

No entanto existem dois tipos de sector privado:

Um exclusivamente privado e virado para os mercados externos e habituado ás regras duras e competitivas, sem segurança de nada a não ser a sua qualidade e competência. Infelizmente para o país, este sector é ainda pequeno e nestes períodos duros de austeridade possui um peso menor na nossa economia, embora esteja a desenvolver uma tendência ascendente que mais tarde será extremamente compensadora. É aqui que reside uma boa parte da nossa esperança mas que exige tempo e paciência.

Do outro lado, temos um sector privado nomeadamente na área dos serviços e consumo que é extremamente dependente do Estado e que na ultima década ganhou uma dimensão desproporcionada relativamente à dimensão da nossa economia de braço dado com o crescimento e influencia do Estado na sociedade.

Facilmente podemos concluir que a mentalidade dos portugueses é a maior inimiga dos seus desejos e da sua qualidade de vida, da mesma forma que um tóxico-dependente depende da droga que lhe destrói a vida e os sonhos, sentido-se incapaz de sobreviver sem ela.

Os portugueses protestam contra o Estado, mas ao mesmo tempo desejam a protecção e influência do Estado de modo a que este seja a solução dos seus problemas que afectam a sua vida pessoal e privada.

O Estado tornou-se na droga daqueles que dela dependem e dos efeitos da ausência dela.


JMHP,

Conseguia subscrever quase todo o teu comentário se aceitasses atribuísses a mesma incompetência do Estado, a grande percentagem dos empresários portugueses.

Depois de 1974, e com adesão de Portugal à CEE, Estado e Empresas deveriam ter tomado muitas decisões diferentes. Mas ambos, falharam redondamente.

E os resultados falam por si, o Estado está falido e a maioria das empresas estão melhores??

E a culpa não é do Estado ou da Constituição, como aconteceu ao Estado, as empresas tiveram acesso a imensa quantidade de dinheiro barato e infelizmente a grande parte, poucos progressos competitivos conseguiu obter..

Á imagem do Estado, tudo foi feito à base do endividamento e quanto não foi feito nessa base, ninguém teve capacidade para conquistar mercados e expandir-se externamente significativamente.

Olhemos para o PSI20, quantas empresas que não vieram do Estado, têm uma presença que lhes permite obter mais de 50% da receita do exterior? Duas ou três (tirando obviamente EDP, Galp e PT- empresas públicas até à poucos anos)

Por exemplo, os bancos, tanto dinheiro fácil fizeram e como estão neste momento?? Porque não se internacionalizaram? Porque não conseguiram impor-se em outros países?
Porque causa da o Estado e da da Constituição é que não foi..

O Estado fez muita, muita asneira - isso nem discuto.

Mas neste momento, é o bode espiatório fácil para justificar muita, muita incompetência de pessoas que deveriam ter feito mais, mas que à imagem do Estado, seguiram sempre a via mais fácil..

Mas atualmente o nosso problema é muito mais complexo e apesar de todas as nossas asneiras, a nossa situação não é de toda justificada por esse argumento.

Vivemos numa Europa totalmente disfuncional, em termos políticos, monetários e económicos. E sem o mínimo bom-senso Europeu, a Europa está em processo de auto-destruição e Portugal nunca recuperará por mais austeridade que faça..

Ignorar a implicações europeias na nossa atual realidade é puro sadomasoquismo.
 
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por mais_um » 1/3/2013 23:27

ul Escreveu:Mais um , acabei de ler, afinal só te posso apontar um defeito e e grande essa do Benfica , de resto todos temos duvidas , apenas defendemos aquilo que pensamos ser melhor para a sociedade.



Ninguém é perfeito. :mrgreen:
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por Opcard » 1/3/2013 23:24

Mais um , acabei de ler, afinal só te posso apontar um defeito e e grande essa do Benfica , de resto todos temos duvidas , apenas defendemos aquilo que pensamos ser melhor para a sociedade.

mais_um Escreveu:
Quico Escreveu:
Deves saber que o que criou uma imensa dívida pública nesses estados foi justamente o Estado ter-se posto a salvar bancos com dinheiro dos contribuintes. Isso é uma acção política "liberal"?! Poupa-me! :roll:



Obviamente que não é, como tal esses governos nunca o deviam ter feito e os accionistas e depositantes desses bancos não deviam ter pedido apoio ao Estado. Deixar falir, isso sim era liberalismo, por isso é que eu escrevi que todo o defensor do liberalismo económico, deixa-o do ser quando está em risco de ficar sem o seu dinheiro.



