No futuro todos seremos Agricultores - Revolução alimentar
Não vais ver mesmo Atomez. Em princípio, pelo menos.
A menos que estejas cá quando se atingirem os 8-10 biliões.
Além de que a mão de obra é apenas uma pequena parte do puzzle, e nem por isso dos mais relevantes, até porque infelizmente abunda em demasia.
Facilmente de percebe que os principais desafios estarão na disponibilidade de água , na exaustão dos solos e no custo futuro de movimentação das mercadorias.
A nota de optimismo vem da confiança que se tenha no engenho e sensatez do espírito humano. A mesma tecnologia que nos criou alguns dos problemas pode perfeitamente livrar-nos deles. Apenas haja um mínimo de bom e atempado senso de perceber a necessidade de equilibrar a exploração com a regeneração dos diversos recursos.
Parece fácil... Mas não está a ser.
E entretanto as facturas vão aparecendo, neste caso na forma de aumentos brutais de custo dos alimentos, com as consequentes revoltas de fome em milhões de humanos.
A menos que estejas cá quando se atingirem os 8-10 biliões.

Além de que a mão de obra é apenas uma pequena parte do puzzle, e nem por isso dos mais relevantes, até porque infelizmente abunda em demasia.
Facilmente de percebe que os principais desafios estarão na disponibilidade de água , na exaustão dos solos e no custo futuro de movimentação das mercadorias.
A nota de optimismo vem da confiança que se tenha no engenho e sensatez do espírito humano. A mesma tecnologia que nos criou alguns dos problemas pode perfeitamente livrar-nos deles. Apenas haja um mínimo de bom e atempado senso de perceber a necessidade de equilibrar a exploração com a regeneração dos diversos recursos.
Parece fácil... Mas não está a ser.
E entretanto as facturas vão aparecendo, neste caso na forma de aumentos brutais de custo dos alimentos, com as consequentes revoltas de fome em milhões de humanos.
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Elias Escreveu:Portugal tem 12% da população na agricultura, que representa 2,6% do PIB.
Espanha tem 4,2% da população na agricultura, que representa 3,2% do PIB.
Dinamarca tem 2,6% da população na agricultura, que representa 1,3% do PIB.
França tem 3,8% da população na agricultura, que representa 1,8% do PIB.
Grécia tem 12,4% da população na agricultura, que representa 3,6% do PIB.
Alemanha tem 1,6% da população na agricultura, que representa 0,8% do PIB.
Irlanda tem 5% da população na agricultura, que representa 2% do PIB.
Como se vê 5% ou menos da população chegam para para produzir toda a alimentação que é preciso e ainda com excedentes.
Não estou a ver como é que "No futuro todos seremos Agricultores" ...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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sasajojo Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Correndo o gigantesco risco de estar a dizer um enorme disparate - porque de horticultura percebo NADA - mas pelo que leio, começa-se a falar e a usar mais e mais a hidorponia, técnica muito usada em países como israel e que permite um tipo de utilização de recursos hidricos bem mais eficiente. Parece ser uma revolução em termos agriculas, sendo que estamos em maravilhosas condições de a poder usar.
Só para corrigir: Não é hidorponia mas sim hidroponia.
E não é um técnica recente, porque já tinha vsto esta técnica a ser utiliza em Portugal há mais de 10 anos!
LOL, pois....! (quis escrever hidroponia)
Portugal tem 12% da população na agricultura, que representa 2,6% do PIB.
Espanha tem 4,2% da população na agricultura, que representa 3,2% do PIB.
Dinamarca tem 2,6% da população na agricultura, que representa 1,3% do PIB.
França tem 3,8% da população na agricultura, que representa 1,8% do PIB.
Grécia tem 12,4% da população na agricultura, que representa 3,6% do PIB.
Alemanha tem 1,6% da população na agricultura, que representa 0,8% do PIB.
Irlanda tem 5% da população na agricultura, que representa 2% do PIB.
Portugal tem uma quantidade anormalmente elevada de gente na agricultura para aquilo que este sector produz (deixei uma séria de exemplos do que se passa noutros países europeus, até a Grécia produz mais que nós com a mesma % de pessoas), por isso a conclusão apresentada na notícia citada suscita-me muitas dúvidas... gostaria realmente de saber qual a metodologia seguida para chegar a essa conclusão...
Espanha tem 4,2% da população na agricultura, que representa 3,2% do PIB.
Dinamarca tem 2,6% da população na agricultura, que representa 1,3% do PIB.
França tem 3,8% da população na agricultura, que representa 1,8% do PIB.
Grécia tem 12,4% da população na agricultura, que representa 3,6% do PIB.
Alemanha tem 1,6% da população na agricultura, que representa 0,8% do PIB.
Irlanda tem 5% da população na agricultura, que representa 2% do PIB.
