...e se a velha Europa repusesse as barreiras alfandegárias?
No meu entender é mais que fundamente permitir que uma empresa estrangeira possa concorrer no mercado nacional DESDE QUE as regras sejam as mesmas. E atenção que não é apenas salários, é também restrições de emissões de CO2, certificações de qualidades, etc. Faz-me confusão permitir que duas empresas concorram no mesmo mercado com regras tão distintas. Para existir competitividade as regras têm de ser as mesmas.
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lfhm Escreveu:Tosh5457 Escreveu: O mercado livre não beneficia necessariamente o país em que vivemos, nestes casos beneficia os países de mão-de-obra barata.
Estou contra esse tipo de argumento... o comércio livre beneficia os mais competitivos.
Nós com a nosso conhecimento em automação e robótica achas mesmo que não temos capacidade para produzir mais barato que a China?
e depois disto (abaixo) o que vai acontecer aos chineses?Foxconn May Add Up To One Million Robots To Its Workforce: Report
Robots are coming to China.
China is expected to surpass Japan as the world’s largest robotics market in two years, raising concerns that the machines will put the jobs of an entire class of Chinese migrant workers at risk, Technology Review reports.
Rising wages in China could make the machines preferable to human workers, but some may be hesitant to fully embrace the boom given China's slowing economy, according to CNN.
Most notably, Terry Guo of chief executive of Foxconn, a company that makes products for companies such as Apple, Microsoft and Nintendo, revealed tentative plans last July to add one million industrial robots to its workforce over three years. Since then, he’s discussed no further details of the plan.
"Guo has good reasons for not waving his flag about this too much," Beijing-based strategic communications and IT analyst David Wolf told Technology Review. “It is politically inadvisable to talk too much about replacing people with robots."
Foxconn has already faced scrutiny this year after reports of inhumane working conditions at its factories. Even after the media attention reportedly led the company to improve conditions at its factories, one worker committed suicide last month by leaping from his apartment.
At Foxconn a robot could replace up to four workers, according to Technology Review. Meanwhile, a 62 percent increase in robotic imports has made using an automated system cheaper than using live workers in eastern China, China Daily reports.
But China isn't the only place where workers are concerned about their jobs being taken by robots. In the U.S., corporate investment in equipment and software increased by 33 percent between 1999 and 2011, while employment growth has continued to be slugglish. Robots are now replacing warehouse workers, Wall Street traders and even sex workers.
Still, not all occupations are so easily automated. Jobs that aren’t routine and require creative skills, such as politics, media and health care are the least likely to be replaced by robots, Fiscal Times reports.
Eu acho que a Europa tem apostado em desvincular-se das tarefas produtivas, terceiriezando-as para se concentrar naquilo que agrega mais valor, a concepção do produto em si. Um exímio exemplo desta política é a Apple, o problema é que a sociedade Europeia pode não ter o que é necessário para envergar nesta estratégia, sem a disciplina dos japs e dedicação dos chineses e indianos é complicado. O que nos vai valendo é a nossa estrutura educacional onde esta-mos anos luz dos BRICS.
Mas prontos a Apple é exemplo perfeito que a descentralização da produção pode ser uma mais valia para empresa. É preciso é que seja bem concretizado.
Até podemos ser os melhores do mundo, com uns pagar 1000 euros por trabalhadores e outros a pagar 2 euros, a curto ou médio prazo não há hipótese...
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Tosh5457 Escreveu: O mercado livre não beneficia necessariamente o país em que vivemos, nestes casos beneficia os países de mão-de-obra barata.
Estou contra esse tipo de argumento... o comércio livre beneficia os mais competitivos.
Nós com a nosso conhecimento em automação e robótica achas mesmo que não temos capacidade para produzir mais barato que a China?
e depois disto (abaixo) o que vai acontecer aos chineses?
Foxconn May Add Up To One Million Robots To Its Workforce: Report
Robots are coming to China.
China is expected to surpass Japan as the world’s largest robotics market in two years, raising concerns that the machines will put the jobs of an entire class of Chinese migrant workers at risk, Technology Review reports.
Rising wages in China could make the machines preferable to human workers, but some may be hesitant to fully embrace the boom given China's slowing economy, according to CNN.