Quico Escreveu:
(P.S. - Pelo que tenho lido aqui, afinal és um "liberal" e não sabes; só que um "liberal desconfiado"! :lol: )



:lol: :lol: :lol:

Como já referi não defendo dogmas, nem teorias e afins (excepto um, é ser do Benfica :lol: ).

Sou pragmático, por exemplo, defendo a eutanásia e o direito ao aborto (tipicamente é defendido pela esquerda), defendo penas mais duras (prisão perpétua e pena de morte) para alguns tipos de crimes, (tipicamente é defendido pela direita).

Na área económica, defendo o princípio que os bens básicos como eletricidade e agua deviam ser fornecidos por serviços públicos a preços de mercado com uma margem suficiente para pagar os custos administrativos, (nota, não o defendo em Portugal por razões obvias) neste caso seria apelidado de ser socialista ou mesmo comunista, em contra partida defendo que a legislação na área economia e financeira deva ser o mais “amiga” possível do investidor, o Estado deve ter o papel apenas de regulador (neste caso seria apelidado de ser um liberal).

Defendo a politica "musculada" de Israel, direita, etc...

Quico Escreveu:
(P.S. - Já agora, e não levem a mal: ninguém trabalha?! Eu não percebo como conseguem debitar tanto caudal de posts ao longo da manhã! :mrgreen: )


No meu caso tem dias, há dias que tenho pouco trabalho, outros que tenho mais de manhã e pouco à tarde ou vice-versa, outros tenho imenso trabalho o dia inteiro e nem consigo vir ao CdB. :)

Até amanhã
 
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por mais_um » 1/3/2013 23:20

Pata-Hari Escreveu:
QuimPorta Escreveu:Olha o Seguro a querer tirar protagonismo à Pata :)

Líder do PS abriu debate de urgência sobre alternativa para sair da crise com cinco propostas. Aumento do IVA, subida do salário e pensões mínimas e apoio a desempregados sem apoio são algumas delas.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... crise.html



O problema do Seguro é o mesmo do Hollande, não faz nenhuma ideia do que é investimento produtivo ou criação de riqueza. Não percebeu que só há para distribuir quando se gera riqueza (e ricos, necessariamente). Acham que o bolso de quem paga é infinito, que é um conceito extraordinário pela falta de senso comum que demonstra.


Quando li aumentar as pensões mais baixas fiquei logo com urticaria! :wall: :wall:

E reduzir as pensões de todos os FP, que foram calculadas a 100%, não? :roll:

Desligo a TV quando vejo o Seguro a falar, um gajo que nunca fez nada de especial na vida, que sempre viveu à conta do Estado só pode ter ideias sem nexo. Claramente a pensar em ganhar votos, enfim nada que o PPC não tenha feito antes... :evil:
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por mais_um » 1/3/2013 23:08

Quico Escreveu:
Deves saber que o que criou uma imensa dívida pública nesses estados foi justamente o Estado ter-se posto a salvar bancos com dinheiro dos contribuintes. Isso é uma acção política "liberal"?! Poupa-me! :roll:



Obviamente que não é, como tal esses governos nunca o deviam ter feito e os accionistas e depositantes desses bancos não deviam ter pedido apoio ao Estado. Deixar falir, isso sim era liberalismo, por isso é que eu escrevi que todo o defensor do liberalismo económico, deixa-o do ser quando está em risco de ficar sem o seu dinheiro.



Quico Escreveu:
(P.S. - Pelo que tenho lido aqui, afinal és um "liberal" e não sabes; só que um "liberal desconfiado"! :lol: )



:lol: :lol: :lol:

Como já referi não defendo dogmas, nem teorias e afins (excepto um, é ser do Benfica :lol: ).

Sou pragmático, por exemplo, defendo a eutanásia e o direito ao aborto (tipicamente é defendido pela esquerda), defendo penas mais duras (prisão perpétua e pena de morte) para alguns tipos de crimes, (tipicamente é defendido pela direita).