Portugal tem uma quantidade anormalmente elevada de gente na agricultura para aquilo que este sector produz (deixei uma séria de exemplos do que se passa noutros países europeus, até a Grécia produz mais que nós com a mesma % de pessoas), por isso a conclusão apresentada na notícia citada suscita-me muitas dúvidas... gostaria realmente de saber qual a metodologia seguida para chegar a essa conclusão...
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Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Para quem diz que a agricultura em Portugal não existe....Portugal é o quinto país da União Europeia onde a actividade agrícola por trabalhador rendeu mais em 2012, de acordo com o Eurostat,
Não percebi nada desta notícia.
Como é que se mede este rendimento?
A Assunção Cristas deve saber.
Mas se calhar é um rácio entre as toneladas produzidas de artigos agricolas, por trabalhador registado (empregado ou dono) no sector. Digo eu... que nem trabalho na área :-)
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.
"When it comes to money, the level of integrity is the least." - Parag Parikh
* Fight club sem nódoas negras: http://artista1939.mybrute.com
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mais_um Escreveu:Para quem diz que a agricultura em Portugal não existe....Portugal é o quinto país da União Europeia onde a actividade agrícola por trabalhador rendeu mais em 2012, de acordo com o Eurostat,
Não percebi nada desta notícia.
Como é que se mede este rendimento?
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Pata-Hari Escreveu:Correndo o gigantesco risco de estar a dizer um enorme disparate - porque de horticultura percebo NADA - mas pelo que leio, começa-se a falar e a usar mais e mais a hidorponia, técnica muito usada em países como israel e que permite um tipo de utilização de recursos hidricos bem mais eficiente. Parece ser uma revolução em termos agriculas, sendo que estamos em maravilhosas condições de a poder usar.
Só para corrigir: Não é hidorponia mas sim hidroponia.
E não é um técnica recente, porque já tinha vsto esta técnica a ser utiliza em Portugal há mais de 10 anos!
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Pata-Hari Escreveu:Correndo o gigantesco risco de estar a dizer um enorme disparate - porque de horticultura percebo NADA - mas pelo que leio, começa-se a falar e a usar mais e mais a hidorponia, técnica muito usada em países como israel e que permite um tipo de utilização de recursos hidricos bem mais eficiente. Parece ser uma revolução em termos agriculas, sendo que estamos em maravilhosas condições de a poder usar.
Mais ou menos... mas sim em alguns produtos até usamos...
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Correndo o gigantesco risco de estar a dizer um enorme disparate - porque de horticultura percebo NADA - mas pelo que leio, começa-se a falar e a usar mais e mais a hidorponia, técnica muito usada em países como israel e que permite um tipo de utilização de recursos hidricos bem mais eficiente. Parece ser uma revolução em termos agriculas, sendo que estamos em maravilhosas condições de a poder usar.
Para quem diz que a agricultura em Portugal não existe....
Portugal é o quinto país da União Europeia onde a actividade agrícola por trabalhador rendeu mais em 2012, de acordo com o Eurostat,
Estratégia. Sem regadio a agricultura portuguesa não é competitiva
As culturas que precisam de água – hortícolas, azeite, cereais –- são aquelas que estão a dar cartas no sector agrícola nacional
“Regadio: a sustentabilidade através da competitividade” foi o tema que Francisco Gomes da Silva, a partir de hoje secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, levou ao IX Congresso Nacional do Milho, que terminou ontem, em Lisboa.
Em Portugal, 52% das explorações (que representam 42% da superfície agrícola útil) dependem, em maior ou menor grau, da disponibilidade de água para a rega. Em 1,512 milhões de hectares de área útil, apenas 470 mil hectares são regados.
Nos pratos da balança da competitividade estão, de um lado, o peso negativo do preço da energia e da água, bem como a evolução das transferências de rendimento para os agricultores resultantes da reforma da Política Agrícola Comum (PAC), em risco de diminuir significativamente os níveis de pagamentos directos e com ameaças a restrições ao apoio a investimentos em novos regadios.
A favor, as culturas de regadio, como o milho, o tomate, o azeite ou os hortícolas, têm a tecnologia, o preço dos produtos e o II Pilar da PAC.
Francisco Gomes da Silva lembra que em Portugal apenas 20% dos recursos hídricos são utilizados, 75% na agricultura (14% na energia), o que deixa o país numa situação mais confortável do que a maioria.
Ainda assim, Portugal debate-se com alguns problemas de armazenamento e é, depois da Croácia, o país que mais recuperação de água podia fazer, graças aos seus solos.
O desperdício de água tem vindo a diminuir desde 2000 e Francisco Gomes da Silva estima que “a redução do desperdício passe de 37,5% em 2010 para 35% em 2020.