Most notably, Terry Guo of chief executive of Foxconn, a company that makes products for companies such as Apple, Microsoft and Nintendo, revealed tentative plans last July to add one million industrial robots to its workforce over three years. Since then, he’s discussed no further details of the plan.
"Guo has good reasons for not waving his flag about this too much," Beijing-based strategic communications and IT analyst David Wolf told Technology Review. “It is politically inadvisable to talk too much about replacing people with robots."
Foxconn has already faced scrutiny this year after reports of inhumane working conditions at its factories. Even after the media attention reportedly led the company to improve conditions at its factories, one worker committed suicide last month by leaping from his apartment.
At Foxconn a robot could replace up to four workers, according to Technology Review. Meanwhile, a 62 percent increase in robotic imports has made using an automated system cheaper than using live workers in eastern China, China Daily reports.
But China isn't the only place where workers are concerned about their jobs being taken by robots. In the U.S., corporate investment in equipment and software increased by 33 percent between 1999 and 2011, while employment growth has continued to be slugglish. Robots are now replacing warehouse workers, Wall Street traders and even sex workers.
Still, not all occupations are so easily automated. Jobs that aren’t routine and require creative skills, such as politics, media and health care are the least likely to be replaced by robots, Fiscal Times reports.
Eu acho que a Europa tem apostado em desvincular-se das tarefas produtivas, terceiriezando-as para se concentrar naquilo que agrega mais valor, a concepção do produto em si. Um exímio exemplo desta política é a Apple, o problema é que a sociedade Europeia pode não ter o que é necessário para envergar nesta estratégia, sem a disciplina dos japs e dedicação dos chineses e indianos é complicado. O que nos vai valendo é a nossa estrutura educacional onde esta-mos anos luz dos BRICS.
Mas prontos a Apple é exemplo perfeito que a descentralização da produção pode ser uma mais valia para empresa. É preciso é que seja bem concretizado.
em países desenvolvidos ninguém aceita e não temos que aceitar salários baixíssimos para competir com esses países
Então escolheram a profissão errada. Um engenheiro até tem mais poder de compra no Brazil ou na Tailândia do que em Portugal.

Editado pela última vez por Visitante em 14/11/2012 1:11, num total de 1 vez.
Puro idealismo sem fundamento. O proteccionismo pode ser bom ou mau dependendo de como se aplica. Há exemplos de casos bem sucedidos e mal sucedidos.
Não há uma boa razão para competir com países de mão-de-obra barata, em países desenvolvidos ninguém aceita e não temos que aceitar salários baixíssimos para competir com esses países.
Casos não faltam de industrias de nações ricas que fecham os olhos a isso para sacar mais uns bucks.
Basta ver a Nestlé, que pactua com crianças (inclusive raptadas) para apanhar cacau. Pra não falar das Nikes e cia, que por patacos por dia fazem sapatilhas orientais que vendem a centenas de dolares.
Mais produção, e um mercado imenso? Naaaa...
Tu não queres competir com eles porque simplesmente não tens hipótese.
Mas alguém mete uma indústria em Portugal, com o país neste estado, quando pode meter uma na China?
Só sendo doido!
E a Europa em si já conheceu melhores dias... Até o Barroso já se anda a por a jeito da ONU, vejam lá...
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Óbvio que se deviam voltar a pôr impostos alfandegários, basta olhar para o desastre da balança comercial da UE com a China e outros países de mão-de-obra barata. O mercado livre não beneficia necessariamente o país em que vivemos, nestes casos beneficia os países de mão-de-obra barata.
Puro idealismo sem fundamento. O proteccionismo pode ser bom ou mau dependendo de como se aplica. Há exemplos de casos bem sucedidos e mal sucedidos.
Não há uma boa razão para competir com países de mão-de-obra barata, em países desenvolvidos ninguém aceita e não temos que aceitar salários baixíssimos para competir com esses países.
Proteccionismo é a maior asneira que alguma vez se pode fazer. É o argumento dos fracos e a opção dos atrasados.
Estivemos anos e anos e anos a botar abaixo fronteiras construídas por ditadores e políticos demagogos para que os obstáculos ao comércio livre fossem derrubados e proporcionassem paz, prosperidade e riqueza.