Na área económica, defendo o princípio que os bens básicos como eletricidade e agua deviam ser fornecidos por serviços públicos a preços de mercado com uma margem suficiente para pagar os custos administrativos, (nota, não o defendo em Portugal por razões obvias) neste caso seria apelidado de ser socialista ou mesmo comunista, em contra partida defendo que a legislação na área economia e financeira deva ser o mais “amiga” possível do investidor, o Estado deve ter o papel apenas de regulador (neste caso seria apelidado de ser um liberal).

Defendo a politica "musculada" de Israel, direita, etc...

Quico Escreveu:
(P.S. - Já agora, e não levem a mal: ninguém trabalha?! Eu não percebo como conseguem debitar tanto caudal de posts ao longo da manhã! :mrgreen: )


No meu caso tem dias, há dias que tenho pouco trabalho, outros que tenho mais de manhã e pouco à tarde ou vice-versa, outros tenho imenso trabalho o dia inteiro e nem consigo vir ao CdB. :)

Até amanhã
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por Pata-Hari » 1/3/2013 22:12

QuimPorta Escreveu:Olha o Seguro a querer tirar protagonismo à Pata :)

Líder do PS abriu debate de urgência sobre alternativa para sair da crise com cinco propostas. Aumento do IVA, subida do salário e pensões mínimas e apoio a desempregados sem apoio são algumas delas.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... crise.html



O problema do Seguro é o mesmo do Hollande, não faz nenhuma ideia do que é investimento produtivo ou criação de riqueza. Não percebeu que só há para distribuir quando se gera riqueza (e ricos, necessariamente). Acham que o bolso de quem paga é infinito, que é um conceito extraordinário pela falta de senso comum que demonstra.
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por Opcard » 1/3/2013 22:10

Quando já estávamos próximos de encontrar as 5 ideias para Portugal vencer a crise, o Quico incentivou-nos a ir trabalhar

Noutros tempos não compreendia , a quantidade de homem e mulheres passeado-se nas áreas comerciais , hoje são amigos que protestam com tanto gajo ao alto culpado-os das desgraças da sociedade.

Antes da queda do muro nos países de leste apenas havia policias na rua , todos estariam a trabalhar , mesmo assim esses países tinham baixos níveis de produtividade, mas era giro ter a rua só para nos .

Hoje visito cidades fora da Europa , onde fico com a impressão , que ninguém trabalha nem dorme .

Um dia fiz contas quem trabalha nos nossos dias e uma minoria e compreendi somado , reformados , desempregados , doentes , tipos de baixa sem ocupação por vontade , trabalhadores de turno , trabalhadores da noite , ou seja mais de 70% tem tempo para passear durante o dia .

Ja durante a noite , pergunto sempre se amanha não,estão de trabalho.
[/i]
 
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por Quico » 1/3/2013 15:05

mais_um Escreveu:Dois paises que antes da crise chegaram a estar no top10 do ranking do liberalismo economico e em que as instituições privadas colapsaram e foram salvos pelos contribuintes, a Islandia e a Irlanda.

Já agora, gostava de saber a opinão dos defensores do liberalismo economico como solução para todos os males (pelo menos economicos e financeiros)sobre os motivos desta situação.


Deves saber que o que criou uma imensa dívida pública nesses estados foi justamente o Estado ter-se posto a salvar bancos com dinheiro dos contribuintes. Isso é uma acção política "liberal"?! Poupa-me! :roll:

O liberalismo não preconiza a inexistência de regras; pelo contrário: elas devem estar definidas e deve ser vigiado o seu cumprimento, deixando-se depois o mercado funcionar. Para que isto aconteça, o estado não pode ser um player ou um parceiro (formal ou informalmente - leia-se corruptamente) entre os agentes do mercado.
Nos casos que mencionas, os estados nunca acautelarem (e exigiram) a existência de Fundos de Garantia de Depósitos a bancos que começavam a ter uma posição ultra dominante no mercado, tornando-os "too big to fail" (sabe-se lá com que protecções e favorecimentos dos respectivos estados).