Para o novo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural o regadio é uma prática sustentável “se for uma tecnologia útil à satisfação das necessidades alimentares” e “se os recursos utilizados não colocarem em causa a possibilidade de satisfazer as necessidades das gerações futuras”. Em ambos os casos a resposta é positiva.
Gomes da Silva lembra que “o grande desafio é estender as melhores práticas a todos os utilizadores de água de rega” e defende que Portugal poderia ter um trunfo: “propor a certificação do utilizador de água”, ou seja, só pode regar quem sabe e não quem quer.
De acordo com a FAO, existem cerca de mil milhões de pessoas a passar fome no mundo. Estima-se que a população atinja os 9 mil milhões em 2050. Para a organização mundial existe a necessidade de aumentar a produção agrícola em cerca de 60% a 70%, um aumento que terá e ser feito maioritariamente à custa das actuais áreas de produção, ou seja, de maiores produtividades no mesmo espaço. Isto significa à custa do regadio.
Já ontem na abertura do congresso, na quarta-feira, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, lembrou os agricultores que “vamos necessitar de água e sem investimentos no regadio não podemos ser competitivos como somos hoje”.
Portugal é o quinto país da União Europeia onde a actividade agrícola por trabalhador rendeu mais em 2012, de acordo com o Eurostat, o gabinete de estatística da UE. Só a produção de milho aumentou 50% no espaço de duas campanhas. Mesmo assim, Portugal produz apenas 30% das suas necessidades, que são de cerca de 1,8 milhões de toneladas, destinadas sobretudo ao mercado leiteiro.
http://www.ionline.pt/dinheiro/estrateg ... ompetitiva
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Todos têm os seus receios...
O Chefe Abracouxiça (ou lá...) não queria levar com o céu na cabeça. O meu medo é não ter comida...
Os caraças dos cientistas andam a dizer que vai escassear! No planeta todo!! Sh**t
O Chefe Abracouxiça (ou lá...) não queria levar com o céu na cabeça. O meu medo é não ter comida...
Os caraças dos cientistas andam a dizer que vai escassear! No planeta todo!! Sh**t
Scientists Predict That Food Riots Will Grip The Planet Within A Year
A few years ago, Sir John Beddington, the UK government’s chief scientific advisor stated that with the world’s population growing, food supplies diminishing, and water supplies becoming more scarce, all of these factors would combine to form a ‘perfect storm’ in 2030 resulting in food shortages and rioting. However, the New England Complex Systems Institute believes he is way too optimistic with his timing. In fact, the complexity theorists think that if we don’t reverse the current trend in food prices, we’ve got until August 2013 before social unrest sweeps the planet.
http://inhabitat.com/scientists-predict ... in-a-year/
* The world's population will rise from 6bn to 8bn (33%)
* Demand for food will increase by 50%
* Demand for water will increase by 30%
* Demand for energy will increase by 50%
* He foresees each problem combining to create a "perfect storm" in which the whole is bigger, and more serious, than the sum of its parts.
http://news.bbc.co.uk/2/hi/8213884.stm
- Anexos
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- Food Riots
- Food-Riot-Graph-e1347446548353.png (156.16 KiB) Visualizado 2594 vezes
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A-330 Escreveu:Vamos acabar como os chineses que comem tudo o que tem pernas à excepção das mesas e tudo que tem asas à excepção dos aviões.
Na verdade essa alimentação diversificada dos chineses provém da época da grande fome 1958-61 quando morreram números não oficiais 30 milhões de chineses.
Difícil vai ser implementar essa dieta a gente que tem a barriguinha cheia.
A330
Vai haver um êxodo da cidade p'ró campo. Lá, criaremos porcos e porcas, vacas e bois, pitas e pitos, coelhos e coelhas, patos e patas, perús e peruas...
Voltaremos a ter ferreiros e ferreiras (cuidado com a discriminação) a fazer enxadas que tão necessárias vão ser para cultivar as batatas, as cebolas, os nabos, a relva, as couves e etc...
Vamos fazer dieta, mas não vamos passar fome...
Vamos ficar mais bronzeados... naturalmente.
Vamos mandar o stress às urtigas.
Enfim, vamos ser felizes!

Vamos acabar como os chineses que comem tudo o que tem pernas à excepção das mesas e tudo que tem asas à excepção dos aviões.
Na verdade essa alimentação diversificada dos chineses provém da época da grande fome 1958-61 quando morreram números não oficiais 30 milhões de chineses.
Difícil vai ser implementar essa dieta a gente que tem a barriguinha cheia.
A330
Na verdade essa alimentação diversificada dos chineses provém da época da grande fome 1958-61 quando morreram números não oficiais 30 milhões de chineses.
Difícil vai ser implementar essa dieta a gente que tem a barriguinha cheia.
