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Caldeirão da Bolsa

Jornalistas e Linhas Editoriais: O Rei vai oNÚ!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Lion_Heart » 17/1/2013 10:53

Não, esse sr. só esteve em grande pelo fabuloso CV inventado e boy oh boy como os tugas gostam de um Sr. Prof. Dr. Eng. Catedrático. Ah e de um aldrabão de fato. se não usa fato não se safa.

Alias basta ver a quantidade de políticos com cursos forjados , médicos que exercem 20 anos sem habilitações, padres e por ai fora.

O que interessa é ter um bom CV , nem que seja inventado, isso é que da €€€ e neste caso horário nas tv´s.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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Re: Jornalistas e Linhas Editoriais: O Rei vai oNÚ!

por Quimporta » 17/1/2013 10:37

K. Escreveu:A questão é a seguinte:

DEVEMOS EXIGIR LINHAS EDITORIAIS DEFINIDAS AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO?

Uns pensarão que sim, outros que não. Eu penso que sim.


É muito discutivel que a existência de linhas editoriais pré-definidas nos orgão comunicação social seja garantia de alguma coisa.

A principal preocupação deve ser com a separação de poderes (político e económico). As chamadas "linhas editoriais" estão a atraír o "dark money" (ex. "Rupert Murdoch ), e daí não se deve espe3rar nada de bom.

O caso americano é o mais evidente.
Se na imprensa escrita, na minha opinião, não se nota perda de credibilidade jornalística pelo facto de existir uma linha editorial assumida, na televisão as experiências da Fox News e da MSNBC (entretanto NBC News) são de uma dramática queda na qualidade, e consequentemente da credibilidade da informação.
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Re: Jornalistas e Linhas Editoriais: O Rei vai oNÚ!

por Ulrich » 16/1/2013 23:12

K. Escreveu:P
Ele apercebeu-se que qualquer pessoa que dissesse o que os jornalistas queriam ouvir naquele momento, tinha prioridade sobre qualquer outra.


Precisamente, assino por baixo.

Misturam-se notícias com opiniões, com agendas pessoais e vinganças de comadres.

Disto tudo não pode sair nada de bom, e quem perde somos todos nós.

Muitas reportagens são promoções pessoais ou de amigos sem o rótulo de product placement.
“A única diferença entre mim e um louco é que eu não sou louco.”
Salvador Dali
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por Pata-Hari » 16/1/2013 23:07

Acabei de ver uma reportagem sobre o senhor e a sua história. Sim, é um fait-divers mas simultaneamente espantoso. E não é tão incomum quanto se poderia pensar.

Achei engraçado o quanto o discurso é absolutamente convicente e natural, atirando frases em que se auto-promove com um ar cândido de quem acabou de dizer algo de modesto e inquestionavelmente verdadeiro. Espantoso!

http://www.rtp.pt/play/p814/e104787/sexta-as-9
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Jornalistas e Linhas Editoriais: O Rei vai oNÚ!

por K. » 16/1/2013 23:02

Perdoem-me abrir mais um tópico sobre comunicação social, mas não estou a ver nenhum canal televisivo a lançar este debate, por isso, enquanto os mercados arrefecem, lanço-o aqui.

A questão é a seguinte:

DEVEMOS EXIGIR LINHAS EDITORIAIS DEFINIDAS AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO?

Uns pensarão que sim, outros que não. Eu penso que sim.

Uma comunicação social para ser credível tem de ter linhas editoriais definidas. Jornais de direita e jornais de esquerda. Debates com contraditório com jornalistas de esquerda e de direita. Posições editoriais assumidas sobre assuntos polémicos. Comentadores coerentes e de cores políticas conhecidas.

A ausência de linhas editoriais definidas leva a situações bizarras.

Houve recentemente alguém que desmascarou as fragilidades do sistema de comunicação social português, gerandpo a mais bizarra de todas as situações.

Chamava-se Artur Batista da Silva e foi-nos apresentado como vindo da ONU para aconselhar a reestruturação da dívida pública. Alguém ainda se lembra? Talvez as televisões e jornais se sintam embaraçados ao falar sobre o assunto...

Mas a verdade é que foi a falta de linha editorial que permitiu a esse senhor (um verdadeiro génio!) enganar todos os filtros da comunicação social.

Ele apercebeu-se que qualquer pessoa que dissesse o que os jornalistas queriam ouvir naquele momento, tinha prioridade sobre qualquer outra.

O Artur Batista da Silva foi o Alan Sokal da comunicação social portuguesa. Ele mostrou que o Rei vai..oNÚ!
 
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