E mais outra coisa: o conforto e "garantismo" conseguido nas sociedades ocidentais ao longo da segunda metade do século XX levam sua a actual população a achar que tudo é garantido e que nada deve ou pode ter risco. Ora, tudo na vida é um risco e nada é garantido (quando nascemos, a única garantia que temos é a morte). Se alguém investe num negócio e a coisa corre mal, perde dinheiro. Se eu meto dinheiro num banco, estou a tomar uma decisão semelhante e que envolve algum risco de ficar sem ele (mesmo que seja, ou me pareça ser, de 0,0001%). O banco pode falir; existe essa probabilidade (por menor que seja) tal como em qualquer investimento que eu faça. O mundo e a vida são assim. É a segunda lei da termodinâmica! Os "cisnes negros" existem!
É necessário que todo o indivíduo tenha essa noção clara na sua cabeça, coisa que actualmente (fruto de tudo ter "corrido bem" nas últimas décadas) ninguém tem. (Já por isso não sou apenas cliente de uma só instituição financeira).
E isto leva-nos a um último ponto: uma economia, sobretudo livre, funcionará tanto melhor quanto melhor e maior for o grau de informação e exigência (e, já agora, civismo) dos indivíduos que nela participam (ler "Confiança" daquele gajo japonês que agora não me recordo do nome).

(P.S. - Pelo que tenho lido aqui, afinal és um "liberal" e não sabes; só que um "liberal desconfiado"! :lol: )

(P.S. - Já agora, e não levem a mal: ninguém trabalha?! Eu não percebo como conseguem debitar tanto caudal de posts ao longo da manhã! :mrgreen: )
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por Opcard » 1/3/2013 13:58

1900-1970 - Regulação e Estado-Providência

Historicamente, a Nova Zelândia teve uma economia altamente protegida, regulada e subsidiada. Esta resultou pelo menos em parte a partir de tendências que começaram na primeira metade do século 20, quando o Primeiro Governo Liberal e mais tarde o Governo Primeiro Trabalhista introduziram ambos os sistemas de segurança social (de pensões do Estado para benefícios de desemprego e educação gratuita e cuidados de saúde), além de regulação da indústria, obrigando o sindicalismo industrial e de arbitragem . As importações também foram fortemente regulamentadas. Embora chamado de "bem-estar estatismo "por alguns [ quem? ], aceitou-se que pelo menos até a década de 1950, ambas as partes principais (Trabalho e Nacional) em geral apoiaram esta tendência, embora os críticos apontaram para efeitos negativos sobre a economia em geral e argumentaram que a emigração crescente poderia ser responsabilizada, em grande medida sobre estas políticas.

Na década de 1960, a economia da Nova Zelândia começou a declinar.

Isto foi em grande parte devido ao declínio das receitas de exportação para o Reino Unido, que em 1955 levou 65,3 por cento das exportações da Nova Zelândia. Até junho de 1973, durante a qual a Grã-Bretanha entrou formalmente a Comunidade Económica Europeia, este havia caído para 26,8 por cento. Em Junho de 1990 a sua participação caiu para 7,2 por cento e em junho de 2000, a sua acção foi de 6,2 por cento.



Como um exemplo de desregulamentação, vários operadores postais já existem na Nova Zelândia


]1980-1990 - Reforma e da liberalização

A partir de 1984, os subsídios do governo, incluindo os da agricultura foram eliminados, a regulamentação de importação foi liberalizada; taxas de câmbio livres; controles sobre as taxas de juros , salários e preços foram removidos, e as taxas marginais de tributação reduzidas. Política monetária apertada e grandes esforços para reduzir o déficit orçamentário do governo trouxe a taxa de inflação para baixo de uma taxa anual de mais de 18% em 1987. A desregulamentação das empresas estatais na década de 1980 e 1990 foi grande, bem como a redução do papel do governo na economia, permitindo a amortização de dívida, mas, simultaneamente, aumentou enormemente a necessidade de custos de segurança social e tem levado a taxas consideravelmente mais elevadas de desemprego do que eram comuns nas A Nova Zelândia nas décadas anteriores.
A desregulamentação criou um quadro favorável às empresas. Um estudo de 2008 e levantamento classificou-o de 99,9% em "liberdade comercial", e 80% do total em "liberdade econômica", destacando, entre outras coisas que na Nova Zelândia serão necessários apenas 12 dias para estabelecer um negócio, em média, em comparação com a média mundial de 43 dias. Outros indicadores foram medidos os direitos de propriedade, as condições do mercado de trabalho, controle do governo e corrupção, sendo o último considerado "ao lado inexistente" na Heritage Foundation e The Wall Street Journalestudo.
Na sua "Doing Business 2008" do inquérito, o Banco Mundial (que naquele ano avaliado Nova Zelândia como o segundo mais países para negócios em todo o mundo), classificou 13 New Zealand de 178 no negócio facilidade de contratação de suas leis. [
 