A330
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Hábitos alimentares: O que comeremos daqui a 20 anos?
quarta-feira, 1 de Agosto de 2012
Projecções de especialistas indicam que o aumento populacional, dos preços dos alimentos e a limitação de disponibilidade de recursos vão mudar os hábitos alimentares humanos nas próximas décadas.
Alguns analistas calculam que o preço dos alimentos pode duplicar nos próximos cinco a sete anos, tornando alimentos hoje comuns, como carne, num artigo de luxo.
Algumas alternativas, embora estranhas à primeira vista, são apontadas como caminhos prováveis para resolver a procura por alimentos.
Insectos
O governo holandês já investiu um milhão de euros em pesquisa sobre como inserir insectos nas dietas dos seus cidadãos e preparar leis para regulamentar a sua criação.
Os insectos fornecem tanto valor nutricional quanto a carne de mamíferos, mas custam e poluem muito menos. Cerca de 1, 4 mil espécies poderiam ser consumidas pelo homem, compondo salsichas ou hambúrgueres.
Boa parte da humanidade já come insectos, especialmente na Ásia e África. Mas os mercados ocidentais devem resistir à ideia e vão ser necessárias grandes campanhas de marketing para tornar aceitável a ideia de incluir insectos como gafanhotos, formigas e lagartas nos menus.
Uso de som
Já é bem conhecida a influência que a aparência e o cheiro podem ter sobre o que comemos, mas uma área em expansão que pode render descobertas interessantes é a dos estudos sobre o efeito do som sobre o paladar.
Um estudo da Universidade de Oxford descobriu que é possível ajustar o gosto de determinados alimentos através da música que se ouve de fundo.
A música pode, por exemplo, fazer uma comida parecer mais doce do que ela é. Esse recurso pode ajudar a reduzir o consumo de açúcar.
Outro exemplo: Sons graves de instrumentos de sopro de metal (como saxofones ou tubas) acentuariam o gosto amargo de alimentos.
As empresas podem passar a recomendar listas de músicas para melhorar a «experiência» do consumo dos seus produtos.
Carne de laboratório
Cientistas holandeses criaram carne em laboratório usando células estaminais de vaca e esperam desenvolver o primeiro «hambúrguer proveta» até ao fim de 2012.
A produção de carne artificial poderia trazer grandes benefícios para o ambiente, pela redução no número de cabeças de gado - grandes emissores de CO2 - e nas áreas de floresta desmatada para a criação de pastos. A carne de laboratório poderia ser manipulada para ter níveis mais saudáveis de gordura e nutrientes.
Os pesquisadores holandeses dizem que a meta é fazer a carne in vitro ter o mesmo gosto que a tradicional - coisa que ainda está longe de ter.
Algas
Elas podem alimentar homens e animais, oferecer uma alternativa em graves crises alimentares e ainda abrem mão do gasto de terra ou água potável para o seu cultivo.
Cientistas ainda apontam para o potencial de algas como fontes de biocombustíveis - o que reduziria a dependência dos combustíveis fósseis.
Alguns especialistas prevêem que explorações de algas poderiam tornar-se a mais promissora forma de agricultura intensiva. Elas já existem em países asiáticos como o Japão.
Como os insectos, elas poderiam ser introduzidas nas nossas dietas sem que soubéssemos. Cientistas na Grã-Bretanha estudam a substituição de sal marinho por algas em pães e outros alimentos industrializados.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=585204
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Habitualmente quando se fala de mega-problemas à escala global tendem a aparecer dois blocos de opiniões. Os que acreditam e os que não acreditam.
E tipicamente as discussões descarrilam. Aplica-se a seguinte fórmula:
Problemas + Fortes interesses = Teorias da conspiração
Ora, neste momento há uma conjugação nunca vista de mega-problemas, naturalmente envolvendo mega- interesses. No que respeita aos alimentos, esses problemas/interesses têm grau de magnitude bem superior à energia e à finança, da qual vêm resultando décadas de guerras e crises sucessivas.
Que tal ?!... Gostaram? Já está feita a dissertação metafísica da semana.
Dizia o poeta que a "metafísica é consequência da má disposição", que no meu caso pode perfeitamente resultar da evolução das sondagens não estar a ser favorável às pretensões de não ter que emigrar EM BREVE.
O pessimismo perante os problemas só desaparece com o optimismo perante as soluções. E a ciência é a maior arma da humanidade para resolver os seus problemas...
E tipicamente as discussões descarrilam. Aplica-se a seguinte fórmula:
Problemas + Fortes interesses = Teorias da conspiração
Ora, neste momento há uma conjugação nunca vista de mega-problemas, naturalmente envolvendo mega- interesses. No que respeita aos alimentos, esses problemas/interesses têm grau de magnitude bem superior à energia e à finança, da qual vêm resultando décadas de guerras e crises sucessivas.
Que tal ?!... Gostaram? Já está feita a dissertação metafísica da semana.