E agora querem repor a Idade Média? Vamos voltar-nos todos para o nosso quintal? Excelente aposta, se o que queremos é guerra, fome e estagnação. Os políticos acham a proposta muito apelativa, e outra coisa não seria de esperar, porque é a forma de eles terem emprego. Retirem-lhes a mama das estratégias patrióticas, da política externa e do proteccionismo da indústria nascente e têm logo de se fazer à vida. Não admira que andem aí a inventar cargos.
Quando algo está mal, vai-se à raiz. As soluções procuram-se, não se legislam. O mundo mudou, e enquanto não percebermos que não basta sermos europeus para estarmos ao leme do crescimento, não chegaremos a lado nenhum e não há proteccionismo que nos safe.
Deixem as pessoas ser livres, trabalhar como, onde e quanto querem, e permitam ser o comércio o indicador objectivo do sucesso da sociedade. Éticas, morais e patriotismos já temos que chegue, dispensam-se. O proteccionismo é a arma dos fracos, daqueles que, perante a adversidade, acham que colocar uma barreira resolve os problemas. Inventem, sejam originais, criem. É assim que se ganha aos chineses, não é com trapos, porcelana e jogadores de futebol.
Puro idealismo sem fundamento. O proteccionismo pode ser bom ou mau dependendo de como se aplica. Há exemplos de casos bem sucedidos e mal sucedidos.
Não há uma boa razão para competir com países de mão-de-obra barata, em países desenvolvidos ninguém aceita e não temos que aceitar salários baixíssimos para competir com esses países.
First rule of central banking: When the ship starts to sink, central bankers must bail like hell.
Las_Vegas Escreveu:richardj Escreveu:hum quando falas da globalização, falas daqueles 6 mil milhões de habitantes que tinham rendimentos 4 e 5 vezes inferiores ao ocidente e que agora estão a conseguir deixar de comer bananas e cocos e a passar a comer arroz e ter agua potável?
Acho que sim.
Mas se encontrares uma forma melhor que a globalização para esses povos rapidamente passarem do arroz e água potável para uma qualidade de vida igual à da Europa partilha se faz favor.
eu não estou contra a globalização, antes pelo contrario, estou totalmente a favor, porque está a permitir finalmente um equilíbrio global em qualidade de vida estava desequilibrado à séculos.
Apesar de isso ser prejudicial para a europa e os usa.
Só tenho pena de em África o processo estar mais difícil de avançar, ao contraio da america do sul e da asia.
EDIT: las vegas o meu comentário foi irónico porque a maioria dos ocidentais não tem ideia do que foi e é a vida real nos países "em desenvolvimento".
Um curioso... Escreveu:Na sequência de uma proposta de Bruxelas, a Organização Mundial de Comércio acaba de dar livre acesso ao mercado comunitário para o têxtil e vestuário paquistanês. O eurodeputado Nuno Melo fala em "tratamento preferencial trágico" para a indústria nacional.
De acordo com uma nota de imprensa emitida pelo gabinete do deputado europeu eleito pelo CDS-PP, a Organização Mundial do Comércio acaba de aprovar um “waiver” (tratamento preferencial às exportações de produtos de um país específico), aos produtos têxteis e do vestuário oriundos do Paquistão.
Nuno Melo apresentou já um projecto de resolução em que apela ao Conselho e à Comissão Europeia, de quem partiu a proposta, para que “ponderem a extraordinária situação de crise vivida em Portugal e na Europa” e em que exorta a que impeçam a abertura do mercado comunitário, na base do ‘waiver’, a estes produtos paquistaneses.
Segundo denuncia o eurodeputado português, “a decisão é errada e será letal para um enorme número de empresas e postos de trabalho em Portugal e na Europa”. Isto porque terão de concorrer com empresas paquistanesas “que recorrem ao trabalho infantil, não suportam custos sociais, ambientais, utilizam matérias-primas proibidas na União Europeia e subvertem as normais regras de mercado.
Isto.
Mas pior. Vi um documentário sobre implantes mamários numa dessas noites de insónia. No caso, uma empresa francesa, PIP. Aparentemente, o controle de qualidade é pago pelas empresas, e efectuado em período pré-determinado, sabendo o fabricante de antemão quando vem os inspectores.
A utilização de matérias primas proibidas não é exclusivo de lá de fora... Pior, há todo um sistema corrupto que passa por andar de fábrica em fábrica a "certificar" tudo...