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por Quimporta » 1/3/2013 13:43

Olha o Seguro a querer tirar protagonismo à Pata :)

Líder do PS abriu debate de urgência sobre alternativa para sair da crise com cinco propostas. Aumento do IVA, subida do salário e pensões mínimas e apoio a desempregados sem apoio são algumas delas.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... crise.html

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por JMHP » 1/3/2013 13:33

MiamiBlueHeart Escreveu:Porque não conseguiram crescer externamente durante a década de 90? No início deste século, quando havia um grande boom económico? As razões são muito mais profundas e não se resumem- a culpa é do Estado e da Constituição..


O sector da exportação sempre foi uma realidade em Portugal e foi crescendo ao longo das décadas. O resultado que vemos hoje do aumento das exportações não aconteceram de um dia para o outro, nem o mundo mudou depois de 2008.
As exportações hoje são o resultado de décadas de trabalho e conquistas no mercado externo que é extremamente competitivo e exigente.

Um dos grandes problemas que afectam a nossa economia foi o aumento acelerado e inflacionado do mercado interno nomeadamente no sectores dos serviços e consumo muito por via dos programas de apoio da CE, enquanto o sector produtivo e industrial foi sendo ignorado ou mantido em segundo plano.

Foram vários os erros políticos e estratégicos cometidos durante a década de 90 pela nossa elite a começar pelo actual Presidente da Republica.

A entrada para a moeda única veio agravar ainda mais e alimentar esses erros com as descidas acentuadas das taxas de juros. Em pouco tempo o país viu-se inundado de dinheiro como nunca acontecera na sua história.

Como é natural, dada a incompetência e falta de visão dos nossos políticos os desequilíbrios da nossa economia ganharam maior dimensão e o riscos de exposição e dependência aos eventos externos aumentaram de forma tremenda e que hoje todos conhecemos e sentimos as suas consequências.

Portanto os erros começaram à décadas atrás e com o passar dos anos foram-se agravando e aprofundando lentamente na sociedade portuguesa, até que explodiu depois da crise de 2008, tornaram-se incontroláveis, ingovernaveis e originaram inevitavelmente a perda de soberania com a chegada da Troika.

Os últimos anos apôs 2008, o aumento explosivo da divida publica só demonstram o quanto errado e perigoso foi o caminho politico e estratégico que o pais foi percorrendo ao longo de décadas, sem que os portugueses em geral tenham manifestado qualquer protesto ou indignação minimamente semelhante ao que assistimos hoje e marcará seguramente o dia de amanha, 2 de Março de 2013.


MiamiBlueHeart Escreveu:Muita gente culpa o Estado de tudo e mais alguma coisa, mas infelizmente os problemas do Estado são exactamente iguais à ao resto da nossa economia privada.


Os problemas podem ser semelhantes e é natural que o sejam num pais que durante décadas engordou o Estado. Dada a sua dimensão e peso na economia é natural que o sector privado tenham sido afectado, tentado e viciado.

No entanto existem dois tipos de sector privado:

Um exclusivamente privado e virado para os mercados externos e habituado ás regras duras e competitivas, sem segurança de nada a não ser a sua qualidade e competência. Infelizmente para o país, este sector é ainda pequeno e nestes períodos duros de austeridade possui um peso menor na nossa economia, embora esteja a desenvolver uma tendência ascendente que mais tarde será extremamente compensadora. É aqui que reside uma boa parte da nossa esperança mas que exige tempo e paciência.

Do outro lado, temos um sector privado nomeadamente na área dos serviços e consumo que é extremamente dependente do Estado e que na ultima década ganhou uma dimensão desproporcionada relativamente à dimensão da nossa economia de braço dado com o crescimento e influencia do Estado na sociedade.