Dizia o poeta que a "metafísica é consequência da má disposição", que no meu caso pode perfeitamente resultar da evolução das sondagens não estar a ser favorável às pretensões de não ter que emigrar EM BREVE.
O pessimismo perante os problemas só desaparece com o optimismo perante as soluções. E a ciência é a maior arma da humanidade para resolver os seus problemas...
When Will Scientists Grow Meat in a Petri Dish?
(...)
Meat grown in bioreactors—instead of raised on farms—could help alleviate planetary stress. Hanna Tuomisto, a Ph.D. candidate at the University of Oxford, co-authored a study last year on the potential environmental impacts of cultured meat. The study found that such production, if scientists grew the muscle cells in a culture of cyanobacteria hydrolysate (a bacterium cultivated in ponds), would involve “approximately 35 to 60 percent lower energy use, 80 to 95 percent lower greenhouse gas emissions and 98 percent lower land use compared to conventionally produced meat products in Europe.”
http://www.scientificamerican.com/artic ... e-meat-lab
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Elias Escreveu:Os nossos terrenos são pobres e de má qualidade. Os terrenos bons ou já estão cultivados ou foram urbanizados.
Elias, o que são para ti solos de má qualidade?
O autor não assume quaisquer responsabilidades sobre as decisões tomadas por outros relativamente aos factos por ele mencionados.
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Estou de acordo que devemos ter reserva estratégica de produção de bens alimentares.
Agora o problema, no trigo como noutros bens alimentares, é que por isto ou aquilo, a produção nacional tem custos superiores à importação.
Como não podemos fechar as fronteiras, pôr taxas aduaneiras nem subsidiar, como fazemos?
E quando subsidiamos indirectamente, para não cair na alçada da UE, são os contribuintes que acabam por estar a suportar esse custo superior.
Por outro lado temos o caso das vinhas e do vinho.
Cada vez há menos vinhas em produção, ou foram arrancadas ou estão abandonadas, o vinho nacional está a atingir preços ao consumidor incomportáveis, as adegas cooperativas estão todas falidas e com este fecho de torneira dos bancos não sei o que vai acontecer pois havia um "rolement" entre o crédito e as futuras colheitas; por outro lado temos vinhos "do outro lado do mundo" que não são maus a preços menores, e tem um custo de transporte elevado.
Já fomos dos principais produtores de azeite e vinho e veja-se a situação actual, e pior, o que está no horizonte.
Não é só as terras abandonadas, e os agricultores, ou quem trabalha na agricultura, está a desaparecer há muitos anos. Morrem os velhos e não há gente nova a trabalhar, a querer trabalhar, a saber trabalhar, porque não houve passagem de testemunho entre gerações.
Eu herdei alguns hectares de vinha; nem a consigo vender nem consigo pô-la a produzir!
Gonanto
Agora o problema, no trigo como noutros bens alimentares, é que por isto ou aquilo, a produção nacional tem custos superiores à importação.
Como não podemos fechar as fronteiras, pôr taxas aduaneiras nem subsidiar, como fazemos?
E quando subsidiamos indirectamente, para não cair na alçada da UE, são os contribuintes que acabam por estar a suportar esse custo superior.
Por outro lado temos o caso das vinhas e do vinho.
Cada vez há menos vinhas em produção, ou foram arrancadas ou estão abandonadas, o vinho nacional está a atingir preços ao consumidor incomportáveis, as adegas cooperativas estão todas falidas e com este fecho de torneira dos bancos não sei o que vai acontecer pois havia um "rolement" entre o crédito e as futuras colheitas; por outro lado temos vinhos "do outro lado do mundo" que não são maus a preços menores, e tem um custo de transporte elevado.
Já fomos dos principais produtores de azeite e vinho e veja-se a situação actual, e pior, o que está no horizonte.
Não é só as terras abandonadas, e os agricultores, ou quem trabalha na agricultura, está a desaparecer há muitos anos. Morrem os velhos e não há gente nova a trabalhar, a querer trabalhar, a saber trabalhar, porque não houve passagem de testemunho entre gerações.
Eu herdei alguns hectares de vinha; nem a consigo vender nem consigo pô-la a produzir!
Gonanto
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Bom dia
Lion, esses nºs estão errados.
Apesar da "má fama" da "produção nacional", o INE publicou recentemente um "Recenceamento Agrícola" que apesar de tudo terá a info mais actualizada sobre a Agricultura Nacional.
Sobre a qualidade dos solos posso contudo adiantar que esse é o nosso maior problema, junto com a distribuição das chuvas ao longo do ano. Infelizmente, estes dois factores não são manipuláveis.