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crybaby Escreveu:Livre circulação de pessoas e bens sim, mas empresas sérias e cumpridoras não podem competir com outras que pagam 2 kgs de arroz por dia a pessoas que trabalham 14 horas por dia, e que lançam os resíduos de laboração para o rio mais próximo...
Ou bem que há regras, ou bem que não há...
Mas acho que vamos chegar a um equilíbrio, o ocidente vai empobrecer um pouco porque tem de dividir o dinheiro com o oriente, vamos perder alguns direitos e encontrarmo-nos a meio caminho com os chineses... Infelizmente...
Tu não queres dizer dividir o dinheiro. Tu queres dizer é dividir os recursos.
O dinheiro por si só não vale.
Livre circulação de pessoas e bens sim, mas empresas sérias e cumpridoras não podem competir com outras que pagam 2 kgs de arroz por dia a pessoas que trabalham 14 horas por dia, e que lançam os resíduos de laboração para o rio mais próximo...
Ou bem que há regras, ou bem que não há...
Mas acho que vamos chegar a um equilíbrio, o ocidente vai empobrecer um pouco porque tem de dividir o dinheiro com o oriente, vamos perder alguns direitos e encontrarmo-nos a meio caminho com os chineses... Infelizmente...
Ou bem que há regras, ou bem que não há...
Mas acho que vamos chegar a um equilíbrio, o ocidente vai empobrecer um pouco porque tem de dividir o dinheiro com o oriente, vamos perder alguns direitos e encontrarmo-nos a meio caminho com os chineses... Infelizmente...
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richardj Escreveu:hum quando falas da globalização, falas daqueles 6 mil milhões de habitantes que tinham rendimentos 4 e 5 vezes inferiores ao ocidente e que agora estão a conseguir deixar de comer bananas e cocos e a passar a comer arroz e ter agua potável?
Acho que sim.
Mas se encontrares uma forma melhor que a globalização para esses povos rapidamente passarem do arroz e água potável para uma qualidade de vida igual à da Europa partilha se faz favor.
VirtuaGod Escreveu:Eu acho que a seguir a "destruirmos" a globalização deviamos "destruir" tudo o que é máquina para aumentar o emprego. A culpa é destas máquinas todas. Deviamos ter pessoas a lavrar as terras não usar tractores para isso, deviamos voltar ao tempo do telegrafo que assim sempre se dava mais emprego às pessoas que digitavam as mensagens...
Pleeeaase, nem acredito que estou a ler este tópico no caldeirão. Sub-produtos duma crise![]()
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P.S. Deixem de ver o telejornar que isso anda a fazer-vos mal e aproveitem o tempo livre extra para estudar história
Subscrevo. No nosso Portugal sob a éjide de combater o desemprego foram-se criando ineficiências atrás de ineficiências, subsidios atrás de subsídios...
Eu não sou contra a globalização, como o richardj disse, há pessoas nos países em desenvolvimento que dependem e muito das exportações de produtos agrícolas para a Europa. Ao impôr-mos tarifas alfandegárias estamos a prejudicar essas pessoas mais pobres que nós, e ao mesmo tempo, estamos a obrigar os portugueses a pagar mais caro para terem os mesmos produtos (e duvido muito que sejam os pequenos agricultores a beneficiar deste aumento de procura interna ).

hum quando falas da globalização, falas daqueles 6 mil milhões de habitantes que tinham rendimentos 4 e 5 vezes inferiores ao ocidente e que agora estão a conseguir deixar de comer bananas e cocos e a passar a comer arroz e ter agua potável?
ah sim, a colorização acabou à muito tempo. Já vai longe o tempo da exploração dos outros povos.
ah sim, a colorização acabou à muito tempo. Já vai longe o tempo da exploração dos outros povos.
VirtuaGod Escreveu:Eu acho que a seguir a "destruirmos" a globalização deviamos "destruir" tudo o que é máquina para aumentar o emprego. A culpa é destas máquinas todas. Deviamos ter pessoas a lavrar as terras não usar tractores para isso, deviamos voltar ao tempo do telegrafo que assim sempre se dava mais emprego às pessoas que digitavam as mensagens...