Facilmente podemos concluir que a mentalidade dos portugueses é a maior inimiga dos seus desejos e da sua qualidade de vida, da mesma forma que um tóxico-dependente depende da droga que lhe destrói a vida e os sonhos, sentido-se incapaz de sobreviver sem ela.

Os portugueses protestam contra o Estado, mas ao mesmo tempo desejam a protecção e influência do Estado de modo a que este seja a solução dos seus problemas que afectam a sua vida pessoal e privada.

O Estado tornou-se na droga daqueles que dela dependem e dos efeitos da ausência dela.
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por tava3 » 1/3/2013 13:14

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por Opcard » 1/3/2013 13:11

Sobre os sistemas Penso nesta resposta do Lincoln .

"Perguntaram ao Presidente Lincoln: How long a man’s legs should be?

(Qual deve ser o tamanho das pernas do homem?)
Ao que Lincoln respondeu: “ I would say, Just about long enough to reach from his body to the ground.”
(Eu diria apenas o tamanho para que seu corpo alcance o chão)"


Isto para dizer que não importa o sistema e preciso que funcione ,

Mas vendo a nossa volta por razoes diferentes os modelos económicos tendo o estado como motor estão a falhar desde os anos 80.
Se na Nova Zelândia , foi a adesão do UK a CEE em 1973, na Finlândia foi a falência da URRS

Um caso interessante e Israel , único estado estado socialista que funcionou até ao presente 80% da sua economia era socialista hoje vale 2%, os jovens deixaram de achar graça aos Kibutz e o sistema deixou de funcionar hoje tem um sistema liberal onde o estado esta muito presente , por razoes de estado e um pais em guerra.
Editado pela última vez por Opcard em 1/3/2013 13:17, num total de 1 vez.
 
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por tava3 » 1/3/2013 12:44

A-330 Escreveu:-O A.S.Santos não fugiu.Teve que sair por não encontrar neste país condições necessárias para conduzir o seu negócio de forma eficiente. Da mesma forma muitos cidadãos estão a emigrar. Alguém se arrisca a dizer que também estão a fugir?



Todos, ou quase todos, estão a fazer um esforço brutal com todos estes cortes, mas esse senhor acha-se acima disso tudo e como pode, fugiu com a guita para não contribuir para o esforço nacional, e ainda se acha no direito de vir mandar bitaites de como devemos ou não viver.

Comparar a fuga do asantos com os jovens que emigram, nem sei se devo rir ou chorar. Um foge para acumular mais uns milhões, os outros, na sua maioria, "fogem" porque ficaram sem emprego, possivelmente com falta de comida na mesa, e ainda para tentar evitar de ir viver para debaixo da ponte.



A-330 Escreveu:- Tudo o que está a ser feito , está a ser feito de forma a poupar o queijo da máfia que manda no país.Quem está apagar a crise é somente o cidadão.



Poupar o queijo de uma máfia para ser fatiado por outra, não tenho grandes duvidas.
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por mais_um » 1/3/2013 12:27

ul Escreveu:Mais- Um ,

Explicação por explicação , ,podes explicar porque funcionou e bem na Nova Zelândia , e lá foi liberalismo foi serio de 1984 a 89 , a nossa Toika são meninos coro quando comparado com a terapia imposta ao seu pais por David Lange.
Em troca eu tenho algumas ideias porque falhou na Argentina.



Quero deixar claro que não sou contra a troika ,pelo contrário, por mim ficavam cá para sempre, não sou contra os cortes desde que sejam para racionalizar (infelizmente não é o que tem acontecido na maior partes das vezes) e se o governo tivesse começado por cortar na despesa logo em 2011 como deveria ter feito na implementação do programa (proporção 2/3 despesa e 1/3 aumento de impostos) não estavamos como estamos.

Também sou contra a economia controlada pelo Estado, quanto menos Estado existir (na economia), optimo! Sou contra a subsidio-dependencia e da mama à volta do Estado. Já escrevi aqui, sempre que vejo na TV alguém a pedir apoios a fundo perdido ao governo por causa das colheitas, dos desastres, etc...causa-me urticária.