Um exº: TRIGO - Nos nossos melhores solos, Barros de Beja ou Aluviões no Ribatejo, podemos obter 4 Ton / Ha em sequeiro ( ou 7-8 em regadio, com custos muito acrescidos ). A Europa Centro- Norte, França, Holanda, Alemanha,... coseguem-se produtividades muito mais elevadas, em igualdade de todos os outros factores, porque o regime de chuvas deles é muito mais favorável ao desenvolvimento da cultura. Poderá dizer-se que S. Pedro lhes proporciona regas grátis.
Devemos por isso deixar de cultivar Trigo ? De forma nenhuma. Se outras razões não houvesse é fundamental sermos capazes de produzir aquilo que chamo de Reserva Estratégica.
É aqui que a intervenção do Estado se impõe. Tenho esperança que o próximo Governo, seja ele qual for, faça algo nesta matéria. Entre outras razões, porque, mesmo que aparentemente seja mais barato, estaremos a diminuir ( substituir ) importações e aumentar o emprego local.
Lion, esses nºs estão errados.
Apesar da "má fama" da "produção nacional", o INE publicou recentemente um "Recenceamento Agrícola" que apesar de tudo terá a info mais actualizada sobre a Agricultura Nacional.
Sobre a qualidade dos solos posso contudo adiantar que esse é o nosso maior problema, junto com a distribuição das chuvas ao longo do ano. Infelizmente, estes dois factores não são manipuláveis.
Um exº: TRIGO - Nos nossos melhores solos, Barros de Beja ou Aluviões no Ribatejo, podemos obter 4 Ton / Ha em sequeiro ( ou 7-8 em regadio, com custos muito acrescidos ). A Europa Centro- Norte, França, Holanda, Alemanha,... coseguem-se produtividades muito mais elevadas, em igualdade de todos os outros factores, porque o regime de chuvas deles é muito mais favorável ao desenvolvimento da cultura. Poderá dizer-se que S. Pedro lhes proporciona regas grátis.
Devemos por isso deixar de cultivar Trigo ? De forma nenhuma. Se outras razões não houvesse é fundamental sermos capazes de produzir aquilo que chamo de Reserva Estratégica.
É aqui que a intervenção do Estado se impõe. Tenho esperança que o próximo Governo, seja ele qual for, faça algo nesta matéria. Entre outras razões, porque, mesmo que aparentemente seja mais barato, estaremos a diminuir ( substituir ) importações e aumentar o emprego local.
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Ainda gostava de perceber porque é que se abordam mais facilmente os problemas económicos pelo lado da receita (ou aumento de produção) que pelo lado da despesa (onde se inclui a redução do desperdício).
O mundo chamado civilizado, onde Portugal ainda é simpaticamente considerado, desperdiça quase 40 % da comida que produz.
Se juntarmos a isto que se caminha para metade da população ser obesa, constata-se que a ameaça da grande fome por falta de alimentos ainda vem longe.
É pena que esta variável não esteja claramente em cima na agenda política.
Infelizmente a santa-troika, no baralho de medidas de austeridade que usa, não inclui uma das mais óbvias: poupar nos desperdícios do consumo, sejam alimentares ou outros.
O mundo chamado civilizado, onde Portugal ainda é simpaticamente considerado, desperdiça quase 40 % da comida que produz.
Se juntarmos a isto que se caminha para metade da população ser obesa, constata-se que a ameaça da grande fome por falta de alimentos ainda vem longe.
É pena que esta variável não esteja claramente em cima na agenda política.
Infelizmente a santa-troika, no baralho de medidas de austeridade que usa, não inclui uma das mais óbvias: poupar nos desperdícios do consumo, sejam alimentares ou outros.
One-third of the world's food goes to waste, says FAO
Claire Provost
guardian.co.uk, Thursday 12 May 2011 15.32 BST
One-third of the world's food produced for human consumption is lost or wasted each year, according to a study (pdf) released on Wednesday by the UN Food and Agriculture Organisation (FAO).
(...)
According to the report, industrialised and developing countries waste or lose roughly the same amount of food each year – 670m and 630m tonnes respectively. But while rich countries waste food primarily at the level of the consumer, the main issue for developing countries is food lost due to weak infrastructure – including poor storage, processing and packaging facilities that lack the capacity to keep produce fresh. Food losses mean lost income for small farmers and higher prices for poor consumers in developing countries, says the study.
The average European or North American consumer wastes 95kg-115kg of food a year, above all fruits and vegetables. In contrast, the average consumer in sub-Saharan Africa, south Asia or south-east Asia wastes only 6kg-11kg. The study notes that in developing countries poverty and limited incomes make it unacceptable to waste food, and that poor consumers in low-income countries generally buy smaller amounts of food at a time.
(...)
http://www.guardian.co.uk/global-develo ... urity-poor
- Anexos
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- desperdicio de alimentos - FAO 2011.png (23.47 KiB) Visualizado 3457 vezes
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Lion_Heart Escreveu:La estas tu, no programa de ontem na sic , os agricultores disseram que existiam em Portugal pelo menos 500.000 ha de terreno da melhor qualidade ao abandono.