Pleeeaase, nem acredito que estou a ler este tópico no caldeirão. Sub-produtos duma crise![]()
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P.S. Deixem de ver o telejornar que isso anda a fazer-vos mal e aproveitem o tempo livre extra para estudar história

Mas dúvido que a globalização retroceda, os que vão atrasados na corrida é que vão ter de acordar, como parece ser o nosso caso.
Por cá a malta ainda anda distraída com o 25 de Abril (e relativamente ao 25 de Abril ainda bem que existiu, mas foi em 1974), em 2012 o desafio é completamente diferente.
Eu acho que a seguir a "destruirmos" a globalização deviamos "destruir" tudo o que é máquina para aumentar o emprego. A culpa é destas máquinas todas. Deviamos ter pessoas a lavrar as terras não usar tractores para isso, deviamos voltar ao tempo do telegrafo que assim sempre se dava mais emprego às pessoas que digitavam as mensagens...
Pleeeaase, nem acredito que estou a ler este tópico no caldeirão. Sub-produtos duma crise
P.S. Deixem de ver o telejornar que isso anda a fazer-vos mal e aproveitem o tempo livre extra para estudar história
Pleeeaase, nem acredito que estou a ler este tópico no caldeirão. Sub-produtos duma crise



P.S. Deixem de ver o telejornar que isso anda a fazer-vos mal e aproveitem o tempo livre extra para estudar história

Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Houve um dia um ditador que disse: "as fronteiras dos países são delineadas pelos homens e alteradas quando necessário".
A Segunda Grande Guerra Mundial Começou oficialmente em Setembro de 1939 com a invasão da Polónia por parte da Aelmanha e termina em Setembro de 1945 com as bombas atómicas lançadas sobre o Japão por parte dos Americanos.
Deixo por curiosidade o inicio e o fim do comportamento mensal do Dow Jones IA durante 2ªGG.
Só em meados de 1942 quando a guerra já ia quase a meio é que existiu fundamentos para uma antecipação da recuperação economica mundial.
Os anos de 1947 e 1948 foram lamentavelmente irreconheciveis. O mercado lateralizou não oferecendo oportunidades de investimento e trading. A bolsa estava morta e a Europa destruída.
A Segunda Grande Guerra Mundial Começou oficialmente em Setembro de 1939 com a invasão da Polónia por parte da Aelmanha e termina em Setembro de 1945 com as bombas atómicas lançadas sobre o Japão por parte dos Americanos.
Deixo por curiosidade o inicio e o fim do comportamento mensal do Dow Jones IA durante 2ªGG.
Só em meados de 1942 quando a guerra já ia quase a meio é que existiu fundamentos para uma antecipação da recuperação economica mundial.
Os anos de 1947 e 1948 foram lamentavelmente irreconheciveis. O mercado lateralizou não oferecendo oportunidades de investimento e trading. A bolsa estava morta e a Europa destruída.
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Tem que ser assim! Começaram pela cerâmica que é irrelevante
Portugal vence a 'guerra da cerâmica' contra a China
A Comissão Europeia aprovou a proposta portuguesa de tributar a loiça cerâmica chinesa que entra na União Europeia, aplicando-lhe taxas alfandegárias que vão até 58,6%
J. F. Palma-Ferreira (www.expresso.pt)
19:11 Terça feira, 13 de novembro de 2012
Marcelo Sousa, vice-presidente da Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica (APICER) confirmou ao Expresso que, a partir da próxima sexta-feira, 16 de novembro, serão cobradas taxas - que vão até 58,6% - às loiças cerâmicas chinesas que entrem na União Europeia.
"Foi uma vitória importante para Portugal, que é o maior produtor europeu de loiças cerâmicas", considera Marcelo Sousa. A Comissão Europeia decidiu aplicar as taxas de importação a estes produtos chineses apesar da votação sobre o assunto não ter sido favorável a esta tributação, pois "houve 14 países que votaram contra e apenas 13 que foram a favor destas taxas aplicadas à loiça chinesa", referiu Marcelo Sousa.