Espero que tenha ficado claro a minha posição.


Sobre o sucesso das politicas da Nova Zelandia, depois desse 1º ministro perder as eleições, o novo governo teve "só" que fazer isto:


New Zealand Bank Bailout

REUTERS
Published: November 06, 1990

The new National Party Government announced today that it would bail out New Zealand's biggest bank.

Just three days after taking office, Prime Minister Jim Bolger announced plans for a $380 million rescue of the Bank of New Zealand. He also said the budget would have to be rewritten and the Government would have to borrow an extra $740 million.

Mr. Bolger has accused the Labor Government, swept from power in the general election on Oct. 27, of hiding the depth of New Zealand's economic problems.

The cash injection for the state-controlled bank was the second in little more than a year. The bank has been in trouble since a drive to become a global bank failed after the worldwide stock market crash of 1987.

http://www.nytimes.com/1990/11/06/busin ... ilout.html



Corrijam-me se estou enganado, uma das premissas do liberalismo económico é o Estado imiscuir-se o menos possível na economia, quanto mais regulação existir, menos liberalismo económico há, inclusive é um dos itens que é avaliado para verificar se um país é mais ou menos liberal, logo não compreendo como é que alguém adepto do liberalismo económico defenda que os Estados impeçam os bancos de investir onde quiserem e que não possam ter determinada dimensão, expliquem-me….
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por Opcard » 1/3/2013 11:57

Mais- Um ,

Explicação por explicação , ,podes explicar porque funcionou e bem na Nova Zelândia , e lá foi liberalismo foi serio de 1984 a 89 , a nossa Toika são meninos coro quando comparado com a terapia imposta ao seu pais por David Lange.
Em troca eu tenho algumas ideias porque falhou na Argentina.



mais_um Escreveu:
Quico Escreveu:
mais_um Escreveu:E confesso que tenho muitas duvidas que quem defende o liberalismo económico como solução para todos os males, se estivesse numa situação de perder tudo o que tinha, para se manter coerente recusasse ou não solicitasse o apoio publico caso houvesse essa possibilidade.


Estás a confundir liberalismo com anarquia, anarco-capitalismo, ou sei-lá-o-quê. Estás a assumir que o liberalismo reclama a inexistência de estado, de funções do estado ou de regras de vida em sociedade.
Gostava que me dissesses onde é que o liberalismo defende o que escreveste (bancos protegidos pelo estado que crescem ao ponto de se tornarem "too big to fail", inexistência de Fundo de Garantia de Depósitos, etc.).
E depois dizes que não estás contaminado...

(agora tenho que sair.)


Não sei, mas parece-me que os paises que referi (Suiça, Austrália, EUA, Inglaterra, Islandia e Irlanda) são tudo menos anarcas....

Se entendes que estar contaminado é discordar de que o liberalismo economico é a receita para todos os males, sim estou contaminado, e estou apenas porque os factos demonstra-o.

Gostava de saber as tuas explicações para o que aconteceu nos paises que referi, que estavam no topo do liberalismo economico, para precisarem do Estado.
 
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por tava3 » 1/3/2013 11:55

É isso mesmo, são uns liberais da treta é o que é, é só garganta.
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por mais_um » 1/3/2013 11:50

ul Escreveu:

"Economia eficiente e voltada ao mercado

Após mais de uma década de reestruturação econômica, a Nova Zelândia desfruta hoje de uma economia estável e competitiva no âmbito internacional. A privatização de várias concessionárias e serviços públicos fez surgir uma das economias mais eficientes e favoráveis à livre concorrência do mundo. Além disso, a imprensa livre e independente garante um alto nível de transparência nos processos de tomada de decisão tanto no setor público quanto no privado.



Quando a coisa corre bem, é tudo rosas, agora quando der para o torto....

Unfortunately, it means the banks have the best of both worlds. They still have the implied guarantee from the Government, which effectively reduces the interest rate they have to pay savers, which is not paid for in the form of any deposit guarantee fee to the Government.

Taxpayers still face the risk of seeing bank losses socialised in future while today's profits are privatised.

http://www.nzherald.co.nz/business/news ... d=10844902



Está lá o Estado a pôr a mãozinha por baixo....
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