Saliento que o terreno cultivado em Portugal é de 1.500.000ha.
Tamos a falar de 25% ao abandono.
Tá bem. Conversa fiada.
Os nossos terrenos são pobres e de má qualidade. Os terrenos bons ou já estão cultivados ou foram urbanizados.
Se existem 500 mil ha de boa qualidade, eu quero saber onde são.
Lion_Heart Escreveu:Os ultimos dados do trigo que encontrei no wikipedia do ano 2002 dava Portugal no top dos produtores trigo, depois disso não encontro dados no google.
Saliento mais uma vez o que se disse ontem , onde agricultores falam que o Estado Espanhol fornece tubos e cria irrigação para n plantações e aqui ninguém faz nada de nada, até o Alqueva de pouco serviu.
E não duvido nada que Espanha financie esses produtores de azeite que tu foste visitar em Portugal.
Se la a cota ja foi ultrapassada eles investem noutro local. Nós nem aqui nem em lado nenhum.
Na colheita do ano 2002, a produção internacional do trigo totalizou 563,2 milhões toneladas e os países que mais produziram trigo foram:
China: 89 milhões toneladas
Índia: 71,5 milhões toneladas
Rússia: 50,6 milhões toneladas
Estados Unidos: 44 milhões toneladas
França: 39 milhões toneladas
Canadá: 15,7 milhões toneladas
Portugal: 10,9 milhões de toneladas
Wikipedia
Informação da treta. Só asneiras.
Toma lá informação de qualidade.
Para começar dados da produção mundial de trigo até 2009:
http://en.wikipedia.org/wiki/Internatio ... statistics
No mundo todo em 2009 produziram-se 680 megatoneladas de trigo.
A lista inclui os países que produzem mais de 2 megatoneladas. Portugal nem aparece na lista.
Na União Europeia, aqui fica um mapa com as regiões que mais contribuem para a produção global de trigo. Como podes ver, é sobretudo a Alemanha, a metade norte de França, a Dinamarca e certas zonas de Espanha. Portugal é o único país que não tem pelo menos uma região na categoria intermédia.
Mas aqui ficam uns números sobre a nossa produção:
http://www.ceja.educagri.fr/por/pays/port.htm
Em trigo são 360 mil toneladas, não chega a 1% da produção da UE.
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Elias Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Tu és melga.
É de manual: à falta de argumentos passa-se ao ataque pessoal.
Tá mal...![]()
Ainda não respondeste à questão do trigo.
E também não explicaste o que são as "excelentes características agrícolas" a que fizeste referência.
La estas tu, no programa de ontem na sic , os agricultores disseram que existiam em Portugal pelo menos 500.000 ha de terreno da melhor qualidade ao abandono.
Saliento que o terreno cultivado em Portugal é de 1.500.000ha.
Tamos a falar de 25% ao abandono.
Os ultimos dados do trigo que encontrei no wikipedia do ano 2002 dava Portugal no top dos produtores trigo, depois disso não encontro dados no google.
Saliento mais uma vez o que se disse ontem , onde agricultores falam que o Estado Espanhol fornece tubos e cria irrigação para n plantações e aqui ninguém faz nada de nada, até o Alqueva de pouco serviu.
E não duvido nada que Espanha financie esses produtores de azeite que tu foste visitar em Portugal.
Se la a cota ja foi ultrapassada eles investem noutro local. Nós nem aqui nem em lado nenhum.
Na colheita do ano 2002, a produção internacional do trigo totalizou 563,2 milhões toneladas e os países que mais produziram trigo foram:
China: 89 milhões toneladas
Índia: 71,5 milhões toneladas
Rússia: 50,6 milhões toneladas
Estados Unidos: 44 milhões toneladas
França: 39 milhões toneladas
Canadá: 15,7 milhões toneladas
Portugal: 10,9 milhões de toneladas
Wikipedia
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Lion_Heart Escreveu:Tu és melga.
É de manual: à falta de argumentos passa-se ao ataque pessoal.
Tá mal...

Ainda não respondeste à questão do trigo.
E também não explicaste o que são as "excelentes características agrícolas" a que fizeste referência.
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Tu és melga.
Ja noutro post disse que era necessario um plano para desenvolver a agricultura , pecuaria e pescas em Portugal.
Um dos objectivos seria quais as especies essenciais e as mais rentaveis para produzir.
O outro seria o tamanho e capacidade das explorações.
Ja sabemos que aqui o tamanho conta. E preciso incentivar as cooperativas ou associações.
Eu se for criar bois , ou sou muito rico ou entao crio 50 ou 100 . Mas se estiver num grupo posso criar 10.000 muito mais barato.