A partir da próxima sexta-feira, a loiça cerâmica portuguesa passa a ser muito mais competitiva nos países da União Europeia.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/portugal-vence- ... z2C8XoPJZZ

Portugal vence a 'guerra da cerâmica' contra a China
A Comissão Europeia aprovou a proposta portuguesa de tributar a loiça cerâmica chinesa que entra na União Europeia, aplicando-lhe taxas alfandegárias que vão até 58,6%
J. F. Palma-Ferreira (www.expresso.pt)
19:11 Terça feira, 13 de novembro de 2012
Marcelo Sousa, vice-presidente da Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica (APICER) confirmou ao Expresso que, a partir da próxima sexta-feira, 16 de novembro, serão cobradas taxas - que vão até 58,6% - às loiças cerâmicas chinesas que entrem na União Europeia.
"Foi uma vitória importante para Portugal, que é o maior produtor europeu de loiças cerâmicas", considera Marcelo Sousa. A Comissão Europeia decidiu aplicar as taxas de importação a estes produtos chineses apesar da votação sobre o assunto não ter sido favorável a esta tributação, pois "houve 14 países que votaram contra e apenas 13 que foram a favor destas taxas aplicadas à loiça chinesa", referiu Marcelo Sousa.
A partir da próxima sexta-feira, a loiça cerâmica portuguesa passa a ser muito mais competitiva nos países da União Europeia.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/portugal-vence- ... z2C8XoPJZZ
Este topico e bastante interessante mas um tudo ou nada enganador.
A meu ver a culpa das barreiras alfandegarias terem desaparecido não é dos Governos mas sim das grandes empresas, estas sim é que dominam os Governos.
Nunca percebi como defensor de uma economia de mercado a existencia das chamadas mega corporações e "demasiado grande para falir".
Isto mostra a falha nitida de regulação por parte dos governos e o quanto estas mega empresas sao poderosas ao ponto de inverter a economia de mercado.
Se por exemplo a Nike (so um exemplo) fazia uma camiola da nossa selecção na europa e custava vamos supor 10 euros (e de certeza menos) , essa mesma camisola feita no vietname custa 5. Mas o preço aqui no retalho nao desceu, a empresa ganha é mais.
A saida das empresas da europa e dos eua para a asia e india so beneficiou essas empresas, e o pior de tudo foi os estados apoiarem isto.
Pior foi ainda terem criado coisas como ASAE para destruir as nossas tradições e "importar" novas.O nosso Governo é o exemplo perfeito de como algumas grandes empresas dominam o País e parece que nem a Troika vai conseguir fazer algo.
A meu ver a culpa das barreiras alfandegarias terem desaparecido não é dos Governos mas sim das grandes empresas, estas sim é que dominam os Governos.
Nunca percebi como defensor de uma economia de mercado a existencia das chamadas mega corporações e "demasiado grande para falir".
Isto mostra a falha nitida de regulação por parte dos governos e o quanto estas mega empresas sao poderosas ao ponto de inverter a economia de mercado.
Se por exemplo a Nike (so um exemplo) fazia uma camiola da nossa selecção na europa e custava vamos supor 10 euros (e de certeza menos) , essa mesma camisola feita no vietname custa 5. Mas o preço aqui no retalho nao desceu, a empresa ganha é mais.
A saida das empresas da europa e dos eua para a asia e india so beneficiou essas empresas, e o pior de tudo foi os estados apoiarem isto.
Pior foi ainda terem criado coisas como ASAE para destruir as nossas tradições e "importar" novas.O nosso Governo é o exemplo perfeito de como algumas grandes empresas dominam o País e parece que nem a Troika vai conseguir fazer algo.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
Na sequência de uma proposta de Bruxelas, a Organização Mundial de Comércio acaba de dar livre acesso ao mercado comunitário para o têxtil e vestuário paquistanês. O eurodeputado Nuno Melo fala em "tratamento preferencial trágico" para a indústria nacional.
De acordo com uma nota de imprensa emitida pelo gabinete do deputado europeu eleito pelo CDS-PP, a Organização Mundial do Comércio acaba de aprovar um “waiver” (tratamento preferencial às exportações de produtos de um país específico), aos produtos têxteis e do vestuário oriundos do Paquistão.
Nuno Melo apresentou já um projecto de resolução em que apela ao Conselho e à Comissão Europeia, de quem partiu a proposta, para que “ponderem a extraordinária situação de crise vivida em Portugal e na Europa” e em que exorta a que impeçam a abertura do mercado comunitário, na base do ‘waiver’, a estes produtos paquistaneses.
Segundo denuncia o eurodeputado português, “a decisão é errada e será letal para um enorme número de empresas e postos de trabalho em Portugal e na Europa”. Isto porque terão de concorrer com empresas paquistanesas “que recorrem ao trabalho infantil, não suportam custos sociais, ambientais, utilizam matérias-primas proibidas na União Europeia e subvertem as normais regras de mercado.[/b]
De acordo com uma nota de imprensa emitida pelo gabinete do deputado europeu eleito pelo CDS-PP, a Organização Mundial do Comércio acaba de aprovar um “waiver” (tratamento preferencial às exportações de produtos de um país específico), aos produtos têxteis e do vestuário oriundos do Paquistão.
Nuno Melo apresentou já um projecto de resolução em que apela ao Conselho e à Comissão Europeia, de quem partiu a proposta, para que “ponderem a extraordinária situação de crise vivida em Portugal e na Europa” e em que exorta a que impeçam a abertura do mercado comunitário, na base do ‘waiver’, a estes produtos paquistaneses.
Segundo denuncia o eurodeputado português, “a decisão é errada e será letal para um enorme número de empresas e postos de trabalho em Portugal e na Europa”. Isto porque terão de concorrer com empresas paquistanesas “que recorrem ao trabalho infantil, não suportam custos sociais, ambientais, utilizam matérias-primas proibidas na União Europeia e subvertem as normais regras de mercado.[/b]
Al_Trader Escreveu:Também sou de opinião que a globalização que nos foi imposta nos está a causar um enorme empobrecimento.
Não é bem 'imposta'..
A toda a população 'soube bem' ter muitos produtos baratos - desde maquinaria, electrónica ao têxtil a..quase tudo - fabricados noutros países porque a mão de obra é mais barata e nesses países não questões como direitos laborais e sociais ou feriados e folgas.
É normal que empresas para serem competitivas têm que aproveitar os mercados onde há trabalho barato, para que tenham produtos competitivos e não serem engolidas pelas empresas que já fizeram essa deslocalização.
Os 'ocidentais' não podem quer tudo - muitas regalias laborais e poucas horas de trabalho semanal e ao mesmo tempo querer que as empresas invistam muito no seu país e apresentarem produtos muito acessíveis.
Actualmente,a nível de globalização, verifica-se o processo de 'os ricos têm a sua produção nos pobres para consumirem barato' passarem a 'um pouco menos ricos e trabalharem mais, porque os pobres já são ricos pelo que produziram e continuam a produzir'.
De referir que o 'fenómeno' da globalização é também adulterado pelos apoios e subsídios que os 'ricos' atribuem a alguns sectores produtivos e pelo 'fecho de mercado' de alguns dos maiores 'países em desenvolvimento' [Brasil, China,...].
A questão é que embora o facto do sector produtivo estar deslocalizado para oriente pesar um bocado, a grande culpa nesta 'crise' europeia foi o facilitismo que os juros baixos criou nos países europeus mais pobres/menos competitivos, 'financiando' consecutivos e grandes défices.
Agora é altura de 'pagar'.
Quanto mais adiarem pior. Se isto tivesse sido resolvido à algum tempo custava menos, não tínhamos ido tão fundo como vamos chegar e a esta altura a coisa já estava encaminhada para crescimento económico e social.
Mas o que ganha votos é as [falsas] promessas e o bem falar, por mais aldrabice que diga, e nisso o outro que finge estudar em Paris é rei.
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Também sou de opinião que a globalização que nos foi imposta nos está a causar um enorme empobrecimento.
Com regras de trabalho tão desiguais, e pior, ver que somos nós que temos de nos aproximar das regras desses países, como se isso fosse obrigatório, só pode acabar muito mal.
Primeiro sofrem mais os países menos desenvolvidos da Europa mas os outros pouco melhor estão e vão continuar a perder competitividade.
É preciso reagir já, impondo progressivamente taxas alfandegárias, principalmente aos países que não aproximem as condições de trabalho às nossas. Esta condição nunca deveria ter sido abandonada com a globalização.
Mas o pior é os grandes interesses instalados que importam a 1 e vendem cá a 20, deixarem os nossos políticos fazer isso !!