Ja noutro post disse que era necessario um plano para desenvolver a agricultura , pecuaria e pescas em Portugal.
Um dos objectivos seria quais as especies essenciais e as mais rentaveis para produzir.
O outro seria o tamanho e capacidade das explorações.
Ja sabemos que aqui o tamanho conta. E preciso incentivar as cooperativas ou associações.
Eu se for criar bois , ou sou muito rico ou entao crio 50 ou 100 . Mas se estiver num grupo posso criar 10.000 muito mais barato.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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Portugal é demasiado vulnerável à oscilação de preços
2011-01-06
Portugal é muito vulnerável à oscilação de preços dos alimentos porque é demasiado dependente do exterior, alerta uma dirigente da confederação de agricultores CONFAGRI.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) revelou ontem, quarta-feira, que o índice de preços dos alimentos aumentou, pela sexta vez consecutiva, em Dezembro, atingindo um valor recorde (214,7 pontos, acima do máximo de 213,6 pontos que registou na crise alimentar de 2008), situação que Maria Antónia Figueiredo considera "muito preocupante" para Portugal.
"Se somos muito dependentes, somos muito vulneráveis a qualquer aumento de preços que haja ao nível do mercado internacional", afirmou a secretária-geral-adjunta da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI).
Maria Antónia Figueiredo sublinhou que Portugal não produz açúcar, depende muito das importações para produzir pão, produz apenas 50% da carne de vaca que consome e apenas está próximo da auto-suficiência no caso dos suínos e das aves, que têm sido também afectados pela subida dos preços porque a base das rações são os cereais.
"Só somos auto-suficientes no vinho e no leite", apontou a também presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas e Importação Agro-Alimentar (OMAIAA).
A engenheira apela, por isso, a que Portugal encare "a agricultura como um sector estratégico", retomando a produção na "metade do país que está desertificada e despovoada".
A responsável da CONFAGRI sublinhou que para Portugal manter "um mínimo de segurança na alimentação" é preciso promover a produção nacional. "A sociedade tem de valorizar o sector agrícola e encarar a profissão com dignidade", disse.
Hoje em dia, ser agricultor ou ser empresário agrícola já não é como antigamente, já não é ser do campo. No futuro, quem tiver terrenos agrícolas a produzir terá um bem muito importante", declarou Maria Antónia Figueiredo, acrescentando que a recuperação de terras abandonadas poderia até ajudar a diminuir o desemprego.
A responsável adiantou que "não há um fenómeno específico" que justifique a escalada de preços, mas antes uma conjugação de factores, entre os quais o facto de os alimentos se estarem a transformar numa forma de rentabilidade, à semelhança do petróleo.
In JN
2011-01-06
Portugal é muito vulnerável à oscilação de preços dos alimentos porque é demasiado dependente do exterior, alerta uma dirigente da confederação de agricultores CONFAGRI.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) revelou ontem, quarta-feira, que o índice de preços dos alimentos aumentou, pela sexta vez consecutiva, em Dezembro, atingindo um valor recorde (214,7 pontos, acima do máximo de 213,6 pontos que registou na crise alimentar de 2008), situação que Maria Antónia Figueiredo considera "muito preocupante" para Portugal.
"Se somos muito dependentes, somos muito vulneráveis a qualquer aumento de preços que haja ao nível do mercado internacional", afirmou a secretária-geral-adjunta da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI).
Maria Antónia Figueiredo sublinhou que Portugal não produz açúcar, depende muito das importações para produzir pão, produz apenas 50% da carne de vaca que consome e apenas está próximo da auto-suficiência no caso dos suínos e das aves, que têm sido também afectados pela subida dos preços porque a base das rações são os cereais.
"Só somos auto-suficientes no vinho e no leite", apontou a também presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas e Importação Agro-Alimentar (OMAIAA).
A engenheira apela, por isso, a que Portugal encare "a agricultura como um sector estratégico", retomando a produção na "metade do país que está desertificada e despovoada".
A responsável da CONFAGRI sublinhou que para Portugal manter "um mínimo de segurança na alimentação" é preciso promover a produção nacional. "A sociedade tem de valorizar o sector agrícola e encarar a profissão com dignidade", disse.
Hoje em dia, ser agricultor ou ser empresário agrícola já não é como antigamente, já não é ser do campo. No futuro, quem tiver terrenos agrícolas a produzir terá um bem muito importante", declarou Maria Antónia Figueiredo, acrescentando que a recuperação de terras abandonadas poderia até ajudar a diminuir o desemprego.
A responsável adiantou que "não há um fenómeno específico" que justifique a escalada de preços, mas antes uma conjugação de factores, entre os quais o facto de os alimentos se estarem a transformar numa forma de rentabilidade, à semelhança do petróleo.
In JN
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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