Com regras de trabalho tão desiguais, e pior, ver que somos nós que temos de nos aproximar das regras desses países, como se isso fosse obrigatório, só pode acabar muito mal.
Primeiro sofrem mais os países menos desenvolvidos da Europa mas os outros pouco melhor estão e vão continuar a perder competitividade.
É preciso reagir já, impondo progressivamente taxas alfandegárias, principalmente aos países que não aproximem as condições de trabalho às nossas. Esta condição nunca deveria ter sido abandonada com a globalização.
Mas o pior é os grandes interesses instalados que importam a 1 e vendem cá a 20, deixarem os nossos políticos fazer isso !!
Devagar se vai ao longe
Olhar simples
Vejo isto tudo de uma forma muito simples...
Basicamente temos 2 lados no globo, o ocidente e o oriente. Globalizou-se o Mundo.
Então isto implica um equilibrio das economias....logo o Oriente terá que enriquecer e o ocidente terá que empobrecer para equilibrar a balança de fluxos. Claro que haverá casos pontoais onde o empobrecimento não será tão significativo (ex:Alemanha?, USA?).
Uma das medidas poderia passar mesmo por voltar a fechar as fronteiras.
O ar paternal com que a Judite fala com o Medina, deixa-me algo apreensivo. E quando ela diz coisas do tipo "O problema é falta de liderança" ou "Isso já foi à muito tempo" (quando se referia à experiência de Medina Carreira).
Cumps
Basicamente temos 2 lados no globo, o ocidente e o oriente. Globalizou-se o Mundo.
Então isto implica um equilibrio das economias....logo o Oriente terá que enriquecer e o ocidente terá que empobrecer para equilibrar a balança de fluxos. Claro que haverá casos pontoais onde o empobrecimento não será tão significativo (ex:Alemanha?, USA?).
Uma das medidas poderia passar mesmo por voltar a fechar as fronteiras.
O ar paternal com que a Judite fala com o Medina, deixa-me algo apreensivo. E quando ela diz coisas do tipo "O problema é falta de liderança" ou "Isso já foi à muito tempo" (quando se referia à experiência de Medina Carreira).
Cumps
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rubini Escreveu:Proteccionismo é a maior asneira que alguma vez se pode fazer. É o argumento dos fracos e a opção dos atrasados.
Estivemos anos e anos e anos a botar abaixo fronteiras construídas por ditadores e políticos demagogos para que os obstáculos ao comércio livre fossem derrubados e proporcionassem paz, prosperidade e riqueza.
E agora querem repor a Idade Média? Vamos voltar-nos todos para o nosso quintal? Excelente aposta, se o que queremos é guerra, fome e estagnação. Os políticos acham a proposta muito apelativa, e outra coisa não seria de esperar, porque é a forma de eles terem emprego. Retirem-lhes a mama das estratégias patrióticas, da política externa e do proteccionismo da indústria nascente e têm logo de se fazer à vida. Não admira que andem aí a inventar cargos.
Quando algo está mal, vai-se à raiz. As soluções procuram-se, não se legislam. O mundo mudou, e enquanto não percebermos que não basta sermos europeus para estarmos ao leme do crescimento, não chegaremos a lado nenhum e não há proteccionismo que nos safe.
Deixem as pessoas ser livres, trabalhar como, onde e quanto querem, e permitam ser o comércio o indicador objectivo do sucesso da sociedade. Éticas, morais e patriotismos já temos que chegue, dispensam-se. O proteccionismo é a arma dos fracos, daqueles que, perante a adversidade, acham que colocar uma barreira resolve os problemas. Inventem, sejam originais, criem. É assim que se ganha aos chineses, não é com trapos, porcelana e jogadores de futebol.
O problema fulcral para mim é só este:
Globalização?
OK, mas as regras devem ser iguais para todos.
Não podem existir países a tratar os trabalhadores com respeito e como deve ser, e outros em que os trabalhadores mais parecem escravos da idade média.
Assim, é simplesmente impossível competir com preços tão baixos.
Por outro lado até é bom para muitas empresas deslocalizar as suas fábricas para esses países, pois poupam nos custos. Isto é péssimo para a empregabilidade e a economia dos países "civilizados".
Assim, é jogar o mesmo jogo mas com batota. A China, India e quejandos agradecem.
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.